"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


quinta-feira, 30 de abril de 2009

SACERDOTISAS E GUARDIÃS DO DESTINO

MOIRAS, AS FIANDEIRAS DO DESTINO

Nós tecemos a teia
Da vida e da morte
Trançamos a meada do destino
Para todo e qualquer mortal
Estendemos um fio dourado
Partindo do Salão do Luar
Firmamos suas pontas
No Oriente e no Ocidente
No Norte e no Sul
Um arremate é dado ao Meio-dia
Uma prega é costurada
Na casa do Alvorecer
O trabalho finda-se
No Salão do Sol-Poente.


A arte de tecer e fiar é obra e projeção da Grande Mãe, que tece a teia da vida e fia a meada do destino. Como Grande Fiandeira, trama a vida humana, assim como a Escuridão e a Luz.
As Moiras, Deusas gregas que estão acima dos deuses do Olimpio, recebem o nome de "Fiandeiras do Destino". Elas são filhas da Deusa Tríplice da Noite (Nyx) e segundo Ésquilo irmãs, por parte de mãe das Eríneas. Seu nomes são: Lachesis, Clotho e Atropos.

Clotho é a tecelã, responsável por tecer o destino dos homens com seu fuso mágico.
Lachesis é a medidora, distribuidora e avaliadora.
Atropos é a que corta com sua tesoura mágica.

A Grande Trindade das Moiras também está associada a três fases da vida:

1. Começo e fim;
2. Nascimento e morte;
3. Núpcias.


Há fatos e momentos que estão ligados exclusivamente à vida feminina, como: o parto e a morte; o casamento e a morte.

Noutros o poder das Moiras referem-se aos homens, que na qualidade de guerreiros são arrebatados pelas teias sangrentas da morte, por elas tecidas. Para os dois casos, é aplicado o simbolismo mexicano que equipara o destino dos guerreiros com a morte parturiente, que são vistos como heróis sob um aspecto de harmonia fatal. Aqui há um entrelace das Deusas que tecem o destino com as que devoram (Deusas sanguinárias). As Deusas do destino, governam o mundo acima de tudo e todos, tanto no México como na Índia, em seu Útero onipotente.

A vida de qualquer homem possui: Princípio, Meio e Fim. O comparecimento destas Deusas em número de 3 no nascimento, deve-se a estas articulações.

Os jogos tarantinos, cerimônias noturnas, celebradas em Roma, eram dedicadas as Moiras, com o propósito de cura de doenças e infortúnios. Há uma lenda que conta que elas vivem no Céu em uma caverna vizinha de uma fonte que jorra água branca, talvez em virtude de seu caráter lunar.

Entre os germanos, as Moiras são conhecidas como as Nornas. Esse trio de Deusas viviam na Fonte de Urd, próxima a uma das raízes da árvore do Mundo Yggdrasil, eram elas: Urd (o Passado), Verthandi ou Verdandi (o Presente) e Skuld (o Futuro).
No Edda germânico existe o mito de que o freixo do mundo Yggdrasil une a terra. Quando ela for destruída pelos numerosos animais, que devoram suas folhas, e pela serpente Nidhöggr, que corrói suas raízes, será o fim do mundo. As Nornas porém cuidam para que Yggdrasil esteja sempre provida de água fresca para protelar a sua destruição, mesmo que não consigam evitá-lo.

Os ingleses conheciam as Nornas com o nome de "As Irmãs Estranhas". Os anglo-saxões as chamavam de Wyrd; em alemão antigo, Wurd. Essas Irmãs Estranhas são descendentes diretas das Moiras ou Parcas gregas. Estas Deusas sempre foram levadas muito a sério e recebiam sacrifícios de mel e flores. Ainda no período medieval, três anéis eram utilizados em rituais especiais para invocar as Moiras. As três gunas, ou fios coloridos (branco, preto e vermelho) da Índia, eram entrelaçados a todas as vidas segundo as ordens das Moiras. Ovídio, Teócrito e outros escreveram sobre linhas da vida com as mesmas cores na literatura grega.

O destino determina a nossa vida e ele é com certeza, FEMININO. Os homens sempre souberam que o destino está nas mãos da Grande Mãe e nós precisamos usar as roupas que ela destina para nós.


Seguindo esta linha de raciocínio, o feminino é tecelã e redentora. Isso toda a mulher sente quando engravida e logo apressa-se a tricotar ou costurar roupinhas para o seu bebê que vai nascer. Inclusive outras mulheres da família, ou amigas, sentem a força arquetípica do momento e iniciam trabalhos manuais para o novo membro que está para chegar.
O interessante da vida é a surpresa, por isso, não é bom que saibamos tudo sobre nosso destino. Devemos sempre dar o melhor de nós em cada situação e vivenciarmos plenamente o aqui e o agora. Se soubessemos o que acontecerá, quando acontecerá e como acontecerá, que novidade teria o dia de amanhã? É claro que todo ser humano é curioso e ávido de saber, desde que comeu o fruto da Árvore do Conhecimento e muitos consultam o oráculo e as estrelas, o que aliás as divindades antigas já gostavam de fazer. Os povos antigos também, fabricavam esteiras de junco trançadas e apanhavam pedras claras e escuras que lançavam em cima dessas esteiras para adivinhar o curso das estrelas e seu destino. Mas cuidado, muita curiosidade não faz bem à saúde.. à sua e à dos outros!

A imagem das Moiras, com o passar dos tempos, foi se tornando cada vez mais abstrata até se converter em uma concepção singular, representando a força misteriosa do destino. Neste sentido, a Moira Primordial, a Grande Mãe era representada algumas vezes como Ananke" (A Necessidade) ou como "Tique" (A Fortuna) . Mas apesar deste aspecto de abstração, a Moira conservou algo primitivo de seu caráter, o de Deusa protetora dos partos. Para outros entretanto, ainda conserva a imagem tradicional das Moiras, como três anciãs irlandesas, imagem que também é aplicada as Parcas latinas.

RITUAL DE CONEXÃO COM AS DEUSAS DO DESTINO



Consiga três fios: vermelho, preto, branco e entrelace-os. Ate as duas extremidades em separado. Faça-o do tamanho que desejar. Você poderá usá-lo como cordão para amarrar seus trajes de rituais.

Enquanto os entrelaça, diga:

"Acima, abaixo, linhas do destino.
Tanto na minha vida, como em todas as coisas.
Trançando o padrão, cedo ou tarde,
Verei o resultado que as ações trazem."


Beije a trança quando estiver pronta e amarre-a ao redor de sua cintura, ou coloque-a no pescoço. Visualize as Moiras ou as Normas nórdicas diante de você. Erga suas mãos para ela e diga:

"Um novo ano surge.
As linhas se entrelaçam,
Para finalmente revelar meu destino.
Ó Moiras da Vida, peço sua ajuda,
Para clarear meu caminho e me libertar.
Que as velhas coisas feneçam e desapareçam.
Que o novo chegue me trazendo prosperidade.
Ó Moiras da Vida, peço sua ajuda,
Para clarear meu caminho e me libertar."


Durma com o cordão trançado sob seu travesseiro e preste atenção a seus sonhos. E esteja para fazer o que for necessário e apropriado para retificar sua vida e tornar seu caminho mais suave.

O SIMBOLISMO DA ARANHA

A aranha, como uma epifania lunar, é dedicada à tecelagem e fiação. Seu fio evoca as Moiras ou Parcas, mas seu simbolismo é um pouco diferente. Sua teia é uma imagem do mundo criado e como tecelã se faz senhora do destino. Mas quem é ela? Seria a aranha a artesã do tecido do mundo, ou do véu da ilusão que dissimula a suprema Realidade?

Seu simbolismo encontra-se em muitas culturas do mundo, dependendo do lugar ela pode vir a ser uma criadora cósmica, uma divindade superior ou um demiurgo.

Considerado o criador do mundo, mistificador da mitologia do oeste africano, respeitado pela sua rara inteligência, possui muitos nomes entre eles: Anansi ou Anansê. Esse deus-aranha é conhecido pelo nome popular de "Mister Spider" (Senhor das Aranhas). As façanhas deste personagem criaram contos populares na África Ocidental, que alcançaram às Antilhas, o Haiti e à América do Sul. Anansi engana outros animais e os homens (pode tomar qualquer forma), mas seu maior trunfo é o seu profundo conhecimento psicológico de suas vítimas. Confirmando assim, um antigo provérbio: "A sabedoria da aranha supera a o mundo". Originalmente, foi Anansi que criou os primeiros humanos, assim como o Sol, a Luz e as Estrelas.


A aranha, aparece como mito para os ameríndios Navajos, no qual Nayenezgani (matador de monstros) e Tobadzistsini (Nascido das águas), os gêmeos heróicos, em sua viagem com o deus Sol encontram a Mulher-Aranha que a á Deusa Mãe Criadora dos Navajo, que os advertem sobre os perigos futuros e lhes presenteia com penas mágicas para ajudá-los em sua procura.

Na mitologia do povo que habita a Ilha Banks (Melásia), Marawa, o espírito-aranha, é amigo e adversário de outro grande espírito, Qat, o benevolente. Em versões conhecidas, Marawa representa a morte ou é ele que traz a morte para o mundo.

Algumas vezes a aranha é um animal que representa a alma. Na Sibéria ela é a alma liberta. Para os muícas da Colômbia, a aranha, em um barco feito de teia, transporta através dos rios das almas os defuntos que devem ir para o Inferno. Entre os astecas ela é o símbolo do deus dos Infernos. Para os montanheses do Vietnã do Sul, a aranha também é uma forma da alma, que escapa do corpo durante o sono. Matar uma aranha é portanto, arriscar-se a matar também um corpo que encontra-se adormecido.

Em muitos mitos indígenas as aranhas são associadas a Deusas Criadoras que nutrem, protegem e cedem certas dádivas como fertilidade feminina, força espiritual e habilidades mágicas.

Na cultura popular de algumas regiões da França, a aranha algumas vezes traz bom agouro e pode ser presságio de dinheiro extra. As superstições são variáveis, há quem diga que ao se ver uma aranha logo pela manhã, é sinal de chegada de uma tristeza. Mas, se ela for vista à noite, é esperança.

Os feiticeiros do Congo e de Gana recolhem cuidadosamente suas teias, pois por ser elásticas e muito resistentes, protegem contra os ferimentos e os venenos.

Na baixa Bretanha, afirmava-se que existiam aranhas-duendes, as quais, de dia, eram aranhas comuns, mas à noite, tornavam-se grandes e podiam até estrangular um homem, ou se tornarem forma de duende.

Créditos de pesquisa

à Rosane Volpatto

(levemente modificado)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

SER FEMINISTA?

