segunda-feira, 29 de dezembro de 2008




A ALTA SACERDOTISA possui um véu invisível que a protege do mundo externo e suas influências - e cada um usa este véu de acordo com sua própria necessidade.


Duas colunas me sustentam e me resguardam.
Pois conheço os Mistérios da Noite e conheço os Mistérios do Dia.
Conheço mais que os Mistérios Sagrados: conheço seus mistérios ainda não revelados.
Conheço seus mistérios e o guio com sabedoria, mas mantenha-se à distância.
Meu corpo não te pertence, ainda que todo o meu conhecimento te seduza como um homem diante da mais bela e nua mulher.

MAAT A SABEDORIA PROFUNDA



Como Ísis ,Maat percorre os quatro mundos da existencia humana: emoção, sentimento, raciocinio e espiritualidade. Seu nome significa Sabedoria feminina ou Sabedoria antiga ,como Ísis Maat guarda em si os primordios dos poderes femininos que vão com o tempo purificando a Terra e o Coração


A Verdadeira sabedoria é aquela emanada do seu coração


-Eu sou Maat a sabedoria feminina


a chuva é a personificação da sabedoria do Céu descendo a terra



Bem-vinda ao palacio das deusas
sinta a beleza e a sabedoria profunda emanando em volta de você
conecte-se a deusa primordial da justiça egipica


Eu sou Maat

A Grande mãe egipicia da justiça


ao longo dos anos

os homens se esqueceram da sabedoria verdadeira
se esqueceram do conceito Maat


agora peço que faça uma visualização
imagine um lindo templo egipicio
tres belas deusas acompanham você
respeire fundo três vezes
sinta se desconectando da realidade presente
e indo pro futuro egipicio e pro passado antigo


agora você é uma lindissima sacerdotisa egipicia


as deusas a conduzem até uma camara secreta
nessa camara você é despida
então as deusas lhe dão um banho com ervas egipicias
sintao cheiro de cedro e mirra



você se sente purificada e renovada
as duas deusas são Neftis,a reveladora e Isis a mãe de tudo
elas lhe levam a presença de Maat
sentada num trono
Maat pede para que você voe com, ela por entre os mundos

planando voces duas viram passaros

e voam para o ceu estrelado

la vocês vêem varios sinais magicos desenhados no céu

sinta que você se mistura com a energia das estrelas e das aves egipicias

você esta resgatando sabedoia feminina:

em sua essência a Mulher não é um ser deste mundo

precisando voltar a Maat e reaver suas energias primordiais

agora desperte

você reaveu seus poderes perdidos na noite dos tempos


lembrece sempre de Maat a Justiça profunda

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008



Ela veio de la
do lago das cem almas
ela veio de la
do rio da palavra profunda
do espirito que a tudo evoca
e a tudo é evocado
ela era tudo
porque tudo era ela
ela era o fogo
a lua
e a colheita
a energia profunda...
da palavras sentidas
que despertam o coração
da alegria
harmonica
da luz lunar
da luz solar
ela era o tempo
a rosa e a prosa
ela era a musa da vida e da morte
tal qual uma parca
traçava o meu destino
e me lembrava
dos rios e instintos

SER SENSATO

Sensato é todo aquele que consegue aceita-se do modo em que realmente é. Essa é a chave de ouro que abrirá as portas de teu jardim interior. E, nesse jardim crescem magníficas árvores que ainda não conheces e flores que só você pode cultivar. Tu és o único que pode fazer enxertos e transformá-las, plantar novas plantas e retirar outras; tu és o único que poderá ter acesso a teu jardim, podendo embelezá-lo ou convertê-lo em estéril como um deserto. Então, aceites ser o "jardineiro" de ti mesmo e descobrirás que teu trabalho é similar a de muitos outros e então te tornarás mais compreensivo, mais disposto e menos crítico para com os outros.

Responsabiliza-te pelo teu papel e percorras o caminho em que te espera a Vida e, ao longo dessa viagem, te darás conta que o caminho se converterá em uma espiral que se alonga até o infinito, até o Céu....!



quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Deusa crucificada

É NATAL? ÉPOCA NATALÍCIA...

DE NATALIDADE, DE NASCIMENTO, DE MÃE A DAR À LUZ O FILHO E A FILHA...



Estava à procura de uma mensagem especial...qualquer coisa que fosse mais correcta à volta desta encenação toda de um noite tradicional, conforme a religião, claro.

E não me apetece nada esses lugares comuns e banalizados de um sonho que não tem nada de verdade nem sequer o nascimento de um "salvador". Um menino deus...ou um "nosso senhor"...

Gostaria sim, de festejar a Terra Mãe, se pudesse e a Deusa e um Deus consorte... Gostaria de cantar hinos à Natureza e apelar às forças ocultas e cósmicas que nos dessem clareza e discernimento...Que nos dessem paz interior e consciência da nossa própria grandeza de mães, de mulheres e amantes e a completude de SERES HUMANOS.

Gostaria quando muito festejar um Solstício pleno ao ar livre e cantar de mãos dadas com as mulheres livres e homens irmãos...

Não suporto mais este Pai Natal barrigudo e comercial, nem este Papa vaidoso, ostensivo no seu trono, vestido de vermelho a falar da ecologia da natureza humana, da sexualidade do homem e da mulher...este Papa rei... O senhor misógino de um império de homens eunucos vestidos de negro e enfeitados de rosa e rouxo, numa sumptuosa cerimónia de seres caducos a anti-naturais...

Ecologia? Natureza? Homem e Mulher?

Que sabem estes seres execráveis da realidade humana e da condição natural dos seres humanos no seu fausto indecoroso e exibicionismo circense, enquanto milhares de seres humanos morrem de fome e na miséria no mundo?

Não seriam eles os primeiros exemplos de despojamento e humildade de acordo com o seu Mestre? Mas quem são essas aves agoirentas que nos aprisionam nos seus preconceitos e medos há séculos?
Tudo menos seres humanos...

" Não falando dos males que o homem faz ao homem, tais como a pobreza, o encarceramento, a infâmia, a vergonha, o tormento, a traição, a cilada, o ultraje, a fraude; seria impossível enumerá-los todos. Não vos vou referir que crimes cometeram os homens, nem que deus irado os coagiu a nascer para tais misérias. "
(...)

IN "O ELOGIO DA LOUCURA" - DE ERASMO


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Poema a Mãe






Sob a luz me fiz nascer,
Deixando o casulo cósmico, voltei.
Refiz vestes e sonhos.
Busquei o amor e sonhei.
Amei e fui amada,
Desejei e fui desejada.
Voltei-me em vórtices contínuos
Transformei-me!
Pressenti a luz em mim,
Fecundei!
Pari as dores de ser.
Reparti cantos, danças e canções de ninar.
Embalei, contei histórias, falei da Deusa.
Da água, do fogo, do ar e da terra.
Arei, semeei e colhi.
Rompi barragens e deixei-me fluir.
Percebi minha serpente e minha águia.
Acalentei-as!
Percebi meus rios internos na cor de escarlate,
Abençoei-os!
Fertilizei meus sonhos,
Libertei minha liberdade, sem medos, sem bagagens.
Desbravei minha alma.
Busquei a luz!
Refiz mapas, tracei metas, divaguei em trilhas.
Fiz-me mulher!
Hoje, aquieto-me sob brumas.
Serenamente me entrego,
Num sopro ardente e de ardor lunático .
E ela, a Lua, arde em mim.
Vibra, sopra segredos envolventes.
Sinto-me estrela.
Sinto-me cúmplice do universo.
Bebo o vinho da noite em celebração.
Reparto o pão doando a vida.
E um dia, então, ela, a Lua
Cobrirá meus negros cabelos de branca luz´.
E neste exato momento serei apenas um ponto,
Uma partícula a confundir-se com
Uma estrela no leito celeste.

- Graça Azevedo/ Senhora Telucama –

(Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama)







Apoio ao povo do Zimbabue












Enquanto nos aproximamos da época natalina, o povo do Zimbábue enfrenta uma crescente epidemia de cólera, ruína econômica e a brutalidade desesperada de Mugabe. Porém, segundo nossos amigos no local, a maior ameaça são, de certo modo, a esmagadora miséria e o isolamento. A contribuição mais eficaz que podemos dar ao Zimbábue é lançar nosso grito de solidariedade para com a luta travada pelos zimbabuanos, deixando claro que eles não estão sozinhos.



Embora Mugabe e seus generais possam controlar as fronteiras e jornais, as transmissões de rádio e televisão ainda são livres. Para ajudar a manter a esperança diante das trevas, estamos criando uma campanha de anúncios de rádio a ser transmitida em todo o Zimbábue no ano novo. Nossos irmãos e irmãs no Zimbábue poderão ouvir com seus próprios ouvidos nossas sinceras manifestações de apoio e preocupação.



