"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


domingo, 22 de março de 2009

OS MISTÉRIOS ELEUSIANOS

"Somente em um momento posterior, nos Mistérios Eleusianos, de Ísis e outros, é que os mistérios se voltam também para a questão da consciência na mulher e de sua autoconsciência; de acordo com uma característica essencialmente inerente à psicologia feminina, os primeiros mistérios ocorrem no nível da experiência directa, porém inconsciente. A mulher passa por uma experiência interior ao configurar uma porção da realidade, como “vida simbólica”, na qual não há a necessidade de se tornar consciente de qualquer um desses factores. Somente a intensidade e o teor emocional acentuado de sua conduta e, frequentemente, a confidencialidade da qual se vê revestida denunciam seu carácter de mistério.
O feminino, cuja essência procuramos discernir à luz das funções e dos símbolos do carácter elementar e de transformação, se torna criativo nos mistérios primordiais e assim actua como um factor determinante no inicio da cultura humana.
Enquanto os mistérios ligados ao instinto, envolvem os pontos centrais da vida feminina – nascimento, menstruação, concepção, gravidez, climatérico e morte -, os mistérios primordiais projectam um simbolismo no mundo real e assim transformam-no.
Os mistérios femininos podem ser divididos nos mistérios referentes à preservação; à formação, à alimentação e à transformação.
(...)

O grande motivo essencial dos Mistérios de Elêusis e, portanto de todos os mistérios matriarcais é a heuresis, a redescoberta de Core por Deméter, a reunião da mãe e da filha.

Esse reencontro significa, sob o ponto de vista psicológico, anular o assédio e o rapto masculinos e reconstruir a unidade matriarcal da filha e da mãe, depois do casamento. Isto significa que a hegemonia do grupo matriarcal _ legitimada pela relação da filha com a mãe -, que havia sido colocada em risco pela incursão do homem no mundo das mulheres e pela reacção destas àquele, é renovada e segurada nos Mistérios". (...)

In “A GRANDE MÃE” de Erich Neuman

http://rosaleonor.blogspot.com/search?q=sociedade+matriarcal

sábado, 21 de março de 2009

TEMPO DE PROMESSA E RENOVAÇÃO:OSTARA



O EQUINÓCIO DE PRIMAVERA

(21 de Março) H. Norte / (21 de Setembro) H. Sul

"Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É portanto, uma data de equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a Terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida e é semeada no ventre da Deusa, A Donzela revigorada e cheia de alegria. O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mundo das travas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.

Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitados com flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. (...)

COMEMORANDO O EQUINÓCIO DE PRIMAVERA - OSTARA

Deve-se colocar flores no altar, ao redor do círculo e enfiadas no chão. O caldeirão pode ser cheio com água mineral e flores, e botões e brotos também podem adornar as vestes. uma pequena planta envasada deve ser colocada no altar. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso, e abra o círculo, invoque a Deusa e o Deus. De pé diante do altar, observe a planta e diga:

"Ó Grande Deusa, Liberta da prisão gelada do inverno.
Agora é a hora do verdejar, quando a fragrância das flores se espalha com a brisa. Este é o início. A vida se renova por sua magia, Deusa da Terra
.
O deus se distende e se ergue, ansioso em sua juventude, e pleno com sua promessa do verão."

Toque a planta. Concentre-se a sua energia e através dela com toda natureza. Viaje por suas folhas e ramos em sua visualização do centro de sua consciência para fora de seu braço e dedos e penetrando dentro da própria planta. Explore sua natureza interior; sinta os milagroso processos da vida ativos em seu interior. Após algum tempo, ainda tocando a planta, diga:

Caminho pela terra em amizade, não como dominador. Deusa Mãe e Deus Pai, depositem em mim Através desta planta um amor por todas as coisas vivas;
Ensinem-me a reverenciar a Terra e todos os seus tesouros. Que eu jamais me esqueça. Medite acerca das mudanças de estações. Sinta o crescer das energias na Terra a seu redor. Trabalhos de magia, se necessários, podem seguir. Celebre um banquete simples. O círculo está desfeito. "

IN http://br.geocities.com/athena.gaia/ostara.html
blogado de :http://rosaleonor.blogspot.com/2009/03/abencoada-terra.html

sexta-feira, 20 de março de 2009

UMA MULHER CANSADA EVOCA

Evocação a Ishtar (excerto)(no feminino)