Não sou feminista...embora em algumas conversas com algumas amigas via net ,elas digam que eu tenho um ponto de vista feminista,respeitar a mulher e a Deusa defender seus direitos e ser eu mesma é ser feminista?creio que não,até porque as feminista nada sabem do Feminino em si,apenas se preocupam em ser iguais aos homens em todos os sentidos algumas até tentam ter o mesmo nível de força física,tomando remédios asteróides e o escambal para ficar com o corpo mas forte,passando horas e horas em uma academia se privando de comer e de ler livros ou melhor lendo livros feito por homens para homem e para um mundo de homens...tudo bem a Alta Sacerdotisa só tem um aninho de vida e se pudesse teria começado mais cedo....mas enquanto ao MULHERES & DEUSAS que tem 8 anos (eu diria 9) escrevendo sobre a Mulher e a sua divisão interior sobre ela e sobre o feminino sagrado...ou ao menos o Feminino que ousamos dizer sagrado...sim porque no mundo de hoje só os santos e os padres são sagrados ......bem mas não sei se importa o que os outros sentem acredito que importe mais o que a gente sente por dentro e no coração....como sabem algumas das minhas visitantes meu estilo é totalmente feminino e meu jeito de pensar,falar,agir,conversar é um jeito feminino o que causou muitos atritos entre mim e minha mãe que durante algum tempo e até hoje pergunta se eu arranjo namorada...minha resposta é invariavelmente não....Hoje em dia pouco me preocupo com isso sei que não darei netos a minha mãe,não os netos de sangue como ela tanto deseja mas se possivel for quero adoatr umas meninas e crialas para que sejam diferentes das mulheres de hoje.....e claro que pretendo ensinalas educação mas uma coisa que vou deixar clara é que não precisam abaixar a cabeça para um homem para serem felizes....quero que minhas filhas tenham o que não tive :um amor livre e incondicional de mãe pra filha sem cobraças...pelo menos esse é meu sonho...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

TERRA MATER

Que esta Terra seja sempre fértil
e numerosos sejam seus frutos
Que estas ervas cresçam fortes Tenras e vigorosas
Que eu sabia Invoca la quando precisar de sua ajuda


Senhora ensine me os Mistérios Ocultos

Seja bondosa e mostrem o Seu poder

Deixe me fazer parte do seu poder


pois sabei que sou Tua
Senhora do céu e da Terra
Mãe das árvores e filha da natureza
Condutora do Destino


Guia me a morada de teus Desejos
Fazei me parte do Teu rito
assim como a lua faz parte do céu
Que eu seja banhada pelos seus raios de prata
Que eu seja eterna na sua presença


Senhora do Fluxos da Lua
e Da natureza
Permito me sentir o seu poder sem Culpa
Pois estou livre da Dor
Pois estou em sua presença sentindo-a e alimentando a
com o meu amor
para seu Caminho
que ele Seja a ponte até seu amor
Até o Seu amor
Até você


domingo, 26 de abril de 2009

AS TREZE MATRIARCAS



Ao longo dos tempos, entre os Kiowa, Cherokee, Iroquois, Sêneca e em várias outras tribos nativas norte-americanas, as anciãs contavam e ensinava, nos "Conselhos de Mulheres" e nas "Tendas Lunares", as tradições herdadas de suas antepassadas. Dentre várias dessas lendas e histórias, sobressai a lenda das "Treze Mães das Tribos Originais", representando os princípios da energia feminina manifestados nos aspectos da Mãe Terra e da Vovó Lua.

Neste momento de profundas transformações humanas e planetárias, é importante que todas as mulheres conheçam este antigo legado para poderem se curar antes de tentarem curar e nutrir os outros. Dessa forma, as feridas da alma feminina não mais se manifestarão em atitudes hostis, separatistas, manipuladoras ou competitivas. Alcançando uma postura de equilíbrio, as mulheres poderão expressar as verdades milenares que representam, em vez de imitarem os modelos masculinos de agressão, competição, conquista ou domínio, mostrando, assim, ao mundo um exemplo de força equilibrada, se empenhando na construção de uma futura sociedade de parceria.

Como regentes das treze lunações, as Treze Matriarcas protegem a Mãe Terra e todos os seres vivos, seus atributos individuais sendo as dádivas trazidas por elas à Terra. O símbolo da Mãe Terra é a Tartaruga e seu casco, formado de treze segmentos, simboliza o calendário lunar.

Conta a lenda que, no início da no nosso planeta, havia abundância de alimentos e igualdade entre os sexos e as raças. Mas, aos poucos, a ganância pelo ouro levou à competição e à agressão, a violência resultante desviou a Terra de sua órbita, levando-a a cataclismos e mudanças climáticas. Em conseqüência, para que houvesse a purificação necessária do planeta, esse primeiro mundo foi destruído pelo fogo.

Assim, com o intuito de ajudar em um novo início e restabelecer o equilíbrio perdido, a Mãe Cósmica, manisfestada na Mãe Terra e na Vovó Lua, deu à humanidade um legado de amor, perdão e compaixão, resguardado no coração das mulheres. Para isso, treze partes do Todo representando as treze lunações de um ciclo solar e atributos de força, beleza, poder e mistério do Feminino Sagrado . Cada uma por si só e todas em conjunto, começaram a agir para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo do perdão e da compaixão que iriam redimir a humanidade. Essa promessa de perfeição e ascensão iria se manifestar em um novo mundo de paz e iluminação, quando os filhos da Terra teriam aprendido todas as lições e alcançado a sabedoria.

Cada Matriarca detinha no seu coração o conhecimento e a visão e no seu ventre a capacidade de gerar os sonhos. Na Terra, elas formaram um conselho chamado "A Casa da Tartaruga" e, quando voltaram para o interior da Terra, deixaram em seu lugar treze crânios de cristal, contendo toda a sabedoria por elas alcançada.
Por meio dos laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade que une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura das pessoas. Cada uma das Matriarcas detém uma parte da verdade representada, simbolicamente, em uma das treze ancestrais, as mulheres atuais podem recuperar sua força interior, desenvolver seus dons, realizar seus sonhos, compartilhar sua sabedoria e trabalhar em conjunto para curar e beneficiar a humanidade e a Mãe Terra.

Somente curando a si mesmas é que as mulheres poderão curar os outros e educar melhor as futuras gerações, corrigindo, assim, os padrões familiares corrompidos. Apenas honrando seus corpos, suas mentes e suas necessidades emocionais, as mulheres terão condições de realizar seus sonhos.

Falando suas verdades e agindo com amor, as mulheres atuais poderão contribuir para recriar a paz e o respeito entre todos os seres, restabelecendo, assim, a harmonia e a igualdade originais, bem como o equilíbrio na Terra.


CONECTANDO-SE COM UMA MATRARCA(em qualquer lua)


Transporte-se mentalmente para uma planície longínqua. Ande devagar por entre os arbustos e diferente tipos de cactos, nascendo do chão pedregoso. O ar está calmo, o silêncio quebrado apenas pelo canto de alguns pássaros. Veja o Sol se pondo, colorindo o céu nos mais variados tons de dourado e púrpura.
No meio dos arbustos você enxerga uma construção rudimentar de adobe, meio enterrada no chão, lembrando o casco de uma tartaruga. Ao redor, há um círculo de treze índias, algumas idosas, outras jovens, vestidas com roupas e xales coloridos e enfeitadas com colares e pulseiras de prata, turquesa e coral. A mais idosa bate um tambor, as outras cantarolam uma canção que lhe parece familiar. Uma delas lhe faz sinal para que você se aproxime e você a segue respeitosamente.
Sabendo que chegou à Casa do Conselho, onde receberá apoio e orientação, você entra na estranha construção de teto, por uma abertura, descendo por uma escada rústica de madeira. Ao descer a escada, você se percebe dentro de uma "Kiva", a câmara sagrada de iniciação dos povos nativos. As paredes estão decoradas com treze escudos, cada um ornado de maneira diferente, com penas, símbolos, conchas e fitas coloridas. O chão de terra batida está coberto de ervas cheirosas e algumas esteiras de palha trançada. No fundo da "Kiva", você vê duas pequenas fogueiras, cuja fumaça sai por duas aberturas no teto. Esses "fogos cerimoniais" representam os dois mundos - o material e o espiritual - e as aberturas representam os canais ou "antenas " que permitem a percepção dos planos sutis. A fumaça representa o caminho pelo qual os pedidos de auxílio e as preces são encaminhados para o Grande Espírito.
No centro, perto de um caldeirão, está sentada a Matriarca que você veio procurar. Ajoelhe-se e exponha-lhe seu problema. Ouça, então, sua orientação sábia ecoando em sua mente. Peça, em seguida, que ela toque seu peito, acendendo assim o terceiro fogo, a chama amorosa de seu próprio coração. Sinta o calor de sua benção curando antigas feridas e dissolvendo todas as dores, enquanto a chama lhe devolve a coragem, a força, a fé e a esperança. Agradeça à Matriarca pela dádiva que lhe devolveu seu dom inato e comprometa-se a restabelecer os vínculos com a Irmandade das mulheres, lembrando e revivendo a sabedoria ancestral.
Despeça-se e volte pelo mesmo caminho, tendo adquirido uma nova consciência e a certeza de que jamais estará só, pois a Matriarca da Lunação de seu nascimento a apoiará e guiará sempre.

sábado, 25 de abril de 2009

GRANDE-HERA



Hera,Rainha de Argos
Alta Sacerdotisa,senhora do conhecimento sagrado
Filha da Grande Deusa Reia
És bela Hera
És bela,Virgem e bela
Grande Deusa
Senhora de Olímpia!!!
Feminina e Sábia como nenhuma outra
Senhora dos Céus e das Terras
Senhora das montanhas e das sementes e das mil Florestas
Senhora Mãe das bruxas e sacerdotisas
Nos somos suas representantes encarnadas era
então louvemos a sua face mais feliz
como Senhora absoluta do Olimpo
Deusa das Deusas
Mestra das Mestras
Deusa da Lua cheia
de alvos braços a se estender sobre a Terra
Vestida de Céu
Senhora de Todas as Coisas
ouça a minha prece
Ajude-me Hera a ser respeitada
em todas as situações
da minha vida que eu tenha parte do seu poder
Que assim Seja e assim se Faça
com paz luz e Tua Graça

MÃE INTERIOR





Mama Occlo, representa a xamã interior, a mulher de sabedoria, capaz do encontro consigo mesma. Neste âmbito, basicamente a mulher se conecta com Mama Ocllo por meio da meditação e, quando se encontra em sua fase lunar mais externa (no período menstrual), através da auto-observação e auto-contemplação.

O povo andino, alcançou nossos dias unidos por um espírito comum e reverenciando a Terra como sua Mãe. Eles possuem a mais alta das dignidades, trilham o caminho do entendimento equilibrado e têm o devido respeito pelos homens e pela natureza.