Clique no link abaixo para assinar nossa mensagem mundial e, em seguida, escrever sua mensagem pessoal de apoio. Depois disso, ligaremos para você ou para a maior quantidade possível de membros da Avaaz para gravar suas mensagens por telefone e fazer com que nossos anúncios tenham verdadeiras vozes de esperança:



http://www.avaaz.org/po/global_citizens_for_zimbabwe/?cl=160218099&v=2591



No decorrer do ano, fizemos várias campanhas em diferentes níveis com diversos objetivos, táticas e estratégias, mas no Zimbábue somente haverá mudança se, em meio ao pavor e ao medo, os próprios zimbabuanos acreditarem que têm o poder de superar a falta de esperança e o caos.



Com a transmissão de nossas mensagens de solidariedade internacional, que serão ouvidas por centenas de milhares de pessoas, vamos deixar claro que estamos de olho no Zimbábue, enviando esperança e força para que os zimbabuanos possam continuar a luta em 2009. Nossas vozes terão o objetivo de levantar o moral dos zimbabuanos que perderam seus entes queridos e ajudar um povo desesperado por democracia e desolado pela fome e por doenças.



Como cidadãos do mundo, nosso único interesse em pôr fim à era Mugabe é o mesmo que nos levou a lutar em nossos próprios países em favor da liberdade política e que fez muitos de nós manifestar apoio ao povo da África do Sul na luta contra o apartheid: a solidariedade humana, o dever de lutar contra a repressão e o compromisso com a universalidade dos direitos.



Ajude a enviar a mensagem de que o mundo estará ao lado dos zimbabuanos por todos esses valores:



http://www.avaaz.org/po/global_citizens_for_zimbabwe/?cl=160218099&v=2591



Com esperança e solidariedade,



Alice, Ricken, Ben, Brett, Pascal, Paul, Graziela, Paula, Luis, Iain e toda a equipe da Avaaz



P.S.: Para ver um relatório sobre as campanhas da Avaaz até o momento, acesse este link: https://secure.avaaz.org/po/report_back_2





SOBRE A AVAAZ



Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 8229

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Para entrar em contato com a Avaaz não responda para esse email, escreva para info@avaaz.org, ou envie correspondência para 857 Broadway, 3rd floor, New York, NY 10003 U.S.A. Avaaz.org está presente também em Washington, Londres, Rio de Janeiro e ao redor do mundo.





Sinto....

as vezes sinto que tenho que me afastar dessa loucura que é o mundo
cheio de codigos e cifras
de perguntas com resposta pre reformuladas
preciso voltar a essência....sntes do pecado...antes das coisas que fazem todos chorarem....
um mergulho em mim mesma e alem mar

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Poder de Lilith



Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’
nenhum homem que conheci que lidace com a palavra Lilith tem medo dela Pergunta: porque?
Porque os homens temem o poder e a sexualidade de Lilith
deusa livre a qual ninguem mandava deusa que ninguem controlava uma mulher livre de temores e preconceitos da sociedade ou seria humanidade?-Palas Athen
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O Conflito entre duas muheres
“As forças de Eva, mãe de todos os viventes, e de Lilith, espírito da Noite e do Ar, evidenciam-se no conflito das mulheres entre, de um lado, dar à luz e cuidar dos filhos e, de outro, entre as necessidades de gerar e de nutrir ideias e obras.

As mulheres que combinam maternidade e carreira profissional envolvem-se num acto contínuo de malabarismo, que requer sincronia e equilíbrio. À medida que tenta dar conta das necessidades de seus filhos, de seu trabalho e de si mesma, a mulher pode, inesperadamente, sentir-se invadida pelo furor assassino de Lilith. Isso ocorre, na maioria das vezes, quando a própria mãe não está conseguindo arcar com seus deveres de mãe. Ou seja quando está cansada, machucada ou doente, ou então quando o lado Lilith de sua natureza sofre a ameaça de ser acorrentado ou enjaulado por necessidades dos outros ou pelos conceitos patriarcais.” (...)
O LIVRO DE LILITH
DE Bárbara Black Koltuv
Publicada por Rosa Leonor em http://rosaleonor.blogspot.com/2007/11/o-conflito-entre-as-duas-mulheres.html

Se Eva se acusou de ter atraído a morte, o pecado e a tristeza ao mundo, Lilith já era demoníaca desde que foi criada. Lilith surgiu do intento de compreender a difrença entre os mitos da criação de Gênesis, já que em sus primeira história em Gênesis 1, homem e mulher são criados iguais e conjuntamente, enquanto na segunda história, em Gênesis 3, a mulher é criada depois do homem e a partir de seu corpo. Segundo as lendas, Lilith era a primeira esposa, que era bem pior que a segunda. No entanto, a figura escolhida para desempenhar esse papel na lenda judia era originariamente suméria, a resplandecente "Rainha do Céu", cujo nome "Lil" significava "ar" ou "tormenta". As vezes se tratava de uma presença ambígua, amante dos "lugares selvagens e desabitados", associada também com o aspecto obscuro da Deusa Inanna e com sua irmã Ereshkigal, Rainha do Mundo Subterrâneo". Aparece pela primeira vez no poema sobre Inanna, quando o herói Gilgamesh tala a árvore de Inanna:

"Gilgamesh golpeou a serpente que não podia ser encantada.
O pássaro Anzu voou com suas crias às montanhas;
e Lilith aniquilou seu lar e retirou-se aos lugares selvagens e desabitados."


A serpente-demônio, ou o próprio demoníaco que existe em Lilith, impele a mulher a "fazer algo" que a sociedade paternalista não permite.

Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia. Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite". No Zohar, é descrita como "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".


"Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder."

Uma violencia profunda contra a mulher

Os Monólogos da Vagina

Eve Ensler

em palco

Essa semana vamos por o dedo na ferida

única e horrenda,

monstruosa,

do mundo patriarcal...

A violência consentida e aprovada

contra as mulheres...

Milhões de mulheres

em todo o mundo

TODOS OS DIAS

sofrem horrores nas mãos do patriarcado

e nós estamos todas

alheias a isso... PORQUÊ???

A Rosa Leonor, sempre incansável,

denuncia muitos casos de violência contra a mulher,

é o grito por onde eu vi muitas vezes

a dor silente universal...

Mais da metade da população mundial

são mulheres, e uma enorme porcentagem destas

são vítimas de crueldades de todo os tipos...

pq a mulher, o feminino,

é a válvula de escape, o bode expiatório,

do mundo patriarcal...

A violência contra a mulher,

contra o feminino,

contra as meninas

TEM DE ACABAR!!!

Por causa dessa porcaria de idéia

de mãe virgem

é que as mulheres no mundo estão sofrendo

nas mãos de homens doentes,

de alma,

metades, sem feminino...

o mundo Yang demais...

hipócrita demais,

com a virgem mãe santificada,

no altar,

e as mulheres da vida real

apedrejadas,

mutiladas,

violadas,

traficadas,

drogadas,

violadas,

assassinadas,

espancadas...

TODOS OS DIAS...

E NÃO É SÓ EM ÁFRICA OU NO MUNDO ÁRABE

É MESMO DEBAIXO DO NOSSO NARIZ...

AS NOSSAS VIZINHAS,

QUE NÃO CONHECEMOS

QUE NEM SEQUER CUMPRIMENTAMOS

AS NOSSAS AMIGAS

DE SORRISO AMARELO,

AS MENINAS QUE PASSAM POR NÓS,

A VELHA SENTADA NO BANCO DA PRAÇA...

TODAS AS MULHERES...

essa ferida é muito maior do que imaginamos,

e muito mais invisível...

pq ninguém a quer ver...

A dor silente universal...

das mulheres do mundo,

do feminino sagrado sangrando

de dor...



http://lealdadefeminina.blogspot.com/2008/12/dor-silente-universal.html



MEU COMENTARIO





fiquei meio imprecionada e indigda quando li este texto e vi o vide é sem duvida um enooormee provrovo de quanto a nossa sociedade não esta evoluida muito pelo contrario pare ter involuido como esse tal homem ousa a tratar dessa forma ...que ele queime e que a Deusa o destrua!!!!!



por isso acredito que rsgatar o sagrado feminino é a nossa principal meta neste seculo e é por isso que devemos cntinuar o trabalho da deusa ...como mulher e como sacerdotisa ....

espero que ele esteja morto ou preso

e que as futuras mães compreendam o sagrado da mulher!!!

so o que posso desejar a essa mulher é que ela se cure das feridas causadas pelo patriarcalismo excivo assim

e que ele QUEIME!!!!!!!
ESPELHOS, A VERDADEIRA IMAGEM




"Hoje, o chamamento para o ser percorrer a via sagrada desde a superfície até à profundidade de si é geral. O som ecoa na caixa acústica da psique colectiva como nunca soou. O pássaro do Cristo está cantando em toda a parte. Significa que o ruído, a poluição psíquica e psicológica tem que aumentar cada vez mais para que as pessoas não o ouçam.



