Neith era a Abridora de Caminhos, a Caçadora, Senhora do Oeste, Deusa guerreira e protetora. Seu nome significa "Eu venho de mim mesma", ou autoconcebida. De acordo com a lenda Neith emergiu das águas primevas. Seguiu o curso do rio Nilo em direção ao mar, até alcançar o Delta, dando forma à cidade de Sais. Ela se autogerou e como a "Mãe Original", uma divindade andrógina, englobava tanto o feminino como o masculino. A sua bissexualidade era original, não tendo recorrido a nenhum deus masculino para iniciar a concepção dos vários elementos do Cosmos. As composições teológicas de Esna, em egípcio "Iunit", em grego Latópolis, devido ao peixe "Lates", ali considerado animal sagrado de Neith, outro dos seus principais lugares de culto, explicam as características da antiga potência demiúrga do Baixo Egito da seguinte forma:
"Pai dos pais, a Mãe das mães, o ser divino que começou a ser no começo quando se encontrava no seio das águas iniciais, saiu dela mesma, enquanto a terra estava nas trevas e não havia nenhuma terra, nem planta... Ela clareou o olhar dos seus olhos e veio o haver luz... E tudo o que seu coração continha veio rapidamente a existir".
Tendo concebido o mundo no seu coração, fez vários elementos virem à existência ao pronunciar simplesmente os seus nomes. Com as sete palavras criativas surgiram: a coluna inicial sobre a qual tomou posição (situada simultaneamente em Sais e Esna, os seus declarados santuários), o Sol (Rá-Amon-Khnum), a Ogdáode de Hermópolis e o deus Thot.
Face à essa especulação, ela é a mãe de Rá, enquanto vaca Ilhet que surge do caos primordial e que auxilia o nascimento do Sol. Nessa forma, associada ao tempo primário e a recriação diária, abria os caminhos do Sol. Muitas referências feitas ao renascimento do Sol nos vários pontos do céu durante as mudanças sazonais demonstram os diferentes aspectos de Neith, que reina em forma de Deusa celeste.
Neith é a criadora única de tudo que está no interior aa terra, minerais e pedras preciosas, a "Senhora do Deserto", a "Senhora do Mar", o "Grande Tudo", a "Todo-Poderosa". Na Época Baixa, é chamada "A Mãe dos deuses". Quando assume a forma de vaca, gera inevitáveis associações com Hator e Ísis. Assim, Hórus é também seu filho.
Sua função mais antiga parece haver sido uma Deusa guerreira e da caça, embora também foi Deusa da Sabedoria. No período pré-dinástico tinha a forma de escaravelho e posteriormente, seus atributos foram o arco e flecha cruzadas sobre o escudo, que constituíam seu emblema. Também levava uma coruja na mão direita e uma lança na esquerda. Foi por isso, que Heródoto a associou a Atena.
Na época dinástica, a apar com seus atributos de caça/guerra e da Deusa do Baixo Egito, Neith é também adorada como divindade tutelar da tecelagem. É, portanto, considerada a Deusa que ensinou os humanos a arte da tecelagem, as artes domésticas. Era padroeira dos tecelões de Sais que trabalhavam o linho para as faixas das múmias. Daí que, muitas vezes, seja figurada com a lançadeira de tecer na cabeça. Também nesse aspecto, a "interpretatio gareca" com Atena apresentava plausibilidade e correção.
Ela usava a coroa vermelha do Baixo Egito e em suas mãos segurava um arco e duas flechas. O abutre era o animal sagrado de Neith e de outras Deusas. O símbolo hieroglífico para "mãe" era um abutre. Ele come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida. Nos textos das pirâmides, foi identificado com a Deusa Ísis. As misteriosas palavras de Ísis, as que conferem vida devem ser conhecidas pelos defuntos:"A posse da oração do abutre te será benfazeja na região dos mil campos".