Quem tiver a sorte de caminhar pela Terra Sagrada dos Incas, cruzará com um xamã, o "Chaski", que peregrina pelas trilhas divulgando sua cultura. Ele lhe dirá, que hoje nosso Planeta está passando por transformações, caracterizadas pelo predomínio da energia feminina. Entretanto, isso não quer dizer, absolutamente, que o Mundo vai ser dominado pelas mulheres e, sim, que a Terra carece do plantio de sentimentos tão sublimes como os de uma mãe zelosa tem por seu filho mais querido. Só este tipo de sentimento fará brotar no coração dos homens o Lírio da Paz e consolidará o Amor Universal.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ORAÇÃO DAS MULHERES 2 parte

Enquanto os homens cantam hinos de louvor ao Homem
nos limpamos o mundo
Foram
nossas lagrimas lavam a alma e os corações
enquanto eles cantam a Cristo
nos choramos a Virgem
nos choramos a Madalena
nos choramos a Ísis
nos choramos as Deusas sujas que os homens esqueceram
choramos a nos mesmas e a nossa desgraça
nos choramos Mãe
Choramos
somos filhas de Eva
mas antes de tudo somos Liliths ,mãe
Somos Liliths
somos sagradas
porque fomos nos e não os homens
que choramos a Cristo
fomos nos que acreditamos no Amor de verdade
nos conhecemos a Verdade
mas pelos anos pelos 5000
fomos chamadas de mentirosas
mas nunca perjuramos aquilo que Cristo
secretamente nos pediu:
"Mulheres, zelai e cuidai pela humanidade
pois só as mulheres conhecem os segredos da vida,Zelai pela humanidade..."
Sim nos zelamos,mesmo sendo desgraçadas nos zelamos,
E mesmo que o homem
e seus longos dias aqui na Terra passarem
nos zelaremos pela sua Salvação
Pois antes do Homem
nos somos as Salvadoras
Somos as Deusas-Sol
Somos as Sabias
Amém

A ORAÇÃO DAS MULHERES

Oração as Mulheres

Nos somos as Mulheres
Somos as zeladoras da vida e do tempo

O amor e a caridade
fomos nos que ensinamos a Cristo
nos somos as mulheres
somos as sabias do tempo
somos as senhoras da Erva e da magia
da sabedoria e da alegra
também choramos as queimaduras da alma
nos somos as mulheres
as sereias do encantamento
nos livramos o mundo do tormento
nos curamos todos aqueles que buscam a cura
nos sabemos o´que é amor

nos somos as mulheres somos as Puras
Somos as impuras
somos mulheres que correm na floresta
que conhecem a voz dos mil espíritos de vida e de Luz
nos somos as mulheres aquelas que cuidam do povo
com amor e alegria nos somos as mulheres mãe
as mulheres mater
as mulheres alma
nos sofremos,mas mesmo assim o fazemos
mesmo assim o fazemos....

Amem

terça-feira, 21 de abril de 2009

CODIGO DA VINCI?

A conspiração
Recentemente esta história (épico, saga, mito) foi atualizada mais uma vez, através do livro de Dan Brown, O código Da Vinci. O livro, diferentemente das tentativas precedentes, teve o dom de transformar-se num fenômeno literário. Estima-se que o livro já tenha vendido cerca de 25 milhões de exemplares, em 44 idiomas, conforme matéria publicada em 21.04.05, no site http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u50416.shtml. No Brasil o fenômeno não é menos impressionante. As vendas já chegaram à casa dos 750 mil exemplares http://cbl.org.br/news.php?recid=1909. A matéria é de 11.04.05 e o acesso foi feito em 23.04.05. É preciso lembrar que no Brasil a tiragem média é de 3.000 exemplares e qualquer livro que chegue à casa dos 50 mil exemplares é considerado “best seller”. O livro tirou do limbo uma pequena editora.
Ainda que não se possa falar de uma obra literária no sentido grandioso do conceito, é preciso conceder ao autor, Dan Brown, o mérito de ter elaborado um “thriller” envolvente e ágil, como é a expectativa do leitor hoje. Lançando mão de enigmas, informações histórias e artísticas, morte, fugas espetaculares, muito suspense, reviravoltas e um final imprevisível, o autor criou um enredo vertiginoso que consegue segurar a leitura por 475 páginas.
No cerne de toda a história: um segredo religioso, evitado por milênios pela tradição cristã, personificada no romance na Igreja Católico-Romana, e zelosamente guardado e cultivado por uma irmandade milenar, fictícia, o Priorado de Sião. O motor, um tanto óbvio, da história é a tentativa de uma organização católico-romana, a Opus Dei, apossar-se definitivamente das provas que ameaçam a fé cristã, melhor, a forma assumida por esta fé na história do Ocidente.
Como diz Leigh Teabing, historiador britânico e pesquisador do Graal, “(...)os homens fazem muito mais para evitar o que temem do que para obter o que desejam” (O Código Da Vinci, p. 283). Este é a linha mestra do romance: os esforços para evitar que seja revelada a verdade que se teme. No fundo, qualquer romance estrutura-se em torno desta tensão: a dinâmica que se instaura para evitar que algo seja revelado ou os desdobramentos psíquicos ou sociais que o desvelamento de algo produz.
No fogo cruzado dos interesses estão uma criptologista e um simbologista. São vitais para a trama. Afinal, todo o desenrolar da história é marcado por uma sucessão de códigos engenhosamente guardados, à vista de todos, que precisam ser decifrados. Os códigos só podem ser decifrados se os símbolos milenares conhecidos forem devidamente relacionados. Os que prometeram guardar e zelar pelo poderoso segredo criaram uma teia fantástica de referências cruzadas, que somente reforçam o clima da terrível conspiração engendrada nos porões do cristianismo para ocultar a terrível verdade, a relação de Jesus com Maria Madalena e a ascendência dela sobre o incipiente movimento cristão. O poder foi ardilosamente subtraído das mãos das mulheres e manipulado pelos homens. Eis a suma da conspiração.
A teoria conspiratória que atravessa toda a história é o verdadeiro alimento das/os milhões de leitoras/res que se atiram vorazmente à leitura, esperando desvendar, ao final, o sinistro enigma da civilização ocidental, alicerçada sobre o cristianismo. Como diz Pamela Gettun, bibliotecária do Departamento de Teologia e Estudos da Religião do Kings College, em diálogo com o simbologista Robert Langdon e a criptologista Sophie Neveu, “todo mundo adora uma conspiração” (O código Da Vinci, p. 402). Esta referência meta-literária brinca com o fato de o próprio romance não estar fazendo outra coisa do que explorar esta sede humana por teorias conspiratórias. Dan Brown registra assim, com ironia, que tem plena consciência dos elementos com os quais está lidando. Brown, à semelhança do que tem acontecido amiúde no mundo das artes, não é um artista, mas um engenheiro. O único imponderável em seu trabalho é saber se serão 20 ou 30 milhões de exemplares vendidos.
O feminino
Nos momentos finais do romance, o simbologista Robert Langdon, um Sherlock Holmes repaginado, mantém um interessante diálogo com Marie Chauvel, lugar-tenente de guardiã do Graal. Ao temor de Langdon de que a insistência do Priorado em conservar em segredo a primazia do feminino na tradição cristã significava condená-la ao esquecimento, Chauvel retruca da seguinte maneira: “Estamos começando a sentir a necessidade de restaurar o sagrado feminino” (O Código Da Vinci, p. 466).
Inúmeras mulheres teólogas, militantes, feministas ao redor do mundo vêm, há décadas, chamando a atenção para o feminino na religião cristã (também teólogos, como Leonardo Boff, no Brasil). Sim, de fato é preciso admitir que o patriarcalismo, o machismo, o androcentrismo causaram muito dano à tradição cristã. Fizeram com que o evangelho não fosse anunciado em sua integralidade.
Duas idéias parecem reunir a diversidade de soluções apontadas nas discussões sobre o tema. De um lado há indicações de que é preciso restaurar o feminino no sagrado. De outro, de forma mais crítica, há vozes que pleiteiam um outro sagrado, um “sagrado feminino”. Do ponto de vista cristão, não há outro sagrado, mas o mesmo anunciado, pregado e vivido, ainda que com a restrição absurda de uma dimensão divina inegável: o feminino. Importa, então, recuperar esta dimensão. Obviamente este processo é conflitivo. Lutamos por não admitir que houve esta parcialidade histórica na mensagem cristã, lutamos por preservar privilégios masculinos, lutamos por negar a verdade. Trabalhamos para ocultar as pegadas da dimensão feminina do sagrado na história da fé cristã. Para tudo isso, a parcialização da mensagem do evangelho foi instrumento. O evangelho, tolhido de sua dimensão feminina, serviu de forma hedionda a esta causa.
Entretanto, não é provável que se trate de uma conspiração que resolveremos desvendando enigmas. Uma conspiração termina quando a verdade é finalmente revelada. O que temos é mais do que isso. É algo mais persistente, mais arraigado, mais entranhado em nossas vidas. É algo que resiste à verdade, às evidências, que é refratário a toda luta por emancipação e libertação do feminino. É certamente algo mais profundo e mais triste. Trata-se de uma terrível verdade humana: a luta marcada por interesses nem sempre conscientes, nem sempre claros. Em tudo isso está a inegável marca da existência humana que, em linguagem cristã, chamamos de pecado. É o pecado que permeia as obscuras relações que historicamente, humanamente, traçamos com o sagrado, tingindo-as com as cores da culpa, do medo, do ódio, da violência, da intolerância, do preconceito, da exclusão, do apego ao poder e aos privilégios, etc.
Contudo, o resgate da dimensão feminina do sagrado não pode tornar-se prisioneira de uma teoria conspiratória ou complô. Vale, então, alertar que transformar a causa da dimensão feminina do sagrado em uma luta por desvendar uma conspiração é subtrair-lhe o tema, é trair-lhe a causa, transformando-a num jogo pueril de decifrar enigmas. Obviamente há muitos enigmas na história de obscurecimento do feminino levada a cabo no cristianismo, mas a luta feminista não se resume a decifrar estes enigmas num jogo de entretenimento sem quaisquer pretensões maiores do que o divertimento.
As mulheres envolvidas nesta causa não buscam um passatempo substitutivo ao cuidado da casa, da família, dos bordados, etc. É uma causa e não uma ocupação. E esta causa não é das mulheres, mas humana. Seremos e estamos sendo todos e todas engrandecidos/as por ela. É preciso lutar contra tudo que queira tirar-lhe dignidade, ainda que seja um romance que fez com que o tema chegasse à consciência de 20 milhões de leitoras e leitores.
O sagrado
O desenlace da história dá-se em forma de um diálogo entre uma mulher sagrada, uma mulher sábia, Marie Chauvel, e o detetive-simbologista, Robert Langdon. O seu interlocutor é o curioso, o buscador, o intelectual, o inquiridor. Sintomaticamente, no romance ele é um simbologista. Uma pessoa que procura conexões extraordinárias, secretas, abscônditas entre os símbolos. Ela, por sua vez, provisoriamente no lugar de guardiã do Graal, dá a verdadeira profundidade à busca que havia guiado os heróis até aquele momento.
Naquela altura do romance, a heroína criptóloga, Sophie Neveu, chegara ao fim de sua jornada pessoal, pois encerrara o seu autodescobrimento. Ela havia descoberto quem era. Langdon, no entanto, precisava continuar. Ele insistia e resistia. Procurava as conexões. Ele ainda não havia encerrado a busca. Ele insiste que o segredo do Graal precisa ser revelado, pois, do contrário, perder-se-á definitivamente. Entretanto, Marie Chauvel afirma que a irmandade sempre entendeu que o Graal “jamais deveria ser revelado” (O Código Da Vinci, p. 466). Ele não pode acreditar. Ele quer decifrar os últimos elementos simbólicos. Pede a ajuda de Chauvel. Ela ri deste esforço, desta resistência ao fato de os símbolos permanecerem obscuros, remetendo sempre a outros símbolos.
A linguagem dos símbolos é, por excelência, a linguagem do sagrado. O sagrado só sabe falar por símbolos, metáforas, imagens. Na verdade, o simbologista Langdon já havia tropeçado com a verdade em um livro que acabara de escrever – pesquisar e escrever livros era sua vida – mas não conseguia ver. Para esses que vêem sem conseguir enxergar, Marie Chauvel tem uma resposta simples: “(...) há muitas formas de se ver coisas simples” (O Código Da Vinci, p. 469). Sim, uma dessas formas é complicar, é procurar a conspiração, a conexão secreta ou mágica, que, se não está na coisa, está em nossa capacidade de extrair conexões engenhosas entre os símbolos.
Jesus contava parábolas. Elas nos parecem difíceis, complicadas. São histórias simples, é linguagem comum. É verdade, há camadas de sentido em toda história simples. São, no entanto, histórias que falam de fatos do cotidiano. Nós complicamos porque queremos um tratado lógico ou então buscamos conexões e vínculos secretos, misteriosos, sugerindo uma conspiração fantástica. Jesus dá graças ao Pai, dizendo: “(...) ocultastes estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos” (Mt11.25). Paulo também volta a esta idéia, enfatizando que Deus escolheu as coisas simples, fracas, humildes, loucas para envergonhar os sábios e a sabedoria (1 Co 1.18-31). O fato é que preenchemos o sentido da busca, da jornada das mais diversas formas (O Código Da Vinci, p. 466). Invariavelmente preenchemos erroneamente. Trocamos o acessório pelo essencial.
Marie Chauvel despede-se de Langdon lamentando que ele, não obstante tanto esforço, retorne sem “nenhuma resposta concreta”. Ela consola-o dizendo: “Um dia vai descobrir” (O Código Da Vinci, p. 470). Enfim, sobressaltado por um sonho, Langdon encontra a resposta. Corre ao encontro dela e, então, ajoelha-se. O herói do romance alcança, enfim, a sua redenção. A jornada produziu nele o efeito que toda jornada, também a do Graal, deve produzir: uma transformação. A busca do divino não reside na posse da verdade, mas em ser possuído pela verdade e então se deixar transformar por ela. A jornada não consiste em desvendar o mistério de Deus, mas sermos por ele desvendados. É de novo Marie Chauvel quem nos revela esta verdade simples: “(...) o Graal jamais deveria ser revelado. (...). É o mistério e a maravilha que alimentam nossas almas, e não o Graal em si. A beleza do Graal reside em sua natureza etérea.” (O Código Da Vinci, p. 466)
Isto equivale a dizer que ao mistério cabe ser e continuar sendo mistério. Mistério desnudado transforma-se em posse humana, pois se esvazia ao nos encher de sabedoria. Cheios de saber e poder cremos ter possuído a verdade. O mistério, o verdadeiro mistério, não é jamais desnudado ou esvaziado. Mistério revela-se! A ação de comunicar-se está nele, não em nós. Mistério revela-se continuamente e permanece Mistério. Há nele algo sobre o mundo e sobre nós que escapa continuamente. O mistério é revelação e, no entanto, é mistério sempre. Esta é sua verdade! A nossa verdade reside na busca, jamais no descanso satisfeito da resposta encontrada. As verdades circunstancialmente encontradas são traiçoeiras, pois a nossa tentação é ceder ao cansaço ou ao prazer de contemplá-las como se fossem definitivas. Lembremo-nos, no entanto, que “(...) agora vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face” (1 Co 13.12).