O potencial de um ser não é do seu domínio a nível consciente. O que parece ser do nível consciente do nosso ser é a permeabilidade, a aceitação do nosso próprio potencial.Os sonhos que nós não realizamos viram-se contra nós, as flechas que não lançamos acabam por nos ferir nas costas. Todos nós estamos aprendendo a conter aquilo que realmente somos (que tem estado excluído) a incorporar-se, a sincronizar o seu élan vital, o seu prana, a sua afectividade, o seu mental, estão aprendendo a sincronizar isto com a imagem perfeita de si próprios que está cunhada no âmago da consciência, no profundo da alma.Essa voz dentro de nós vai sofrendo, na relatividade da nossa percepção, diferentes mudanças. Começa por ser uma voz vaga, indirecta, um eco, um jogo de sombras, depois vai sendo uma suspeita, gradualmente vai passando do nível da suspeita para o nível da cumplicidade, depois para o nível do reconhecimento, do abraço com essa ciência, esse facto vai-se transformando num núcleo duro, tão sólido, como um diamante.A velocidade de instalação desse núcleo diamantino da rede humana é regida por sensores galácticos instalados na Terra. Sensores de sincronização entre o impacto de energia logóica sobre o planeta, a capacidade de ligação da Terra às grandes correntes de energia divina e a capacidade das células do Logos de acompanharem a abertura do Grande Portal.Existe toda uma ciência de calibragem de um imenso amor e compaixão (as grandes pálpebras descidas da Mãe) que está sincronizando a velocidade de combustão planetária. O planeta vai começar a arder.Esse arder está relacionado com a qualidade que tantos seres já criaram consciente ou inconscientemente, como um óleo para a chama que está a descer. As nossas personalidades são apenas o óleo para que a chama viva. Mas a velocidade com que o triângulo Humanidade/Hierarquia/Miz Tli Tlan/Shamballa passe de isósceles ou escaleno a um triângulo equilátero é regido por potentes moinhos de vento que existem na Terra e que captam o alento do Universo. O vento galáctico é o resultado do amor logóico de vastas entidades superiores porque aquilo que é o fogo da nossa mónada é a mente dos Logos."(...) 10/6/05EXCERTO DE ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA

Publicada por Rosa Leonor em MULHERES & DEUSAS

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ser Mulher

"Ao pé da letra,a Mulher é Ísis,
a Natureza Profunda.Ela é o rio e o
leito do rio, a raiz e a rosa,a Terra e a cerejeira
A cepa e a uva...
-Michel Carrouges, Les Pouvois de la Femme

A Grande Divisão:a queda das grandes instiutições



TEXTO MUITO IMPORTANTE, DE VALUM VOTAN, O ENCERRADOR DO CICLO, SOBRE O NOVO TEMPO QUE ESTÁ SE APROXIMANDO DE FORMA INEXORÁVEL. DEIXA MUITO CLARO QUE É HORA DE NOS PREPARARMOS, BUSCANDO UMA VIDA ALTERNATIVA E SUSTENTÁVEL, COMPATÍVEL COM OS NOVOS TEMPOS QUE NOS ESPERAM. NÃO DEIXE DE LER E REFLETIR A RESPEITO. É MUITO IMPORTANTE.

2009 – ANO DA GRANDE DIVISÃO.

por Valum Votan



I. Forças da Divisão



Qual é o maior legado do ano Gregoriano 2008 para o seguinte, 2009? Sem dúvida o colapso do sistema financeiro mundial – isso e a eleição do primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos. São estas as duas forças que darão forma aos eventos mundiais do próximo ano. Ambas auguram 2009 como o ano da Grande Divisão.



Na verdade o dinheiro não existe; não há posse. Não somos reais. Se as pessoas apenas pudessem ver a peça que estamos nos pregando com as ficções pelas quais morremos e matamos! A ilusão do dinheiro bem como os que lhe são apegados não morrem facilmente. A vinda do novo ciclo evolucionário sem dinheiro é inevitável, mais ainda a morte do antigo ciclo.

Durante o ano de 2009 devemos examinar cuidadosamente com quem e o que nos identificamos.



Claro, o que torna a situação tão difícil no plano relativo é que a ficção do dinheiro

dominou muito o ciclo babilônico de 5000 anos da História – isto e o que vem com essa paisagem: o horror dos impostos, guerra e domínio imperialista. De fato, virtualmente toda instituição do mundo moderno é governada e manipulada por dinheiro.



Com o domínio da história, é esta ficção e seus mecanismos de suporte que a perpetuam – o sistema financeiro e os governos mundiais – que estão desabando a nossa volta. Com o dinheiro voando pela janela, o sistema econômico sustentado por ele também continuará tumultuado. Significa que boa parte da humanidade em 2009 terá de encarar a realidade inflexível, a verdadeira e dura realidade, aquela que não pode ser vendida ou comprada.



Para a oligarquia reinante, o colapso financeiro-econômico será causa de maior entrincheiramento e endurecimento das artérias do poder. Ao invés de encarar o fato de que o velho jogo acabou, preferirão apegar-se a ele ainda mais. Em vez de tentar o novo, continuarão a tentar escorar instituições em falência, criando uma linha divisória ainda maior entre os que têm e os que não têm – sendo que estes últimos crescerão ainda mais em número conforme a falta de trabalho aumentar.



Sim, 2009 é o ano da grande divisão. Não só temos as crises do aquecimento global e guerra ao terrorismo, como agora o tumulto financeiro dos mercados mundiais – uma crise tríplice global! A guerra ao terrorismo e o aquecimento global resultam do domínio exercido pelo dinheiro na mente humana e o que isso fez ao nosso caráter, fomentando ganância e indiferença descuidada, senão insensível, à violência e destruição da Natureza.

Esta ameaça tripla é a crise terminal da civilização. Mas é a crise financeira que finalmente começou a fazer as pessoas pensarem seriamente – o velho mundo está realmente morrendo. Vamos morrer com ele ou escolheremos o novo?



A Humanidade está pouco disposta a educar-se para a mudança. Reforçada pelo mito do progresso, pensa que o crescimento da prosperidade por si só é o maior valor e índice de superioridade. Poucas pessoas são capazes de ver oportunidade quando aparece qualquer sinal de perda. Se a perda ocorre, preferimos escorar nossos medos com companhias de seguro e farmacêuticas para qualquer descontentamento mental.



A natureza do materialismo e economia de consumo, bem como as forças de

marketing e propaganda que manipulam a mente da massa a favor deste

sistema, levam-nos a crer que esta forma de viver é o único futuro da Humanidade. Por esta razão, quando há depressão econômica existe também um ar de desesperança e até pânico. Mas este é, primeiramente, um problema dos países ricos. Para o número predominante de pessoas no mundo, aquelas que vivem abaixo da assim chamada linha de pobreza, e que já possuem pouco, este episódio não significa absolutamente nada.

Agora parece que o resto do mundo fará parte deles. Bem-vindos ao ano Gregoriano 2009!!



II. “Sempre lembre Cinco de Novembro” John Lennon, “Remember” (Lembre-se).



Quando o mundo acordou na manhã de Cinco de Novembro, 2008, uma grande mudança ocorrera durante a noite – a eleição de Barak Obama como o 44° presidente dos Estados Unidos. Como a queda do Muro de Berlim dezoito anos antes, a eleição de Barak Obama foi um evento catalítico muito mais significativo que uma simples eleição. Obama já havia catalisado a mente da massa do planeta a tal ponto que sua eleição e suas conseqüências devem ser denominadas fator Obama. É este fator que continuará a polarizar o mundo em 2009, entre os que vêem a presente crise global como uma oportunidade de mudança real e os que não podem encarar o fato de que o mundo como o conhecemos vai se transformar em fumaça.



O fator Obama é a focalização universal e tomada de consciência do desejo da mente da massa de mudança, personificada e catalisada no homem, Barak Obama, através de sua vitória na eleição.



O que o homem Obama faz pode ser nada em comparação ao que o fator Obama já alcançou – uma revolução e obtenção de autoridade da consciência de massa para assumir a responsabilidade de sua mudança. Esta autoridade é resumida pela simples e desarmante frase agora imortal de Obama: “Sim, nós podemos”. Momentos cada vez mais freqüentes de protesto social populista e rebelião serão a ordem do dia.



Um "momentum" irrevogável para mudança foi posto em ação. Uma revolução está ocorrendo a partir da profundidade da consciência de massa. Não foi eleito apenas um presidente, um símbolo triunfou. Este símbolo vitorioso – um homem de cor liderando a nação mais poderosa na Terra, em um posto mantido anteriormente pela raça branca dominante – catalisou as aspirações de grande parte da humanidade que sempre se sente colocada à parte do banquete reservado apenas para os ricos e poderosos. Em um sentido mais profundo, a vitória de Obama foi a reversão completa do processo histórico dominado pela raça branca.



