"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


segunda-feira, 31 de maio de 2010

QUAL MEU DESEJO? QUAL É A MINHA FINALIDADE? QUEM SOU? E MAIS IMPORTANTE, O QUE EU SOU?

Tua voz esconde se na penumbra
Eu só conheço o caminho escuro
Da Terra e da seiva
Foi assim que fui feita feiticeira

Meu coração no ar queima
Sinto incendiar me
Ventos percorrem o meu corpo
Na escuridão da noite
Perdida e isolada

Nem mulher nem fada
Apenas eu uma errante
Perdida de tudo o que sou
De tudo que enterrei
De tudo que neguei

O labirinto oculto
No meu coração está
Ventos dragam me para dentro
Cada vez mais perto de mim
Longe, tão longe, tão distante...

Maldosa, tão maldosa...
Desejosa, tão ardente...
Filha da Discórdia
Nascida de tudo que é escuridão
Vem, chega-te a mim...

Eu mal me conheço
Sou ardilosa comigo
Prendo me nas minhas teias
De aranha venenosa
Prendo me na rede das falsas intensidades

Mulher...Misteriosa...
Mulher...Mentirosa...
Não...Não mentirosa
Apenas um pouco caprichosa
Desejosa...
Mas enfim qual meu desejo?
Qual o objetivo desta víbora
Que eu sou?

Sou mais do que penso
E menos do que quero
E o que quero?
Ainda não faço idéia.

.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A DEUSA TERRA COMO DEIDADE SUPREMA


MÃE TERRA – DEUSA MÃE


Terra, Divina Mãe, que gera todos os seres e cria todas as coisas, cuja influência desperta, acalenta e adormece a natureza. Mãe que fornece a nutrição da vida e a protege com um abraço sustentador. Mãe amorosa que recebe o corpo do homem quando o seu espírito se afasta, chamada com razão a Grande Mãe, fonte de poder de deuses e mortais, indispensável para tudo o que nasce ou morre. Senhora, Mãe , Deusa eu A reverencio e invoco Seu sagrado nome para abençoar a minha vida, lhe agradeço pelas dádivas e por me receber no fim da minha jornada!


Prece inglesa do século XII



A reverência da Terra como Deusa Mãe era um costume universal e ancestral, tendo sido encontrado em todas as antigas civilizações e culturas, que A invocavam por nomes específicos e cultuavam de maneiras diversas.

O historiador romano Tácito afirmou nos seus livros que as tribos européias consideravam a Mãe Terra como uma divindade toda abrangente, a que todos os seres humanos, sobrenaturais e divinos obedeciam.O conceito de uma Mãe Terra foi definido pelos gregos, cujo poeta Hesíodo chamou a Terra de Gaia ou Gea, a Deusa com amplos seios, morada segura para todos os seres, que depois de emergir do caos primordial, criou o céu, Urano, e junto com ele procriou os Titãs, as montanhas e florestas, os campos, mares, rios e todos os seres vivos.Os romanos a chamaram de Tellus ou Terra Mater, a Grande Mãe, criadora dos homens, da natureza e dos animais.

A Terra tanto dava a vida, como propiciava e acolhia a morte, por isso os povos antigos da Ásia, África e América consideravam os enterros ritos de plantio, o espírito sendo regenerado no ventre da terra e depois renascendo em um corpo de mulher.Os nativos norte-americanos acreditavam que os seres humanos e os animais emergiam das aberturas no corpo da Mãe Terra, pois era no seu ventre que eles eram gerados. A doutrina central da religião ameríndia era a reencarnação em um novo corpo do espírito criado pela Mãe Terra, que por isso deveria ser respeitada, honrada e cuidada. Pinturas rupestres da Austrália e lendas dos nativos norte-americanos representam a Mãe Terra parindo os primeiros seres ancestrais, que saiam do Seu ventre ctônico pelas aberturas no solo como grutas e fendas. Na Índia os sacerdotes hindus falavam para os mortos se deixarem cobrir pela terra como se fossem crianças acolchoadas pelo manto materno, silencioso, escuro e macio.

Os filósofos romanos atribuíam à Mãe Terra o misterioso poder que despertava e sustentava a vida, tudo vindo Dela e a Ela retornando, pois ela era o começo e o fim, o nascimento e a morte. Preces romanas do século III pediam à Mãe Terra que recebesse o corpo quando a alma dele se retirasse e enquanto vivo, que o nutrisse e protegesse. Mesmo séculos mais tarde, nos túmulos cristãos da Alemanha se lia:"aqui jaz no ventre de Erda (a Mãe Terra) o corpo de...."; até o século XII os camponeses europeus continuavam invocando as bênçãos da Mãe Terra nos plantios, para que as colheitas fossem protegidas e abundantes e nas construções, para que elas durassem.

Para os povos eslavos Mayca Vlazna Zemlja ou Mati Syra Zemia (A úmida Mãe Terra) era a mais antiga e importante divindade, reverenciada até o século X - mesmo depois da cristianização - e descrita como a força Doadora da Vida, responsável pela fertilidade, reprodução humana e animal e pela abundância da natureza. Seu culto era muito antigo e Ela jamais foi personificada por uma figura humana, mas reverenciada como a própria terra. Seu animal sagrado era a vaca, por terem em comum a fertilidade e a abundância da nutrição.Os camponeses se dirigiam diretamente à Mãe Terra, sem precisarem da intermediação de sacerdotes ou padres e tinham por ela um profundo respeito, amor e gratidão, pedindo suas bênçãos para plantios, suas casas, crianças e animais.Era invocada como conselheira, protetora, testemunha e juíza nas disputas de terras e propriedades e era em Seu nome que eram feitos os juramentos (engolindo um pouco de terra) e abençoados os noivos (colocando um pedaço de terra sobre suas cabeças). Após a cristianização, o seu culto persistiu alguns séculos até que aos poucos, Seus atributos e qualidades foram atribuídos para a Virgem Maria e manifestados nas mulheres.

Os povos bálticos acreditavam que o mundo e a vida eram manifestações de uma força sagrada que tudo permeava e que existia em todos os seres, animados ou não, sendo a fonte do universo e da existência e que era reverenciada como a Grande Mãe sob diversos nomes como Zemyna, Laima, Gabija. Apesar da perseguição cristã, as antigas tradições pagãs que cultuavam a Mãe Divina –cósmica e telúrica - continuaram ocultas em lendas, canções (chamadas dainas) e costumes populares mantidos pelas mulheres.

Na Rússia, em lugar de usar a bíblia para juramentos, os camponeses colocavam terra sobre suas cabeças invocando a Mãe Terra como testemunha. As boas vindas para os visitantes eram acompanhadas do tradicional prato de pão com sal (produtos da terra) e continuam até hoje, porém desprovidas do seu antigo significado sagrado.

Na antiga Grécia os mitos contam como até mesmo os deuses olímpicos invocavam Gea ou Rhea, a mais antiga das divindades, para testemunhar e selar juramentos e pactos, sabendo que todos os seres vivos eram sujeitos às Suas leis.

“Lar“ e “mãe” eram noções idênticas para os povos antigos, que as uniram na imagem de uma Deusa Senhora da Terra; eles acreditavam que deviam ser enterrados no solo onde nasceram e viveram e se recusavam abandonar suas terras mesmo perante as invasões inimigas ou em situações de calamidades. Se por acaso estivessem longe da terra natal e sentissem a proximidade da morte, voltavam o mais rápido possível.

Em certos lugares nos Bálcãs, o encontro post-mortem dos homens com a Mãe era visto como um casamento, a morte sendo um rito sagrado de união com a terra e por isso os mortos eram vestidos como noivos que iam ser recebidos no leito da Mãe Negra.

A imagem arquetípica do casamento com a terra teve uma estranha interpretação na Renascença, com a aparição da pornotopia, poemas vitorianos em que o autor reduzido a um inseto ou ser minúsculo, percorria minuciosamente o corpo feminino descrito como uma paisagem, com vales sinuosos, colinas atraentes, bosques, córregos e uma misteriosa e aveludada gruta avermelhada, em cujo interior era experimentado o êxtase sublime. Este tipo de manifestação artística foi interpretado posteriormente como uma carência espiritual ligada à negação da Mãe Terra no simbolismo religioso e à repressão sexual pelo puritanismo vitoriano.

A gruta é uma associação universal com o ventre da Mãe Terra, local simbólico de nascimento e regeneração; a palavra sânscrita garbha significava “santuário” e “ventre”.Os locais sagrados hindus eram as grutas, representando a yoni da Grande Mãe e nelas foram criados altares para peregrinações e oferendas, muitas delas tornando-se moradas dos eremitas e mestres espirituais. Nos templos etruscos e romanos existiam câmaras subterrâneas chamadas mundus, termo equivalente a ”terra” e “ventre”. Rhea era a Mãe Terra cretense, Criadora de Toda a Vida, que tinha surgido da gruta uterina do Monte Dikte, onde Ela deu à luz a Zeus, que depois foi aclamado como o Pai dos deuses olímpicos.