A partir do Reino Antigo, Neith, protegia Osíris, Rá e o faraó e era identificada com a abelha (bit), o que explica precisamente que o seu templo em Sais se chamasse per-bit. Símbolo real e solar, a abelha era associada ao raio e nascera das lágrimas de Rá caídas na terra. No plano social ela representa o Mestre da Ordem e da prosperidade e também o ardor guerreiro ou a coragem. Seu simbolismo estabelece a ordem e a harmonia, tanto pela sabedoria como pela lança.
Todas as Deusas partenogenéticas criadas por si mesmas sem a ajuda da inseminação do varão, gradualmente se transformaram em noivas, esposas e filhas, como resposta ao sistema patriarcal e patrilinear e com a Deusa Neith, não foi diferente.
Em Sais, de onde procedia, era conhecida como "Senhora do Mar" e esposa de Sobek, enquanto em textos de Reino Antigo, tinha a Seth como marido e era mãe de Sobek, com o Título de "Amamentadora de Crocodilos". Outro centro do culto era Esna (Alto Egito), onde era conhecida como "Aterradora", aqui era esposa de Khnum e mãe de Apofis (serpente maléfica), constituindo a tríade de Esna. Os salmos litúrgicos dessa localidade apresentam-na ainda assimilada a Sopdi, a Mut, a Nekhebet, a Bastat, além de Sekhemet e a Hator. Segundo outro relato mítico, da saliva que lançou nas águas primordiais produziu Apófis.
Como "Dama do Ocidente" era a protetora dos vasos de vísceras e velava o defunto junto com Ísis, Neftis e Selket. Sob sua proteção está o vaso de Duamutef, com cabeça de chacal, que contém o estômago do rei mumificado. OS "Textos das Pirâmides" e os "Textos dos Sarcófagos" referem-na já nessas funções, o que atesta a sua antiguidade e realça a sua função com o faraó morto. Mas, além de proteger as vísceras do defunto, protegia seu descanso e seu sono, disparando suas flechas contra os maus espíritos. Nessa acepção, em que funde os seus caracteres de divindade funerária e Deusa Guerreira, costumava ser representada nas cabeceiras das camas egípcias.
No famoso túmulo de Tutankamon foi encontrado quatro estatuetas douradas pequenas de quatro deusas são elas: Aset (Isis), Nebt-Het (Nephtys), Serqet (Selket) e Nit (Neith). Neste contexto, podemos identificar Neith, como protetora dos mortos, é mencionada no "Livro dos Mortos", como aquela que assegura a passagem do defunto para a outra vida. Também, o linho que envolvia a múmia eram tecidos por Neith. Desta forma, as múmias ficavam sob sua proteção. Sendo assim, Neith é uma das Deusas tutelares da morte e exerce função no renascimento da alma.
Em um mito, Neith é convidada por outros deuses para julgar no conflito entre Seth e Hórus sobre quem deveria herdar o trono do Egito, em função de sua grande sabedoria. É reconhecida aqui como a "Mãe Anciã". Ela sugeriu que Hórus fosse feito rei e que Seth deveria receber duas Deusas semíticas como prêmio de consolação. E, assim foi feito.
No período Saíta (664-525 a.C.), tornar-se uma Deusa Celeste, "Senhora do Céu, a que reúne os deuses", como Nut e Hator. Nesse época, graças à importância do comércio de lã e à acentuada tendência para um certo arcaísmo artístico-cultural, a deidade que melhor correspondia ao espírito da glória do passado que se pretendia manifestar era justamente Neith, a padroeira das artes domésticas. Passada a Renascença Saíta (664-525 a.C./XXVI dinastia), durante o Período da Primeira Dominação Persa (525-404 a.C./XXVII e XXVIII dinastias), Neith permance como principal padroeira da monarquia egípcia.
Plutarco visitou o grande templo de Neith em Sais, chamado Sapi-meht, e lá leu a inscrição:"Sou tudo o que já existiu, existe e que virá a existir. Nenhum mortal até hoje foi capaz de erguer o véu que me cobre". Parte desse santuário era uma escola de medicina chamada "A Casa da Vida" Essa escola era cuidada pelos sacerdotes de Neith, que eram médicos, especialistas em obstetrícia.
