domingo, 1 de fevereiro de 2009

MESTRA FEMININA


Mestra Ascensa Kuan Yin

A Salvadora Compassiva
Kuan Yin é a Salvadora Compassiva do Leste. Por todo o Oriente altares dedicados a esta
Mãe da Misericórdia podem ser achados em templos, casas e grutas nos caminhos. Orações à
Presença dela e à sua Chama estão incessantemente nos lábios dos devotos à medida que
buscam orientação e socorro em todas as áreas da vida.
Muito presente na cultura oriental, Kuan Yin tem despertado interesse em seu caminho e
ensinamento entre um número crescente de devotos ocidentais, que reconhecem a poderosa
presença da "Deusa da Misericórdia"
, junto com a da Virgem Maria, como iluminada e
intercessora da Sétima Era de Aquário.

Pilar de Luz Kuan Yin
A longa história de devoção a Kuan Yin mostra-nos o caráter e o exemplo desta
Portadora de Luz que não somente dedicou sua vida a seus amigos mas sempre assumiu o
papel de intercessora e redentora. Durante séculos, Kuan Yin simbolizou o grande ideal do
Budismo Mahayana em seu papel de bodhisattva (chinês p'u-sa), literalmente, "um ser de
bodhi, ou iluminação", destinado a se tornar um Buda, mas que renunciou ao êxtase do
nirvana, como um voto para salvar todas as crianças da Deusa.
O nome Kuan Shih Yin, como é freqüentemente chamada, significa literalmente "aquela
que considera, vigia e ouve as lamentações do mundo"
.Segundo a lenda, Kuan Yin estava
para entrar no céu, porém parou no limiar ao ouvir os gritos do mundo.
Existe ainda muito debate acadêmico relativo à origem da devoção à bodhisattva
feminina Kuan Yin. Ela é considerada a forma feminina de Avalokitesvara, bodhisattva da
misericórdia do Budismo indiano, cuja adoração foi introduzida na China no terceiro século.
Estudiosos acreditam que o monge budista e tradutor Kumarajiva foi o primeiro a se
referir à forma feminina de Kuan Yin, em sua tradução chinesa do Sutra do Lótus, em 406 a.C.
Dos trinta e três aparecimentos do bodhisattva mencionados em sua tradução, sete são

femininos. (Devotos chineses e budistas japoneses desde então associaram o número trinta e
três a Kuan Yin.)
Embora Kuan Yin tenha sido retratada como um homem até o século X, com a introdução do
Budismo Tântrico na China no século oitavo, durante a dinastia T'ang, a imagem da celestial
bodhisattva como uma bela deusa vestida de branco era predominante e o culto devocional a ela
tornou-se crescentemente popular
. No século nono havia uma estátua de Kuan Yin em cada
monastério budista da China.
Apesar da controvérsia acerca das origens de Kuan Yin como um ser feminino, a representação
de um bodhisattva, ora como deus, ora como deusa, não é inconsistente com a doutrina budista. As
escrituras explicam que um bodhisattva tem o poder de encarnar em qualquer forma - macho, fêmea,
criança e até animal - dependendo da espécie de ser que ele procura salvar. Como relata o Sutra do
Lótus, a bodhisattva Kuan Shih Yin, "pelo recurso de uma variedade de formas, viaja pelo mundo,
conclamando os seres à salvação". *
Pela lenda do século XII , do santo budista Miao Shan, a princesa chinesa que viveu em
aproximadamente 700 a.C. e que largamente se acredita tenha sido Kuan Yin, reforça a imagem da
bodhisattva feminina. Durante o século XII monges budistas estabeleceram-se em P'u-t'o Shan - a ilhamontanha
sagrada no Arquipélago de Chusan, ao largo da costa de Chekiang, onde se acredita tenha
Miao Shan vivido por nove anos, curando e salvando marinheiros de naufrágios -, e a devoção a Kuan
Yin espalhou-se ao longo do norte da China.
Essa ilha pitoresca tornou-se o centro principal de adoração à Salvadora misericordiosa;
multidões de peregrinos viajavam dos mais remotos cantos da China e até mesmo da Manchúria,
Mongólia e Tibet para assistir ali às cerimônias religiosas. Houve época em que havia mais de cem
templos na ilha e mais de mil monges. As tradições narram inúmeras aparições e milagres de Kuan
Yin na ilha, sendo relatado que ela aparecia aos fiéis em uma certa gruta local.