Mesmo com o advento do cristianismo o culto das grutas continuou com os rituais nelas celebrados. Por não ter sido possível extinguir a reverência às grutas, a igreja passou a usar motivos nelas inspirados para a construção das criptas e câmaras subterrâneas nas igrejas e catedrais. Inspiradas nas antigas lendas dos casamentos sagrados e na conexão com a terra, após a desaparição dos cultos pagãos, as grutas passaram a servir como alcovas de amor nos encontros dos casais e muitas delas foram nomeadas em homenagem a Afrodite como sendo a sua padroeira. As fontes curativas da Europa nasciam nos antigos locais sagrados das deusas pagãs ou nas grutas consideradas portais de acesso para o ventre da Mãe Terra, e por isso foram destinadas para a regeneração e cura, bem como para comunicação com o mundo ancestral e os seres sobrenaturais.

Os nossos ancestrais viviam em grutas e nelas foram encontrados os mais antigos achados arqueológicos e antropológicos datados de 700.000 anos, assim como indícios do uso mágico do fogo para proteção, como comprovam as pesquisas feitas na gruta de Petralona no Norte da Grécia. A partir de 40.000 a.C. existiram altares dedicados à Mãe Ursa, a mais antiga representação da Senhora dos Animais e inúmeras pinturas de animais nas paredes, que depois foram substituídos pelos desenhos mais rebuscados de cenas de caça, luta e danças rituais, mulheres grávidas ou parindo. As inscrições rupestres comprovam a sacralidade das grutas do período paleolítico e neolítico e, mesmo antes das figuras de mulheres apareceram nos desenhos, a sua presença era indicada por animais prenhes, mãos, barcos, inúmeras reproduções de seios aproveitando as formações das rochas, triângulos púbicos e ferraduras invertidas (símbolos universais da vulva), pintados com ocre vermelho. Foram encontradas figuras femininas grávidas esculpidas na entrada das grutas ou estatuetas sem rosto, mas com traços bem elaborados como as famosas Vênus das grutas de Willendorf, Laussel e d’Aurignac, com seios, vulvas, ventres proeminentes e símbolos lunares, revelando a sua conexão com fertilidade, vida e abundância. Em muitas grutas foram encontradas além das figuras femininas ossadas humanas pintadas de vermelho e em posição fetal, demonstrando a função complementar das grutas como locais de nascimento e morte, os moribundos sendo levados para o mesmo lugar onde tinham nascido.Outras grutas eram usadas para rituais de celebração e ritos de passagem, conforme se deduz dos achados e inscrições encontradas nas grutas de Peche Merle e Madeleine na França.

O mais antigo culto europeu era do urso, comprovado pelos crânios arrumados de forma cerimonial e cercados por círculos de pedras nas grutas da Suíça, onde se originou o culto de Dea Artio, a “Mãe Ursa”, Senhora da Caça e da proteção das florestas, equivalente ancestral de Ártemis e Diana como Potnia Theron, a “Mãe dos Animais”, associada aos nascimentos e à proteção dos recém-nascidos. Nos países eslavos as anciãs colocavam os recém nascidos sobre peles de urso e pediam a proteção das deusas correspondentes: Devana, Dziewona e Diwica. Talvez este culto se devesse à semelhança do esqueleto do urso com o humano e ao seu andar em duas patas, atribuindo-lhe o papel de mediador entre o mundo humano, animal e espiritual, sendo que, em algumas culturas antigas, o urso era o guardião ou totem do clã, dando assim origem ao culto da “Mãe Ursa”. Estatuetas de ursos em barro e imagens gravadas nas paredes foram achadas nas grutas de Creta, em uma delas sendo erguida uma capela cristã para Maria na sua representação de Panatya Arkoudiotissa, a "Mãe Ursa".

Reproduções de grutas foram encontradas nas “câmaras de incubação de sonhos” dos antigos templos de Mesopotâmia, China, Egito e Europa, a mais famosa sendo a de Creta, o Hypogeum, datado de 5000 a.C. e tendo uma câmara circular com um estrado de pedra em que se deitava a sacerdotisa oracular, conforme comprovam as estatuetas “da Senhora adormecida”.Dormir no ventre da Mãe Terra era um método ancestral de cura, com recebimento de mensagens sobrenaturais ou de sonhos (interpretados depois pelos sacerdotes) ou um rito de passagem, em que os doentes permaneciam deitados à espera da cura, da vida ou da morte. Estes antigos rituais foram comprovados nos templos das ilhas de Malta e Gozo, onde os peregrinos passavam por experiências profundas ao se conectar com a Mãe Terra, os espíritos sobrenaturais e os ancestrais.

As grutas continuam sendo lugares poderosos para nos conectarmos com a Mãe Terra, mergulhar nas memórias subconscientes e nos deslocar para os mundos sutis, em busca de mensagens, sonhos reveladores, cura e regeneração. Reverenciar o princípio sagrado da Terra nos auxilia na conexão com a beleza e a magia da natureza e com todos os seres da criação, nossos irmãos. Reconhecer a Natureza como a nossa Mãe, nos permite expandir o respeito e os cuidados com o meio-ambiente, a busca do nosso alinhamento energético e espiritual e uma maior e permanente parceria em lugar da atual competição, poluição e profanação do corpo sagrado da nossa Mãe Terra, primordial e eterna.

Mirella Faur

IN: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/91

A SERPENTE SAGRADA À TERRA MÃE



Como acompanhantes de todas as grandes deusas, encontramos os animais, que se postavam ao lado da Grande Mãe de forma tão proeminente que são tidos como sua epifania: a simples presença do animal evoca a presença da Deusa.

Estes animais, longe de serem totens ou divindades individuais de crenças politeísticas, corporificam a própria divindade, definindo sua personalidade e exemplificando seu poder.

Por seu movimento e renovação cíclica, a serpente foi o animal mais freqüentemente associado com o fluir do sangue menstrual. Pelo hábito de recolher-se nas reentrâncias da terra para hibernar, bem como se desfazer anualmente de sua pele, como um recém-nascido se desfaz da placenta, a serpente é considerada símbolo de continuidade da vida e da conexão com o mundo profundo.

Um símbolo universal altamente complexo, encontramos a serpente na origem de muitas mitologias. Como emblema das divindades auto-criadas, representa a fonte de todas as potencialidade, tanto materiais quanto espirituais. E neste sentido também representa a primordial natureza instintiva humana, a força de vida potencial e animadora que surge das profundezas do ser.

Como uma das muitas epifanias da Deusa, quer represente o Sol ou a Lua, a vida ou a morte, a sabedoria ou a paixão cega, o reino espiritual ou o reino físico, nos relatos cosmogônicos este animal primordial e misterioso habita o oceano primordial, do qual tudo emerge, ao qual tudo retorna.

Como uroboros, a serpente que morde seu rabo, simboliza o caráter cíclico de todo ser, o fim que se une ao começo. Neste sentido, ainda faz parte de uma visão integrada da vida humana. Sua associação com vida, fertilidade, rejuvenescimento e regeneração faz dela um símbolo de imortalidade, razão pela qual é sempre encontrada junto à Árvore da Vida, possibilitando o acesso a ela.

Nas diferentes partes da África, a força primordial da criação é concebida como a "serpente cósmica", uma das criaturas mais amplamente encontradas nas diversas mitologias. No começo, o poder serpentino se enrolou em torno da terra disforme, mantendo-a coesa, e ainda tem essa função. Ela se move constantemente, seu fluxo espiral pondo os corpos celestes em movimento. Seu poder criativo está intimamente associado com às águas e o arco-íris.

Na cosmologia andina, as serpentes representam o mundo profundo (ukupacha). Entre os incas do Peru, todas as coisas retornam ao útero da Mãe Terra para serem transformadas. Entre os astecas, a mãe das divindades era Coatlicue, que dá a vida e a toma na morte. Nos mais antigos dias dos povos do México, a mãe Coatlicue escondia-se no nebuloso topo da montanha no país de Aztlan, enquanto seus servos-serpente viviam dentro das cavernas da montanha. Desta casa secreta ela deu nascimento à luz, ao sol e a todas as estrelas no céu

Representando bem mais do que fertilidade sexual, as serpentes hibernam no inverno e reaparecem na primavera. Por isso, eram consideradas pelos egípcios como a vida da terra. Nos livros dos mortos egípcios, é dito que ela oscila entre amar e odiar os deuses. Por este seu aspecto duplo, era usada para representar poderes sagrados benéficos e hostis. Quando benéfica, estava protetoramente ereta, como na fronte dos faraós. Quando hostil, era a serpente Apófis, que diariamente ameaçava o sol em sua trajetória noturna.

As divindades-cobra eram sempre femininas. De registros do antigo Egito, sabemos que a imagem da cobra era o sinal hieroglífico para a palavra "Deusa" e que a cobra era conhecida como "o Olho", uzait, um símbolo de insight místico e sabedoria.

Na tradição aborígine australiana, o poder do sangue menstrual é designado e identificado mitologicamente como uma grande serpente. Esta força semelhante ao arco-íris, de cor vermelho-sangue, é entendida como característicamente maternal.

Na mitologia da terra de Arnhem, no centro-norte da Austrália, "tornar-se um arco-íris" é um encanto menstrual. A serpente representa, simbolicamente, o poder criador universal manifestado pelo sangrar da mulher. Descrita como amante da água, detectora de odores, envolvendo as mulheres e, acima de tudo, amante de sangue, a serpente "não é outra coisa que o poder simbólico da ‘inundação’ ou do ‘fluxo’ das mulheres".