Neith era a divindade das ervas, magia, cura, conhecimentos místicos, rituais e meditação. Era a patrona das artes domésticas, tecelagem, caça, medicina, guerra e armas. Era também considerada a protetora das mulheres e do casamento.
As egípcias conheceram um mundo em que a mulher não era nem adversária, nem serva do homem. O segredo de viverem a plenitude como esposas, mães, trabalhadoras, ou como iniciadas nos mistérios do templo, sem renunciar a sua identidade em favor do homem, reside na forte presença das Deusas, que lhes davam um modelo claro de comportamento para todas as mulheres.
Se todos nós humanos, fomos criados à imagem e semelhança de um criador e só há um deus masculino, baseada em que imagem foram criadas as mulheres? Sabemos que os meninos, fazem de seus pais modelos de comportamento. Se vives em uma cultura onde só há um deus masculino e nenhuma Deusa, aonde está o modelo feminino? Como podem as meninas aprender a ser mulheres sem a Deusa?
Neith chega até nós para nos dizer que é hora de levantarmos nossos véus e nos conhecermos verdadeiramente. Quando você se olhar no espelho, poderá ver-se com a cabeça de uma górgona coberta de serpentes. Entretanto se olhar novamente com os olhos do discernimento poderá visualizar sua própria beleza imortal.
Hoje, nós mulheres, somos obrigadas a desenvolver os aspectos masculinos e patriarcais, para sermos aceitas no mundo dos homens. Entretanto, isso não implica em desistir do seu "ser" feminino. A própria Mãe Natureza se encarrega de nos lembrar quem somos quando damos à luz a uma nova vida, experiência tão profunda ancorada em nossa existência biofísica, que somente em casos muito raros passa desapercebida. É neste mágico momento, que a mulher pode experimentar a si mesma como criadora e como fonte de vida, irrefutavelmente e em uma profundidade que torna superficiais todas as atitudes equivocadas da sua consciência. Mas, até nesta hora, a mulher moderna, pode permanecer oculta entre véus, por medo profundo do Feminino, com medo dela própria, com medo da sua incompreensível natureza feminina.
Experienciar a si mesma, com a ajuda da Deusa, nos fará ver com clareza a totalidade da humanidade como uma unidade dos aspectos masculinos e femininos.
"Pai dos pais, a Mãe das mães, o ser divino que começou a ser no começo quando se encontrava no seio das águas iniciais, saiu dela mesma, enquanto a terra estava nas trevas e não havia nenhuma terra, nem planta... Ela clareou o olhar dos seus olhos e veio o haver luz... E tudo o que seu coração continha veio rapidamente a existir".
Tendo concebido o mundo no seu coração, fez vários elementos virem à existência ao pronunciar simplesmente os seus nomes. Com as sete palavras criativas surgiram: a coluna inicial sobre a qual tomou posição (situada simultaneamente em Sais e Esna, os seus declarados santuários), o Sol (Rá-Amon-Khnum), a Ogdáode de Hermópolis e o deus Thot.
Face à essa especulação, ela é a mãe de Rá, enquanto vaca Ilhet que surge do caos primordial e que auxilia o nascimento do Sol. Nessa forma, associada ao tempo primário e a recriação diária, abria os caminhos do Sol. Muitas referências feitas ao renascimento do Sol nos vários pontos do céu durante as mudanças sazonais demonstram os diferentes aspectos de Neith, que reina em forma de Deusa celeste.
Neith é a criadora única de tudo que está no interior aa terra, minerais e pedras preciosas, a "Senhora do Deserto", a "Senhora do Mar", o "Grande Tudo", a "Todo-Poderosa". Na Época Baixa, é chamada "A Mãe dos deuses". Quando assume a forma de vaca, gera inevitáveis associações com Hator e Ísis. Assim, Hórus é também seu filho.