Eu te evoco, imóvel e exausta, sofredora e tua escrava; Adicionar imagem
Guarda-me senhora, acolhe a minha prece,
Escuta-me ó benigna, ouve a minha súplica.
Piedade! reclama por mim, o teu ânimo está desenfreado.
Piedade! para o meu corpo todo em gemidos,
desmaiando .
Piedade! Pelo meu coração enfermo, cheio de lágrimas
Suspirando.
Piedade! Pelos meus pressentimentos confusos
que me atormentam.
Piedade! Por minha casa apreensiva que geme em pranto
Piedade! Por meu ânimo conturbado entre lágrimas
Contínuas...
Ishtar, (...) teus olhos benignos, pousem sobre mim,
Com teu rosto sorridente, olha-me com bondade.
Afasta os males perversos do meu corpo e
Deixa que eu veja a tua clara Luz.

Rosa Leonor

NOSSA GRANDE MÃE PACHAMAMA

PACHAMAMA





Eu canto uma canção de amor
A partir das pedras do meu corpo
Dos picos mais altos das minhas montanhas
Das areias quentes dos meus desertos
Eu a acaricio com folhas verdes
Plantas verdes
Eu a banho em vegetais
Alimento-a em seus seios
A Terra
Eu a acalmo com águas cintilantes
Refresco-a com meus oceanos
Minha canção de amor para você
É o meu corpo
A Terra
Para alimentá-la
Vesti-la
Acolhê-la
Aprenda a minha canção
E ela vai curar você
Cante a minha canção e ela a fará inteira
Dance comigo e você será sagrada.



Nosso planeta possui vários centros magnéticos, todos localizados nas Cordilheiras do Himalaia e dos Andes. A primeira representa a radiação magnética masculina e a outra a feminina. O complemento da energia masculina do Himalaia é a energia mãe dos Andes. Esta energia tocou tão fundo os habitantes dos Andes, que eles reconhecem a Terra como Pachamama, a Mãe de toda a Vida.

O mágico Vale Sagrado dos Incas, localiza-se no Hemisfério Ocidental da América do Sul, mais precisamente no Peru, entre a selva e a serra. Sua posição geográfica, fez com que o homem desta região, desenvolvesse um conhecimento dirigido na busca de sua integração com a Natureza. Por isso, os Incas, tem um modo diferente e particular de ver e entender o Mundo como um Ser Vivo, sempre interligado ao homem.



O CORPO DA TERRA



Para os Incas, a Terra também possui um corpo com centros de energia importantíssimos, que equivalem ao coração, ao fígado, aos pulmões e aos intestinos do Planeta.

Durante o Ciclo Anterior, a Terra esteve regida energéticamente pelo Himalaia, esta cadeia montanhosa masculina. Este centro energético regia a espiritualidade natural do Planeta. Agora nosso Mundo passa por um processo de reversão, porque tudo é cíclico. O Himalaia adormece e a energia dos Andes desperta, o que favorecerá muito a criatividade e a intuição.

Para ficar mais claro o conceito destas energias (masculina/feminina), exemplificamos dizendo que no ato de cultivar a terra, a energia masculina é aquela força que abre o sulco. A energia feminina é a que permite a transformação da semente. A energia masculina, portanto, é aquela que de posse do conhecimento, o faz ação. A energia feminina é a que produz a transformação.

O Masculino é a força do intelecto, que predominou no Ciclo Planetário Anterior. Aqui se explica o porque do patriarcado e da mulher ter sido relegada a certos planos de atividade na vida.

Com a espiritualidade regida pela energia feminina dos Andes, cada um de nós será seu próprio Sacerdote para comunicar-se com o Grande-Espírito. Não é por acaso que cada vez mais necessitamos encontrar um sentido para nossa vida, pois estamos em busca de uma conexão verdadeira com a fonte de energia universal. Podemos chamá-la de Grande-Espírito, Inti Jinti, Energia Criadora, o nome que acharmos melhor. Só ao nos conectarmos é que compreenderemos que nossa passagem aqui não é casual. Cada um de nós tem uma função e um papel a desempenhar. Não somos meros viajantes descompromissados, viemos à Escola da Terra para aprendermos e evoluirmos.