ENCONTRADO EM JANELA DA ALMA
(Texto extraído do livro Rubra Força – Fluxos do poder feminino – de Monika von Koss)

http://clafilhasdalua.blogspot.com/2008/11/serpente-csmica.html

sábado, 22 de maio de 2010

A DEUSA SEM VÉU


A ACEITAÇÃO CONSCIENTE OU INCONSCIENTE DA DIVISÃO INTERIOR DA MULHER E DO TEMOR ANTE O MISTÉRIO E REVELAÇÃO DA DEUSA:

Resultado: ainda são numerosos aqueles a quem o desejo selvagem, o prazer, o instinto da mulher arquetípica, embaraçam consideravelmente. Eles contestam a legitimidade da Deusa das Origens, e fazendo-o, negam completamente o papel da mulher no mundo. (Joelle de Gravellain)


DESCER AO FUNDO DE SI MESMA E AGITAR A FORÇA DO VENTRE:

"Em tempos antigos deis de Creta ao Egipto e em muitos outros lugares, sacerdotisas ofereciam suas almas a Deusa e as Forças da Vida encarnando-As através da sagrada dança do ventre.Nas danças sagradas dedicadas a várias formas e faces da Deusa Mãe (Ísis, Isthar, Inanna, Aserá, Astarte, Diana, Ártemis, Deméter e muitas outras...) a sacerdotisa tirava véu por véu e em êxtase ritual quando por fim o ultimo véu branco ( a Lua) era retirado revelando o Poder Criativo da Deusa e da Mulher"

O serviço e o culto à Deusa Terra e à Natureza Mãe é essêncial para uma reconciliação da mulher consigo mesma. Durante séculos o Patriarcado e a sociedade machista e narcisista pregou (através dos padres e outros sacerdotes e representantes da Patriz de Controle e das próprias mulheres !) uma alcunha de infidelidade e inimizade entre as mulheres que começa deis do Mito da Génese aonde a Mulher e a Serpente ( que é sagrada ao culto da Deusa Mãe) se tornam inimigas e a única mulher feita com igualdade ao homem (Lilith) é considerada demoníaca para que indignadas e e separadas as mulheres não pudessem afirmar e manifestar sua voz no mundo. Assim também como os sacerdotes da Deusa nas invasões patriarcais foram mortos ou renderam se como servidores ou escravos dos chefes das tribos patriarcais ( kurgos, aqueus e outros...) que trousseram seus deuses da Guerra e da destruição.

Tudo isso culminou no repudio e na escravização das mulheres, na proibição imposta do culto da Terra Mãe que finalmente resultou na Divisão Interior da Mulher nos arquétipos da Santa ( uma mulher virgem fisicamente e desprovida de auto-afirmação, que encabeça um conceito patriarcal de espiritualidade) e a Prostituta ( uma mulher desafiadora mas desprovida de espiritualidade e cheia de malícia e luxúria segundo os sacerdotes das religiões patriarcais) é uma das mais violentas crises que foram impostas como um desafio ao Princípio Feminino.
Só quando a mulher mais uma vez Encarnar os dons da Grande Deusa e louvar as Forças da Vida e da Morte (sexo, o desejo, o carinho, o amor e a compaixão) ela poderá reconectar-se as Forças divinas da Deusa: sua sabedoria oracular e profética, sua inspiração mística, sua força e sua vontade de manifestar a Luz e a Escuridão com sabedoria no mundo.
Só quando a mulher descer mais fundo dentro de si mesma, nas águas profundas da Grande Deusa, só quando Ela mais uma vez se tornar a Virgem da Terra ( não no sentido físico mas espiritual), a Filha que desce ao Mundo Subterrâneo para se encontrar com a Terra Mãe, a Mãe Divina e assim assumir seus poderes de Rainha e Sacerdotisa no Mundo, assim se livrando, num sentido espiritual e psicológico do paradigma das "filhas do pai" (servidoras, esposas ou mulheres que chefiam sob tutela patriarcal e mentalidade narcisista) e mesmo as mais feministas ainda presas no paradigma e na maldição da santa e da prostituta que deviam unindo em si mesmas a sua sexualidade e sua espiritualidade, sua afirmação pessoal como Mulher assumir enfim seus poderes como sacerdotisas da Deusa ( aquelas que usam sua sabedoria nata e seu potêncial total), tornando-se novamente Mulheres livres que servem a Mãe da Vida e levam Sua sabedoria e inspiração ao mundo, nutridas pelo Seu poder, pela Sua compaixão e ao lado dos homens que são seus filhos e amantes na mesma concepção antiga do culto da Mãe e do Filho Divino.. Sabendo sempre que nós estamos preparando A VOLTA DO MUNDO AO SEIO DA DEUSA, pois :

No começo era a Grande Deusa e a Grande Deusa era a Terra e a Terra era a Grande Deusa. Lilith – (ESCRITO NUM - relevo sumério.)

"
Ela, a Grande Deusa, não pode ser morta, pois é imortal; pode decidir retirar se por algum tempo, mas Ela é e será para sempre"(O Incendio de Tróia - Marion Zimmer Bradley )

"O encontro com a Mãe Divina é uma etapa essencial para a nossa consciência, totalmente incompreensível para o intelecto. Porque a Grande Mãe é o Todo. Ela é o próprio Corpo da criação, Ela sustem o universo, a sua Essência está em todo lado. E a sua Essência é Amor puro. Ela é a Matriz última, da qual somos todos filhos.
(…)

Ela levanta para nós o véu da Ilusão, e convida-nos a vê-La em tudo. Ela reina sobre todas as manifestações do elemento água, quer sejam físicas ou mais subtis.”

( Marie Elia - Rencontres Avec la Splendeur)

Gaia Lil
(imagem "uma deusa" - Lena Gal)


quinta-feira, 20 de maio de 2010

THEA, A DEUSA QUE É MISTERIOSA


"Mãe de Hélios, Grande Thea, Deusa de tantos nomes, graças a Ti os homens atribuem ao ouro um poder acima dos outros metais. Senhora, impeça com a Tua força de luz os combates dos navios e das carruagens, que se enfrentam como rivais para receberem o cobiçado troféu da gloria dourada..."
Pindar, Ode à Thea, século 5 a.C.

O nome da Deusa pré-helénica da luz, mãe dos luminares e da aurora ficou conhecido como simplesmente Thea, equivalente de Deusa.

Apesar da sua importância arcaica, nada ficou registrado sobre seu culto ou mito; assim como outras antigas deusas gregas, Ela foi substituída pelas divindades dos invasores indo-europeus permanecendo oculta nas brumas dos tempos.

Sabe-se apenas que Ela fazia parte da raça antiga dos Titãs, sendo filha de Urano, o deus celeste e Gaia, a Mãe Terra, irmã de Anfititre (ou Tetis), Dione, Fibe, Mnemosine, Rhea e Têmis. Reverenciada como Senhora da Luz – Aetra ou Thea-, regente do céu claro, do éter (aithre) e da luz dos olhos (thea), era também honrada como Eurifessa, “a toda resplandecente”, regente do brilho do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Da sua união com Hyperion, o deus da luz, nasceram três filhos luminosos: Hélios, o Sol, Selene, a Lua e Eos, a aurora.

Reverenciada como Ichnaea, “Aquela que descobria” ou Theia, “Mãe da inspiração divina” (theiazô significava divinação ou profecia), Thea tinha um templo oracular em Tessália, assim como suas irmãs, também deusas oraculares, tinham os seus: Phoebe em Delphi, Mnemosine em Lebadeia, Dione em Dodona e Têmis desfrutando de todos estes altares.

http://www.teiadethea.org/?q=node/90

O PODER PROFÉTICO DA MULHER


"Não a palavras que possam ser ditas ante Teu altar, que expressem o meu amor e o respeito que nutro por Ti"


A Deusa é a Terra e a Terra é a Deusa, que é fonte da sabedoria e inspiração divina

Há igualmente grandes evidências de que a espiritualidade, e em particular a visão espiritual característica de sábios videntes, já foi associada à mulher. Nos registros arqueológicos mesopotâmicos soubemos que Ishtar da Babilônia, sucessora de Innana, ainda era conhecida como a Senhora da Visão, Aquela que Orienta os Oráculos, e a Profetisa de Kua. As tábuas babilônicas contêm numerosas referências a sacerdotisas que oferecem conselhos proféticos nos santuários de Ishtar, algumas das quais são importantes nos registros de eventos políticos. Sabemos, através dos registros egípcios, que a representação de uma naja era o sinal hieroglífico para a palavra Deusa e que a naja era conhecida como o Olho, uzait, símbolo de compreensão e sabedoria místicas. A Deusa naja conhecida como Ua Zit era a deidade feminina do baixo Egito (norte) em tempos pré-dinásticos. Posteriormente, tanto a Deusa Hathor quanto Maat ainda eram conhecidas como o Olho. O uraeus, uma serpente empinada, é encontrada com freqüência sobre as frontes da realeza egípcia. Além disso, um santuário profético, possivelmente sítio de um antigo santuário à Deusa Ua Zit, elevava-se na cidade egípcia Per Uto, que os gregos chamavam Buto, nome grego para a própria Deusa naja. O famoso santuário oracular de Delfos também se elevava em um sítio originalmente identificado com o culto da Deusa. E mesmo em épocas gregas clássicas, após ter sido dominado pelo culto a Apolo, o oráculo ainda falava através dos lábios de uma mulher. Ela era uma sacerdotisa chamada Pítia, a qual se sentava sobre um mocho trípode em tomo do qual havia uma serpente chamada Píton enroscada. Lemos ainda em Ésquilo que nesse templo, que era o mais sagrado, a Deusa era venerada como a profetisa primeva. Outra vez sugere-se que mesmo na idade clássica grega a tradição de uma sociedade de parceria em busca da revelação divina e da sabedoria profética através das mulheres ainda não fora esquecida.