Sua função mais antiga parece haver sido uma Deusa guerreira e da caça, embora também foi Deusa da Sabedoria. No período pré-dinástico tinha a forma de escaravelho e posteriormente, seus atributos foram o arco e flecha cruzadas sobre o escudo, que constituíam seu emblema. Também levava uma coruja na mão direita e uma lança na esquerda. Foi por isso, que Heródoto a associou a Atena.
Na época dinástica, a apar com seus atributos de caça/guerra e da Deusa do Baixo Egito, Neith é também adorada como divindade tutelar da tecelagem. É, portanto, considerada a Deusa que ensinou os humanos a arte da tecelagem, as artes domésticas. Era padroeira dos tecelões de Sais que trabalhavam o linho para as faixas das múmias. Daí que, muitas vezes, seja figurada com a lançadeira de tecer na cabeça. Também nesse aspecto, a "interpretatio gareca" com Atena apresentava plausibilidade e correção.
Ela usava a coroa vermelha do Baixo Egito e em suas mãos segurava um arco e duas flechas. O abutre era o animal sagrado de Neith e de outras Deusas. O símbolo hieroglífico para "mãe" era um abutre. Ele come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida. Nos textos das pirâmides, foi identificado com a Deusa Ísis. As misteriosas palavras de Ísis, as que conferem vida devem ser conhecidas pelos defuntos:"A posse da oração do abutre te será benfazeja na região dos mil campos".
A partir do Reino Antigo, Neith, protegia Osíris, Rá e o faraó e era identificada com a abelha (bit), o que explica precisamente que o seu templo em Sais se chamasse per-bit. Símbolo real e solar, a abelha era associada ao raio e nascera das lágrimas de Rá caídas na terra. No plano social ela representa o Mestre da Ordem e da prosperidade e também o ardor guerreiro ou a coragem. Seu simbolismo estabelece a ordem e a harmonia, tanto pela sabedoria como pela lança.
Todas as Deusas partenogenéticas criadas por si mesmas sem a ajuda da inseminação do varão, gradualmente se transformaram em noivas, esposas e filhas, como resposta ao sistema patriarcal e patrilinear e com a Deusa Neith, não foi diferente.
Em Sais, de onde procedia, era conhecida como "Senhora do Mar" e esposa de Sobek, enquanto em textos de Reino Antigo, tinha a Seth como marido e era mãe de Sobek, com o Título de "Amamentadora de Crocodilos". Outro centro do culto era Esna (Alto Egito), onde era conhecida como "Aterradora", aqui era esposa de Khnum e mãe de Apofis (serpente maléfica), constituindo a tríade de Esna. Os salmos litúrgicos dessa localidade apresentam-na ainda assimilada a Sopdi, a Mut, a Nekhebet, a Bastat, além de Sekhemet e a Hator. Segundo outro relato mítico, da saliva que lançou nas águas primordiais produziu Apófis.
Como "Dama do Ocidente" era a protetora dos vasos de vísceras e velava o defunto junto com Ísis, Neftis e Selket. Sob sua proteção está o vaso de Duamutef, com cabeça de chacal, que contém o estômago do rei mumificado. OS "Textos das Pirâmides" e os "Textos dos Sarcófagos" referem-na já nessas funções, o que atesta a sua antiguidade e realça a sua função com o faraó morto. Mas, além de proteger as vísceras do defunto, protegia seu descanso e seu sono, disparando suas flechas contra os maus espíritos. Nessa acepção, em que funde os seus caracteres de divindade funerária e Deusa Guerreira, costumava ser representada nas cabeceiras das camas egípcias.
No famoso túmulo de Tutankamon foi encontrado quatro estatuetas douradas pequenas de quatro deusas são elas: Aset (Isis), Nebt-Het (Nephtys), Serqet (Selket) e Nit (Neith). Neste contexto, podemos identificar Neith, como protetora dos mortos, é mencionada no "Livro dos Mortos", como aquela que assegura a passagem do defunto para a outra vida. Também, o linho que envolvia a múmia eram tecidos por Neith. Desta forma, as múmias ficavam sob sua proteção. Sendo assim, Neith é uma das Deusas tutelares da morte e exerce função no renascimento da alma.