Na seita "Terra Pura" do Budismo, Kuan Yin faz parte de uma tríade governante que é
representada freqüentemente em templos e é um tema popular na arte budista. Nessas pinturas o Buda
da Luz Ilimitada - Amitabha (chinês A-mi-t'o Fo e japonês Amida) está no centro; à sua direita está o
Bodhisattva da força ou poder, Mahasthamaprapta ,e à sua esquerda está Kuan Yin, personificando a
misericórdia infinita.
Na teologia budista, Kuan Yin é às vezes representada como comandante do "barco da
salvação", guiando almas ao paraíso oriental de Amitabha ou Terra Pura - a terra do êxtase onde almas
podem renascer para receber instruções contínuas no sentido de alcançar a iluminação e a perfeição. A
jornada à Terra Pura é freqüentemente representada em xilogravuras mostrando barcos cheios de
seguidores de Amitabha, sob o comando de Kuan Yin. Amitabha, uma figura muito amada por
budistas que desejam renascer em seu paraíso oriental e libertar-se da "roda do renascimento", é tido,
num sentido espiritual ou místico, como o pai de Kuan Yin. Lendas da escola Mahayana relatam que
Avalokitesvara nasceu de um raio de luz branca emitido pelo olho direito de Amitabha, quando
mergulhado em êxtase. Assim, Avalokitesvara, ou Kuan Yin, é considerada como o "reflexo" de
Amitabha - uma encarnação posterior de "maha karuna" (grande misericórdia), a qualidade que
Amitabha personifica em seu mais elevado sentido. Muitas figuras de Kuan Yin podem ser
identificadas pela presença de uma pequena imagem de Amitabha em sua coroa. Acredita-se que a
misericordiosa redentora Kuan Yin expressa a compaixão de Amitabha de uma forma mais direta e
pessoal, e que as preces a ela dirigidas são atendidas mais rapidamente .
A iconografia de Kuan Yin a descreve de muitas formas, cada uma revelando um aspecto único
de sua misericordiosa presença. Como a sublime Deusa da Misericórdia, cuja beleza, graça e
compaixão vieram a representar o ideal de feminilidade do Oriente, ela é retratada freqüentemente
como uma mulher esbelta em um esvoaçante manto branco, carregando em sua mão esquerda um lótus
branco, símbolo de pureza. Está enfeitada com ornamentos simbolizando suas realizações como
bodhisattva, ou é mostrada sem ornamentos, como um sinal de sua grande virtude
.
A figura de Kuan
Yin é retratada freqüentemente como "doadora de crianças" que são encontradas em casas e templos.
Um grande véu branco cobre sua forma inteira e ela pode estar sentada em um lótus. Freqüentemente
ela é representada com uma criança em seus braços, próxima a seus pés, ou sobre seus joelhos, ou,
ainda, com várias crianças ao seu redor. Neste papel, a ela se referem como "a honrada de branco
vestida". Às vezes estão à sua direita e à sua esquerda dois auxiliares, Shan-ts'ai Tung-tsi, o "homem
jovem de capacidades excelentes", e Lung-wang Nu, a "filha do Dragão-rei". Kuan Yin sobre o
Dragão.
Kuan Yin também é conhecida como a bodhisattva protetora de P'u-t'o Shan , senhora do Mar
do Sul e protetora dos pescadores. Como tal, ela é mostrada cruzando o mar sentada ou em pé sobre
um lótus ou com seus pés na cabeça de um dragão.

Como Avalokitesvara, ela também é descrita com mil braços e números variados de olhos, mãos
e cabeças, às vezes com um olho na palma de cada mão, e é chamada "bodhisattva de mil braços, de
mil olhos". Nessa forma ela representa a mãe onipresente, olhando simultaneamente em todas as
direções, sentindo as aflições da humanidade e estendendo seus muitos braços para as aliviar com
expressões infinitas de sua misericórdia.

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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.