IN O Cálice e a Espade - Riane Eisler

"AS ÁGUAS DE CIMA E AS ÁGUAS DE BAIXO"


Minha ferida arde
Meu coração queima
Desejo desejar mais

Amar mais do que possível
Aonde se afundam se fundem as águas quentes da Deusa
Que me habitam adormecidas em silêncio

Enquanto a dor da minha alma se torna sabedoria
Enquanto o tempo se eleva tornando se a eternidade
Em mim afundam os gritos da Tempestade


Sou Filha da Rainha da Escuridão
E Não temo o poder da Grande Deusa que em mim
Habita, escondido como dentro de uma cela

No canto mais fundo da escuridão
Pois tal poder
Me dá a Voz

E Minha Voz que é a Voz Dela
Ressoa por entre as montanhas
E volta a mim

Como o amor
O amor escuro como um liquido
Um Amor Ambar

Mãe Deusa
Rainha do Luar
Vivê em mim

Vagueante, tua sabedoria
Como uma mulher que vaga sozinha a noite
Filha do Tempo e do momento

Lágrimas são águas nas quais a alma se afunda
"Depois dor vem o saber
Do saber surge o crescimento"

O crescimento tornar se o Vir a Ser
Que é a Transformação
"E da Transformação vem o Poder"

(Gaia Lil, sacerdotisa da Mãe Serpente)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A VERDADEIRA FACE DE ATHENA



19 DE MAIO



Em grego, Athena pode ser compreendida como A Thea, a Deusa, que também deu origem ao nome da cidade por Ela patrocinada. Seu segundo nome, Pallas, significa “virgem”

A imagem mais familiar é a da Deusa severa, paramentada com armadura, elmo e escudo, a virgem invicta e guardiã de Atenas, que protege as batalhas e os heróis. Já a mais antiga a mostra como uma deusa majestosa, com o manto e os cabelos decorados com serpentes e um fuso na mão esquerda. No entanto, mesmo a figura guerreira guarda as memórias arcaicas da sua verdadeira origem, que aparecem na cabeça da górgone com cabelos de serpentes, existente no seu escudo chamado Gorgoneion. Esta é a revelação da descendência de Athena, herdeira da Deusa minoana das serpentes, cultuada um milênio antes do mito patriarcal transformá-la na filha nascida da cabeça do seu pai Zeus, surgindo totalmente armada e pronta para a batalha




Kallynteria e Plyntheria, cerimônias de purificação e louvação da deusa Pallas Athena/Minerva, na antiga Grécia e em Roma. Suas estátuas eram lavadas nos rios ou nos lagos, ficando imersas por um tempo para absorver a energia renovadora da água. Depois, as mulheres vestiam as estátuas com túnicas e adornos novos, levando-as em procissão solene pelas ruas, em total silêncio e reverência. Esta purificação estendia-se às residências, onde os altares familiares e todos os cômodos eram limpos, pintados e redecorados. Varria-se o “velho” e abria-se espaço para um novo ciclo, invocando as bênçãos da Deusa.
Aproveite esta data e faça uma boa limpeza no seu altar. Lave os cristais, deixando-os imersos na água de chuva ou de fonte ou em água comum com algumas gotas de limão e sete gotas de essência de pinheiro ou eucalipto. Exponha-os à luz do Sol ou da Lua, defume-os com incenso de sálvia ou mirra. Medite a respeito da arrumação de seu altar e troque ou acrescente o que for necessário.
Limpe também sua casa, como faziam nossos ancestrais, arejando roupas e calçados, espanando as teias de estagnação e a poeira do passado. Arrume seus armários, desfazendo-se do que não mais necessita ou usa. Abençoe seus utensílios de limpeza (espanadores, vassouras e aspirador) para que possam captar não apenas a sujeira material, mas também a “poeira” astral. Finalize com uma oração para sua própria limpeza psíquica e energética.

Informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande Mãe”, de Mirella Faur.

HONRAR A GRANDE MÃE


MÃE-DEUSA

A Ti, Ó Mãe Terra ofereço minha alma e meu amor,

A Ti, Ó Deusa Sagrada , Criadora de todas as coisas
Mãe de Tudo o que Há,
Doadora da Vida, que a partir do Caos criou a Luz e a Harmonia
Mãe é Teu Nome Sagrado
Que Invoco neste momento
Em que busco Teu divino Olhar
Que a Tua Voz vibre na minha garganta
Que Sua Voz vibre e ressoe
Através da Voz de todas as Tuas Filhas
Tuas Sacerdotisas que lhe servem e lhe amam
Mãe Negra do Tempo,
Face que esta por detrás de todas as formas
Nos Te imploramos
A Sua bênção, a Sua Força
Diante de todas as injustiças
E blasfémias feitas a Ti
e as Tuas Filhas
Zelai por nós Mãe Terra
Que Assim seja

(Gaia Lil)

HONRAR A TERRA, HONRAR A DEUSA E A MULHER

A Deusa Mãe quando desperta em nós vem recordar-nos que a nossa casa é a Terra e todo o Planeta e que o devemos amar e respeitar como um todo e à Natureza, assim como os nossos corpos abençoados de mulheres que não só geram filhos, como tem a capacidade de iniciar ao amor os homens e as mulheres nossas irmãs. A Deusa Mãe pede-nos com urgência que a honremos aqui na terra e não a continuemos a amar apenas no altar nem a adiar ou a recusar a sua natureza instintiva e selvagem em nós, vibrando na sua essência e na matéria, para que a sua plenitude e grandeza, no preencha por inteiro e não vivendo apenas a vida a metade, em sofrimento e dor, em desunião e umas contra as outras!
Disseram-nos que a nossa origem e destino só podia ser o "Céu", o Cosmos ou Deus, como tantas religiões ainda pregam e mesmo as mais modernas, mas a verdade incontornável é que é aqui na terra que viemos e escolhemos viver e onde temos, todas nós mulheres, de reencontrar a chave e a raiz do nosso Ser profundo para podermos ser felizes e conscientes da sua maravilha e perfeição, da sua beleza, tanto exterior como interior.
As "águas de cima" (o Espírito) não são superiores às "águas de baixo" (a matéria viva) e só se a mulher for inteira e capaz de unir o que está em baixo começando por ela mesma, pode unir-se ao que está em cima - sabendo que o que está em cima é igual ao que está em baixo...

A Deusa Urge! Porque Ela é o próprio Corpo Sagrado da Terra - GAIA - que tudo nos deu e que tanta abundância gera...

A Deusa é AINDA A Mulher que nos dá à Luz e alimenta do seu seio e cujo corpo é o verdadeiro altar onde rezar e agradecer a vida que ela representa! A Deusa Mãe é o chão que pisamos, a flor que cheiramos, a árvore que nos dá sombra, o fruto que comemos e o ar que respiramos... Que Ela desça E PERMANEÇA na Terra e nos proteja, que seja una conosco e nos perdoe tanta ofensa ao Seu Corpo redentor que dá vida e amamenta.

Rosa Leonor Pedro

“A Deusa personifica a unidade de todas as coisas. Ela dá ao seu povo tanto o alimento físico como o espiritual. Dá a vida e na morte mas ela envia os seus filhos para o seu seio cósmico. Ela simboliza a relação com a vida quer no seu lado generoso quer no seu lado destrutivo, ligada à natureza, não se preocupando com as guerras nem com as conquistas.
(…)
O culto da Deusa Mãe irriga um sistema de valores caracterizado pela ausência de violência, uma forma de igualdade e de cooperação entre homem e a mulher, uma ausência de hierarquias. Esta organização social em forma de círculo, teve lugar no mundo durante cerca de 10 a 20 mil anos de civilização sob a inspiração do princípio feminino.”

La Femme Solaire
De Paule Salomon

CITAÇÕES DE ROSA LEONOR - MULHERES & DEUSAS

...

HOMENAGEM

HOMENAGEM AS MESTRES DA LUZ, E TODOS OS COMANDANTES DAS FEDERAÇÕES INTERGALATICAS E TODA AQUELA BABOSEIRA NEW AGE...



Alô, Alô, Marciano
Elis Regina
Composição: Rita Lee/Roberto de Carvalho

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra

Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano ta na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando russa
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola Alá
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura

O ser humano ta na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down
O high society


Peço desculpas se ofendi alguém mas as vezes eu me canso do papo dos mestres e toda a sua meditação mística...seus cristais arrancados sem permissão do ventre da Deusa e suas longas conversas sobre iluminação...seus sorrisos "beatificos"...Como disse uma amiga temos de aprender a identificar o verdadeiro e made in china...Convém muito termos pensamento próprio...Fica aqui minha homenagem...(me enviaram um imail do ''mestre" dizendo que se eu não repassa se estava desfazendo meus laços com a Divindade e falava muitas bobagens...)

(Gaia Lil por vezes contraditória)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O MISTÉRIO DA MÃE DIVINA




A Escuridão precede a Luz e é a sua Mãe.”