PACHAMAMA, A DEUSA DE TODA A VIDA

A necessidade que temos de nos conectarmos com a Fonte Criadora através do nosso próprio sentir e observar, se chama espiritualidade natural. Em cada nascer do Sol, em cada nova vida ou no desabrochar de uma flor, compreendemos que existe um grande mistério. São nestes pequenos milagres cotidianos que vislumbramos o sorriso da Pachamama, a nossa Mãe-Terra.

O saber inigualável do Povo Inca, sempre se revestiu de um caráter sagrado, que é muito bem expressado nos Rituais de homenagem a Pachamama, mas também se reflete em suas atitudes de respeito não só com a natureza como com todos os homens.

Na Terra dos Incas a Pachamama se identifica também como a "Deusa do Dragão", que habita as profundezas da montanha e que ocasionalmente provoca terremotos.



A Deusa Pachamama é atualmente, a Deusa da Terra do Quecha (fazendeiros da comunidade isolada da montanha), assim como de todos os Peruanos, Bolivianos e de todo o nordeste da Argentina.

"Pacha" significa "tempo" na língua Kolla, mas seu significado engloba o universo, o mundo, o tempo, o lugar, enquanto que "Mama" é mãe. A Pachamama agrega um deus feminino, que produz e agrega. Ela é adorada em suas várias formas: os campos arados, as montanhas como seios e os rios caudalosos como seu leite. Refere-se também, ao tempo que cura as dores, que distribui as estações e que fecunda a Terra. Esta Mãe Terra teve seu culto idolatrado por todo o Império, pois era a encarregada de propiciar a fertilidade nos campos. Para garantir uma boa colheita, espalha-se farinha de trigo na plantação e celebram-se rituais em sua homenagem.

A Pachamama é considerada a Mãe dos homens, é ela que amadurece os frutos e multiplica o ganho. Tem o poder que lhe permite acabar com as geadas, pragas, assim como outorga sorte as casas. Também é conveniente solicitar sua permissão e proteção para viajar por territórios montanhosos. A sua influência benéfica impede que o "mal das alturas" afetem os viajantes.

Dizem que Pachamama é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses indígenas lhe devem obediência. Quando as pessoas deixam de respeitá-la, esta Deusa-dragão manda terremotos para lembrar os homens de sua presença.

Toda a natureza constitui o templo desta Deusa, mas dizem que sua morada encontra-se no Carro Branco (Nevado de Cachi) e conta-se que no cume existia um lago. Esta ilha é habitada por um touro de chifres dourados, que ao bramar emite pela boca nuvens de tormenta. A Pachamama é descrita como sendo uma índia de estatura baixa, com pés grandes, com um sombrero na cabeça e que aparece sempre acompanhada por um cachorro preto muito feroz. As víboras se tornam dóceis com sua presença e por vezes ela as faz de laço.



A Pachamama é considerada ainda, a criadora do Sol, da Lua e das Quatro Pachamitas, as estações, e como Deusa celeste habita a Constelação do Cruzeiro do Sul. Um mito sagrado conta que no princípio dos tempos Ela desceu das estrelas à terra para criar a vida.

Pachamama também é uma Deusa Tríplice que habita: o Céu "Janaj Pacha", a Terra "Kay Pacha" e as Profundidades "Ukhu Pacha". A oferenda de 1 de Agosto celebra essa tripla dimensão com o simbolismo das pedras, do céu e das estrelas.

A comida e a bebida: são os frutos de seu corpo terrestre.

O poço: seu útero e sua presença nas profundezas da terra.

Entre muitas crenças relacionadas com a PACHAMAMA, há uma advertência, que avisa que durante todo o mês de agosto, deve-se fazer uma cruz antes de sentar-se no solo e não tomar muito sol, pois a terra está aberta e faminta e pode nos levar.

Para a cosmogonia indígena andina, a chuva é masculina e Pachamama é sedenta, e é por isso que as sementes emprenham quando chove.



RITUAL CHA'LLA

É costume que toda a terça-feira de carnaval se faça a ch’alla da casa, dos instrumentos de trabalho, do carro, outros lugares e objetos considerados importantes para os bolivianos. Em outros momentos da vida familiar e outros em âmbito público, como é o caso da festas religiosas, também são realizados o ritual da cha’lla. Porém, nesse último espaço tal ritual se dá de forma velada com o simples gesto de verter um gole de bebida ao chão (Pachamama), ou ainda orvalhando a imagem do santo(a), com algumas gotas de bebida.

