ADN MITOCONDRIAL MATERNO E A SUA IMPORTÂNCIA COMO PROVA CIENTÍFICA DA ORIGEM DE UMA SOCIEDADE MATRIARCAL.
Maria De Lourdes de Oliveira Pinto:
*Em tempos, conversava com uma amiga, Rosa Leonor Pedro, sobre a bestialidade do homem e de todo o sistema patriarcal na tentativa de anulação do Princípio Feminino, responsável pela Criação de todo o Universo. Explicava-lhe que havia uma prova científica, que está a ser estudada e que indicia a existência de uma sociedade matriarcal original e que é o ADN mitocondrial, transmitido exclusivamente pela mulher de geração em geração, isto é, trata-se de um gene que é transmitido apenas através da linhagem materna, ao contrário do ADN dos cromossomas, que é herdado do pai e da mãe. Assim, as mitocôndrias são transmitidas unicamente pela mãe e a partir de uma mãe original, desde o início dos tempos, sendo todas nós mulheres suas decendentes.
Hoje, após uma visita à Feira do Livro no Parque Eduardo VII, um livro chamou a minha atenção. Estou com ele entre mãos, e convosco partilho algo que liga as minhas postagens anteriores e a conversa acima citada:
"Estudos antropológicos e sociológicos mostram que a maior parte das culturas são patriarcais desde há muito tempo. Uma das razões dadas para a dominação patriarcal seria a sobrevivência da espécie na qual todo o sistema educativo e normativo teria sido organizado para garantir aos homens fortes a sua paternidade.
A descoberta relacionada como ADN mitocondrial poderia ser o início de uma prova científica de um índice da cultura matriarcal que, por razões em parte ainda desconhecidas, teria sido subestituída por uma cultura patriarcal.
(...)
É bastante inquietante imaginar a possibilidade de que gerações de dominação masculina e de consentimento da mulher possam ter deixado vestígios tão profundos e indeléveis sobre o genoma humano.
No entanto, tudo indica que foi assim que as coisas aconteceram.
O fenótipo que age, geração após geração, sobre o património genotípico da população feminina teria conduzido as mulheres a adoptarem um comportamento "conveniente", ao falar ou vestir-se. o objectivo era fazer delas excelentes mães ( reprodutoras ) para ficar assegurada a paternidade do "macho dominante". Os meios empregados para chegar a este fim eram a força e o terror. Um pai ou um marido desrespeitado não hesitaria em usar de violência, repudiar ou matar.
Outro meio, também muito comum, relaciona-se com o facto de as mulheres não terem acesso aos estudos, por conseguinte não teriam acesso ao mercado de trabalho e à sua independência.
O objectivo era o de "produzir" descendentes sempre melhores, sempre mais eficiente e fiéis ao clã, que seriam provenientes de uma paternidade indiscutível, pouco importava o "preço a pagar" pelas mulheres."*
In O FEMININO REENCONTRADO - A Mulher na Jornada Interior
de Nathalie Durel Lima
*Cópia e Texto de Maria De Lourdes de Oliveira Pinto
IN; ROSA MATER (MULHERES E DEUSAS) - ROSA LEONOR PEDRO
Nota tardia:
Quero agradecer profundamente a Rosa pelo carinho e apoio que tem me dado ao longo deste tempo. Obrigada por me enviar este texto de sua amiga por email.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
A DEUSA VIVE NO JARDIM DAS HESPÉRIDES...
UM PROJETO ADMIRÁVEL, DA SACERDOTISA PORTUGUESA LUIZA FRAZÃO
A VISÃO DO JARDIM DAS HESPÉRIDES
O Templo da Deusa do Jardim das Hespérides foi criado em fevereiro de 2013, dentro da energia do Imbolc, do acordar da Deusa Menina, tendo sido concebido durante a minha formação como sacerdotisa de Avalon. Com efeito o contacto que vou fazendo com a visão de Kathy Jones, fundadora do Templo da Deusa de Glastonbury/Avalon, e o resultado das minhas pesquisas no território e na tradição nacional sobre o Divino Feminino levaram-me a concluir que uma dimensão mítica existe no nosso território, à semelhança da Ilha de Avalon, igualmente governada por nove entidades ou princípios femininos, que aqui se chamam Hespérides e lá Morgens. Cotejando as duas tradições, a portuguesa e a britânica, verificamos que as semelhanças são tão evidentes que facilmente aceitamos teorias que postulam ter havido há milénios a partilha dum mesmo fundo cultural céltico.