Inscrição no altar da catedral de Salermo

Em inúmeras catedrais da Europa, principalmente no centro e no sul da França, encontram-se esculturas de uma figura misteriosa, conhecida sob o nome de Madona Negra. Essas representações da Madona são bem diferentes de outras imagens cristãs e sua origem ou finalidade permanecem desconhecidas, sem definição ou explicação. Elas possuem um magnetismo diferente e, na tradição da Deusa, são consideradas arquétipos ancestrais da face escura da Grande Mãe, os atributos de poder, fertilidade, mistério e sabedoria da Mãe Terra.

A explicação oficial dada pelos representantes da igreja é que a cor escura das estatuetas é atribuída ao enegrecimento pela fumaça secular das velas, à deterioração da tinta utilizada ou à qualidade da madeira. Mesmo que isso seja verdade para algumas poucas imagens (principalmente as que foram pintadas de branco ou dourado pelos monges cristãos), sua origem aponta para antigas representações das deusas do mundo antigo como Lilith, Cibele, Ísis ou Kali.

Muitas das estatuetas foram encontradas nos lugares sagrados das deusas antigas, onde posteriormente foram erguidas as igrejas cristãs dedicadas à Maria ou a algumas santas católicas. Foi comprovada, também, a conexão entre essas estatuetas e o culto gnóstico dos séculos XI e XII com os “troféus” trazidos pelas cruzadas do Oriente Médio (estatuetas saqueadas dos templos das deusas acima mencionadas) e com a influência moura durante seu domínio na Espanha.

Na França, já foram localizadas mais de 300 Vierges Noires, das quais sobreviveram intactas cerca de 150, as demais tendo sido pintadas de branco pelos monges, destruídas por fanáticos, roubadas ou adquiridas por colecionadores. As mais famosas Madonas Negras são as da Catedral de Chartres (França), de Mont Serrat (Espanha) e Czestochova (Polônia). Das estatuetas pós-renascentistas, podemos mencionar Nossa Senhora de Guadalupe (México) e Nossa Senhora Aparecida (Brasil).


A Madona Negra e Ísis

A mais freqüente correspondência da Madona Negra é como Ísis, a Grande Mãe egípcia, em sua representação materna, segurando ou amamentando seu filho Hórus. O culto de Ísis se difundiu do Egito para os países do Mediterrâneo, tendo se mantido durante toda a duração do Império Romano. Nos últimos séculos desse Império, outras estatuetas de deusas escuras, como Cibele e Diana de Éfeso, também foram reverenciadas juntamente com Ísis. Apesar da cristianização, esse culto continuou até a Idade Média e, pela proximidade com a África e o Oriente, muitas Madonas Negras ainda existem nos países limítrofes.

Durante a Idade Média, muitas outras estatuetas das Virgens Negras foram confeccionadas para repor as que haviam sido roubadas ou destruídas, porém seguindo-se sempre os antigos modelos, com o mesmo respeito por seu mistério.

Como várias dessas estatuetas foram encontradas escondidas em grutas, embaixo de árvores ou nas ruínas dos antigos templos, é fácil ver sua ligação com as deusas pagãs (Cibele, Ártemis e Hécate), cujo culto era feito nos bosques, nas grutas ou nos santuários da antiguidade.


A Madona Negra e Sophia

Como mediadora entre o céu e a Terra, a Madona Negra representava Sophia (ou Hockmah), a Grande Mãe dos gnósticos, a contraparte feminina do criador e fonte de seu poder, cujo símbolo era a pomba, metamorfoseada pelo cristianismo em Espírito Santo de forma a complementar a Trindade, substituindo-se, assim, a figura e o poder da Mãe. Mesmo com a perseguição, proibição e extinção do culto gnóstico (considerado herege e perigoso pelos patriarcas cristãos), Sophia continuou a ser venerada como a Mãe Divina pelos ocultistas e a Igreja foi obrigada a criar uma santa com seu nome, reduzindo a Deusa à condição de mortal.


A Madona e a Mãe Terra


Os altares em que as Madonas Negras são reverenciadas se localizam próximos a fontes, grutas, montanhas ou se encontram escondidos nas criptas ou subterrâneos de igrejas católicas, comprovando a preservação de sua antiga simbologia, o aspecto telúrico de suas representações e sua íntima conexão com a energia da Mãe Terra.

O cristianismo transformou e adaptou os antigos cultos da Mãe Terra na veneração a Maria. Todavia, há uma diferença conceitual básica: a Mãe Terra tem atributos de fertilidade, sensualidade, expressão instintiva e expansão. Ausentes da figura de Maria, esses atributos estão presentes na figura de Maria Madalena, considerada pela igreja cristã a “pecadora e prostituta arrependida”, omitindo-se totalmente sua ativa e proeminente participação nos primórdios do cristianismo e sua verdadeira condição de companheira – de fato – de Jesus.


A Madona Negra e Maria Madalena


De acordo com o folclore e as lendas francesas, Maria Madalena chegou ao pequeno porto de Saintes Maries de la Mer, 13 anos após a crucificação, acompanhando Maria, mãe de Jesus, e Maria, mãe de João Batista. Conta-se que ela viveu mais de 30 anos em reclusão na gruta de St. Baume, no sul da França, assistindo e curando doentes, conforme consta dos arquivos do mosteiro ali localizado. No sudoeste da França, há a maior concentração de estátuas de Madonas Negras, cuja inspiração teria sido Maria Madalena, supostamente mãe do filho de Jesus, uma grande iniciada essênia e representante dos atributos “escuros” da Grande Mãe (enquanto Maria, a mãe de Jesus, refletia a face luminosa). Anualmente, a pequena cidade de Saintes Maries de la Mer torna-se o centro de uma gigantesca celebração, feita por milhares de ciganos, vindos em peregrinação e reverência de todos os cantos da Europa. O centro da homenagem é Sara Kali, uma santa de origem obscura (misto de deusa hindu com personagem bíblico ou a possível filha de Jesus, Sara), cuja estátua de cor negra se encontra em uma cripta. Presentes, guirlandas de flores, votos e pedidos são amontoados ao seu redor; os doentes e seus familiares fazem fila para tocar a estátua milagrosa. A procissão depois leva a estátua até o mar, com orações e cânticos, e lá ela é imersa na água para que sejam renovadas suas qualidades de cura, fertilidade e abundância (como nos antigos rituais de lavagem das estátuas de Hera, Cibele e Ísis).


Os poderes mágicos das Madonas Negras


A maioria das estátuas se encontra sobre centros de poder ou linhas de força telúrica (as assim chamadas ley lines ou “veias do dragão”) e seus poderes mágicos são de cura, proteção e fertilidade.

Há inúmeros relatos de milagres presenciados pelos peregrinos; as pilhas de votos e agradecimentos dos que visitam permanentemente as estátuas são provas vivas e comoventes dos milagres da cura pela fé. Fé no poder eterno da Mãe Divina, da Mãe Terra, cuja magia e poder foi captado e preservado pelo mistério das estatuetas das Madonas Negras.

Mirella Faur

IN: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/27


O AMOR SUPREMO


A DEUSA QUE ESTA POR DETRAS E ALÉM DE BRAHMA

Segundo uma das tradições indianas (no Tantra), existe uma Deusa (Devi) que está acima de todos os Deuses. Ela é chamada de Maha Devi (a Grande Deusa), ou Shakti (a Poderosa). Sua característica principal, como o seu próprio nome diz, é o Poder. Ela é ativa, dinâmica, é considerada como a energia que move todo o universo (inclusive os Devas). Em comparação com ela, os Devas são inertes, inativos, passivos. Nessa visão, temos um conceito exatamente oposto ao que se desenvolveu no ocidente (e em outros lugares, como a China), segundo o qual a energia ou atividade seria uma característica masculina e a receptividade ou passividade seria uma característica feminina.
Podemos encontrar alguns aspectos dessa concepção básica indiana na filosofia Sankhya, por exemplo. De acordo com o Sankhya, existem dois princípios cósmicos fundamentais. Um deles é a consciência (Purusha), que é um princípio masculino; o outro é o poder da natureza (Prakriti), que é um princípio feminino. Purusha é passivo, Prakriti é ativa. Todo o desenvolvimento do universo ocorre apenas por causa dos poderes da Natureza. Esses poderes (gunas) são três: tamas, rajas e sattva. Tamas é o poder da inércia, da tristeza, das trevas, da morte; rajas é o poder da vitalidade, do ego, da força, do prazer e da violência; sattva é o poder da luz, da felicidade e da sabedoria. Os três Devas principais do hinduísmo (Shiva, Brahma e Vishnu) estão associados respectivamente a esses três poderes (tamas, rajas, sattva). Esses Devas são seres que só podem atuar no universo porque a Grande Deusa lhe empresta uma parte de seu Poder. Nenhum deles tem todo o poder da Shakti.
A mitologia indiana tem também muitas histórias que mostram que os Devas não são tão poderosos quanto a Shakti. Em alguns mitos, um demônio (Asura) muito poderoso vence todos os Devas (masculinos) e eles vão então pedir ajuda à Grande Deusa, que assume uma de suas formas mais terríveis (como Durga ou Kali) e destrói todos os demônios.
A Shakti, ou Maha Devi, é o poder feminino absoluto. Há, no entanto, muitas deusas (Devis) diferentes. Cada um dos Devas, por exemplo, tem sua companheira (sua Shakti), sem a qual ele é incompleto. A Shakti de Brahma é Sarasvati, a de Vishnu é Lakshmi, a de Shiva é Parvati. Essas Devis são manifestações ou aspectos parciais, limitados, da Grande Deusa. No entanto, muitas vezes se identifica Parvati com a própria Shakti.
Embora Shiva seja um Deva muito poderoso, ele não é nada, comparado com a Shakti. Ela é ativa, ela tem todos os poderes, ele não tem nenhum poder sem ela. Por isso, muitas vezes ele é representado como um cadáver acima do qual Shakti dança, ou com o qual ela tem relações sexuais.
Enquanto Shiva e Shakti estão separados, o universo é dinâmico, ele se transforma, está ativo. Quando Shiva e Shakti se unem e se fundem em uma unidade, toda multiplicidade desaparece, o tempo pára.
Shakti, o poder feminino, está presente, de acordo com o Tantra, em todas as coisas e todos os seres do universo – mas de forma muito mais forte e significativa nas mulheres. Da mesma forma, Shiva, seu complemento masculino, está presente também em todos os seres, mas especialmente nos homens.

