SER BRUXA É SERVIR A DEUSA
É ERGUER O CÁLICE SAGRADO DA VIDA FECUNDA
Precisamos de resgatar a palavra “bruxa” das cinzas das fogueiras e dar-lhe a dignidade que perdeu na perseguição que sofreu ao longo dos séculos pela igreja católica. Precisamos devolver à Mulher Bruxa ou à Feiticeira a dimensão de grandeza e de beleza que perdeu na religião católica e na cultura patriarcal.
O PODER FEMININO
Para Star Hawk, * só no nosso século as “bruxas” podem novamente afirmar-se em pleno dia. A palavra “bruxa” diz ela, tem tantas conotações pejorativas que muitas pessoas se perguntam porque é ainda utilizada. Diz ela que declarar-se bruxa – ou feiticeira - é reivindicar para a mulher o direito de ter poder e, para o homem, o de reconhecer a presença da divindade na feminilidade: tudo isso não é puro tantra? “Ser bruxa” – diz ainda Star Hawk – é identificar-se com os nove milhões de vítimas da beatice e da raiva, é querer construir um mundo onde os preconceitos não poderão mais fazer vítimas. A feiticeira é alguém que dá forma, ou seja é uma criadora que dá forma ao invisível. A sua vida é impregnada da magia e da sabedoria. A Witch craft sempre foi uma religião poética, e não teológica. Os mitos, as lendas e os ensinamentos são reconhecidos como alegorias do invisível, do Absoluto, que a nossa mente limitada jamais conhecerá totalmente. Os símbolos e os rituais servem para criar estados alterados de consciência, em que a visão vai para lá das palavras, onde o ultimo é revelado.” O símbolo primário do indizível é a Deusa. Sob uma infinidade de aspectos e milhares de nomes, por detrás de tantas metáforas, ela é a realidade, divindade manifesta, omnipresente em qualquer vida, em cada um de nós.
*
A Deusa não está separada do mundo, ela é o mundo, e abrange todas as coisas: a Lua , o sol, a Terra, as estrelas, a pedra, a semente, o rio, o vento, a onda, a folha e o galho, o botão e a flor, a garra e a presa, a mulher e o homem. Na Witch craft, carne e espírito são um. A religião da deusa é inimaginavelmente antiga, mas a Witch craft também se poderia chamar hoje Nova Religião. Mais do que um renascimento, a Witch craft recriou-se, e a mulher é o motor dessa renovação, despertando activamente a deusa, imagem da “legitimidade” e dos benefícios do poder feminino.
*
“O declínio do culto da Deusa privou a mulher de modelo religioso e de sistemas espirituais que correspondam às suas necessidades e à sua experiência. O deus masculino caracteriza as religiões ocidentais e orientais.
Avatares, pregadores, profetas, gurus e budas são todos masculinos.
A mulher não é incentivada a explorar a sua própria força e a sua realização. Submissa à autoridade do homem, ela deve se identificar com as percepções masculinas e seus ideias espirituais, renegar o seu corpo, abafar a sua sexualidade, moldar a sua concepção do mundo na forma do masculino.”
*
“O símbolo da Deusa não é uma estrutura paralela ao de deus-pai. A Deusa não rege o mundo; ela é o mundo. Manifesta cada um de nós, cada pessoa pode conhecê-la interiormente, na sua magnífica diversidade. Ela não preconiza o domínio de um sexo pelo outro e não outorga nenhuma autoridade aos chefes hierárquicos temporais. Na Witch craft, cada um deve revelar a sua verdade. A divindade é vivida sob o aspecto da nossa forma própria, feminina ou masculina, porque ela também tem um aspecto masculino. O sexo torna-se um sacramento, e a religião consiste em voltar a unir o ser ao cosmo…Como mulher, a Deusa nos inicia a perceber a nossa divindade, a sentir que o nosso corpo é sagrado. Mas a Deusa também é importante para o homem. Por ser menos evidente, a opressão dos próprios homens no sistema patriarcal, dominado por um deus paternalista, não é menos trágica do que a da mulher…O homem é interiormente dividido, por um lado em ser espiritual obrigado a dominar a sua emoção, e por outro a domar os seus instintos animais. No Ocidente, ele tem de lutar contra si mesmo para vencer o pecado e, no Oriente, para matar o desejo e extinguir o ego…” Graças ao símbolo da Deusa, os homens podem experimentar e integrar a sua própria feminilidade, que, em geral é o aspecto mais profundo e sensível do seu ser. A Deusa não exclui o macho: ela o contém, assim como a mulher grávida contem o bebé macho.”
*
IN Tantra – O Culto da Femininlidade - Outra visão da vida e do sexo
André Van Lysebeth
*Star Hawk
IN: MULHERES & DEUSAS
Precisamos de resgatar a palavra “bruxa” das cinzas das fogueiras e dar-lhe a dignidade que perdeu na perseguição que sofreu ao longo dos séculos pela igreja católica. Precisamos devolver à Mulher Bruxa ou à Feiticeira a dimensão de grandeza e de beleza que perdeu na religião católica e na cultura patriarcal.