por incrivel que parece isto foi retirado de um sitie luterano:
http://www.luteranos.com.br/mensagem/artigo_codigo.html

conversa animada

Serena Luna diz:
oi
Gaia Lil diz:
oi
oi serena
como estas:?
Serena Luna diz:
estou muy bien e usted?
Gaia Lil diz:
estou um pouco incorformada
Serena Luna diz:
ops...porque...com que?
Gaia Lil diz:
sei la....vejo mulheres so canalizando mestres masculinos
por isso não aprecio essas milhares de mensagens que me enviam
sou meio atrevida
e por isso vou enviar outra mensagem que ja enviei milhares de vezes
rs
o titulo é
A SEPREMA IRONIA
Serena Luna diz:
humm
Gaia Lil diz:
Suprema
rs
rs
mais uma coisa:
Nessa altura Morgana sente o poder da Deusa invadindo-lhe o corpo e a alma, inundando-a. Ela segura a taça a taça e fala como a Deusa:" Sou todas as coisas - Virgem e Mãe e Aquela que dá a vida e a morte. Ignorai-me e poreis a vida em risco, vós que invocais outros Nomes...sabei que eu sou a Única." E então, a taça, a âmbula e a lança, as Sagradas insígnias da Deusa, desapareceram por magia,
por magia, levadas para Avalon de forma a não serem jamais procuradas por sacerdotes e homens que A negam, e os cavaleiros espalham-se pelos quatro ventos em busca do Graal.
In AS BRUMAS DE AVALON
Serena Luna diz:
sim, este livro é muito legal
Gaia Lil diz:
sim
venho estudando
e notei
que não temos reais mestras femininas atualmente
mesmo Kuan Kin
representa um ideal masculino de femininiade
aquela que é humilde e abandona a propria liberdade para cuidar dos outras
abre mão do proprio nirvana
Serena Luna diz:
mas foi escolha dela, nada lhe foi imposto a escolha da deusa no aspecto de mãe, que protege e cuida dos filhos
Gaia Lil diz:
sim
mas mesmo assim o ideal é numa base masculina
vc ja viu
alguma mestre que representace o poder da Deusa em sua totalidade?
não
Serena Luna diz:
uaié simples...pq não existe nada na face da terra e nem no universo que só masculino ou só feminino.somos um misto de ambos um não pode existir sem o outro SOMOS UM, e no UM está contido os 2 principios
Gaia Lil diz:
sim,mas não adiante neutralizar as coisas
a mulher nunca é sitada em nenhum dos papaeis historicos
no entanto é ela quem zela e olha a humanidade des dos inicios dos tempos
somos tudo ,mas se anulamos uma parte da totalidade somos incompletos
assim so a parte masculina foi representada ao longo dos seculos
a parte feminina não
por isso não á totalidade no sentido completo da palavra
Serena Luna diz:
entendo seu ponto de vista, mas numa civilização masculina. tambem teve grandes mulheres que influenciaram, mesmo que aparecendo ou atuando nos bastidores para alegria de muitos.na propria historia do reinado de Artur, a gde influencia era de Guinevere, sua esposa e todos sabiam disso.No egito, nefertari, a esposa de akhenaton comandava o pais ao seu lado, mto mais atuante até do que ele proprio
onde se lê nefertari leia-se NEFERTITI
Gaia Lil diz:
sim ,entendo
mas creio que ja podemos assumir uma nova postura
para diante do feminino
lembrando que a primeira consciencia a nascer da divindade foi a feminina,e não a masculina como o patriarcado alega
a mulher antes filha da deusa
torna se filha do pai
diminuindo a
na biblia temos uma pequena sitação
a mulher ao entrar na igreja não foi feita
a imagem de deus e sim do homem
por isso ela deve cobrir sua cabeça
mas o homem
feito a imagem de deus
não deve cobrila
pos ele ja é sagrado
quando nas sociedades antigas ambos eram.
Serena Luna diz:
questão cultural pois na tradição judaica, homens cobrem a cabeça quando entram na sinagoga.acho que você tem uma visão feminista demais .rs
Gaia Lil diz:
não sou feminista
sou antropologamente lucida (utilizei uma frase que lembrei na hora depois vou procurara saber a autora)
Serena Luna diz:
eu penso que a deusa ou as mulheres não estão mais preocupadas com quem aparece mais ou menos
Gaia Lil diz:
muito pelo contrario querida
a varios ovimentos acontecendo pelo resgate do Feminino sagrado e da liberdade feminina
Serena Luna diz:
pois a mulheres vencem pela emoção/coração não precisam se impor.porque esta é arma masculina
Gaia Lil diz:
mais ou menos
o é realmente uma habilidade masculina
mas a mulher tambem precisa se impor
se não sera esquecida como foi no passado
ela foi esquecida dos sistemas filosoficos religiosos e politicos
mas na verdade a espreção suprema do sagrado(original) é feminina
encobrir com o pano
e dizer que as mulherees gostam do lugar que estão não cola
na verdade
o distanciamento da Deusa e da mulher é um dos grandes motivos dos problemas sociais e politicos
Serena Luna diz:
vamos ficar aki debatendo a tarde inteira e não vamos chegar a lugar algum porque eu sustento a minha opnião e você a sua sabe aqui em sampa sempre tem estes encontros de resgate do feminino.destinado às mulheres com baixa auto-estima .às mulheres que perderam parte de si mas isso sempre existiu, porque é inerente ao ser humano haja vista que em toda a historia e toda epoca,
sempre houve mulheres (e não foram poucas) que estiveram à frente de discuções e estrategias politicas houve e sempre terá assim tambem como teve e sempre terá homens que não agem baseados somente nos principios "masculinos"
tem sensibilidade tambem
bem esta é minha opinião
Gaia Lil diz:
não quis dizer que os homens não possuem sensibilidade
eu quis dizer que os homems que não entram em contato com seu lado Feminino,seja atraves de sua mãe ou de uma mulher ou amiga não tem sensibilidade
a mulher é aquela que desperta a sensibilidade no homem
apartirtdo momento em que o homem
aceita a mulher que a em si
sua sensibilidade é despertada.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

ANTES DA SACERDOTISA....VEM A BRUXA!!!!


O que é ser Bruxa? Que misterioso significado carrega essa tão fascinante palavra? Ser Bruxa é é necessariamente ser adepta do new age? É ter um caldeirão? É fazer feitiços? Andar de preto? Pendurar um pentagrama no pescoço? É carregar títulos, ter iniciação, prever o futuro, ter poderes paranormais, jogar pragas? O que é ser Bruxa volto a perguntar...
(...)
Em primeiro lugar, quero dizer que uma Bruxa não segue necessariamente a Bruxaria (Tradicional, Wicca e qualquer outra tradição), ela pode ser a humilde benzedeira, ela pode ser a católica, a camponesa, a cozinheira, a parteira e etc, etc... A verdade é que todos nós temos um poder guardado,e que foi se atrofiando com o tempo, e que podemos despertar e utilizar independente do caminho que decidimos tomar e isso prova que as Bruxas não são nem diferentes nem mais especiais que ninguém.