Pachamama espera você de braços abertos. Este é o momento de curar e lembrar-se da sua santidade. Você está ligado à Mãe Terra como um ser vivo ou ainda acha que ela está inerte aos seus pés? Está por acaso com um problema que lhe traz muito sofrimento? Ou você é daqueles que come o pão e bebe a água sem agradecer à Terra? Ou está em busca de respostas para suas perguntas? Encontrar-se com Pachamama é algo que pode ocorrer em qualquer lugar, é só querer. Essa aproximação pode se dar num parque, no jardim de sua casa, numa mata ou até mesmo no deserto.

Pachamama nos fala que a cura só se processará no momento em que você abrir seu coração para ela.



A CORPACHADA

Este é um dos ritos consagrados à Pachamama. Esta Deusa de origem Inca, junto a Inti (Rei Sol) e a Mama Quilla (Lua) formam a trindade astrológica veneranda pelos calchaquies.

A Pachamama é a energia germinadora da natureza. Como os mortais, entretanto, ela sente fome e sede. O seu culto consiste na "corpacharla", isto é, dar-lhe de comer. Para tanto, cava-se profundas covas, onde se enterram todo o tipo de comida e bebida. Este ritual é acompanhado de rezas e invocações à Deusa. A Pachamama é muito generosa para com as pessoas que lhe fazem este tipo de agrado.

A Ela se oferece a placenta do recém-nascido, enterrando-a entre as flores, para que abençoe à criança. Para viver um grande amor, os apaixonados também enterram mechas de seus cabelos.

A Pachamama acolhe em seus braços todos os seus filhos e abraça-os com carinho para dar-lhes refúgio no final de suas jornadas.



ABRINDO-SE PARA PACHAMAMA



Se você conseguir um lugar ao ar livre, tanto melhor, mas procure um lugar onde se sinta segura e longe de olhares de muitos curiosos. Se não achar tal lugar, pode ser dentro de sua casa mesmo.

Sente-se ou ponha-se de pé sobre a Terra (Pachamama), com a coluna ereta. Respire fundo e sinta o cheiro da Pachamama. Tente alcançar o perfume da flor mais próxima de você.

Você já deve ter sentido o cheiro do aroma do oceano, assim como o perfume da terra molhada, não é gostoso? Pois sentir o aroma das flores e suas folhas é bem mais fácil!

Agora você deverá inspirar profundamente e enquanto solta o ar, abra os braços e entregue-se para Pachamama. Deixe-a envolver com seus perfumes e suas sensações. Sinta seu amor e proteção envolvê-la. Pachamama é a Mãe de todos que se aproximam e habitam nela. Deixe que seus meios de cura a confortem, deixe ela tecer as falhas apresentadas pelo seu ser. Você poderá vê-la sentada ao seu lado em sua frente ou segurando seus braços. Tente ser o mais receptiva possível, de modo que ela perceba que deseja imensamente abraçá-la. Peça-lhe um pouco de colo, carinho e amor.

Oferte a ela com prazer tudo que ela lhe pedir (poderá lhe pedir algo para beber, comer ou fumar), com gratidão. Respire então profundamente e solte o ar bem devagar. Em seguida abra os olhos bem devagar.

Seja bem-vinda!

Rosane Volpatto

quinta-feira, 19 de março de 2009

SENTIR

Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.


Fernando Pessoa

FEMININO SAGRADO


Sabe uma coisa que descobri é que falar as palavras conjuramos energias,tal descoberta não é só minha como de Rosa Leonor que percebeu que não devemos falar sobre o troço da igreja católica usando termos femininos o que para mim também é bem plausível ....eu venho pensando PORQUE FALAR SAGRADO FEMININO quando FEMININO SAGRADO ME PARECE MUITO MAS BELO SAGRADO E POÉTICO MUITO MAiS PROFUNDO INSPIRADOR E ROMÂNTICO
(afinal é bom agente parar de deixar o feminino pro final.)