Mas esta mudança é também a causa de uma nova polarização, inevitavelmente. “A vitória de Obama precipita uma corrida às armas nos Estados Unidos” (BBC News, 28-11-08). O aumento na venda de armas nos Estados Unidos, começando em Cinco de Novembro, o dia seguinte à vitória de Obama na eleição, ressalta este ponto. Este é um severo augúrio do que está por vir.



É evidente que durante 2009 o momentum de massa da humanidade para a mudança, para a realização do novo, será igualado com a polarização das forças de reação. Protestos populistas crescentes serão igualados a anarquia e violência terrorista cada vez maiores. Enquanto a eleição de Obama levantou uma grande onda de esperança e mudança no coração humano, freqüentemente ocorrem conseqüências desagradáveis e desafortunadas. Alimentada por violência armada, a queda do mundo na anarquia será a única companhia dos descontentes atiçados pelo colapso do sistema financeiro e da economia mundial.



Se foi a tentativa de explosão do Parlamento por Guy Fawkes que tornou Cinco de Novembro uma data lendária, então a festa da vitória de Obama, também em Cinco de Novembro, pode bem ser a última chama para acender o estopim da desordem mundial permanente.



III. 2009: Através do Espelho do Encantamento do Sonho



“O grande vento venenoso da ignorância vajra sopra com energia completamente pervagante como uma tempestade outono e acaba com todos os pensamentos de posse e ego como um punhado de pó ”. Chogyam Trungpa, Sadhana de Mahamudra



As mudanças que refletimos para 2009 são lavradas apenas no mundo humano limitado e altamente condicionado. Este mundo despedaçado reflete só uma dimensão de tempo. Existem outras. Existe a quarta dimensão do tempo definida pela lei do Tempo e ordem sincrônica. Na ordem sincrônica a história humana não passa de uma perturbação da terceira dimensão da história cósmica da Terra. Sim, 2009 será um ano de mudança e polarização definitivas, mas que apenas o Novo possa prevalecer.



De acordo com a medida sincrônica do Encantamento do Sonho, aquilo para o qual o mundo acordou em Cinco de Novembro ocorreu realmente no dia Quatro. O oráculo do Encantamento do Sonho de Quatro de Novembro, o dia verdadeiro da escolha de Obama, era kin 260 – Sol 13 – o último dia do ciclo galáctico de 260 dias. Dia Cinco era kin 1, Dragão 1,o primeiro dia do ciclo galáctico de 260 dia. O ultimo dia do novo ciclo ocorrerá em 22 de Julho de 2009, quando então será Sol 13 novamente. Neste dia acontecerá o último eclipse total do Sol antes de 21 de Dezembro de 2012. Este dia será o momento definitivo do eclipse total da velha ordem – e o início da ascensão do Novo.



Uma frase atribuída a Einstein diz que não se pode resolver um problema com os meios que o criaram. Não importa quanto dinheiro os governos joguem nos bancos, o sistema financeiro não ressuscitará. O dinheiro criou a degradação da biosfera (em favor dos shopping centers), e a política deu suporte a este esforço destrutivo. O homem Obama, sem dúvida alguma, será um desastre político, pois está apenas cumprindo o regime já estabelecido por seus predecessores, e perderá muito tempo tentando escorar instituições falidas e valores antiquados. Enquanto aderir aos métodos políticos tradicionais e não se tornar um completo visionário, será apenas mais um tijolo na parede!



É assim porque o SS Titanic da civilização do materialismo histórico está afundando e nada no Universo pode salvá-lo – pois é preordenado que tudo que não seja verdadeiro e feito artificialmente pela inteligência humana está fadado a desaparecer. Quando o navio está mesmo afundando, não adianta tentar consertar o motor. 2009 é o ano no qual este fato se tornará óbvio a todos.



No Encantamento do Sonho, os sete primeiros meses Gregorianos de 2009 ocorrerão durante o ano solar-galáctico Tormenta Elétrica Azul. Significa que tremendas energias cósmicas estão sendo catalisadas – energias além do controle humano. São estas energias que realmente estão atuando, tanto na Natureza como no inconsciente humano, liberando cargas da força de furacões nas instituições e tecnologias humanas frágeis e artificiais.



Não serão só as instituições humanas em desintegração que marcarão o ano de 2009 como o divisor de águas na rápida queda até 2012, mas a própria natureza humana será desafiada a ir ao seu próximo nível - ou morrer. Enquanto guerra e conflito armado continuam a ser a resposta tanto da elite do poder como dos desprovidos, no meio do caos existirão sinais do despertar da consciência de massa conforme a força cósmica prepara a vida da Terra para seu próximo estágio evolutivo.







Nisto reside o significado dos últimos cinco meses do ano Gregoriano 2009. Dia 26 de Julho, apenas quatro dias após o eclipse solar, começa o próximo ano solar-galáctico, Semente Auto-Existente Amarela, Kin 4. As sementes do novo serão todas plantadas. Também assinala o início de outro ciclo de quatro anos – o ciclo que nos conduz a 2012 e além. (O ciclo anterior de quatro anos – feixe dos anos Semente-Tormenta – marcou essencialmente o segundo mandato de George W. Bush). A fundação do novo ciclo será lançada pelo Primeiro Congresso Mundial da Noosfera, a realizar-se em Bali, Indonésia, de 18-22 de Julho.



Este Congresso será o evento de estréia na observação do mundo através de lentes não danificadas por aderência a instituições da velha ordem. Pelo contrário, a perspectiva virá da consciência liberada em percepção cósmica de nosso propósito evolucionário em toda a Terra - a noosfera. Como termo descritivo da próxima fase geológica deste planeta, a noosfera – esfera mental da Terra – significa a transformação da biosfera na condição de consciência cósmica. É um salto à frente mental e spiritual que será acompanhado por certas mudanças biofísicas da Terra ocorrendo em conseqüência e devidas ao clímax do ponto Omega 2012. O que a noosfera augura nada mais é que a ressurreição da consciência por meio da humanidade purificada.



“Porventura não refletem em si mesmos? Deus não criou os céus, a terra e o que existe entre ambos, senão com prudência e por um término prefixado. Porém, certamente muitos dos humanos negam o comparecimento ante o seu Senhor quando da Ressurreição ”. Quran, 30:8.



Advento da Noosfera –Única Mudança Real



“Durante este período no qual Poderes são adicionados ao Poder dos Anos, eventos

extraordinários irão se efetivar um por um. Poder é fornecido a suas memórias e seus poderes. Alegre-se por ser capaz de receber tão poderosas correntes”. Mevlana, O Livro da Sabedoria, p. 729.



É significativo que no ano Gregoriano 2009, a refilmagem do extraordinário e original filme clássico de ficção científica, O Dia em que a Terra Parou (1951) seja lançada (estrelada por Keanu Reeves). Esta inspirada canalização cinematográfica, que foi produzida originalmente durante a primeira onda de observação de O.V. N.I., detalha a estória de um disco voador que aterrissa no jardim da Casa Branca, e os esforços da inteligência galáctica superior para comunicar à raça humana a tolice de sua entrada na corrida de armas nucleares e sua potencialidade para destruição total.







Lançado em nova versão 60 anos depois, O Dia em que a Terra Parou será oportuno e igualmente profético. O desenlace do filme acontece quando toda a energia da Terra é desligada – os carros não podem funcionar e a eletricidade e todas as outras formas de energia tornam-se inoperantes. O homem tecnológico está impotente e imobilizado, o dia em que a Terra parou. Isto é feito apenas para demonstrar o poder superior da ordem galáctica de inteligência em um esforço para convencer a Humanidade a abandonar seus modos infantis e autodestrutivos.



Qualquer que seja a força misteriosa que faça a Terra parar, a estória também exibe a inteligência superior dos visitantes do espaço que chegam a nosso planeta. É a inteligência superior que é notável, pois é precisamente esta inteligência que é anunciada pelo advento da noosfera. Tal mudança na inteligência moral, espiritual e intelectual originada da necessidade evolutiva galáctica é a força impulsionadora do advento da noosfera – um deslocamento quântico irreversível para a inteligência moral coletiva da mente planetária e ascensão espiritual.



O deslocamento para a noosfera – mutação da biosfera –é a única mudança real. É o único caminho, por exemplo, de parar o terrorismo, pois os terroristas hoje nada mais são que aquela porção de nós mesmos que acreditou no mito do progresso e adoração do dinheiro. Quando não mais existir o dinheiro, não haverá mais razão para a causa terrorista. Osama Bin Laden nada mais é que um mito sombrio inventado e perpetrado pelo Banco Federal de Reservas, Organização do Comércio Mundial e Fundo Monetário Internacional para criar uma aura de medo para proteção do sistema financeiro.



