quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Nem que meu destino seja solidão
Que eu seja como a base da terra
A indesejada e desconhecida
E ainda sim secreta em minha magia...
Que eu possa acariciar minha alma
Com o sopro das brisas...
Meu prazer é meu, como é meu coração...
Que eu possa honra-lo...
Porque tudo que é já está escrito em meu coração...
Que eu possa mantê-lo indomado...
Eu que sempre fui incompreendida...
Se eu não aprender a ser aquela que vaga sozinha
Pelos montes, juro, minha Mãe...
Possa eu comer dos frutos e sentir sua doçura acariciando minha alma
E ver o entardecer com verdadeira alegria...
Possa eu ser forte e permanecer sozinha, porque minha canção...
Será melhor cantada no exílio...
A Deusa, eu esqueci tanta coisa que eu sabia...
Possa lembrar em meu coração...
Possa eu lembrar do meu coração.

TOMADA PELO VENTO


Meu coração é tomado pelo vento e palavras que nem sei
São sentimentos que me tomam a alma
meu coração é solitário e dentro dele minha alma é tempestade
Tão solitária apesar dos anos, tão tomada pela ventania
Tão tomada pelo destino que em chuva...
Que a chuva que cai em mim molhando  milhares de planícies
Que a chuva molhe meus lábios secos como o solo do deserto
O sono da morte para mim não é nada
Pois no meu sono, os sonhos vibram
Mas eu nunca voei em cores brilhantes
Sempre voem em tons sombrios, cercada pelo amor
Pela força escura que brota da terra
Como o mato, verde escuro e alto...
Meu amor é meu, e é como a tempestade que nunca se realizou
Meu amor é meu, como uma mulher que nunca se realizou...

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