quarta-feira, 18 de março de 2009

O ROGO DA SACERDOTISA


Ainda que eu morra e viva sozinha
eu ainda serei a Sacerdotisa
ainda que só eu
ainda respeite o Velhos Mistérios
Eu ainda terei o controle da Teia da Vida
Ainda que eu seja apedrejada e negada
por mil anos
eu ainda serei a Sacerdotisa
Ainda que eu seja difamada
que eu seja mal falada
eu ainda saberei os Mistérios do Prazer
ainda que mil vozes e mil espíritos


Gritem a mim :


Teu caminho não é o da Sacerdotisa
eu ainda serei uma Sacerdotisa
Ainda que me roubem as vestes sagradas
Ainda que eu não possa queimar
Ervas e comungar com
os espíritos da noite
eu ainda serei a Sacerdotisa
ainda que eu esqueça todos
os Mistérios
eu ainda serei a Sacerdotisa
pois uma única coisa jamais eu esquecerei
Que eu sou a força e a vontade da Deusa
se manifestando na Terra




Gaia Lil

A ALMA DA SACERDOTISA



"Duas colunas me sustentam e me resguardam.
Pois conheço os Mistérios da Noite e conheço os Mistérios do Dia.
Conheço mais que os Mistérios Sagrados: conheço seus mistérios ainda não revelados.
Conheço seus mistérios e o guio com sabedoria, mas mantenha-se à distância.
Meu corpo não te pertence, ainda que todo o meu conhecimento te seduza como um homem diante da mais bela e nua mulher.

Não é para dar prazer a você que me encontro em seu caminho - mesmo que os Mistérios do Prazer façam parte dos meus conhecimentos.
Poderia ser sua mais excitante amante - nunca e jamais nada além de sua amante -, mas prefiro ser sua guia nesta importante e intensa viagem ao fundo do ser."

É assim que a ALTA SACERDOTISA, nosso novo arcano/arquétipo, se apresenta ao LOUCO, quando ele adentra os templos ocultos de seus próprios mistérios.



O MAGO ofertou-lhe sabedoria suficiente para manter-se a salvo de ciladas nas estradas. Nada mais que isso.

Porém, a vontade de seguir em frente fez com que O LOUCO mantivesse seus passos persistentes, ainda que confusos, levando-o, quase que sem querer, à caverna sagrada.


Silêncio, escuridão e meia luz, perfume e belos sons, deram ao LOUCO uma certeza: uma mulher especial vivia naquele lugar - e ele passou a desejá-la mesmo antes de qualquer olhar.
Mas ao finalmente encontrá-la, O LOUCO percebe que muito mais do que apenas um corpo - insistentemente incitando-o a pensar no êxtase -, aquela mulher tão especial teria a chave para muitas de suas indagações eternas, pois ela conhecia o livro de sua estória e o estava lendo, pacientemente.


Quando estamos influenciados sob a energia da ALTA SACERDOTISA - tanto homens quanto mulheres -, somos capazes de atravessar dia e noite, morte e vida com a mesma mestria, com o mesmo equilíbrio, com a mesma energia.

Estamos tão entregues ao mundo de conhecimento que se expande ante nossos olhares, que esquecemos de todo o resto à nossa volta - ou usamos este arquétipo para manter à distância todo o resto à nossa volta.

O que nem sempre é benéfico, mas que, certamente, vez por outra é preciso.


A ALTA SACERDOTISA possui um véu invisível que a protege do mundo externo e suas influências - e cada um usa este véu de acordo com sua própria necessidade.

Insegurança, talvez.

Desconfiança por dores passadas... por ter pago o que tinha ao MAGO antes de colocar seus pés na estrada, possivelmente.

Ou, simplesmente, o fato de estar resguardando seu corpo e sua essência para um ser mais do que humano.

Não importam as razões que mantêm A ALTA SACERDOTISA intocável por trás de seu invisível véu, e nem importa para um estranho tentar tocá-la e/ou retirá-la de lá - se o fizer, com a vida pagará.

O LOUCO entende a lição e ajoelha-se diante daquela mulher tão fecunda, aguardando, feito criança pequena, as palavras que o farão compreender, de verdade, de onde veio e para onde vai - seu mistério a ser revelado.

A ALMA DO OUTRO....


Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.