O advento da noosfera – ascensão para a consciência telepática coletiva – é a mudança real que alterará as bases da sociedade humana a tal ponto que as causas para o aquecimento global e também a injustiça social serão erradicadas. Materialismo é escravidão à máquina; e a máquina é realmente Moloch, consumindo os recursos da Terra para manter-se vivo. O progresso material danifica o progresso moral e espiritual. A manutenção da máquina cria tanto injustiça social como poluição planetária. Com o advento da noosfera, a máquina será vista pelo que é – um mero artifício sem valor real. Compreenderemos que a mente humana, progenitora da máquina, será o novo domínio a ser explorado e universalizado em todas as suas dimensões. Não precisamos de máquinas para isso.



O ano Gregoriano 2009 será o ano da penúltima devastação, caos e anarquia social. O novo e seus valores serão evidentes o suficiente para criar a grande divisão entre o velho materialista – o passado – e o futuro noosférico evoluído espiritualmente, claramente evidente. A Humanidade terá escolha. Poderá se manter nos velhos valores do materialismo, ganância, neurose e comportamento destrutivo – bem como lealdade a todas as instituições que mantém esta forma de viver. Ou pode escolher conceber que agora é tempo de se habilitar, desenvolver e manter valores noosféricos de criatividade, exploração psíquica, purificação espiritual e o estilo de vida simplificado, auto-sustentável de ahimsa (não-violência). A escolha está entre os velhos valores do "tempo é dinheiro" e os novos valores do "tempo é arte". Onde há dinheiro há desarmonia; onde há arte há harmonia. Simples assim. A Terra está esperando para se transformar em uma obra de arte.



2009 – um ano para lembrar quem você realmente é.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A PRIMEIRA GRANDE MÃE SUMÉRICA

NAMU, A GRANDE MÃE

Namu é a primeira das Grandes Deusas-Mães e Criadora dos Sumérios. Seu nome é em geral escrito com o símbolo engur, que também é usado para escrever Apsu. Namu, portanto, personifica o poder das águas do mar e das férteis águas subterrâneas (Apsu), portanto sendo a fonte da vida e de toda fertilidade. Listas de deuses e textos descrevem-Na como a "Mãe que deu origem ao Céu e à Terra", "Mãe, a primeira, que deu à luz aos deuses e deusas e ao universo", "Mãe de tudo o que Existe". Ela é uma Deusa sem consorte, matéria-prima de tudo o que existe, personificando o sexo feminino como aquele capaz de criar a vida espontaneamente, tal qual expresso num hino ao Seu templo situado em Eridu,"E-engurra, o útero da Abundância".
Samuel Noah Kramer (History begins at Sumer, 1981, the University of Pennsylvannia Press, Philadelphia) faz-nos as seguintes observações a respeito de Namu:

" primeiro havia o mar primordial. Nada se sabe de sua origem ou nascimento, e parece ser provável que os Sumérios achavam que este mar havia existido eternamente" pg. 82

Thorkild Jacobsen (Treasures of Darkness. 1976, Yale University Press, New Haven, London) descreve Namu como a
"deificação das margens dos rios" e das "terras férteis dos pantanais do Sul da Mesopotâmia". Todas estas descrições podem ser resumidas da seguinte forma para o Sul de Mesopotâmia: a criação teve origem e foi executada pelo Divino Feminino, pela Deusa Namu, a partir das águas que simbolizavam fertilidade e abundância, sendo a existência da Deusa Namu algo eterno, desde todos os princípios.
Namu é portanto tão antiga quanto o começo da consciência na Mesopotâmia e tão eterna quanto a própria vida, que Nela teve origem. Esta pode ser a razão por quê Ela quase não aparece nos textos que chegaram até nós:
como a Mãe e Origem de toda Criação, Sua presença está em tudo o que existe, não precisando, desta forma, ser mencionada. Um(a) grande criador(a) é em geral reconhecido(a) por seus sucessores e obra, sendo de domínio público a sua contribuição
. Em mito e religião, Namu é a mãe de Enki, o deus da Mágica, das Águas Doces, das Artes e da Sabedoria, e de Ereshkigal, a Deusa da Mansão dos Mortos. Namu é também a Deusa que tem a idéia de criar a humanidade, para que homens e mulheres auxiliem aos deuses nos árduos trabalhos da existência. Pensando assim, é Ela que vai acordar Enki, para que Ele, Ela e Ninhursag-Ki comecem juntos a conceber a série de operações que irá culminar na criação dos homens e mulheres, segundo os sumérios. . Em termos históricos, Namu pode provavelmente Ter sido adorada em Eridu antes de Enki, que tomou a maior parte de Suas prerrogativas e funções.


INVOCAÇÃO A NAMU

Senhora de toda Criação
Mãe de Tudo que á
Ouça me agora!

Eu peço sua benção
Ó Grande Mãe
Senhora da Terra
Mãe do Mar e Rainha do Céu
Ensina me seus misterios sagrados
Ensina me a prosperar
A fertilizar a minha vida
E a vida dos outros
Ensina me a ser humilde
Ensina me a ser nobre

Que assim seja
E Assim se faça.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A NATUREZA CÍCLICA E LUNAR DA MULHER


NO MUNDO DA LUA

" A Lua, e não o Sol, é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos"

A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte. Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, para a colheita, para o acasalmento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a representavam como um cálice vazio que enchia-se e esvaziava-se lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas.

O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher.
O Mundo da Lua, aparece na qualidade de um nascimento ou renascimento. Onde quer que se visualize seu símbolo, sempre estaremos diante de um mistério de transformação matriarcal, mesmo que algumas vezes, mostre-se camuflado no mundo patriarcal.
Os astros luminosos em sua dimensão arquetípica, sempre são símbolos da consciência e do espírito da psique humana. É por isso que sua posição nas religiões e ritos é característica das constelações psíquicas dominantes no grupo que, a partir do seu inconsciente, projetou-os no céu. Para ilustrar, o Sol tem sua correspondência na consciência patriarcal, enquanto a Lua na consciência matriarcal.
O aspecto lunar do matriarcado não se refere ao espírito invisível e imaterial, bandeira defendida pelo patriarcado, mas foi a razão pela qual fez com que a Lua acabasse depreciada, assim como o Feminino a que ela corresponde. Todos seus princípios marginalizados levaram à conceituação abstrata da consciência moderna e, que hoje ameaça a existência da humanidade ocidental, pois a unilateralidade masculina acarreta uma hipertrofia da consciência, às custas da totalidade do homem.
Atualmente, o conhecimento abstraído pela consciência coletiva da humanidade encontra-se nas mãos de representantes masculinos, que nem sequer são capazes de incorporar o princípio solar imaterial e puro.
O Mundo da Lua, está longe de ser, como supunha o mundo patriarcal, somente um nível de matéria inferior, de fugacidade telúrica e escuridão. Nos mistérios do renascimento ocorre a iluminação e a imortalização do homem. Este mesmo homem, que é iniciado pela Grande Mãe, como demonstra os mistérios eleusinos e o seu renascimento acontece como um nascimento luminoso no céu noturno. Ele brilhará como um ponto de luz no manto negro da noite, iluminando o mundo noturno, mas mesmo tornando-se deste modo, imortal, a Mãe não o libera, mas o carrega para perto de si na mandala celeste, pois uma Mãe jamais abandona seu filho.

A LUA E A MENSTRUAÇÃO

A cada 28 dias a Lua completa seu ciclo de crescente a minguante. A Lua Nova marca a primeira iluminação e um fiapo fica visível no céu noturno. A Lua então cresce até o primeiro quarto, quando se pode visualizar a metade de seu disco. Continua a crescer e completa-se até atingir a Lua Cheia. Neste ponto, começa a diminuir de tamanho até o terceiro quarto, quando novamente só se vê a metade do disco e continua assim até que não se veja mais seu disco. Em quinta fase, esta Lua Escura dura três noites e esta, é este é o mais poderoso de todos os ciclos da Lua.
A Lua, com seu ciclo de nascimento, crescimento e morte, é um lembrete poderoso, todos os meses, da natureza dos ciclos. Em épocas remotas, os ciclos menstruais das mulheres eram perfeitamente alinhados com os da Lua. A mulher ovulava na Lua Cheia e menstruava na Lua Escura. A Lua Cheia era o ápice do ciclo da criação, era quando o óvulo era liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da criação reúnem tudo que é necessário para constituir o óvulo. Quando passava a Lua Cheia e o óvulo não era fertilizado, tornava-se maduro demais e se decompunha, derramando-se no fluxo natural de sangue na Lua Escura. Quando a mulher vive em perfeita harmonia com a Terra, ela só sangra os três dias da Lua Escura. Quando a Lua Nova emerge, seu fluxo naturalmente deve cessar e o ciclo da criação é reiniciado dentro dela.