Ser Bruxa é colocar toda essa energia atrofiada para funcionar em nosso favor e ao favor do próximo, é praticar a filantropia, é ser universal, é entender e manipular o microcosmo¹ em junção do macrocosmo² para promover a cura, o amor e entendimento da alma. Quando sentimos o poder flui(não o poder egocêntrico), temos um olhar muito mais aguçado e muito mais poético, pois entendemos o mundo; muitas religiões gostam de afirmar que não somos desse mundo, pois ele é de pecado', não, não se enganem, não é o mundo que é mal, mas sim as pessoas que o tornam cruel, devemos fazer do mundo a nossa agradável morada, pois ele em si é uma manifestação de Deus/Deusa (ou como preferir ver a Divindade).

A verdadeira Bruxa quando observa o por do sol, fecha os olhos e sente a alma expandir, ela sente que é tudo, e que entende tudo e consegue traduzir o canto universal, esse misterioso chamado que nos proporciona tão grande bem estar e plenitude de ser. Quando a Bruxa vê a lua, sente que entre elas existe uma ligação muito intima, pois ambas possuem ciclos, fases, ser Bruxa também é isso, é identificar as analogias entre a natureza e o 'Eu' e ver que o que está em cima é o que está embaixo. A Bruxa possui a sabedoria conseguida através da maturidade e das muitas experiências, sem contudo perder o coração doce da criança que descobre o
mundo. De suas mãos brotam a Arte em todos os sentidos, ela tem amor por tudo que faz, tem o toque delicado que acaricia as flores, que tenta tocar as estrelas, que tenta tocar o infinito. Todas sabem que a natureza é uma Mãe sábia, ela nos dá, mas também tira, e que devemos ser sagazes, sermos fortes, e que um dia todos sem exceção, voltaremos para ela, para o grande Útero Universal.

Autor: Moon's tears
(Recebido através da Artémis)
Publicada por Rosa Leonor in: MULHERES & DEUSAS
A FETICEIRA E O MAR
As ondas molhavam as tenras marcas da areia, gaivotas em suas brancuras corriam nas espumas marítimas.
O sol, em seu poente, gritava as palavras alaranjadas de um findar tardio.
Com os pés despidos e cabelos contra o vento, dançando em sintonia com as marés, caminhava a mulher, feiticeira dos mares.
Sentia em sua essência as quebrantes ondas que da água se tornavam belas e formosas.
A praia se marcava com os sorrisos da bruxa litorânea, os rochedos honravam aos Deuses e velavam pela criatura fêmea dos mares.
O frio salgado do oceano tocava seus pés, a areia suave e macia circulava em suas mãos, seu espírito voava nas brisas contornando o horizonte de emoções e sensações.

As pegadas da feiticeira contavam a história de encarnações e magias, a história da coragem de mulheres.
Seu vestido tinha as bordas úmidas e seus longos cabelos moviam-se em harmonia com as aves, ao céu.
Feliz, destemida, segura, amorosa, a bruxa dirige-se ao mar, passo após passo, sorrindo.
O banho de bênçãos no infinito Atlântico da Deusa, o corpo da filha afundava na transparência das águas e de seu próprio espírito.
Flutuava, com os olhos cerrados, confiando no natural fluxo da Grande Mãe.
Sentia os peixes, os ventos, as espumas, as ondas, as baleias, os barcos, as algas, o oceano.
Os sons das gaivotas, do quebrar das ondas e das espumas perpetuavam o momento sagrado inundando de palavras compreensíveis àqueles que as sentem.

Abrindo os olhos, a feiticeira via as nuvens peregrinas cursando para o infinito.
Levanta-se de seu leito aquático e retorna para as margens terrenas. Sua visão fixa o poente, o sol partira, sacrificado para o início do infindável ciclo.
Com um ligeiro olhar por detrás de seu ombro direito, a bruxa ri o agradecimento pelas dádivas de sua Mãe-Terra.
Seus pés ganham vida em uma eterna corrida de renascimento, dançando e exprimindo a felicidade de ser mulher.
Aonde os rochedos se curvam e as areias da praia juntam-se ao mar, corre a bruxa, guerreira das vidas, senhora do mar, fêmea dos oceanos.
E com um de seus saltos espirais, a feiticeira desaparece de vista, sua presença sempre é sentida nas brisas que percorrem os mares das vidas.




OLHOS


Meus olhos curzam e percruzam caminhos
quem sou?
para onde irei?
perguntas impossiveis brincam em minha mente
como pequenos espiritos abissais,
circulares, fingindo se de fadas
Dancentes em volta do Rito
Em divagações,onde espirais azuis se encontram
Caminhos multi coloridos
Textos e contra-Textos
Caminhantes errantes
pelo vago esperma da mente
indo para cima e para baixo
a procura de algo?
Alma?
NÃO
a procura de algo mais embaixo...

SOU MATER



Sou um Vento profundo,

Uma lágrima

uma profanação
sou um

esconderijo
aonde tudo vem
tudo vai
sou o vento e a lua
sou todas as coisas
sou a musica
que faz o corpo sentir a alma
sou o meu próprio santuário
quando pisar na terra
pise com carinho
pôs esta pisando no meu corpo
sou a vida que tudo gera e mantém
sou a Mãe silenciosa
sou a Mãe generosa
sou vida
Hilathi

sou Vida

ORAÇÃO DE LILITH
Que eu jamais seja controlada
nem pela luz nem pelas trevas
sou sou a manifestação da Deusa na terra
que não aja fogo ou fogueira capaz de me deter
que jamais aja forças no patriarcado para me controlar
pois sou um ser livre
sou uma mulher-serpente
sou filha do sol e da lua
por isso não posso ser controlada
posso ser conduzida pelo Poder da Mãe
mas jamais controlada
não existem forças no céu ou na terra
capaz de me deter
pois sou uma mulher indomada
sou o principio feminino
sou Lilith
amem

domingo, 19 de abril de 2009

BAUBO:O PODER DA ALEGRIA




Baubo é uma antiga Deusa Grega do Ventre, conhecida também pelo nome de Iamba, era esposa de Dysaules e mãe de Mise. Em suas representações não possui cabeça, e sim um rosto que aparece no torso.

Sua história nos chega da Antiga Grécia, quando Deméter era a Deusa Mãe da Terra e todos os dias passeava pelos prados para cuidá-los, garantindo assim que houvesse abundância em nosso planeta. Regava as plantas, fazia florescer as árvores, sempre acompanhada da filha Perséfone que amava profundamente.



Um certo dia, Hades, o Deus dos Infernos seqüestrou Perséfone e a levou para as entranhas da terra.
Deméter caiu então, em profunda depressão. A terra reflete seu desespero e os campos se tornam estéreis.



Deméter em sua peregrinação atrás da filha chega a um lugar chamado Eleusis chorando muito.
A pequena ama Baubo, vendo-a tão desesperada, acercou-se dela dançando, levantou sua saia e mostrou sua vulva. Deméter sorriu e Baubo abraçou-a e disse-lhe que como Deusa da Terra, ela não poderia ser destruidora e sim transformadora. Em seguida continuou contando-lhe histórias bem picantes e engraçadas. As duas riram muito juntas até que a Mãe da Terra adquiriu novas forças para ir em busca da filha. A Terra riu com as Deusas, a Terra Floresceu.

A dimensão contagiante da alegria e do riso sagrado, junto com as festividades e cerimoniais em que se vê envolto, afasta a humanidade de seus pesares que constantemente os aferroam, afirma a vida e vence os temores da morte e da esterilidade.
Através da alegria e do riso nos esquecemos dos limites de nossa existência, além de nos ajudar a vencer obstáculos que põem em perigo a continuidade da vida.



Baubo é a Deusa radiante, amante do sorriso. Ela é a combinação de impulso sexual, natural e instintivo, e da arte altamente elaborada de amar.

Baubo vive em cada uma de nós, é a capacidade que todas nós temos de nos levantar e seguir em frente depois de um momento triste. De apostar no riso, como auxiliar na cura de nossas depressões. Baubo nos faz ainda entender como é poderoso, belo e mágico o corpo feminino. Qualquer que seja sua forma e seu tamanho, nosso corpo é único e, portanto, especial. A maioria das mulheres ainda se deixam prender na teia da propaganda que nasce do mundo do consumismo popular.

Comparando-se às outras, em vez de apreciar o que ela própria é, se tornará cativa daquilo que ela erroneamente identifica como defeitos pessoais.



Os germes de desprezo pelo corpo nos foi passado pelas primeiras décadas do cristianismo e acabaram infectando toda a consciência ocidental. A capacidade do homem de criar hoje vida em laboratórios, com seleção do DNA, é típica do desprezo pela matéria enquanto "matéria" e pelo processo natural de seleção e adaptação. Mas é deste modo, que a mente científica tenta nos colocar fora da natureza, reforçando a persistente alienação do corpo que teve início na era cristã.

Muitas pessoas ainda hoje, se sentem desamadas, ou até indignas de ser amadas e muitas ainda, tem a certeza de terem perdido a capacidade de amar. Mas este vazio difuso de que as pessoas se queixam pode ser explicado em termos de perda da conexão com a Deusa, aquela que renova a vida, traz o amor, paixão e fertilidade. É a Deusa Baubo que faz a ligação com uma camada importante da nossa vida instintiva, nos trazendo de volta o riso, a alegria, a beleza e a energia criativa que une a sexualidade com espiritualidade.



Hoje já não temos a oportunidade de segurarmos a imagem da Deusa com o carinho de antigamente, pois a mente racional simplesmente relegou-a a categoria de práticas pagãs arcaicas. Entretanto, no corpo do pensamento psicológico, as imagens das Deusas são consideradas "arquétipos". Arquétipos são formas preexistentes que integram a estrutura herdada da psique comum de todas as pessoas. Essas estruturas psiquícas são dotadas de densidade emocional e quando ativadas tem o poder de transformar o nosso consciente.

Acredito, que Deusas como Baubo, segura e confiante em seu corpo e sua sexualidade, pode nos ensinar a adquirirmos confiança em nós próprias, para que possamos compreender que a nossa sensualidade com seus impulsos naturais não são pecaminosos e sim um dom divino.



ENTENDENDO A SEXUALIDADE SAGRADA



Baubo é uma antiga Deusa da Grécia associada a sexualidade sagrada. É também um arquétipo da vida, da morte e da fertilidade. A sexualidade sagrada, a fertilidade e a imortalidade são conceitos que estão unidos na concepção mágica dos povos antigos. A representação da vulva não é mais do que a perpetuação do feito mágico do nascimento. Toda a criação é um mistério numinoso, um segredo de que a humanidade freqüentemente "se afasta", em uma atitude que, mais tarde, é erroneamente interpretada como "vergonha". Na figura da Deusa Baubo, o seu ventre representa o símbolo numinoso da fertilidade. Enquanto que na posição frontal, toda a nua feminilidade da Deusa é permeada pelo numinoso que dela emana como fascinação, essa limitação à zona do ventre ou do útero expressa do aspecto inumano e grotesco, a autonomia radical do ventre aos "centros superiores" do coração, seios, cabeça, e assim entroniza-o como sagrado.