Fernando Pessoa

terça-feira, 17 de março de 2009

CRUELDADE.........VAMOS IMPEDIR!!!

O 'Artista' que matou um cão à fome vai repetir o acto - Ou NÃO! Depende de nós. Vê como. Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007,Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.














parece-te forte?Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2009.Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição :http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html (não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor alheia! Não vamos deixar que isto aconteça de novo, isto de arte não tem NADA! REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR.se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos deste pobre animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás
confirmar a veracidade da informação.

sábado, 14 de março de 2009

perguntas frequentes que vem a minha mente....

ATE que ponto a humanidade deseja viver sem a deusa ou sempre delegando a ela poderes menores do que no passado?até que ponto os pseudo mestres iram se negar a falar sobre a deusa ?Até que ponto teremos medo dos nossos próprio pensamentos e da nossa emoção?até que ponto eu pretendo ir enfrente com essas perguntas?até que ponto a mulher será deixada de lado nos sistemas religiosos e filosóficos,ate aonde eu poderei ir em frente com essas perguntas....e a ultima e não menos importante será que alguém algum dia se preocupara em responde las,fica aqui minha pergunta.

CIRCE NOS FALA:




Circe nos diz que:


DEPOIS DA DOR,VEM O SABER

DO SABER,SURGE O CRESCIMENTO

O CRECIMENTO NOS LEVA A REVELAÇÃO

DA REVELAÃO VEM A TRANSFORMAÇÃO

DA TRANSFORMAÇÃO EMANA O PODER



as sereis são as servas de Circe representando um poder perene e feminino

o cristianismo banio das mulheres todos os dons ligados as sereias:

profecia,canto mistico,adivinhação ,cura,mediunidade...profundidade...



"As Cárites, as ninfas, as sereias, as musas, as três graças, as moiras e outras inúmeras figuras, são as forças melodiosas, dançantes e proféticas dessa mulher inspiradora e inspirada na qual o masculino, muito mais distante das origens, busca sabedoria quando impelido pela necessidade. E vezes e vezes seguidas, encontramos essa mulher mântica ligada aos símbolos do caldeirão e da caverna, da noite e da lua. Com efeito, o caldeirão não é o só vaso da vida e da morte, da renovação e do renascimento, mas também da magia e da inspiração. O caráter de transformação que lhe é inerente passa pela decomposição e pela morte, para chegar à intensificação extática e ao nascimento do espírito eloquente, o qual conduz sob inspiração extática à palavra, ao cântico e à profecia, como sintomas do renascimento."(...)ERICH NEWMAN in "A GRANDE MÃE"
Publicada por Rosa Leonor "

HERATICA


Mensagem da Deusa Hera 03/12


O saber pratico
o saber natural
vem de dentro
devo
ser cultuada
no futuro
na minha face de Parthenos
a virgem
guirlandas de flores serão usadas
as roupas de qualquer tipo me convém
em espaços abertos
um circulo grande deve ser aberto
e La vou me manifestar
vou ensinar
a falar com as estrelas e ouvir
a voz dos pássaros

A TRADIÇÃO DAS RAINHAS E SACERDOTISAS CELTAS

Atrás de Guinevere estão as tradições das rainhas celtas. Atrás de Morgana e da Dama do Lago, se ocultam tradições de sacerdotisas e Deusas. A rainha celta reinava por direito próprio, comandava exércitos como Boadicea e tinha amantes. Para os autores medievais esta liberdade e igualdade da mulher era inaceitável e incompreensível. Ela foi considerada libertina e atrevida ao se tornar infiel.



Da mesma forma, dado que o mito pagão e a magia são considerados os piores dos pecados, Morgana se converte em uma bruxa que conspira contra Artur, e Nimue, a dama do Lago, passa a ser a ruína do embrutecido Merlim. Mas a história poderia ter sido bem diferente, não é mesmo? Pois sabe-se hoje, que o amor não é um sentimento que precise testemunhas, muito menos ser negociado, como foi imposto à Guinevere.

Na nossa Era, as mulheres já conquistaram seu espaço e o respeito dos homens e hoje nos unimos à eles através do amor da alma. Na tradição celta existe um belo entendimento do amor que resume-se a uma palavra: "anan cara". Anam é a palavra gaélica para alma e cara é a palavra para amigo.