Em nossa sociedade atual, o uso de pílulas anticoncepcionais, fez com que a mulher deixasse de incorporar e compreender este ciclo de criação e destruição dentro de si.
Alguns índios norte-americanos, consideravam a Lua uma mulher, a primeira Mulher e, no seu quarto minguante ela ficava "doente", palavra que definiam como menstruação. Camponeses europeus acreditavam que a Lua menstruava e que estava "adoentada" no período minguante, sendo que a chuva vermelha que o folclore afirma cair do céu era o "sangue da Lua".
Em várias línguas as palavras menstruação e Lua são as mesmas ou estão associadas. A palavra menstruação significa "mudança da Lua" e "mens" é Lua. Alguns camponeses alemães chamam o período menstrual de "a Lua". Na França é chamado de "le moment de la luna".
Entre muitos povos em todas as partes do mundo as mulheres eram consideradas "tabu" durante o período da menstruação. Este período para algumas tribos indígenas era considerado um estado tão peculiar que a mulher deveria recolher-se à uma "tenda menstrual" escura, pois a luz da Lua não deveria bater sobre ela. O isolamento mensal da mulher, tinha o mesmo significado que os ritos de puberdade dos homens. Durante este curto espaço de tempo de solidão forçada, as mulheres mantinham um contato mais íntimo com as forças instintivas dentro de si.
Em tribos mais primitivas, nenhum homem podia se aproximar de uma mulher menstruada, pois até sua sombra era poluidora. O sangue menstrual, nesta época, era tido como contaminador. Acreditavam também, que a mulher menstruada tinha um efeito poluente sobre o fogo e se por algum motivo se aproximasse dele, esse se extinguiria. Ainda, de acordo com o Talmude, se uma mulher no início da menstruação passasse por dois homens, certamente um deles morreria. Se estivesse no término de seu período, provavelmente causaria uma violenta discussão entre eles.
Por vários motivos as mulheres acabaram impondo à si mesmas uma abstinência, muito embora, tanto nelas como nos animais, o período de maior desejo sexual é imediatamente anterior ou posterior a menstruação.
Na Índia, acredita-se ainda hoje, que a Deusa-Mãe menstrua. Durante essa época, as estátuas da deusa são afastadas e panos manchados de sangue são considerados como "remédio" para a maior parte das doenças. Na Babilônia, pensava-se que Istar, a Deusa Lua, menstruava na época da Lua Cheia, quando o "sabattu" de Istar, ou dia do mal, era observado. A palavra "sabattu" vem de sabat e significa o descanso do coração. É o dia de descanso que a Lua tem quando está cheia. Este dia é um percursor direto do sabath e considerava-se desfavorável qualquer trabalho, comer comida cozida ou viajar. Essas eram as coisas proibidas para a mulher menstruada. O sabath era primeiramente observado somente uma vez por mês e depois passou a ser observado em cada uma das fases da Lua.
Hoje, uma compreensão científica e objetiva já nos livrou de todos estes tabus, mas é bom lembrar que em certo momento histórico, inconscientemente, a natureza instintiva feminina podia provocar a anulação dos homens.

A NATUREZA TRINA DA MULHER


A natureza da mulher é cíclica e bem amparada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.
No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.
No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram-se de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.

A MULHER LUA CRESCENTE

A primeira face da Deusa é a Donzela, ou Virgem e que corresponde a Lua Crescente. Representa a juventude, a vitalidade, a antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento e a semente do "vir a ser".
A Lua Crescente, portanto, liga-se a "virgem", a mulher solteira e sugere inúmeras promessas ocultas de crescimento, de riqueza, de criatividade e de prazer. Esta Lua nos faz voar à um mundo de sonhos e devaneios. Nos tornamos seres alados que levitam num céu estrelado de possibilidades, onde o impossível torna-se realidade. É o verdadeiro despertar de Eros, do amor, da vida que não nos impõe nenhum obstáculo. Neste mundo onde tudo é possível a mulher personifica-se como a eterna amante, a musa inspiradora que concretiza a eterna felicidade.
A mulher na Lua Crescente consegue expor sua feminilidade com muita espontaneidade. Ela é a personificação da deusa em sua manifestação instintiva e natural, buscando sua essência. Ela é rica em fertilidade e possibilidades, sem limites. Precisa de todo o espaço para expandir-se e manifestar-se. É erva que se alastra e cobre tudo, pois ela é livre, animal sem dono, que não admite ficar presa à ninguém. Dona de si mesma, ela se rege, se governa por seus princípios internos, muitas vezes à custa de muito sofrimento, pois toda liberdade tem seu preço.
Este princípio feminino é representado por várias deusas e uma delas é Àrtemis, a arqueira-virgem e amazona infalível, que corria livre pelos campos e de coração solitário. Ela é arquétipo da feminilidade mais pura e primitiva. Ela santifica a solidão e a vida natural. E, é ela que garante a nossa resistência a domesticação. Outra deusa da Lua Crescente é Inana, uma antiga entidade suméria que é portadora de qualidades lunares femininas. Em época de mudanças, esta deusa sempre está presente e pode ser invocada.
As mulheres que incorporam os atributos da Lua Crescente, são muito sensuais, verdadeiras Afrodites contemporâneas e conhecedoras da influência de seus poderes. Sentem orgulho de seu sexo e possuem uma vitalidade rara, somada a uma ansiedade de ampliar os horizontes de seu psiquismo. Jamais se adaptam à limites sociais e culturais, pois seu desejo de expansão é incontrolável. Estão sempre mudando, são mulheres inquietas e instáveis. Como a Lua Crescente, revolucionam, criam e transformam constantemente. São difíceis de serem civilizadas, pois como Àrtemis, possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e autonomia. Possuem temperamento estouvado e aprendem muito cedo a engolir suas lágrimas e planejar vinganças pelas humilhações que sofrem, devolvendo na medida certa o que receberam.
Para um homem relacionar-se com uma mulher-lua-crescente, pode ser um desafio e tanto. Igualmente, a mulher que penetrar fundo nesse lado de sua natureza artemisia, precisará reconhecer o poder primitivo de sua sanguinolência e o efeito que pode ter sobre o homem. A Lua Crescente nos põe em contato com todos esses aspectos da natureza feminina.

A MULHER LUA CHEIA

O aspecto de Mãe da Deusa sempre foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e o identificasse. A Lua Cheia está associada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
Na Lua Cheia entramos em outra dimensão do feminino, aqui o instinto se coloca a serviço da criação e da humanização. Esta é a fase lunar que é iluminada pelo Sol em sua totalidade, indicando mais clareza de consciência e um melhor relacionamento entre masculino e feminino, o que propicia a criação.
A Lua Cheia é a Lua Grávida de criatividade, de riqueza e da realização do próprio crescimento. É a imagem da Mãe, com o poder divino de carregar uma nova vida em seu ventre. É ela que gera, promove o crescimento e dá o nascimento. Ela é a deusa da maternidade, que traz consigo a fertilidade para a terra e para os homens.
A Lua Cheia nos conecta com a terra, nos coloca em contato com os valores terrenos, é o próprio amor realizado. Esta Lua-Mãe, foi expressa mitológicamente pelos gregos como Deméter com sua prodigiosa energia para nutrir e acalentar e sua dedicação desinteressada para com os filhos e a família. Esta deusa-mãe também é visualizada em Cibele, Ísis, em Astarte e na Virgem Maria. Todas aparecem sempre com o filho, o que pressupõe uma capacidade de relacionamento e reprodução realizada. O filho representa o nascimento, o Logos no feminino. A Lua, deste modo, relaciona-se com o mundo de maneira mais humana, através de seu filho. Estabelece-se assim, um contato mais íntimo entre o mundo interno e o externo, do divino com o terreno e do espiritual com o material.
A maternidade em si já é uma doação, mas também associa-se à capacidade de sacrifício. Todas as deusas citadas, têm em comum o fato de terem um filho que morre e depois ressuscita. O filho seria a semente que morre, se decompõe na terra, para trazer em seguida a renovação da vida. Mas, enquanto não chega a hora do sacrifício, o filho reina junto com a Mãe-Lua e é controlado por ela.
A mulher regida pela Lua Cheia é mais confiável, pois se assemelha à Mãe. Ela é acolhedora, mais domesticada e sempre se coloca à disposição e proteção do outro. Esta mulher tem os pés no chão e seus mistérios não são tão ocultos, pois ela se revela mais claramente. Ela acolhe a criação, que é a união do masculino com o feminino. Mas esta mulher tem uma preocupação exagerada com a segurança, o que impede o seu aprofundamento em seus relacionamentos, pois o contato mais íntimo, pode constituir-se em uma ameaça. Desenvolve então, um controle fora do comum e nada pode pegá-la desprevenida. Aqui desenvolve-se um impedimento a sua criatividade, pois seus passos são calculados, evitando confrontar-se com o desconhecido, que podem lhe proporcionar surpresas desagradáveis.
A mulher-lua-cheia é a esposa e mãe perfeita, desfaz-se em eficiência e cuidados, mas falta-lhe a paixão e a inquietação.