Manifestações da Shakti
Vamos apresentar a seguir algumas das principais Devis, ou manifestações da Grande Deusa:

Sarasvati é a Deusa associada ao conhecimento, à música e às artes. Ela é a companheira de Brahma, o Deva responsável pela criação do universo. Juntamente com Lakshmi e Parvati, formam a trindade de Deusas (Tridevi). É geralmente representada com roupas brancas (às vezes amarelas), sendo associada a um cisne ou a um pavão. É identificada, muitas vezes, com deusas que aparecem nos textos indianos mais antigos (Vedas): Vak (a Palavra), Savitri ou Gayatri (nome da oração mais sagrada dos Vedas). É a Deusa asssciada à sabedoria sagrada, e por isso se diz que os Vedas são seus filhos. Seu nome quer dizer, literalmente, "aquela que flui", e estava associada a um rio, na mitologia antiga. Muitas imagens de Sarasvati a representam com quatro braços, em um dos quais segura um livro (os Vedas), em outra um rosário indiano (mala) com contas de cristal, representando meditação e espiritualidade, em outro um pote com água sagrada, representando purificação, e por fim um instrumento musical de cordas (Vina) que representa a perfeição nas artes.

O nome Gayatri representa um tipo especial de métrica utilizada nos Vedas. Muitos hinos dos Vedas utilizam essa métrica, mas há um hino em especial que é chamado Gayatri Mantra. A deusa Gayatri é uma forma de Sarasvati, associada aos Vedas, uma representação feminina de Brahma. Ela costuma ser representada sentada sobre um lótus vermelho, com cinco cabeças.

Lakshmi é uma deusa associada à riqueza, à prosperidade e à generosidade, protegendo seus devotos de problemas financeiros. Também está associada à beleza e encanto. É também chamada de Shri. Ela é a companheira de Vishnu, e tem diferentes nomes quando se casa com as diferentes encarnações (avataras) de Vishnu. Assim, ela é Sita, companheira de Rama, e Rukmini, esposa de Krishna. Com o nome de Mahalakshmi, ela é identificada à Shakti, ou Grande Deusa. Dois de seus aspectos são Bhudevi (a Deusa da Terra) e Shridevi (a Deusa luminosa), que são os aspectos complementares das forças da Natureza (Prakriti). Ela é representada em imagens que mostram uma linda mulher, com quatro braços, sobre um lótus, com bonitas roupas e jóias, distribuindo moedas (significando prosperidade) e acompanhada por elefantes que indicam seu poder real. O lótus representa perfeição espiritual e pureza.

Radha é a principal companheira de Krishna, em muitos textos tradicionais. Ela é considerada a Shakti de Krishna e, algumas vezes, é identificada com a Grande Deusa. Assim como Shiva e Parvati, juntos, constituem o Absoluto, há uma tradição que considera que Radha e Krishna juntos constituem a Realidade Absoluta. Às vezes se descreve Radha como tendo se tornado uma esposa de Krishna, às vezes sua relação é descrita como um "amor eterno" (parakiya-rasa). O amor entre Radha e Krishna tem um significado esotérico, representando um amor divino e não mundano.

Parvati é a deusa associada a Shiva. Ela é considerada uma representação da Shakti, ou Grande Deusa, especialmente nos seus aspectos de Mãe divina. As outras Devis são consideradas como suas filhas ou manifestações. Os devotos da Shakti a consideram como a Shakti suprema, incorporando toda a energia do universo. Embora seja apresentada como uma divindade benigna, Parvati também tem aspectos terríveis, como Durga, Kali, Chandi. Ela também tem dez aspectos complementares, as Mahavidyas. Suas formas benevolentes são Mahagauri, Shailputri e Lalita. O nome Parvati significa "a das montanhas", pois é considerada filha do Senhor das Montanhas (Himavan). Ela tem muitos outros nomes, como Gauri (a dourada), Ambika (a mãe), Bhairavi (a terrível), Kali (a negra), Uma, Lalita, etc. Na mitologia, Parvati tem dois filhos, Ganesha e Skanda, mas na tradição Shakta ela é a mãe de todos os Devas e Devis. O veículo (vahana) de Parvati é um leão ou tigre. A união de Shiva com Parvati é considerada como equivalente ao Absoluto, ou Brahman.

O nome Durga significa "a invencível" ou "a inatingível". Ela é uma forma da Shakti invocada para superar situações de dificuldade e sofrimento. É uma forma guerreira de Parvati. É representada com dez braços, e seu veículo é um tigre ou um leão. Ela é considerada um poder auto-suficiente (svatantrya). Pode ser considerada como uma forma de Kali, embora suas aparências sejam distintas: Kali é negra, Durga é branca e radiante. Kali tem uma aparência horrível e é representada com símbolos associados à morte, Durga é linda e tem belos ornamentos de ouro, pérolas e pedras preciosas. Durga é uma representação da Shakti, e por isso é descrita como possuindo todos os poderes de todos os Devas. Na mitologia, ela surge para combater um demônio invencível, Mahishasura.
Kali, também conhecida como Kalika, é uma Devi associada à morte e à destruição. Seu nome significa "a Negra", mas também está associado à palavra Tempo (Kala), podendo ser interpretada como o Poder do Tempo. Ela é uma forma terrível, guerreira e destruidora de Parvati, e é também a principal das Mahavidyas, as dez formas tântricas da Grande Deusa. Está associada a cadáveres, ao sangue, aos chacais e aos terreiros de cremação de corpos. Seus adornos são de cabeças humanas decepadas. Na literatura tântrica, Kali tem um papel central nos textos, nos rituais e na iconografia, sendo considerada como uma representação da Grande Deusa (Maha Devi) ou Shakti. Embora geralmente seja representada sob uma forma terrível, às vezes assume uma forma jovem e bela e seus aspectos positivos são indicados, por exemplo, na expressão Kali Ma (Mãe Kali).

Chamunda é o nome de uma forma terrível da Grande Deusa, sendo uma das sete Deusas Mães e uma das principais Yoginis (um grupo de deusas do Tantra, que acompanham Durga). O nome Chamunda é uma combinação dos nomes dos demônios Chanda e Munda, que ela destruiu numa batalha. Muitas vezes, Chamunda é identificada com Kali. Ela é cultuada com sacrifícios de animais e oferecimento de vinho. Ela é representada com uma cor negra ou vermelha, com uma guirlanda de cabeças decepadas (como Kali).

Lalita, "Aquela que Brinca", é o nome de uma forma benigna de Parvati. Ela é também chamada de Tripura Sundari, Shodashi e Rajarajeshvari. Pertence ao grupo das dez Mahavidyas. O nome Shodashi significa uma jovem com dezesseis anos, e representa dezesseis tipos de desejos. Lalita, ou Tripura Sundari, está associada ao Shri Yantra e ao Shri Mantra. O nome Tripura significa "Os Três Mundos" (Terra, Atmosfera, Céu) e Sundari significa "A Mais Atraente", ou "A Mais Bela". Assim, Tripura Sundari é a Deusa mais bela dos três mundos. Na iconografia, é sempre representada como uma linda jovem, geralmente com roupas vermelhas. O hino Lalita Sahasranama (os mil nomes de Lalita) descreve todos os seus atributos.

O nome Mahavidya vem das palavras Maha (grande) e Vidya (sabedoria, revelação, conhecimento). É um grupo de dez deusas conhecidas como Deusas da Sabedoria por revelarem aspectos auspiciosos do conhecimento da Grande Deusa. Elas são: Kali, Tara, Tripura Sundari (ou Lalita), Bhuvaneshvari, Bhairavi, Chhinnamasta, Dhumavati, Bagalamukhi, Matangi, Kamalatmika. Cada um dos nomes da Deusa possui uma vibração especial. Eles são Mantras, e entonação correta, sob a orientação de um Guru, confere realização espiritual. A forma feminina confere bênçãos ao devoto, liberando-o do mundo material e da roda de reencarnações.