O PODER FEMININO
Para Star Hawk, * só no nosso século as “bruxas” podem novamente afirmar-se em pleno dia. A palavra “bruxa” diz ela, tem tantas conotações pejorativas que muitas pessoas se perguntam porque é ainda utilizada. Diz ela que declarar-se bruxa – ou feiticeira - é reivindicar para a mulher o direito de ter poder e, para o homem, o de reconhecer a presença da divindade na feminilidade: tudo isso não é puro tantra? “Ser bruxa” – diz ainda Star Hawk – é identificar-se com os nove milhões de vítimas da beatice e da raiva, é querer construir um mundo onde os preconceitos não poderão mais fazer vítimas. A feiticeira é alguém que dá forma, ou seja é uma criadora que dá forma ao invisível. A sua vida é impregnada da magia e da sabedoria. A Witch craft sempre foi uma religião poética, e não teológica. Os mitos, as lendas e os ensinamentos são reconhecidos como alegorias do invisível, do Absoluto, que a nossa mente limitada jamais conhecerá totalmente. Os símbolos e os rituais servem para criar estados alterados de consciência, em que a visão vai para lá das palavras, onde o ultimo é revelado.” O símbolo primário do indizível é a Deusa. Sob uma infinidade de aspectos e milhares de nomes, por detrás de tantas metáforas, ela é a realidade, divindade manifesta, omnipresente em qualquer vida, em cada um de nós.
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A Deusa não está separada do mundo, ela é o mundo, e abrange todas as coisas: a Lua , o sol, a Terra, as estrelas, a pedra, a semente, o rio, o vento, a onda, a folha e o galho, o botão e a flor, a garra e a presa, a mulher e o homem. Na Witch craft, carne e espírito são um. A religião da deusa é inimaginavelmente antiga, mas a Witch craft também se poderia chamar hoje Nova Religião. Mais do que um renascimento, a Witch craft recriou-se, e a mulher é o motor dessa renovação, despertando activamente a deusa, imagem da “legitimidade” e dos benefícios do poder feminino.
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“O declínio do culto da Deusa privou a mulher de modelo religioso e de sistemas espirituais que correspondam às suas necessidades e à sua experiência. O deus masculino caracteriza as religiões ocidentais e orientais.
Avatares, pregadores, profetas, gurus e budas são todos masculinos.
A mulher não é incentivada a explorar a sua própria força e a sua realização. Submissa à autoridade do homem, ela deve se identificar com as percepções masculinas e seus ideias espirituais, renegar o seu corpo, abafar a sua sexualidade, moldar a sua concepção do mundo na forma do masculino.”
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“O símbolo da Deusa não é uma estrutura paralela ao de deus-pai. A Deusa não rege o mundo; ela é o mundo. Manifesta cada um de nós, cada pessoa pode conhecê-la interiormente, na sua magnífica diversidade. Ela não preconiza o domínio de um sexo pelo outro e não outorga nenhuma autoridade aos chefes hierárquicos temporais. Na Witch craft, cada um deve revelar a sua verdade. A divindade é vivida sob o aspecto da nossa forma própria, feminina ou masculina, porque ela também tem um aspecto masculino. O sexo torna-se um sacramento, e a religião consiste em voltar a unir o ser ao cosmo…Como mulher, a Deusa nos inicia a perceber a nossa divindade, a sentir que o nosso corpo é sagrado. Mas a Deusa também é importante para o homem. Por ser menos evidente, a opressão dos próprios homens no sistema patriarcal, dominado por um deus paternalista, não é menos trágica do que a da mulher…O homem é interiormente dividido, por um lado em ser espiritual obrigado a dominar a sua emoção, e por outro a domar os seus instintos animais. No Ocidente, ele tem de lutar contra si mesmo para vencer o pecado e, no Oriente, para matar o desejo e extinguir o ego…” Graças ao símbolo da Deusa, os homens podem experimentar e integrar a sua própria feminilidade, que, em geral é o aspecto mais profundo e sensível do seu ser. A Deusa não exclui o macho: ela o contém, assim como a mulher grávida contem o bebé macho.”
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IN Tantra – O Culto da Femininlidade - Outra visão da vida e do sexo
André Van Lysebeth
*Star Hawk
IN: MULHERES & DEUSAS
Amor, realmante esse livro é maravilhoso e sempre o recomendo para às minhas alunas. Gostaria de dizer que linkei o seu Blog no meu e estamos conectadas. Seu Blog é uma fonte de pesquisa e estudo maravilhosa para mim!
ResponderExcluirAbraço afetuoso!
d. Lótus
Obrigada pelo carinho minha querida
ResponderExcluirGaia Lil