A MULHER LUA MINGUANTE

O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.
A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada a velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é arquetípicamente regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui ela, todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura orobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui penetra-se no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez torne-se necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando dos poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.


NÃO A GUERRA DOS SEXOS.......SIM AO COMPANHEIRISMO!

Hoje, a maioria das religiões, concebem como única e suprema uma divindade que é masculina, entretanto, ao resgatarmos tradições mais antigas, aprendemos que anteriormente, tanto o homem quanto a mulher, cultuavam uma Grande Mãe. O resgate destas tradições nos levam a compreender que homens e mulheres nasceram para viver em parceria e que, nós mulheres, podemos honrar o espírito feminino, buscando o equilíbrio e a paz, para ambos os sexos.
As mulheres, nos últimos anos, desbancaram a bandeira de sexo frágil. Elas batalharam e conseguiram a independência, poder e reconhecimento. Em pé de igualdade com o homem, hoje tem como meta principal conciliar carreira, maternidade e encontrar um homem ideal. Os homens em contrapartida, não mudaram tanto assim, não acompanhando o ritmo veloz feminino. Em conseqüência disto, criou-se um abismo entre os dois sexos. Mas, felizmente, as mulheres jamais abandonaram o seu ideal romântico de encontrar um companheiro para caminhar lado a lado. Todas anseiam apaixonar-se e casar, mas não abrem mão da busca do sucesso profissional. Assim, alegam a maioria delas, se fracassarem na vida sentimental, terão o trabalho para satisfazê-las e ocupá-las. Devem então, ter muito cuidado para não investir tempo integral às suas carreiras, pois fatalmente, por total falta de tempo matarão sua vida afetiva.
O amor e a maternidade para a mulher é um fator mais do que biológico. Ir contra à sua natureza, fará com que a mulher deixe de usufruir de uma realização pessoal.
O homem também obteve alguns avanços e hoje, ele parece estar mais disponível e sensível. A cada dia vislumbra-se pais mais participantes, amantes mais amorosos e companheiros que dividem com a mulher as tarefas rotineiras da casa. Estamos entretanto ainda, em um momento de transição, onde os papéis masculinos e femininos não estão bem delineados. O homem, continua a não saber direito lidar com suas emoções em função de sua postura cultural e a mulher buscou e conquistou a independência, o reconhecimento e a igualdade. Mas bem no íntimo, ela continua romântica e deseja ser conquistada. No fundo, talvez não imaginasse que pudesse ir tão longe para depois sentir-se perdida. Com tantas conquistas, vieram também as armadilhas e ela acabou sobrecarregada, pendendo de um lado para o outro com a expansão das possibilidades.
Talvez, seja este o momento da mulher parar de provar que pode tudo e unir-se em companheirismo com o homem. Se realmente buscamos construir uma sociedade equilibrada e serena, todas as idéias egocêntricas de superioridade e culto à guerra sexista deve desaparecer entre os homens e mulheres, dando lugar a uma visão cósmica de complementariedade entre os sexos.
NA GUERRA DOS SEXOS QUE VENÇA O AMOR!

PESQUISADO E DESENVOLVIDO POR
ROSANE VOLPATTO


Bibliografia consultada:
O Casamento do Sol com a Lua. Raissa Cavalcanti. Editora Cultrix, São Paulo.
A Grande Mãe. Erich Neumann. Editora Cultrix, São Paulo.
As Deusas e a Mulher. Jean Shinoda Bolen. Editora Paulus, São Paulo.
Os Mistérios da Mulher. M. Esther Harding. Editora Paulus, São Paulo.
O Novo Despertar da Deusa. Organização Shirley Nicholson. Editora Rocco Ltda, Rio de Janeiro
Variações sobre o tema mulher. Jette Bonaventure. Editora Paulus, São Paulo.


IN:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/Mundo%20da%20Lua.html


A Guerreira Ferida e como cura-la....


Dentro da psicologia feminina e, citando aqui uma especialista no assunto, Jean Shinoda Bolen, a “Guerreira Ferida” é um dos arquétipos mais presentes na sociedade atual. Shinoda relaciona este padrão fazendo uma comparação entre a mulher contemporânea e as deusas gregas. Nesta visão a “Guerreira Ferida” é a mulher em desequilíbrio entre os arquétipos das deusas Atenas e Afrodite.No meu entender, a mulher teve que despertar este arquétipo da guerreira para sobreviver na sociedade atual.


Ela veste suas armas para realizar seus sonhos. Só que não sabe ao certo equilibrar este padrão com as outras faces do feminino que habitam seu coração e ainda a medida certa entre o equilíbrio das energias masculina e feminina.Como curar a “Guerreira Ferida”? Segundo Suzana Kennedy, ”a Guerreira Ferida almeja se transformar em Deusa, mesmo que não pudesse usar essas palavras para descrever o seu desejo.

Quem é a Deusa? A Deusa é simplesmente a incorporação do Divino em um corpo feminino. Ela tem discernimento e age com integridade. Ela tem uma essência de paz interior que é inabalável. A Deusa irradia uma energia que é tão poderosamente bela, amorosa e suave, que os outros são atraídos para ela como imã.”É como se as deusas, não ouvidas por séculos, reivindicassem nesse momento seu espaço. Temos que a elas voltar, prestando atenção às vozes de nosso corpo, nosso sentimento, emoção, hormônios, coração e pensamento. E, acima de tudo, sustentar esses achados mesmo quando eles contrariam preceitos milenares.


A Deusa pode ter sido uma “Guerreira Ferida”, mas curou suas feridas, equilibrou a face guerreira com as outras faces: a mãe, a amante, a menina, a anciã, a protetora, a espiritualista, a sombra, a luz, etc. Ela sentiu todos os seus medos, anseios, raiva, amor, libertando-se, assim. Ela transformou seus sentimentos, a traição e abandono em confiança e tranqüilidade.


Ela aprendeu a olhar para dentro e gostar do que vê. Ela combate o ataque espiritual e físico com amor.A “Guerreira Ferida e a Deusa”: dois arquétipos femininos poderosos. Um cansado e ferido; o outro, radiante e curado.A mulher que vive o padrão da “Guerreira Ferida”, para ser curada, deve reencontrar-se com sua “Deusa Interior” e isso torna-se mais fácil quando a mulher descobre a sua espiritualidade, sentindo que o divino habita dentro de si mesma.


Nesse reencontro essa “Deusa Mulher” renasce e sabe desfrutar toda sua feminilidade com coragem que emana do seu coração. Ela confia plenamente no poder de ser mulher, nos seus instintos, no poder do seu ventre sagrado. Ela se liberta de seus sentimentos suprimidos de traição e abandono. Ela equilibra razão e emoção, masculino e feminino... Ela irradia amor, confiança, beleza. Ela também sente o divino em todos os seres, sentindo necessidade de compartilhar a sua descoberta.Curada, essa guerreira reconhece e desperta outros aspectos da Deusa que lhe sirvam melhor em qualquer momento. E em algum momento, naturalmente, ela atrairá um deus para compartilhar toda sua soberania, amor, beleza...

Senhora.







Senhora,

Deusa da Vida, és Senhora

Deusa da Morte, és Senhora

De muitos nomes e faces.

Te venero.




Donzela de beleza incomparável

Guerreira de destreza inenarrável

Cujo sorriso vem minha vida começar

E nos seus braços encontro a alegria

A novidade, a juventude, a poesia

E sonhos sem limites a realizar

Te venero.




Mãe, de todos, de tudo, da vida

Protetora doce, professora decidida

Que nos mostra o caminho e nos deixa tentar

Nos seus braços encontro o amor, por todos, por muitos, por mim

E a força e a garra que não tem fim

Para tornar minha vida plena e me completar

Te venero.




Anciã, de rugas e brancos cabelos, tão amada

Dona do caldeirão, da sabedoria, da noite aveludada

Que me encontra nos momentos de decisões a tomar

Nos seus braços encontro conselhos, consolo

Às vezes um puxão de orelha, às vezes um bom colo

Mas sempre o que preciso e o que mais desejar

Te venero.




Quando estou triste, e meu coração é vazio

Quando meu mundo é escuro e frio

É nos seus braços que vou me consolar

E em seu carinho e apoio constantes

Me vejo inteira e em poucos instantes

Acho meu rumo e posso me recuperar

Te venero




Quando estou bem, estou viva, estou plena

Quando as bênçãos que conto ultrapassam a centena

É nos seus braços que vou comemorar

E em sua vitalidade e energia

Encontro o brilho de minha magia

E sei que meu destino e ser feliz e te celebrar.

Te venero.




E se já te entreguei minha vida e meu caminho

Se já és meu porto seguro e meu ninho

Penso, que mais posso eu te ofertar?