Texto escrito por Roberto de A. Martins

IN: http://www.yogadevi.org/shakti.html


A ESSÊNCIA DE TODOS OS NOSSOS PROBLEMAS


O MAIOR PROBLEMA DA HUMANIDADE

AS MULHERES NÃO ESTÃO EM CONTACTO COM O PRINCÍPIO FEMININO

"Não raramente ouvimos a informação de que não há nenhuma diferença essencial entre homens e mulheres, excepto a diferença biológica. Muitas mulheres têm aceite esse ponto de vista e têm feito muito para alimentá-lo. Têm se sentido contentes em serem homens de sais e assim perderam o contacto com o princípio feminino dentro delas mesmas. Essa talvez seja a causa principal da infelicidade e instabilidade emocional hoje em dia. Ora, se a mulher está fora de contacto com o seu princípio feminino, que dita as leis da integração, não pode assumir o comando do que é , afinal de contas, o domínio de feminino, ou seja, o das relações humanas. E, até que o faça, não poderá haver muita esperança de ordem nesse aspecto da vida.
Muitas mulheres sofrem seriamente na sua vida pessoal por esse abandono do princípio feminino.
São incapazes de relacionamentos satisfatórios, ou podem mesmo cair em neurose pela inadequação do seu desenvolvimento nessa área, que é das mais essenciais. Por essa razão, a relação de uma mulher com o princípio feminino dentro de si mesma não é um problema pessoal, mas também um problema geral, até universal para todas as mulheres. É um problema da humanidade.


(...)
É preciso considerar que a essência ou princípio feminino NÃO PODE SER ENTENDIDA ATRAVÉS DE UM ESTUDO INTELECTUAL OU ACADÉMICO. A ESSÊNCIA ÍNTIMA DO PRINCÍPIO FEMININO não se permite tal ataque, o sentido real da feminilidade sempre escapa ao interrogador directo. Essa é a razão pela qual as mulheres são misteriosas para os homens – isto é, para o homem que persiste em tentar compreender intelectualmente a mulher.


In OS MISTÉRIOS DA MULHER
M. ESTHER HARDING

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A "EVOLUÇÃO" DA MULHER NESTES ANOS DE DEMOCRACIA...


Neste excerto que apresento encontra-se o núcleo de todo o problema da humanidade. Passado um século podemos agora ver melhor as consequências nefastas da falta do feminino no MUNDO, quer na mulher quer no homem, pelo estado de devastação e desequilíbrio das forças da Natureza a que chegamos, devido à danosa gestão política e económica do Poder Masculino que culmina, em mais um império bélico, na guerra aberta e oculta aos países "perigosos", na propagação da fome de milhares de crianças no planeta e na violência crescente contra as mulheres em todos os continentes, como reacção à dominação maciça desse império de guerra, que ameaça todas as nações. A força cega desse Império negro avança contra todos os povos...

Desse modo podemos ver também
o fosso cada vez maior entre oriente e ocidente cavado pelos dois maiores monstros devoradores da História da Humanidade e que são as duas grandes religiões patriarcais dominantes, a islâmica e a cristã, usadas abusivamente pelos seus líderes, religiões fundamentalistas que reduziram o princípio feminino e a mulher “a um verbo de encher”, a um objecto de procriação ou prazer, violada, espancada ou apedrejada pelos maridos quer no oriente quer no ocidente.

Em qualquer uma dessas religiões a mulher é sonegada, inferiorizada ou diabolizada, assim como lhe foi retirada toda a participação efectiva na vida religiosa, familiar e social, destituindo-a de dignidade logo à nascença e de discernimento pessoal nas escolas, pela aplicação sistemática do velho preconceito dogmático, secular religioso contra a mulher, como culpada da queda do homem.


Factos óbvios em relação à exploração da mulher em todo o oriente como no ocidente, embora aqui camuflados de liberdade e emancipação, onde a mulher “se afirma” no trabalho ou como símbolo sexual. Estas conquistas correspondem porem a uma mulher masculinizada ou travestiada, que aceitou as regras falocráticas para vencer e manter-se em igualdade no poder masculino, no exercício da força e dominação, em profissões agressivas como o exército e a polícia, ou mesmo na política como ministra – exemplo mundial: “a dama de ferro” como foi o caso da senhora Tacther...ou as mais recentes Senhora Merkel na Alemanha ou as “mulheres” fortes da política bélica americana Condolence Rice ou Hilary Clinton.
Mulheres que se encontram nos antípodas do Princípio Feminino e que não só desconhecem como rejeitam em absoluto a sua essência feminina!

Rosa Leonor Pedro



AMARGI
( EM SUMÉRICO DUPLO SIGINIFICADO: LIBERDADE E RETORNO À MÃE)

A Mãe Terra, a Deusa sempre tem enrolada em seus braços ou ao seus pés uma serpente sagrada, símbolo da sabedoria cósmica e telúrica.


É exatamente esse despertar, o despertar da nossa Serpente Interior, da nossa Grande Mãe Interior, que nos levará a um novo mundo, sem machistas e sem feministas pois em tal tempo, que augures talvez eu não esteja viva para ver ( e ainda sou muito jovem) o Homem finalmente respeitará a essência feminina e a Mulher despertará para a Grande Deusa e A encarnará no Mundo...
Sei que pode parecer utópico mas as vezes a Mãe Terra me envia sinais de um mundo aonde as religiões param de lutar entre si para dominarem mais e mais mentes...

Se a sorte nós favorecer NOSSAS aspirações não serão impossíveis,

Gaia Lil

sábado, 15 de maio de 2010

ISTHAR,CRIADORA DE TODAS AS COISAS


“Criadora de todas as coisas, Protetora de todas as criaturas,
Grande Mãe, que trouxe a vida pela Lei do amor e do caos criou a
harmonia, ouça a minha prece, faça-me compreender o meu destino,
perdoe as minhas falhas e sustente-me nas provações!”
“Senhora e Deusa, Rainha das cidades, Luz do mundo e do céu
Mãe com ventre abundante, Fonte de luz cujo poder é eterno
Senhora do céu e da Terra, Criadora e Protetora,
Que recebe nossas súplicas
Ouve nossas preces e rege nossos destinos;
Do Seu lado direito fica a justiça, do esquerdo a bondade
Do Seu Ser emana vida e bem estar, no Seu olhar brilha a
compaixão,
Peço que olhe para mim e aceite minhas preces
Pois é Seu o Poder, a Magnificência, a Sabedoria, a Força
Que guiam e sustentam as mulheres que chamam o Seu sagrado
nome”.


Preces gravadas em tabletes de argila encontradas em escavações.

Amplamente cultuada e conhecida sob vários nomes em diferentes países, Ishtar era uma das manifestações da Grande Mãe do Oriente, a Magna Dea. Existem várias suposições sobre a origem de Ishtar, cujo mais antigo templo encontrava-se próximo às ruínas da antiga cultura neolítica de Çatal Hüyuk em Anatólia, datado de 5000 anos a.C. Por ser seu mito, simbolismo, histórias, costumes e rituais semelhantes aos da Deusa suméria Inanna, acredita-se que o culto de Ishtar seja a continuação do culto sumério. Porém, independentemente da sua origem –Anatolia, Suméria, Levante – Ishtar tornou-se uma Deusa muito popular, reverenciada pelos semitas da Mesopotâmia central, onde floresceu a cidade de Babilônia, repleta de ricos e belos templos, dos quais se sobressaia o da deusa Ishtar. O berço da civilização da Mesopotâmia foi a planície de Sumer, habitada desde o quarto milênio pelos sumérios, inventores da escrita cuneiforme e possuidores de uma opulenta e próspera civilização, que despertou a cobiça dos acadianos, tribos semitas do deserto de Síria, que a conquistaram. Apesar de serem dominados, os sumérios conseguiram manter e impor sua cultura e religião aos semitas. Ishtar possuía características ambíguas, ao mesmo tempo personificava a força criadora e também a destruição da vida, sendo representada pelos ciclos da vegetação e as fases lunares. Como Deusa do amor e da fertilidade, Ela propiciava a reprodução e abundância vegetal, animal e humana; como Deusa da guerra e da morte personificava a Natureza que dá e tira a vida, que se vingava da ignorância e destruição humanas nas épocas de inundações e tempestades e derrubava as montanhas e os inimigos. Inúmeros eram Seus títulos (similares aos de Inanna) e nas escrituras da Babilônia era chamada de: Luz do mundo, Condutora das hostes celestes, A que abre o ventre, Juíza imparcial, Doadora da Força, A que dá as leis, Senhora da Vitória, Mãe que perdoa, A que brilha, Mãe Divina, Estrela matutina (seu aspecto guerreiro) e vespertina (sua face sedutora), Criadora de Tudo, Senhora do Céu e da Terra, Protetora da Humanidade, Regente da sabedoria celeste, Guardiã da lei e da ordem, Rainha das terras, Pastora dos campos, Senhora do tempo e dos ciclos, Possuidora das tábuas dos registros das vidas, Fonte das profecias, Deusa do combate e da vitória. Muitos destes títulos, bem como várias preces babilônicas direcionadas para Ishtar, foram usadas para o Deus do Velho Testamento, as frases das invocações e as metáforas da Deusa copiadas pelos rabinos e as preces adaptadas para Maria, junto com algumas das Suas imagens (a Lua crescente) e histórias (o filho que morre e ressuscita). Fontes antigas revelam que Ishtar era a mesma Grande Deusa cultuada no Oriente próximo como Déa Síria, Atar, Astarte, Ashtoreth, Anath, Asherah, Mari e difamada na Bíblia como a Grande Prostituta Vermelha da Babilônia, padroeira das prostitutas. Na realidade, as sacerdotisas dos Seus templos eram honradas como rainhas na Ásia menor e admiradas pela sua sabedoria e conhecimento, que lhe conferiam poderes de cura através dos rituais de amor. Como personificações de Qadeshet - a Rainha celeste da Palestina – de Inanna e de Ishtar, as prostitutas serviam nos templos como emissárias destas deusas para conduzir os homens para se conectar com Ela ou curar seus males e aflições. Era um costume antigo que cada mulher da Babilônia servisse como sacerdotisa do amor uma vez na vida, costume continuado na Grécia helênica, nos templos da Afrodite e em Roma, no templo de Vênus e Juno Sospita. As sacerdotisas chamadas Ishtaritu ou Qadishtu atuavam como veículos da Deusa, proporcionando aos homens uma experiência extática, que lhes abria os canais para receberem a energia divina em um ato de amor e partilhando com eles o dom de Ishtar- a sexualidade sagrada - enquanto lhes ensinavam esta invocação:


“Reverenciai Ishtar, a suprema Deusa, Rainha das mulheres. O Seu corpo é vestido de amor e prazer, Sua essência é de ardor, encanto e voluptuosa alegria, Seus lábios são doces como mel, Sua boca dá a vida. Sua proximidade proporciona plenitude e a felicidade atinge o auge quando Ela se faz presente, pois Ela é gloriosa, poderosa, exaltada, esplêndida e respeitada por todos os deuses, que A reverenciam e perante Ela se inclinam chamando-A de Rainha.”