Na vida de todos, existe uma grande necessidade de um anam cara, um amigo da alma. Neste amor, somos compreendidos tal como somos, sem máscara ou afetação. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e pode-se ser como realmente se é.



O amor permite que a compreensão se manifeste, pois quando se é compreendido, fica-se à vontade. A compreensão alimenta a relação. Quando nos sentimos realmente compreendidos, sentimo-nos desembaraçados para nos libertar à confiança e abrigo da alma da outra pessoa.

Este reconhecimento é descrito neste belo verso:

"TU NÃO TE PARECES COM NINGUÉM PORQUE TE AMO" Paulo Neruda



FADA MORGANA


Quando danço com a Vida
danço meu próprio ritmo
mantendo o meu compasso
Minhas marés anímicas
estão alinhadas e fluem
com a minha pulsação
minha expressão única
Reverenciando a mim mesma
eu reverencio tudo
Quando você dança
com a sinfonia da Vida
qual é seu ritmo?
É rápido ou lento
lépido ou litúrgico
repetitivo ou volúvel?
Você deixa o ritmo levá-la(o)
ou abatê-la(o)
acalmá-la(o)
encorajá-la(o)
ou perturbá--la(o)?
Como é seu ritmo?



Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.

Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.


Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.



Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.
O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo
. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual.



Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projetada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia.

Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse. Depois de passar por essa iniciação, os elementos de desejo e de posse ficam para trás, transmutados através da apreciação de que sua sexualidade e instinto são expressões de força de vida divina cuja experiência no plano humano.

A nível transpessoal, o "matrimônio sagrado" envolve o mistério da transformação do físico para o espiritual, e vice-versa. Cada pessoa conecta-se com o universo como se fosse célula única no organismo do campo planetário da consciência. A partir da união do humano com o divino, a "Criança Divina" nasce. A "Criança Divina" é a vida nova, vida com nova compreensão, vida portadora de visão iluminante para o mundo.



QUEM ERA MORGANA?



Como muitos indivíduos legendários e românticos, há versões conflitantes sobre quem o que foi Morgana. O historiador e cronista do século XII, Geoffroi de Monmouth, escreveu que "sua beleza era muito maior do que a de suas nove irmãs. Seu nome é Morgana e ela aprendeu a usar todas as plantas para curar as doenças do corpo. Ela também conhece a arte de mudar de forma, de voar pelo ar...ela ensinou astrologia às irmãs."

Relatos antigos contam-nos que ela era uma Velha Deusa da Sabedoria, a Senhora e Rainha de Avalon, a Alta Sacerdotisa da Antiga Religião Celta. Aprendeu magia e astronomia com Merlim. Alguns achavam que ela era uma "fada arrogante", pois era símbolo de rebeldia feminina contra a autoridade masculina. Quando zangada, era difícil agradar ou aplacar Morgana; outras vezes, podia ser doce, gentil a afável. Também era descrita como "a mulher mais quente e sensual de toda a Grã-Bretanha."

Morgana era um enigma aos seus adversários políticos e religiosos. Os escrivões cristãos transformaram-na em demônio, talvez devido ao seu papel como sacerdotisa de uma Antiga Religião, que eles estavam tentando desacreditar nas suas investidas para cristianizar a estrutura de poder da Grã-Bretanha. Ela, entretanto, defendeu valentemente a fé das Fadas e as práticas dos druidas, achando entre os camponeses simples seus mais fiéis seguidores. Ela negou as acusações de prostituição dos monges e missionários cristãos.


É Morgana, que depois da batalha final, ampara o irmão ferido de morte e o cuida com o zelo de uma mãe e consoladora espiritual.

O cristianismo menospreza o poder e o conhecimento de Morgana, do mesmo modo com que impediu a mulher à ascender ao sacerdócio, anulando completamente o seu poder pessoal.


Layamon, autor de um poema narrativo inglês é o primeiro a descrever como a mulher levou Artur pelas águas e não simplesmente recebendo-o na sua chegada.



Morgana é a fada mais bela das que habitam Avalon. Não existem fundamentos suficientes para se acreditar que Avalon seja o lugar que a cultura celta atribuí como residência dos mortos. O que se sabe é que quando Artur é transportado sobre as águas em companhia das mulheres com destino a Avalon, se perde no horizonte do mito imemorial.