Esta certeza levou-me a conceber uma Roda do Ano da Deusa nossa, dentro da estrutura criada por Kathy Jones em Glastonbury/Avalon, embora adaptada à nossa realidade. Tal Roda encontra-se em fase de elaboração. Ela pretende ser flexível, aberta a que novas entidades entrem e a que porventura outras mudem de lugar, dentro da dança leve, criativa e flexível da Deusa, bem diferente do dogma patriarcal, rígido e estático. O nosso afastamento da Natureza torna entretanto difícil a conexão com a energia das aves da Deusa do nosso território, por exemplo, embora a tradição tenha guardado algum desse conhecimento. O mesmo sucede com os outros animais sagrados, árvores e plantas. No entanto, considero vital para a nossa sobrevivência esta ressacralização da Natureza que a espiritualidade da Deusa desencadeia.
Criar este Templo implica cotejar duas tradições, a nossa e a britânica, que quiçá é herdeira da ibérica ou da do Arco Atlântico, segundo algumas correntes de investigação, mas que soube conservar melhor esses elementos e beneficiou na atualidade da visão e do empenho de mulheres como Marion Zimmer Bradley e Kathy Jones, entre várias outras. No nosso país, também há mulheres e homens que me inspiram, como Dalila Pereira da Costa, Fernanda Frazão e Gabriela Morais, para nomear apenas algumas, embora o seu propósito seja diferente do das nossas irmãs britânicas, mais académico do que devocional. Considero pertinente fazer-se a aproximação das duas culturas, outrora comuns ou muito próximas. O nosso Jardim das Hespérides, uma bolsa remanescente da antiga sociedade matrifocal neolítica que aqui nesta ponta da Europa se manteve até muito tarde, foi uma sociedade pacífica e florescente, e segundo Dalila Pereira da Costa, daqui irradiou para o mundo. Ele está pronto a ser reivindicado e ancorado, adaptado à realidade e consciência atuais, amorosamente substituindo estruturas patriarcais caducas e agonizantes. Trata-se dum sonho que te convido a sonhares comigo, condição de sobrevivência no mundo atual.
Este Templo pretende ser pois fiel à cultura do chamado Arco Atlântico, que é a nossa tradição, porventura herdeira da tradição atlante, nos moldes em que Kathy Jones a trouxe até nós na atualidade, adaptando-se todavia à nossa realidade e mantendo-se aberta às infinitas possibilidades que a Deusa nos irá apresentando. Ao ritmo possível, este Templo vai ganhando forma, e esta energia de transformação e de cura pelo empoderamento do Feminino vai ancorando na nossa realidade. E para isso a tua colaboração é fundamental.
©Luiza Frazão
A INSPIRAÇÃO DE AVALON
A DEUSA está viva em Glastonbury, visível para tod@s nós nas formas da Sua paisagem sagrada. Ela é suave como o arredondado dos montes do Seu corpo e doce como as flores das macieiras que crescem nos Seus pomares. Aqui sentimo-nos cada dia envolvidas pelo Seu amor e a Sua voz trazida pelo vento pode ouvir-se em permanência, o Seu sussurro atravessando as brumas de Avalon. Os Seus mistérios são tão profundos como o Caldeirão que Ela mexe em permanência, conduzindo-nos até às Suas profundezas para depois nos elevar às Suas alturas. Ela é a nossa fonte, a nossa inspiração e o nosso Amor.