A Deusa Baubo reflete três aspectos particulares da existência humana: idade Anciã (chegada da menopausa), Mulher Fecunda e poder pessoal transformativo.

Baubo é uma Deusa Anciã irreverente e alegre com sua sexualidade, que vem lembra-nos que sexo é amor e prazer e é, sobretudo mágico. Ela chega as nossas vidas para dizer:

-"Vamos comemorar! Nós temos nossos úteros, nossas vulvas, nossa vida. Vamos dançar!". Tente... não custa nada, dançar e rir ainda é de graça. Coloque a palma de suas mãos um pouco abaixo centro do abdomen (em cima do útero) e embale-se em uma dança improvisada. Quando estiver pronta ria alto e o quanto puder. Rir é contagioso, portanto, a partir de hoje sorria muito e infecte o mundo com a epidemia de seu sorriso.

DEUSA SUJA


Há um ser que vive no subterrâneo selvagem das naturezas das mulheres. Essa criatura faz parte da nossa natureza sensorial e, como qualquer animal completo, possui seus próprios ciclos naturais e nutritivos. Esse ser é curioso, gregário, transbordante de energia em certas horas, submisso em outras. Ele é sensível a estímulos que envolvam os sentidos: a música, o movimento, o alimento, a bebida, a paz, o silêncio, a beleza, a escuridão.

É esse aspecto da mulher que tem cio. Não um cio voltado exclusivamente para a relação sexual, mas para uma espécie de fogo interior cuja chama cresce e depois abaixa, em ciclos. A partir da energia liberada nesse nível, a mulher age como lhe convém. O cio da mulher não é um estado de excitação sexual, mas um estado de intensa consciência sensorial que inclui sua sexualidade, sem se limitar a ela.

Muito poderia ser escrito acerca dos usos e abusos da natureza sensorial feminina e sobre como as mulheres e outras pessoas atiçam fogo à revelia dos seus ritmos naturais ou tentam extingui-lo por completo. No entanto, em vez disso, vamos focalizar um aspecto que é ardente, decididamente selvagem e que transmite calor que nos mantém aquecidas com boas sensações. Na mulher moderna, essa manifestação sensorial recebeu pouquíssimo atenção e, em muitas regiões períodos, foi totalmente eliminada.

Existe um aspecto da sexualidade feminina que, nos tempos remotos, era chamado de obsceno sagrado, não na acepção que damos hoje em dia ao termo, mas com o significado de uma sabedoria sexual de uma certa forma bem-humorada. Havia outrora cultos a deusas que eram voltados para uma sexualidade feminina irreverente. Longe de serem depreciativos, eles se dedicavam a ilustrar partes do inconsciente que ainda hoje permanecem misteriosas e em grande parte desconhecidas.

A própria ideia de sexualidade como sagrada e, mais especificamente, da obscenidade como um aspecto da sexualidade sagrada, , é vital para a natureza selvática. Havia deusas da obscenidade nas antigas culturas matriarcais - assim denominadas por sua lascívia astuta, porém inocente. Contudo, a linguagem, pelo menos no inglês, dificulta a compreensão das "deusas sujas" como algo que não seja vulgar. Eis o que a palavra sujo e outros termos a ela relacionados significam. A partir deste significados, creio que ficará claro porque motivo esta antiga adoração às deusas foi empurrada para baixo do pano.


Há alguns anos, quando comecei a contar "histórias de deusas sujas", as mulheres sorriam e depois riam ao ouvir os feitos de mulheres, tanto verdadeiras quanto mitológicas, que usavam a sua sexualidade, sua sensualidade, pra transmitir uma ideia, para amenizara tristeza, provocar o riso e, desse modo, corrigir algo que estivesse desencaminhado. Eu também me comovi com a forma pela qual as mulheres se aproximavam do limiar do riso a respeito desses assuntos. Elas primeiro precisavam colocar de lado tudo que lhes dizia que isso não seria sinal de boa educação.

Percebi como essa atitude de "boa educação" nas situações erradas realmente sufocava a mulher em vez de permitir que respirasse. Para rir, você precisa ser capaz de soltar o ar e inspirar de novo rapidamente. sabemos a partir da cinesiologia e de terapias do corpo, como a Hakomi, que respirar significa conhecer nossas emoções, que, quando queremos parar de sentir, interrompemos a respiração prendendo-a.

No riso, a mulher pode começara respirar de verdade e, ao fazê-lo, ela talvez comece a ter sentimentos censurados. E quais poderiam ser estes sentimentos? Bem, eles acabam não sendo sentimentos, mas alívio para os sentimentos e, em alguns casos, curas para os sentimentos, como por exemplo, a libertação das lágrimas contidas ou de lembranças esquecidas, ou ainda a destruição das amarras que prendiam a personalidade sensual.

Ficou evidente para mim que a importância dessas antigas deusas da obscenidade estava na sua capacidade de soltar o que estava muito preso, de fazer dissipar a melancolia, de trazer ao corpo uma espécie de humor pertencente não ao intelecto, mas ao próprio corpo, de manter desobstruídas as passagens. É o corpo que ri das histórias de coiotes, das histórias de Tio Trungpa, das frases de Mãe West, entre outras. As deusas sujas fazem com que uma forma vital de medicamento neurológico e endócrino se espalhe por todo o corpo."


in:Mulheres que correm com os lobos

O FEMININO SUBTERRÂNEO

ERESHKIGAL,


A DEUSA DO SUBTERRÂNEO




Fui até lá de livre vontade.
Fui até lá com meu vestido mais lindo, minhas jóias mais preciosas e minha coroa de Rainha do Céu.
No Inferno, diante de cada um dos sete portões, fui desnuda sete vezes de tudo o que pensava ser, até que fiquei nua daquilo que de fato sou.
Então eu a vi:
Ela era enorme e escura e peluda e cheirava mal.
Tinha cabeça de leoa, patas de leoa e devorava tudo que estivesse à sua frente.
Ereshkigal, minha irmã
Ela é tudo o que eu não sou
Tudo o que eu escondi
Tudo o que eu enterrei
Ela é o que eu neguei
Ereshkigal, minha irmã,
Ereshkigal, minha sombra,
Ereshkigal, meu eu
.


Ereshkigal é a Deusa Suméria, Rainha dos Mortos e do Mundo Subterrâneo. Seu nome significa "Senhora da Grande Habitação Inferior". Entretanto antes de ser relegada ao "kur" (palavra que significa Mundo Inferior), era uma Deusa dos grãos e morava na parte superior da terra. Caracterizava portanto, o crescimento dos cereais. Como Deusa dos grãos, era conhecida como Ninlil, sendo esposa de Enlil, um Deus Sol de segunda ordem. Como mulher deste Deus, foi violentada por marido diversas vezes, oculto em vários disfarces. Mas acabou sendo castigado pela violência perpetrada e mandado para o mundo inferior, onde toma o nome de Gugalana. A Deusa, entretanto, amava muito seu marido e seguiu-o, tornando-se então, Ereshkigal.

Sua violentação é análoga com a história de Perséfone, mas mostra a potência primitiva e paradoxal de forma mais crua, havendo em Ereshkigal muita das Gógonas e da Deméter Negra: o poder, o terror, as sanguessugas sobre a cabeça, o olhar terrível congelando a vida, a ligação íntima com o não-se e o destino. A Deusa contém e personifica as regras do mundo inferior, ao sentar-se frente aos sete juízes para receber aqueles que vêm até ela através dos sete portões de sua casa de lápis-lazúli. Em alguns mitos seu consorte era Ninazu (deus da cura) e em outros, Nergal (deus da peste, da guerra e da morte).

A violentação da Deusa, estabelece ainda, o domínio do masculino sobre a vida em sociedade, relegando o poder feminino e a fertilidade ao mundo inferior.

Em uma das primeiras violentações Ninlil-Ereshkigal por Enlil, nasceu Nana-Sin, o Deus Lua, nascido no mundo inferior antes de levantar-se para iluminar o Céu e medir o tempo com seus ciclos. Nana-Sin é o pai de Inanna, sendo portanto, Ereshkigal sua avó nessa genealogia. Ereshkigal tornou-se um símbolo da morte aterrorizada para o mundo patriarcal e foi banida para o subterrâneo. Como Kali, Ereshkigal, através do tempo e do sofrimento, dos quais, entretanto, jorra avida. Ela simboliza o abismo, que é a fonte e o fim, a base de todos os seres.



Os domínios de Ereshkigal representam uma única certeza: de que todos nós um dia morreremos. Mas devido esta certeza, esse reino é a manifestação do desconhecido, onde a vida consciente se encontra em estado de adormecimento.

O vizir de Ereshkigal chamava-se Namtar, "destino". O reino da Deusa tinha legalidade própria, à qual os Deuses da Suméria se curvavam. É a lei do grande subterrâneo, lei da realidade, das coisas como elas são, uma lei natural pré-ética e freqüentemente aterrorizadora, que sempre precede os julgamentos do superergo patriarcal e daquilo que gostaríamos que acontecesse. Mas Ereshkigal nunca aflorava em seu aspecto terrível. Quando os Deuses realizavam suas festas, pediam que alguém fosse buscar sua comida. Mas ela não é antagônica ao masculino, pois vivia rodeada de juízes, consortes e criados são homens e ela gera e dá à luz a meninos. Portanto, contrariando tudo o que já foi escrito, esta Deusa nos sugere que a consciência das camadas profundas do psique não é uma adversária da consciência patriarcal.



INANNA E ERESHKIGAL



Ereshkigal era irmã-avó de Inanna, que desce até seu território para assistir os funerais Gugalana (marido de Ereshkigal). Mas ela se enfurece e exige que a Deusa do Mundo Superior seja tratada de acordo com as leis e ritos destinados a todos que entram em seu reino: deverá ser trazida até sua presença nua e curvada.

Seu vizir acolhe suas órdens e a cada uma das setes portas de entrada, ele remova uma das vestes de Inanna. Agachada e nua, como os sumérios eram colocados em seus túmulos, ela é julgada por sete juízes. Em seguida, Ereshkigal mata-a e enfia seu corpo em um poste, onde se transforma em uma carne esverdeada pela putrefação. Só depois de três dias é que sua assistente Ninshubur coloca em execução suas instruções para resgatá-la. Mas é somente Enki, o Deus das águas e da sabedoria que se dispõe a ajudá-la. Resgata a Deusa se utilizando para isso dois carpidores que ele modela com a sujeira que se acumulou debaixo de sua unha. Esses entram no Mundo Inferior sem serem notados, levando o alimento e a água da vida que Enki lhes dera. Mas só asseguraram a libertação de Inanna quando compadeceram-se de Ereshkigal, que estava gemendo de dores de parto. Extremamente grata pela empatia dos carpidores, entrega o corpo de Inanna.