As cortesãs ou prostitutas sagradas eram consideraras “virgens” (hierodulas ou vestais) não no sentido físico, mas por permanecerem solteiras, assim como também eram as deusas Ishtar, Anath, Asherah, Mari, que eram cultuadas como Kadesha, a “Grande Virgem” ou Hierodula Celeste. O casamento sagrado ou hieros gamos era a encenação da fertilidade da vida humana, animal, vegetal, em que homens e mulheres participavam em ritos de sexo sagrado do processo de vida e regeneração, rituais que eram abençoados pela Deusa e realizados nos Seus templos. Devido à importância dos ritos sexuais nas culturas pagãs, o cristianismo difamou seu simbolismo sagrado e o equiparou com pecado, promiscuidade e imoralidade.

O mito de Ishtar descreve Sua chegada na Terra vindo do planeta Vênus, acompanhada pelas Ishtaritu, Suas mulheres sagradas, que depois foram viver nas margens dos rios Tigre e Eufrates. Nas terras semitas as magens de Ishtar a representavam de diversas maneiras: como soberana coroada com chifres ou com uma tiara encimada por um cone (a representação da montanha sagrada), segurando uma espada, um cetro envolto por serpentes ou os chifres de um touro, como guerreira com asas ou flechas saindo dos seus ombros, armada com arco e flecha, pisando sobre um leão ou carregada numa carruagem puxada por sete leões, acompanhada por dragões, sentada no trono ou voando nas asas de um grande pássaro, segurando seus seios, elevando o ramo sagrado, cercada por suas sacerdotisas, que formavam uma estrela de oito pontas ao seu redor. Ao longo dos rios Tigres e Eufrates os povos semitas reverenciaram durante milênios a Criadora da vida com inúmeros hinos que louvavam Sua força, poder e sabedoria. As preces a Ela direcionadas foram gravadas sobre tabletes de pedra, com caracteres cuneiformes escritas nas várias línguas semitas: akkadiana, canaãense, hebraica, aramaica e árabe, originárias deLíbano, Israel e Síria (o antigo Levante) e o atual Iraque (a antiga Mesopotâmia), entre os quais se estendia o deserto sírio. A reverência à Deusa conhecida como Astart, Ashtoreth, Atargatis, Asherah, Anath, Shapash começou no Levante, enquanto o culto de Mami, Aruru e Ishtar era da Mesopotâmia. As imagens e a natureza de Ishtar foram influenciadas pelas crenças religiosas de Anatólia eintegradas com o culto da suméria Inanna, substituindoo depois em Erech, no Golfo Persa. Junto com as fontes de Suméria, Anatólia e Egito, as evidências do culto da Deusa entre os povos semitas constituem um dos mais antigos registros escritos, culto que antecedeu os períodos bíblicos e foi adotado depois pelos hebreus, muçulmanos e cristãos. Os babilônios preservaram a mitologia, linguagem, literatura e as práticas religiosas dos sumérios, traduzindo todo o acervo para a sua língua akkadiana e transmitindo a cultura suméria para Anatólia, Assíria, Canaã durante pelo menos dois milênios, após a conquista da Suméria pelos povos de Assíria.


Nos templos de Assur, Arbela, Kalah e Nineveh as sacerdotisas de Inanna e Ishtar serviam com oráculos, respondendo questões de vida, morte, doenças e diversos tipos de problemas maiores ou menores. Os nomes destas sacerdotisas oraculares ficaram gravados nos antigos registros dos templos, mantendo assim viva a memória das mulheres que serviam aos seus povos transmitindo mensagens da Deusa. Nas noites de lua cheia- Shapatu - assim como nas de lua nova eram feitas oferendas de comidas e bebidas nos altares de Ishtar, em que tinha yonis de lápis lazuli e estrelas ou rosáceas de ouro de oito pontas, oito sendo o número do ano sagrado quando era reconciliado o tempo lunar e solar, a lua cheia coincidindo com o dia mais longo ou mais curto. O zodíaco era chamado de “Cinto de Ishtar (ou Inanna)” e nas imagens a Deusa aparecia cercada por um círculo de estrelas, sendo às vezes identificada com Sirius, a estrela mais brilhante e associada com as constelações de Virgem e Escorpião. De todos os mitos de Ishtar um dos mais relevantes é a sua descida para o mundo dos mortos em busca do seu amado Tammuz, ferido mortalmente por um javali. Tammuz tinha recebido o cajado de pastor da Deusa, sendo escolhido como parceiro para o rito de hieros gamos, o casamento sagrado celebrado durante o festival de Akitu. Assim como Inanna, Ishtar passa por sete portais, em que é despida das suas insígnias reais, jóias e vestes (cada objeto representando um dos seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e domínio sobre as estações do ano) aparecendo nua na frente de Alatu, a Senhora do submundo e lá permanecendo durante três dias de escuridão, frio e letargia. Enquanto a Deusa está presa no mundo subterrâneo, a vida fenece sobre a terra, a vegetação seca e os rios se esvaem. Depois deste teste de desapego, Ishtar recupera seu poder e sua glória como rainha do céu e da Terra e traz de volta seu amado Tammuz, a vida renascendo sobre a terra, os campos se cobrindo de vegetação e os rios correndo alegremente. A morte de Tammuz era comemorada com o nascer de Sirius junto do Sol, no final das colheitas, quando os raios solares queimavam o deus verde da vegetação e sua morte era chorada pelas mulheres em luto solidário com a dor de Ishtar, enquanto tocavam flautas, címbalos e tambores. Este mito é semelhante ao de outras deusas como Inanna e o seu consorte Damuzzi, Ísis e Osíris, Anat e Baal, Afrodite e Adônis. As deusas do Oriente próximo tinham além dos atributos de fertilidade e de amor, o dever de proteção do seu povo como deusas guerreiras, guardiãs das leis e da liderança. Os Seus consortes chamados de “Filhos fieis” ou “Senhores verdes, pastores do povo” eram associados à vegetação, às colheitas e a fecundidades dos rebanhos de gado, cabras e ovelhas. A dança dos sete véus é associada ao mito de Ishtar, tendo sido um dos mais belos e misteriosos ritos antigos realizados em homenagem aos mortos. A sacerdotisa oferecia a dança para a Deusa, que nela existia e que lhe dava a beleza, o poder de sedução e a força. Durante a dança ela retirava todos os adereços do seu corpo, além dos sete véus, para simbolizar sua entrada no mundo dos mortos sem apego aos bens materiais, em analogia a Ishtar. Com o passar do tempo os sete portais passaram a simbolizar os sete planetas antigos (representados na dança como as qualidades e defeitos que influenciam o temperamento das pessoas), as sete cores do arco-íris e os sete chacras. A dança passou a ser realizada não mais por sacerdotisas mas por bailarinas, que se limitavam a retirar os véus, o véu representando o que ocultamos dos outros e de nós mesmas, a retirada e o cair de cada véu simbolizando a queda das vendas, a abertura da visão, a descoberta da verdade, o fortalecimento interior e o despertar da consciência rumo à evolução espiritual. Cada cor do véu corresponde a um planeta e um chacra, cuja correspondência tradicional é descrita a seguir. O véu amarelo representa o Sol, elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo a alegria, esperança e confiança. O véu laranja representa Júpiter, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo. O vermelho representa Marte, significando a vitória do amor cósmico, o domínio da agressividade e a paixão. Lilás representa Saturno, mostrando a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil. Azul representa Vênus, revelando que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos. Verde representa Mercúrio, mostrando a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos.


E, por fim, o branco representa a Lua; a queda deste último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior. O caráter de Ishtar sintetiza a complexidade da natureza venusiana, sendo a personificação do principio feminino. Em suas formas variadas e mutantes, Ishtar desempenha as múltiplas possibilidades da essência feminina, a beleza da dança, o encanto da sensualidade, o poder hipnótico e de sedução, a capacidade de desapego e transformação, a revelação dos mistérios, o uso da magia e o alcance da sabedoria.

Mirella Faur

IN: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/90



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