sábado, 2 de maio de 2009
A MISSA NEGRA...
HIPÁCIA DE ALAXANDRIA (HYPATIA 370-415)
Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e a sua base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. A sua última cientista foi uma mulher, considerada pagã. O seu nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do seu papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido ao facto de Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos que nela existiam foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com eles todo o progresso científico e filosófico da época."Carl Sagan, "Cosmos"
HIPÁCIA (370-415)
Hipácia ajudou seus alunos a entrar em contato com sua natureza espiritual, ou “olho interior”. Ela sempre andava pela cidade em uma biga. Vestia-se com simplicidade e usava a capa branca dos filósofos.
Além de astrônoma e matemática, Hipácia era filósofa. Egípcia de ascendência grega, era famosa por sua beleza. A filosofia de Hipácia era também sua religião. Ela acreditava em um ser divino chamado “o Uno” – a origem de toda a realidade. O objetivo de Hipácia era se aproximar de ”o Uno”, e ela compartilhava seus métodos com um grupo seleto de estudantes. Hipácia os ensinou a se libertar do mundo da matéria procurando a parte divina da natureza humana, ou alma, que ela chamou de “O Olho enterrado dentro de nós”.
Naquela época as mulheres não eram consideradas iguais em direito. Mas aos olhos de seus alunos homens, Hipácia estava acima da feminilidade. Ela requisitava uma dedicação completa e não tolerava nenhum contra-senso. Quando um aluno se distraiu em seu caminho rumo a “o Uno”, apaixonando-se por ela, Hipácia agitou um pedaço de sua roupa suja diante dele , dizendo: “Isto sou eu. É isso o que você ama!” Ele se tornou um aluno modelo a partir de então. Hipácia defendia que a beleza terrestre é uma ilusão e que a verdadeira beleza existia apenas em “o Uno”.
Hipácia viveu em Alexandria, a terceira maior cidade do Império Romano, um centro de aprendizado e caldeirão de culturas. Nos tempos de Hipácia havia muitos conflitos entre cristãos, judeus e pagãos. Hipácia tentou ficar longe das brigas. Toda a cidade respeitava sua sabedoria e era comum o governador romano pedir seus conselhos. Isso selou seu destino. O governador se envolveu em uma amarga luta contra o líder local da igreja cristã, que via Hipácia como uma ameaça. Espalharam que Hipácia praticava magia negra e ela foi culpada por todas as calamidades da cidade. Um dia, ao voltar para casa, um grupo de cristãos irados arrancou-a de sua biga e com conchas afiadas, cortou-a em dois pedaços.
Fonte: Filosofia para Jovens, Callis Editora
in:http://holosgaia.blogspot.com/
O MEDO DA SABEDORIA FEMININA É NOTÁVEL,como uma mulher que nada fez foi convertida em uma bruxa maligna,é claro que sabemos que os homens principalmente cristãos temam qualquer mulher que tivesse acesso a sabedoria oculta,Hipácia é portanto símbolo da Ciência Divina manifestada na natureza feminina,acredito fielmente que Hipácia seja a direcionadora da sabedoria oculta,um ser especial uma estrela despertina,uma mulher enviada pela própria divindade feminina para manifestar sua vontade,mas como Deusa Aradia sem nada fazer foi considera maligna e perigosa ,lembrando o que Aradia disse aos "Santíssimos" Padres:
-"Você só traz a punição para àqueles que se livraram da Igreja e da escravidão. Estes símbolos e roupa de autoridade que veste, só servem para esconder a nudez que nos faz iguais. Você diz que serve a um deus, mas você serve somente a seus próprios medos e limitações"
As pessoas(homens do patriarcado) na verdade não temiam Hipácia e sim a si mesmo a a sua propria ignorancia.Temam olhar o olho enterrado dentro de si mesmos.
MINHAS IRMÃES DO PASSADO(E POSSIVELMENTE DO FUTURO):
as feiticeiras, primeiras mulheres, primeiros grupos de mulheres para quem olhou o mundo. E sobre elas o mundo debruçou seu poder de macho, destruindo-as.»
«Ao se assumir feiticeira, ganhava a mulher um estatuto, uma força, que a ordem social sempre lhe negara. Ao se afirmar feiticeira, ao se entregar até às práticas ocultas, recusava a mulher a vida que lhe era imposta. Ao entrar em êxtase, atingia ela uma realização que lhe era proibida como mulher.»
«Mas outras mulheres viriam, ainda: nós as feministas...
- As feiticeiras – as sufragistas... –
Nós: grupos de mulheres e grupos de mulheres, gritando pelo mundo o uso que se tem feito de nossos corpos e vontade; de nossas vidas e verdadeira personalidade.»
«As feiticeiras tinham poderes de compaixão, de curar, o trato com as ervas e as flores. Eram as parteiras da aldeia, os médicos do povo. Daí advinha a sua força.»
«Michelet dizia no séc. XVIII que as feiticeiras eram muito importantes e que a Inquisição, queimando-as, deixou aldeias vazias. Muitas mulheres diziam ser feiticeiras não sendo, porque era uma forma de aceder a uma identidade própria» in:As Feiticeiras de Jules Michelet
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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.