Depois Inanna precisará enviar alguém ao Mundo Inferior para ocupar seu lugar. O escolhido será Dumuzi, seu consorte que teria usurpado seu trono. Mas ele será protegido por sua irmã Gehstinana. Inanna decide então que ambos devem dividir a condenação, e passar seis meses cada um no mundo subterrâneo.

Esta história nos serve de modelo cósmico, sazonal, transformativo e psicológico. Este é o filme cuja projeção cura as feridas de todas nós mulheres que crescemos sob o patriarcalismo e lutamos com problemas semelhantes.



ERESHKIGAL COMO ARQUÉTIPO



Ereshkigal é a Deusa que enfurece se for desrespeitada, mas ela não constrói um sistema de ataque, nem seus próprios limites. Vemos sua projeção na figura da mãe que se torna inimiga, se houver recusa no reconhecimento de sua sabedoria. Esta atitude equivale a anular a sua própria origem, pois Ereshkigal é a avó do Sol e das Estrelas. De seu ventre surgem as luzes celestes e os filhos da peste e da morte. É a fonte da consciência trazida pelas luzes orientadas do céu e pelas dores e medos mortais.

Há afeto, energia e legitimidade em Ereshkigal, mas há também seus olhos de morte. Arquetipicamente, esses olhos de morte são implacáveis e profundos, enfocando uma objetividade imediata que considera as pretensões, os ideiais e mesmo a individualidade e o relacionamento como coisas irrelevantes. Eles também encerram e possibilitam o mistério de uma percepção radicalmente diferente e pré-cultural. Como os olhos das caveiras em volta da casa da bruxa e deusa russa da natureza, a Baba Yaga, eles percebem com a objetividade própria da natureza e de nossos sonhos, escavando alma a dentro, para encontrar a verdade nua, e ver a realidade por trás de sua miríade de formas, ilusões e defesas.



Quando não reverenciadas, as forças de Ereshkigal são sentidas como depressão e uma abissal agonia de desamparo e futilidade, desejo inaceitável e energia destrutivo-transformadora, autonomia inaceitável, que desintegram, resolvem e devoram o senso individual de capacidade e valor. Uma mulher sob o domínio de Ereshkigal, acaba cortada de seus afetos primais, perdendo a consciencia em relação a eles. Pode sentir-se presa em uma estase sem fim, incapaz de mover-se, sentindo o desespero pesado e o vazio de quem é violentada pelo seu "animus".

Ereshkigal não aceita ser reverenciada pelos modos convencionais, pois ela exige a morte, a destruição completa das diferenças, a transformação total. Somente um ato de rendição completa e voluntária poderá transformar o lado sombrio desta Deusa Escura.

Só quando formos reduzidas à dor de uma profunda depressão que adormece os sentidos e nos reduz ao caos é que nos encontraremos com a Deusa Ereshkigal. O contato com ela enraíza a mulher e aglutina sua potencialidade para confrontar o masculino e o patriarcado de igual para igual. As descidas mais profundas levam à reorganização e transformação radicais da personalidade consciente.



Todas as mulheres devem ter a ousadia de saltar para a escuridão. No alento frio do domínio espiritual, podemos experimentar nossa própria frieza, à fim de nos livrarmos da compulsão de relacionamentos que nos escravizam. Também para engrentarmos uma vida sobrecarregada e ir contra ela, a morte surge como um valor supremo.

Nós mulheres, temos uma longa história que está se tornando consciente. Não há modelos que se adaptem perfeitamente à nossa situação atual, mas por meio das lendas antigas, saberemos quais as forças deveremos servir. Está ainda para ser vivido ou até escrito a forma pela qual alcançaremos o equilíbrio e desenvolvimento individual, enquanto descemos e subimos, para novamente iniciarmos um novo ciclo.

Somos todos nós um pequeninho fragmento da história, mas contemos a promessa dela inteira. Como viajantes de um tempo que enterrou nossas Deusas, nossa tarefa de individualização é uma nota que se destaca como uma grande canção que vem sido cantada desde os primórdios.



RITUAL



Coloque uma vela preta no ponto sul de seu altar, uma vela branca ao norte e um cálice no centro.

Trace o círculo.

Invocação:

Acenda a vela preta e diga:

Oh Grande Deusa Ereshkiga,

Junte-se a mim neste local sagrado.

Ajude-me a crescer,

Para que eu possa fazer diferença neste mundo.

Ensina-me a responder com amor e bondade,

Toda a crueldade que me é dirigida.

Passe o seu atame três vezes através o fogo da vela preta e diga:

Oh Deusa do Subterrâneo,

Com o fogo desta vela preta,

Ajuda-me a queimar e afastar de minha vida

Toda a obscuridade.



Visualize todas as coisas ruins sairem de você e fundirem-se com a chama da vela. Depois apage-a.

Tome um outro gole do cálice e diga:

Que esta bebida da purificação,

Me deixe livre de qualquer mal.

Agora acenda a vela branca. Olhe para sua chama, observe sua cor demoradamente e diga

Ereshkigal, busco minha renovação interior.

Ajuda-me a curar as feridas deixadas

Do mundo que agora saiu de mim.

Faça com que volte a rejuvenescer meu interior,

Para que eu possa ter mais compaixão e paciência

Com aqueles que tentam me prejudicar.

Reflita sobre o processo desta renovação. Sinta que cada parte de seu corpo se torna mais forte, mais saudável, mais puro.

Diga então:

Oh Grande Deusa Ereshkigal,

Ajuda-me a levar este crescimento e renovação

Comigo para minha vida cotidiana.

Apague a vela branca.

Abra o círculo
PESQUISADO E DESENVOLVIDO POR
Rosane Volpatto

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ELA E AS LAGRIMAS


Eis que as lágrimas derramadas pelo
Seu rosto
se transformaram em pequenas crisálidas
cansada ela simplesmente ficou ali sentada
observando as crisálidas

Sentiu então que sua dor diminuía
e sentada continuou a fitar suas crisálidas
a pequena deusa,sentiu então o poder da Grande Deusa
que se manifestava através dela
e nela própria
Um impulso tomou conta de seu coração
e começo a cantar,
uma canção antiga dos tempo
em que a Terra era sagrada
e que a Mulher e a Beleza era louváveis
a canção que ela não sabia traduzir
mas falava de tampo antigos
de mulheres que andavam em fileiras segurando jarros d'agua
de mulheres que sorriam e riam atoa
de Mulheres que conheciam ervas sagradas e falavam com
As Vozes
Tempos em que a Mulher era a líder
A Senhora de todas as coisas

Embora suspeitasse que tais tempos
Nunca fossem voltar
ela continuava a pensar
que pelo menos tinha o direito de lembrar desses tempos
Sim,dissem o que dissem ela merecia lembrar desses tempos
Tempos em que a Mulher era a Deusa ,era Magna Dea
a Grande Deusa
Tempos em que hinos antigos
Falavam do amor da Mãe da Filha
.....

Sem perceber ela viu que suas crisálidas
haviam virado borboletas e as disse

-Vão borboletas de meus sonhos antigos,vão e voe nas quatro direcções
e espalhem as mensagens da Deusa
Sim ao ver aquelas borboletas cruzando o céu
ela lembrou que era hora de voltar...
voltar a ser Magna Dea
Ser Grande Deusa
sim,ele sentiu um a energia ergue la e draga la para o fundo da Terra,Para o Fundo de todas as coisas todas as vidas,todas as almas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

OUROBOROS

Me sinto como uma Serpente
Queimando ao Sol
fazendo movimentos Circulares e irregulares na Areia
Meu corpo vibra eu o Sinto Ferver
Sinto meus ossos fervendo
despertando segredos antigos da essência do ser
sinto o cheiro do calor e da Terra
e Vou sibilando com minha Língua no Ar
Sinto meu corpo ardendo
é uma sensação prazerosa

poderia ser desagradável mas estou concentrada demais para que se tornasse isso
Sinto meu corpo arder
e uma fome
vem a mim
fome de principio
Mordo minha própria calda
sinto um gosto delicioso invadir
entendo que é o meu fim
Vou engolir a mim mesma
mastigar da própria Essência
Mastigar da Essência de Ret
Deusa do sol
do poder feminino num símbolo masculino
Estou desvanecendo
Tudo desaparece
tudo desaparece.....

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A TAÇA...


Então Morgana,Alta Sacerdotisa da Religião da Deusa ,ergue a taça e fala para suas sacerdotisas:


-Imagine que vos sejas esta taça-disse Morgana


Vos sois apenas uma taça;apenas é útil se estiver preenchida

então Morgana enche a Taça com água


-Agua é a Deusa


A rigidez que mantém a Taça unida é o Deus

a energia que contorla e molda as coisas


Então Morgana esvazia a taça


Isso acontece quando as mulheres esquecem da Deusa,ficam vazias


e então Morgana atira a taça na parede e a destroi em mil pedaços


-A unica alternativa ,então é a destruição

COMO EU QUERIA MÃE


Eleusis

Queria tanto ó minha Mãe que neste mundo houvesse
Um lugar de peregrinação e culto
Que ainda não tivesse sido profanado pelos homens...
Onde pudesse pedir ajuda e rezar
A Grande Mãe da antiguidade,

Ela a Grande Deusa venerada pelos nossos ancestrais,
Perseguida pelos cristãos, misóginos judeus, pelos fariseus,
Escondida em grutas e cavernas à espera do novo mundo,
Oculta da sua glória, denegrida pelos padres ao longo de séculos.

Ela, aquela que é tão bela...

Cibele, Istar, Inana, Atargatis, Labbatu, Kali, Anaht,
A Wicca e a eterna sacerdotisa,
A Senhora de todos os nomes, de todos os tempos
A essência da Mulher separada em duas
Na virgem e na prostituta,
Maria a mãe dos homens e a amante proscrita
Maria de Magdala, Sacerdotisa da Deusa...

Mas virá o tempo e Ela será uma só,
A Deusa Primeira, indivisível:
Isis sem Véu.


in "Antes do Verbo era o Utero"
Rosa Leonor Pedro

terça-feira, 14 de abril de 2009

A OUTRA FACE DA LUA....




“Vocês vivem num mundo onde habitam personagens de uma grande escuridão assim como seres de grande espiritualidade a transbordar de amor, mas na verdade a maioria dos humanos encontram-se entre estes dois pólos. Cada um de vocês sabe da luz interior que brilha em cada um deles; cada um sabe também a parte de sombra pela qual já foi confrontado e que traz em si. As duas faces são a expressão da dualidade que forma a natureza da vida que vocês conhecem pela vossa própria experiência humana. Ao longo da história, houve momentos de incrível iluminação espiritual mas também períodos de impenetrável escuridão e vocês podem constatar que estes dois extremos coexistem muitas vezes num mesmo momento e ocupam o mesmo espaço enquanto pólos da mesma energia. Estes pólos opostos confrontam-se e opõem-se, e no entanto, vocês podem perceber que eles são simplesmente reflexos de um todo.
Como estudantes de sabedoria esotérica, vocês aprendem que devem integrar as duas polaridades: o bem e o mal, a luz e a obscuridade, o amor e o ódio. Enquanto estiverem a alimentar as forças opostas, a guerra reinará sobre todos os planos.”