E ao me ver tão feliz por ser filha tua

Te ofereço então minha poesia crua

E todo o amor que minha alma sabe amar.

Te venero




Poesia de Naelyan Wyvern


sábado, 13 de dezembro de 2008

Uma Canção a Musa



Fonte de mel

Nos olhos de gueixa

Kabuki, máscara

Choque entre o azul

E o cacho de acácias

Luz das acácias

Você é mãe do sol

A sua coisa é toda tão certa

Beleza esperta

Você me deixa a rua deserta

Quando atravessa

E não olha pra trás



Linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

Você é linda

Mais que demais

Vocé é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim



Você é forte

Dentes e músculos

Peitos e lábios

Você é forte

Letras e músicas

Todas as músicas

Que ainda hei de ouvir

No Abaeté

Areias e estrelas

Não são mais belas

Do que você

Mulher das estrelas

Mina de estrelas

Diga o que você quer



Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

Você é linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim



Gosto de ver

Você no seu ritmo

Dona do carnaval

Gosto de ter

Sentir seu estilo

Ir no seu íntimo

Nunca me faça mal



Linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim

Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A DOR DO PARTE É CAUSADA PELO MACHISMO


México, 30 out (EFE).- O parto é um ato violento, mas não tem por que ser doloroso, disse a escritora francesa Muriel Bonnet, opinando que a dor é conseqüência da atual "cultura do medo" imposta pelo homem."A dor vem do medo", disse Bonnet em entrevista à Efe.A autora de "O nascimento, uma viagem: o parto através dos povos" explicou que o medo produz adrenalina, deixando as mulheres tensas.A reação endurece os músculos do útero e gera a dor.Ela acusou os homens de impor o mundo masculino de força sobre o feminino. A dominação é causada, por sua


vez, pelo medo "do poder da Deusa da Criação", opinou.


"É uma luta de poder. Os homens tiraram da parteira seu poder natural de ajudar as suas irmãs e filhas a dar à luz. Agora as mulheres têm que lutar para retomar seu direito natural de apoiar as outras mulheres no parto"
sustentou.Quando o mundo feminino recuperar seu lugar haverá equilíbrio entre homens e mulheres, previu Bonnet. Durante 25 anos ela percorreu o mundo para observar como se dá à luz em diversas culturas.A francesa esclareceu, no entanto, que não se trata de dominar o homem, que deve ocupar seu papel de companheiro da mulher. Os dois devem exercer a sua liberdade.Bonnet lembrou seu primeiro parto, quando tinha 23 anos, como algo envolvido por uma nuvem de medo e ignorância. Ela usou anestesia epidural, fórceps e parto comum no hospital, porque não conhecia outras opções. Da segunda vez, quando teve gêmeos, o parto foi "de quatro", uma experiência mais simples, natural e agradável, garantiu."Em outras culturas, o parto não dá tanto trabalho, é algo simples", observou. Por isso, buscou parteiras baseadas na transmissão ancestral de conhecimentos no México, Amazônia, Canadá, Europa, África e Índia.


"O parto na verdade está ligado ao coração. Dar à luz é algo sagrado, como fazer amor, mas na sociedade atual nos esquecemos disso"

, explicou."Num mundo onde a mulher é integrada ao seu ambiente natural, o bebê nasce como um orgasmo",

afirmou.Bonnet é uma firme defensora de partos dentro de casa ou em "casas de parto" administradas por parteiras."Devemos tomar consciência primeiro do poder das mulheres, e não deixar que ele fique nas mãos de outras pessoas, como médicos", recomendou.A francesa afirmou que a cultura do medo afeta inclusive a família, e é responsável pela luta entre sogra a nora."É uma concepção do passado. Nós, mulheres, somos bruxas, e isso é ruim. Mas na realidade ser uma bruxa é ser uma mulher de conhecimento, que não aceita a opressão, e isso é mais comum nas mulheres mais velhas", sustentou.As mulheres jovens sentem essa força, que causa "inveja e medo", e daí nasce a inimizade entre sogras e noras. Mas, para ela, não deveria ser assim, já que "se existem bons homens é porque suas mães fizeram um bom trabalho".

Fonte:

O que é Deusa?



Como "deusa" é caracterizado um tipo complexo de personalidade feminina que reconhecemos intuitivamente em nós, nas mulheres a nossa volta e também nas imagens e ícones que estão em toda a nossa cultura. Segundo a teoria junquiana, as deusas são arquétipos, fontes derradeiras de padrões emocionais que fluem de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos, caracterizados e tipificados como puramente "femininos". Tudo que realizamos e gostamos, toda a paixão, desejo e sexualidade, tudo que nos impele à coesão social e à proximidade humana, assim como todos os impulsos, tipo absorver, reproduzir e destruir, são associados ao arquétipo universal feminino. Tais conceitos nos foram deixados como herança pelos gregos e todas as culturas antigas, que percebiam estas energias não como abstrações destituídas de alma, mas sim como forças espiritualmente vitais. Quando tais forças se manifestavam num certo comportamento ou experiência, o denominavam de "compulsão de deuses e deusas".
Quando o amor e a paixão aflorava auxiliado pela convulsão hormonal, os antigos se reportavam a história da bela Afrodite que transtornava o estado de espírito, o sono, os sonhos e a sanidade mental do apaixonado.
Na Grécia, as mulheres percebiam que uma vocação ou profissão as colocava sob o domínio de uma determinada deusa a elas veneravam. No íntimo das mulheres contemporâneas as deusas existem como arquétipos e podem cobrar seus direitos e reivindicar domínio sobre suas súditas. Mesmo sem saber a qual deusa está submissa, a mulher ainda assim deve dar sua submissão a um arquétipo determinado por uma época de sua vida ou por toda a existência. Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
Os padrões de deusa também afetam o relacionamento com os homens. Diga-me qual homem que escolhestes que te direi as deusas que moram dentro de ti. Realmente esta escolha ajuda e elucidar afinidades e dificuldades pelas quais passa a mulher que o escolheu.
Temos que ter em mente que, toda mulher tem dons concedidos pelas deusas, mas ela deve aprender a descobri-los e aceitá-los com gratidão. Mas toda mulher também tem deficiências concedidas pelas deusas que deve reconhecer e superar para que possa trilhar o caminho do auto-conhecimento e realização.
Os homens também são influenciados pelas várias deusas, pois estas certamente espelham as energias femininas na psique masculina, embora, via de regra, os homens vivenciam-nas como exteriores a si próprios, ou seja, através das mulheres pelas quais são atraídos ou pelas quais se sentem fortemente provocados. Descomplicando, os homens vivenciam as deusas projetando-as nas mulheres de sua vida e nas imagens específicas da mídia que lhes causem deleite ou aversão. Uma melhor compreensão sobre as deusas, fará com que este mesmo homem compreenda o porque de sua atração por certas mulheres e o fracasso com outras, permitindo então, que ele comece a fazer as escolhas certas.
Muito embora as culturas guerreiras tenham dominado vasto período do história, o culto à Deusa Mãe sobreviveu e floresceu até a época dos romanos. Esta Grande Deusa era venerada como progenitora e destruidora da vida, responsável pela fertilidade e destrutibilidade da natureza. E, ainda hoje, Ela é percebida como um arquétipo no inconsciente coletivo.
As deusas diferem uma da outra. Cada uma delas têm traços positivos e outros negativos. Seus mitos mostram o que é importante para elas e expressam por metáfora o que uma mulher que se assemelha a elas deve fazer. Todas estão presentes no interior de cada mulher. Quando diversas deusas disputam o domínio sobre a psique de uma mulher, esta precisa decidir que aspecto de si própria expressar e quando expressá-lo.
Infelizmente o triunfo dos tempos modernos tornou-se o triunfo do cristianismo e de um Deus Pai Único e Supremo. Os cultos à Grande Deusa Mãe foi se tornando disperso, suprimido e distorcido. A maioria das civilizações atuais, tornaram-se filhas de uma família divorciada. Agora vivem apenas o Pai e estão proibidas de mencionar o nome da Mãe ou de qualquer lembrança sutil daquelas épocas alegres e amorosas em que se vivia em seus braços e na segurança de seu caloroso colo. Tendo apenas o Pai para nos orientar, nós, a despeito de seu amor, tornamo-nos endurecidos, implacavelmente heróicos e severamente puritanos ao tentar esquecer a segurança perdida e a confiança sensual na terra que outrora a Mãe nos proporcionava.
Nos quatros cantos do mundo, porém mais proeminente nos países ocidentais, estamos testemunhando um discreto redespertar do feminino, uma sublevação profunda no âmago da consciência das mulheres. Muitos homens temem e contestam este processo, outros entretanto sentem-se desafiados e estimulados. Observadores mais radicais denominaram este movimento como o "Retorno da Deusa", porque ele parece sugerir a própria antítese da sociedade patriarcal.
É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas "DEUSAS".