A nossa visão consiste em criarmos e mantermos um Templo da Deusa contemporâneo, aberto em permanência, dedicado à Deusa em Glastonbury e à sua contraparte fora desta dimensão, a Ilha de Avalon. O Templo da Deusa é um espaço sagrado aberto a tod@s, especialmente dedicado à descoberta e celebração do Feminino Divino. É um espaço sagrado onde podemos cultuar e honrar a Deusa de formas que podem ser antigas ou atuais e onde todo o tipo de amor por Ela é bem-vindo. No Templo da Deusa de Glastonbury celebramos as Deusas que estão particularmente ligadas a Glastonbury e à Ilha de Avalon. Avalon é uma terra mágica onde a Deusa está presente desde tempos imemoriais. Trata-se dum lugar de mistério e imaginação, um lugar onde podemos deixar ir o que é velho e acolher o novo em nós, novas formas de sermos e de vivermos. A divindade primordial relacionada com Glastonbury é a Senhora de Avalon (que é Morgan la Fey), as Nove Morgens, Brigit ou Bridie da chama sagrada, Modron, Grande Mãe da linhagem de Avallach, Nossa Senhora Maria de Glastonbury (Our Lady Mary), a Anciã de Avalon, a Deusa do Tor, Senhora dos Montes Ocos (Hollow Hills), Senhora do Lago e Senhora das Fontes e Poços Sagrados.”
Com estas palavras apresenta o Templo da Deusa de Glastonbury a sua visão e propósito no seu sítio da Net. São palavras que podemos aplicar aos propósitos do nosso Templo da Deusa do Jardim das Hespérides e de qualquer templo da Deusa que é urgente criarmos neste mundo de onde a Deusa primordial foi banida pela Sua incompatibilidade com propósitos patriarcais, entretanto em vias de nos destruírem enquanto civilização e planeta.
A nossa Avalon é o Jardim das Hespérides, espaço por excelência da Deusa Anciã, da Sábia Calaica-Beira, e de Ana, a Grande Mãe Ancestral, respiração espiritual desta terra. E das nossas Nove Irmãs, as Nove Hespérides que regem este espaço de uma outra dimensão como as Nove Morgens regem a Ilha de Avalon. Vão por certo dizer-me que as Hespérides não são nove, mas na verdade se o seu número varia de fonte para fonte, por que não considerar que também elas compõem aqui aquele grupo primordial que o investigador Stuart MacHardy descobriu que existe espalhado pelos quatro cantos do mundo, as Nove Donzelas de que nos fala na obra “The Quest for the Nine Maidens”?
Se a Deusa está presente em Avalon desde tempos imemoriais, também aqui Ela se conservou no coração das mulheres, que deram à Virgem Maria e às inúmeras santas - a forma que Grande Deusa teve de tomar para sobreviver ao Cristianismo - todos os atributos e qualidades das antigas Deusas, nem nos faltando os da Deusa da Sexualidade Sagrada, chamada aqui nada mais nada menos que Nossa Senhora dos Prazeres… Todo o nosso território está imbuído da Sua vibração, uns lugares é certo mais do que outros. Por todo o lado há capelinhas e capelas e igrejas - regra geral edificadas sobre locais outrora considerados sagrados pelo Paganismo - celebrando a Sua glória, a glória do Feminino Divino, e o Seu poder.
Pode parecer com isto que nos estamos a colar demasiado a uma tradição estrangeira, a uma tradição importada, mas a verdade é que, quando estudamos essa tradição, vemos que ela tem muitas semelhanças com a nossa, dando razão às e aos investigador@s que defendem a Teoria da Continuidade Paleolítica, segundo a qual nós somos tão celtas como el@s, tendo partilhado em tempos a mesma cultura, a do chamado Arco Atlântico, que compreende Portugal, Galiza, Bretanha francesa, Irlanda e Grã-Bretanha, e até que é possível que daqui ela tenha irradiado para o resto da Europa. Pelo menos… E não são apenas investigador@s nacionais a defender estas ideias...