Em um mito, Neith é convidada por outros deuses para julgar no conflito entre Seth e Hórus sobre quem deveria herdar o trono do Egito, em função de sua grande sabedoria. É reconhecida aqui como a "Mãe Anciã". Ela sugeriu que Hórus fosse feito rei e que Seth deveria receber duas Deusas semíticas como prêmio de consolação. E, assim foi feito.
No período Saíta (664-525 a.C.), tornar-se uma Deusa Celeste, "Senhora do Céu, a que reúne os deuses", como Nut e Hator. Nesse época, graças à importância do comércio de lã e à acentuada tendência para um certo arcaísmo artístico-cultural, a deidade que melhor correspondia ao espírito da glória do passado que se pretendia manifestar era justamente Neith, a padroeira das artes domésticas. Passada a Renascença Saíta (664-525 a.C./XXVI dinastia), durante o Período da Primeira Dominação Persa (525-404 a.C./XXVII e XXVIII dinastias), Neith permance como principal padroeira da monarquia egípcia.
Plutarco visitou o grande templo de Neith em Sais, chamado Sapi-meht, e lá leu a inscrição:"Sou tudo o que já existiu, existe e que virá a existir. Nenhum mortal até hoje foi capaz de erguer o véu que me cobre". Parte desse santuário era uma escola de medicina chamada "A Casa da Vida" Essa escola era cuidada pelos sacerdotes de Neith, que eram médicos, especialistas em obstetrícia.
Neith era a divindade das ervas, magia, cura, conhecimentos místicos, rituais e meditação. Era a patrona das artes domésticas, tecelagem, caça, medicina, guerra e armas. Era também considerada a protetora das mulheres e do casamento.
As egípcias conheceram um mundo em que a mulher não era nem adversária, nem serva do homem. O segredo de viverem a plenitude como esposas, mães, trabalhadoras, ou como iniciadas nos mistérios do templo, sem renunciar a sua identidade em favor do homem, reside na forte presença das Deusas, que lhes davam um modelo claro de comportamento para todas as mulheres.
Se todos nós humanos, fomos criados à imagem e semelhança de um criador e só há um deus masculino, baseada em que imagem foram criadas as mulheres? Sabemos que os meninos, fazem de seus pais modelos de comportamento. Se vives em uma cultura onde só há um deus masculino e nenhuma Deusa, aonde está o modelo feminino? Como podem as meninas aprender a ser mulheres sem a Deusa?
Neith chega até nós para nos dizer que é hora de levantarmos nossos véus e nos conhecermos verdadeiramente. Quando você se olhar no espelho, poderá ver-se com a cabeça de uma górgona coberta de serpentes. Entretanto se olhar novamente com os olhos do discernimento poderá visualizar sua própria beleza imortal.
Hoje, nós mulheres, somos obrigadas a desenvolver os aspectos masculinos e patriarcais, para sermos aceitas no mundo dos homens. Entretanto, isso não implica em desistir do seu "ser" feminino. A própria Mãe Natureza se encarrega de nos lembrar quem somos quando damos à luz a uma nova vida, experiência tão profunda ancorada em nossa existência biofísica, que somente em casos muito raros passa desapercebida. É neste mágico momento, que a mulher pode experimentar a si mesma como criadora e como fonte de vida, irrefutavelmente e em uma profundidade que torna superficiais todas as atitudes equivocadas da sua consciência. Mas, até nesta hora, a mulher moderna, pode permanecer oculta entre véus, por medo profundo do Feminino, com medo dela própria, com medo da sua incompreensível natureza feminina.
Experienciar a si mesma, com a ajuda da Deusa, nos fará ver com clareza a totalidade da humanidade como uma unidade dos aspectos masculinos e femininos.
Rosane Volpatto
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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.