MORGANA...

Nessa altura Morgana sente o poder da Deusa invadindo-lhe o corpo e a alma, inundando-a. Ela segura a taça a taça e fala como a Deusa:” Sou todas as coisas - Virgem e Mãe e Aquela que dá a vida e a morte. Ignorai-me e poreis a vida em risco, vós que invocais outros Nomes...sabei que eu sou a Única.” E então, a taça, a âmbula e a lança, as Sagradas insígnias da Deusa, desapareceram por magia, levadas para Avalon de forma a não serem jamais procuradas por sacerdotes e homens que A negam, e os cavaleiros espalham-se pelos quatro ventos em busca do Graal.
In AS BRUMAS DE AVALON

quinta-feira, 12 de março de 2009

ENVOLVIMENTO ........

O ENVOLVMENTO DA ALMA...

"O Caminho é quente, é paixão, mas se eu não começo o Caminho pelo início, ele nunca vai ser suficientemente quente.Como é que eu posso ouvir o perfume do meu ser se eu tenho esta inumanidade para comigo mesmo e para com os outros de estar constantemente a exigir coisas? Mesmo que eu exija com um sorriso, secretamente eu quero tirar um bocado daquela pessoa. E não há nenhum problema nisso desde que eu sinta, de facto, o perfume do meu ser. Aquilo que nos vai salvar da sombra de nós mesmos ou do grande monstro mundial é só um sorriso. No fim é um sorriso que te abre a porta para a 4ª dimensão porque é o sorriso da auto conquista, o sorriso dos Budas, o sorriso da suprema refinação do ser, de um refinamento psico-afectivo profundo em que tu vais trazendo todo o teu ser para próximo do diamante e doa-lo ao mundo, depois trazes e doas ao mundo, trazes e doas, e o resultado desta alquimia, deste ir e vir, é um sorriso que os grandes seres reconhecem instantaneamente.
Este perfume tem que vir ao de cima e tu começas a perceber que é tudo tão precioso em ti! Quando é que o Universo vai fazer outra vez um ser como tu? Pode fazer um melhor mas um tão tosco/tão sublime como tu nunca mais consegue!(...)Há seres para os quais é muito importante recolherem-se em si mesmos até que o perfume comece a transpirar e esse perfume é o pacto eterno da alma pela personalidade, e quando tu consegues que esse perfume preencha toda a tua coluna... em termos psicológicos o que é a coluna vertebral? As nossas colunas estão rachadas pela base, porque tivemos infâncias difíceis, ou porque fomos parar a uma estúpida de uma incubadora e alguém desligou o interruptor, ou porque foi violado aos 4 anos, ou porque o pai tinha um complexo de autoridade... a pessoa não se esquece!Esta coluna psicológica está toda em ruínas mas se um indivíduo consegue sentir o perfume, atravessar estas malhas todas, isso implica uma câmara. Neste momento ninguém se consegue perceber a si próprio se não for para dentro de uma cápsula....estas forças radiantes que nos animam e que nos dão a sensação de sermos amados, a doçura de uma alma que está aqui servindo e acompanhando a personalidade, sofrendo connosco. A alma tem uma parte na eternidade e uma parte no tempo. A parte que está no tempo está constantemente vibrando o Paraíso dentro do teu peito e sentindo as desfasagens entre a imagem da cidade celeste dentro de nós e os incríveis desfasamentos que a realidade socio-cultural é em relação a essa imagem sagrada, e o nosso psíquico sente todas essas dores!
Enquanto nós não conseguirmos sentir a doçura, o compromisso, o envolvimento da alma connosco, nós vamos para o mundo com uma fome que não tem fim. É eu criar um espaço dentro de mim, inviolável por qualquer opinião alheia, em que eu aprendo a subtil arte de me amar a mim mesmo. Isto tem muito a ver com a energia de Shamunah que é uma força de amor, dourada, comprometida com o casamento entre a personalidade e a alma. É um casamento na criatividade, no erótico, na doçura, na arte e na responsabilidade perante os outros. Isto é a primeira fase da acção dele, depois ele pega nisto e leva o indivíduo para o casamento com o corpo de luz e depois, até ao casamento com o fogo sagrado na mónada.

(...)Excertos de André Louro de Almeida
Publicada por Rosa Leonor