©Luiza Frazão
Imagens Google
IN: TEMPLO DA DEUSA CALE
A VISÃO DO JARDIM DAS HESPÉRIDES
O Templo da Deusa do Jardim das Hespérides foi criado em fevereiro de 2013, dentro da energia do Imbolc, do acordar da Deusa Menina, tendo sido concebido durante a minha formação como sacerdotisa de Avalon. Com efeito o contacto que vou fazendo com a visão de Kathy Jones, fundadora do Templo da Deusa de Glastonbury/Avalon, e o resultado das minhas pesquisas no território e na tradição nacional sobre o Divino Feminino levaram-me a concluir que uma dimensão mítica existe no nosso território, à semelhança da Ilha de Avalon, igualmente governada por nove entidades ou princípios femininos, que aqui se chamam Hespérides e lá Morgens. Cotejando as duas tradições, a portuguesa e a britânica, verificamos que as semelhanças são tão evidentes que facilmente aceitamos teorias que postulam ter havido há milénios a partilha dum mesmo fundo cultural céltico.
Esta certeza levou-me a conceber uma Roda do Ano da Deusa nossa, dentro da estrutura criada por Kathy Jones em Glastonbury/Avalon, embora adaptada à nossa realidade. Tal Roda encontra-se em fase de elaboração. Ela pretende ser flexível, aberta a que novas entidades entrem e a que porventura outras mudem de lugar, dentro da dança leve, criativa e flexível da Deusa, bem diferente do dogma patriarcal, rígido e estático. O nosso afastamento da Natureza torna entretanto difícil a conexão com a energia das aves da Deusa do nosso território, por exemplo, embora a tradição tenha guardado algum desse conhecimento. O mesmo sucede com os outros animais sagrados, árvores e plantas. No entanto, considero vital para a nossa sobrevivência esta ressacralização da Natureza que a espiritualidade da Deusa desencadeia.
Criar este Templo implica cotejar duas tradições, a nossa e a britânica, que quiçá é herdeira da ibérica ou da do Arco Atlântico, segundo algumas correntes de investigação, mas que soube conservar melhor esses elementos e beneficiou na atualidade da visão e do empenho de mulheres como Marion Zimmer Bradley e Kathy Jones, entre várias outras. No nosso país, também há mulheres e homens que me inspiram, como Dalila Pereira da Costa, Fernanda Frazão e Gabriela Morais, para nomear apenas algumas, embora o seu propósito seja diferente do das nossas irmãs britânicas, mais académico do que devocional. Considero pertinente fazer-se a aproximação das duas culturas, outrora comuns ou muito próximas. O nosso Jardim das Hespérides, uma bolsa remanescente da antiga sociedade matrifocal neolítica que aqui nesta ponta da Europa se manteve até muito tarde, foi uma sociedade pacífica e florescente, e segundo Dalila Pereira da Costa, daqui irradiou para o mundo. Ele está pronto a ser reivindicado e ancorado, adaptado à realidade e consciência atuais, amorosamente substituindo estruturas patriarcais caducas e agonizantes. Trata-se dum sonho que te convido a sonhares comigo, condição de sobrevivência no mundo atual.
Este Templo pretende ser pois fiel à cultura do chamado Arco Atlântico, que é a nossa tradição, porventura herdeira da tradição atlante, nos moldes em que Kathy Jones a trouxe até nós na atualidade, adaptando-se todavia à nossa realidade e mantendo-se aberta às infinitas possibilidades que a Deusa nos irá apresentando. Ao ritmo possível, este Templo vai ganhando forma, e esta energia de transformação e de cura pelo empoderamento do Feminino vai ancorando na nossa realidade. E para isso a tua colaboração é fundamental.
©Luiza Frazão
A INSPIRAÇÃO DE AVALON
A DEUSA está viva em Glastonbury, visível para tod@s nós nas formas da Sua paisagem sagrada. Ela é suave como o arredondado dos montes do Seu corpo e doce como as flores das macieiras que crescem nos Seus pomares. Aqui sentimo-nos cada dia envolvidas pelo Seu amor e a Sua voz trazida pelo vento pode ouvir-se em permanência, o Seu sussurro atravessando as brumas de Avalon. Os Seus mistérios são tão profundos como o Caldeirão que Ela mexe em permanência, conduzindo-nos até às Suas profundezas para depois nos elevar às Suas alturas. Ela é a nossa fonte, a nossa inspiração e o nosso Amor.