Le Haut Conseil de Sirius – Patrícia Cori

Deste modo torna-se claro para nós que tanto a Igreja secular como os Governos do Mundo, manipulam há séculos as pessoas mantendo-as em permanente dualidade e em luta acérrima contra o seu pólo oposto – seja ele o feminino-negativo, seja ele o diabo ou o inimigo - em vez de clarificar que o que o verdadeiro Conhecimento nos propõe é a necessidade de integrar esses dois lados da natureza que coexistem dentro de nós e são parte do nosso ser para integrar e formar o Ser Uno ou Andrógino. Que as polaridades principais como o feminino e masculino se encontram em luta e que essa separação é intencionalmente provocada pelos poderes da escuridão. Por isso a Integração do Pólo Feminino – completamente destruído por esses poderes - reverte-se da maior urgência. Eles sabem que o seu poder depende de separar a mulher do homem e na divisão intrínseca da Mulher em dois ou mais estereótipos, para impedir o encontro da “chama gémea” e a sua fusão alquímica, e assim exercem o controlo e a manipulação da humanidade através das Religiões e dos Estados, que coloca os seres humanos impotentes e temerosos entre um deus e um diabo fora de si mesmos.
A sujeição da mulher e a sua anulação é o factor fundamental para o reino do Poder Oculto que domina o Mundo na obscuridade e na mentira. Por essa razão as mulheres continuam a ser prostituídas e exploradas sem que os Estados façam nada, degradadas pelos meios de comunicação social, dos anúncios, e mesmo pelos Blogues de jornalistas e políticos que se servem de imagens aberrantes e destrutivas da sua beleza e a rebaixam ao lixo…

Eles promovem a alienação da mulher de si própria desde menina e do seu poder interior, educada para servir a espécie dos escravos que os humanos ainda são e da ideia única de produzir-consumir e morrer, na ilusão da evolução tecnológica que os afastou do contacto com a Natureza e a vida, dando-lhes instrumentos sofisticados e inúteis que poluem e destroem o sistema ecológico. Milhões de telemóveis, computadores, jogos e televisões, carros, e paraísos artificiais para férias que não fazem senão destruir ainda mais o equilíbrio da Terra, da flora, da fauna e dos oceanos…
O Eixo do Mal e o Eixo do Bem, representam os fundamentalismos americano e árabe, como pano de fundo dessa guerra milenar e nuclear, entre ocidente e oriente, que nos pode destruir a todos e que continua a alimentar os “vampiros invisíveis”…

A Mulher essencial, como mediadora das forças cósmicas e telúricas é a Pedra Basilar da construção do novo Mundo. As forças Yin, maternais, são absolutamente necessárias para entrar no período de oscilação da Terra para contrapor as forças Yang de destruição e guerra. Sem o despertar interior da mulher em relação ao seu poder interno e sem a consciência da sua actual cisão, a mulher não conseguirá interagir no mesmo plano que o homem e o homem não pode integrar o seu feminino.
Tal como os cientistas, com as suas fantásticas descobertas as inutilizam, por ignorarem a espiritualidade do Planeta, e ver Gaia como um ser vivo com Alma e emoções e sobretudo inteligência, também as mulheres que lutam pelos seus direitos e alteração das leis a seu favor, sem a dimensão espiritual do feminino sagrado, as inutilizam e acabam por as virar contra si próprias.

Considerar a evolução espiritual em conjunto sem que a mulher primeiro acorde para o seu feminino sagrado e primordial é um erro enorme porque se cai na ilusão de uma evolução que não é baseada na verdadeira integração dos pólos opostos complementares, continuando a luta agora mais subtil, entre o positivo e o negativo o e ainda o bom e o mau…
Ignorar que a mulher ainda não alcançou esse patamar de união consigo mesma e com a Deusa é ignorar algo de fundamental e servir ainda o mundo da escuridão…
Um mundo supostamente espiritual, mas cheio de egos, medos, ódios e competição…onde o dinheiro e a aparência continuam a ser o apanágio de terapeutas e curadores, astrólogos, gurus e discípulos…que acabam na sua ingenuidade ou ignorância por servir os interesses dos senhores das trevas…

Ah! Parece apocalíptico…pois parece…

in (O Livro) MULHERES & DEUSAS

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SÃO ROSAS SENHORA!!! SÃO ROSAS......

HOMENAGEM A ROSA LEONOR
Gostaria de homenagear esta grande Mulher quem vem lutando pela causa da deusa durante muito tempo ....Afinal são 9 ANOS DE MULHERES & DEUSAS.
QUEREMOS AGRADECE LA ROSA POR VOCÊ EXISTIR SEM VOCÊ EM SABE ESSA GRANDE CAMINHADA NÃO TERIA COMEÇADO VOCÊ
COMEÇOU
ANTES DE TODAS NOS


Textos de Rosa Leonor em 2001




A Grande Deusa (...) mas a antiga detentora da soberania sobre o universo, a causa primeira de toda a existência, e isto muito antes da manifestação do Verbo que, segundo o Evangelho gnóstico de João, era no princípio (e não no começo) do mundo das relatividades concretas. A arte da Idade Média é o reflexo de um pensamento e esse pensamento, apesar do peso do dogmatismo romano, está longe de ser unívoco. Mesmo que ela não cesse de ser consoladora, e mesmo lenitiva, a virgem mediaval transmite mais do que uma mensagem, que remonta à aurora dos tempos e que se manifesta por vezes através de especulações ditas heréticas ou mesmo por meio das aberrações fantasmáticas, a saber: o conceito de uma criação permanente que não pode ser senão de natureza feninina. Se Maria foi realmente a geradora do divino enquanto “mãe portadora”, ela apenas podia ser a incarnação de um conceito preexistente que se tornou incompreensível, incomunicável e indizível, que aparece através dos diferentes mitos referentes à criação do mundo. (...) É o que emana da própria tradição cristã, no que ela vai aurir ao Antigo Testamento. “ Eu fui criada desde o início e antes dos séculos”, segundo o Eclesiastes. In A GRANDE DEUSA de Jean Markale



“ Eu transferi o meu pensamento para a eterna Isis, a mãe e a esposa sagrada; todas as minhas aspirações, todas as minhas orações se confundem nesse nome mágico; eu sentia-me reviver nela, e, por vezes, ela aparecia-me sob a figura de Venus antiga, por vezes, também, nos traços da Virgem dos cristãos. (...) Parecia-me que a deusa me aparecia, dizendo-me: Eu sou a mesma Maria, a mesma que tua mãe, a mesma também que sob todas as formas tu sempre amaste. Em cada uma das tuas provações, eu deixei uma das máscaras com que cubro os meus traços, e dentro em breve verás como eu sou” . in Aurélia de Gèrard de Nerval



"A mulher divina no gnosticismo é essencialmente, Sofia, entidade de múltiplos aspectos e nomes. Identificada por vezes ao próprio Espírito Santo, é também, segundo os seus diversos atributos, a Mãe universal, a Mãe do Vivos ou Mãe resplandecente, o Poder do Alto, "A da Mão Esquerda" (em oposição ao Cristo, considerado seu esposo e "O da Mão Direita"), a Luxuriosa, a Matriz, a Virgem, a Esposa do Macho, a Reveladora dos Mistérios, a Santa Pomba do Espírito, a Mãe Celeste, a Extraviada, Helena (isto é Selenia, a Lua); foi concebida como a Psique do mundo e o aspecto feminino do LogosNa "Grande Revelação" de Simão o gnóstico,o tema da díade e do andrógino é dado em termos que merecem ser referidos aqui:" Este é o que foi, que é o que será, o poder macho-fêmea assim como o poder preexistente ilimitado que não tem começo nem fim, porque existe na Unidade. Foi através deste poder ilimitado que o pensamento, escondido na Unidade, agiu primeiro, tornando-se dois... Sucedeu assim que aquilo que através dele se manifestou, embora um, é de facto dois, macho e fêmea, contendo a fêmea em si próprio". in " A Metafísica do Sexo"de Julius Evola

Gostaria de colocar mais e mais textos aqui ...mas falta me a paciência para ler e buscar...rs
Todas nos somos frutos de um mesmo fio conduro o MULHERES & DEUSAS
somos mulheres que não confiam em padre...ficamos noites acordadas sentindo a Deusa fluir ou então dormimos e sonhamos com símbolos....Somos mulheres bruxas,Deusas,Feiticeiras,Sacerdotisas,Ciganas,Pomba giras,etc....
SOMOS O FEMININO PLURAL SOMOS TUDO E TEMOS UMA SABIA MULHER COMO AMIGA E CONSELHEIRA E TAMBÉM COMO SACERDOTISA DA DEUSA É ESTA MULHER É VOCÊ
PARABÉNS ROSA VOCÊ MERECE




















MULHERES HERA





As mulheres-Heras são anciãs sábias que já alcançaram a comunhão espiritual com a Grande Mãe. Medita-se com Hera para contatar a nossa Deusa Interior e buscar um novo Renascimento.

Encontre um local reservado em sua casa para este ritual. Crie condições que lhe propiciem esta viagem, acendendo um incenso ou uma vela e colocando um relaxante som ambiental. Sente-se confortavelmente com a coluna ereta e feche os olhos. Inspire e expire profundamente através de uma respiração abdominal. Já soltando o corpo e girando o pescoço no sentido horário. A seguir, no sentido anti-horário. Comece então a visualizar um caminho que a levará ao topo de uma montanha. Lá surgirá entre uma névoa o Templo de Hera. Caminhe por entre as colunas e vá até seu trono. Curve-se diante dela demonstrando respeito. Ela descerá de seu trono e virá recebê-la. Beije sua mão e ela a abraçará. Em seguida será encaminhará pelas escadarias e a colocada em seu trono. Sente-se, sem receio. Hera perguntará a você agora, o que faria se fosse lhe concedido o benefício de ser rainha por um dia. É hora de você avaliar sua vida e verificar tudo o que gostaria ainda de fazer para ajudar em primeiro lugar a si mesma e depois aos outros. Pense baixo ou fale em voz alta, como lhe aprouver. Sinta-se Rainha e Dona não só de seu interior como do mundo. Inspire e expire este poder.

Refaça suas escolhas, reorganize sua essência, reprograme sua mente, mas acima de tudo defina um propósito de vida e prepare-se para incorporar uma nova mulher. Suas derrotas ou vitórias dependem do grau de intensidade do seu sentir e do seu referencial interno sobre o mundo. Você como rainha tem o mundo em suas mãos e souber administrar este poder com os olhos do coração, entenderá que o bom o ruim são apenas manifestações que não estamos aptos a aceitar.

Quando você se achar pronta, levante-se do trono e agradeça à Hera esta rara oportunidade. Ela lhe acompanhará até a entrada do templo e você seguirá sozinha o resto do caminho. Volte a inspirar e expirar vagarosamente sentindo seu coração lotado de prazer. Abra os olhos e se espreguice. Recomece neste instante uma nova vida, mais aberta à capacidade de transformação.