A nossa visão consiste em criarmos e mantermos um Templo da Deusa contemporâneo, aberto em permanência, dedicado à Deusa em Glastonbury e à sua contraparte fora desta dimensão, a Ilha de Avalon. O Templo da Deusa é um espaço sagrado aberto a tod@s, especialmente dedicado à descoberta e celebração do Feminino Divino. É um espaço sagrado onde podemos cultuar e honrar a Deusa de formas que podem ser antigas ou atuais e onde todo o tipo de amor por Ela é bem-vindo. No Templo da Deusa de Glastonbury celebramos as Deusas que estão particularmente ligadas a Glastonbury e à Ilha de Avalon. Avalon é uma terra mágica onde a Deusa está presente desde tempos imemoriais. Trata-se dum lugar de mistério e imaginação, um lugar onde podemos deixar ir o que é velho e acolher o novo em nós, novas formas de sermos e de vivermos. A divindade primordial relacionada com Glastonbury é a Senhora de Avalon (que é Morgan la Fey), as Nove Morgens, Brigit ou Bridie da chama sagrada, Modron, Grande Mãe da linhagem de Avallach, Nossa Senhora Maria de Glastonbury (Our Lady Mary), a Anciã de Avalon, a Deusa do Tor, Senhora dos Montes Ocos (Hollow Hills), Senhora do Lago e Senhora das Fontes e Poços Sagrados.”
Com estas palavras apresenta o Templo da Deusa de Glastonbury a sua visão e propósito no seu sítio da Net. São palavras que podemos aplicar aos propósitos do nosso Templo da Deusa do Jardim das Hespérides e de qualquer templo da Deusa que é urgente criarmos neste mundo de onde a Deusa primordial foi banida pela Sua incompatibilidade com propósitos patriarcais, entretanto em vias de nos destruírem enquanto civilização e planeta.
A nossa Avalon é o Jardim das Hespérides, espaço por excelência da Deusa Anciã, da Sábia Calaica-Beira, e de Ana, a Grande Mãe Ancestral, respiração espiritual desta terra. E das nossas Nove Irmãs, as Nove Hespérides que regem este espaço de uma outra dimensão como as Nove Morgens regem a Ilha de Avalon. Vão por certo dizer-me que as Hespérides não são nove, mas na verdade se o seu número varia de fonte para fonte, por que não considerar que também elas compõem aqui aquele grupo primordial que o investigador Stuart MacHardy descobriu que existe espalhado pelos quatro cantos do mundo, as Nove Donzelas de que nos fala na obra “The Quest for the Nine Maidens”?
Se a Deusa está presente em Avalon desde tempos imemoriais, também aqui Ela se conservou no coração das mulheres, que deram à Virgem Maria e às inúmeras santas - a forma que Grande Deusa teve de tomar para sobreviver ao Cristianismo - todos os atributos e qualidades das antigas Deusas, nem nos faltando os da Deusa da Sexualidade Sagrada, chamada aqui nada mais nada menos que Nossa Senhora dos Prazeres… Todo o nosso território está imbuído da Sua vibração, uns lugares é certo mais do que outros. Por todo o lado há capelinhas e capelas e igrejas - regra geral edificadas sobre locais outrora considerados sagrados pelo Paganismo - celebrando a Sua glória, a glória do Feminino Divino, e o Seu poder.
Pode parecer com isto que nos estamos a colar demasiado a uma tradição estrangeira, a uma tradição importada, mas a verdade é que, quando estudamos essa tradição, vemos que ela tem muitas semelhanças com a nossa, dando razão às e aos investigador@s que defendem a Teoria da Continuidade Paleolítica, segundo a qual nós somos tão celtas como el@s, tendo partilhado em tempos a mesma cultura, a do chamado Arco Atlântico, que compreende Portugal, Galiza, Bretanha francesa, Irlanda e Grã-Bretanha, e até que é possível que daqui ela tenha irradiado para o resto da Europa. Pelo menos… E não são apenas investigador@s nacionais a defender estas ideias...
©Luiza Frazão
Imagens Google
IN: TEMPLO DA DEUSA CALE