FEMINISMO SEM ALMA E SEM CORAÇÃO:
Anônimo disse...
Meu Deus,é muita cheiração de pó! Se fôssemos divinas,estariamos criando cultura,política e tecnologia ao invés de perdermos tempo com futilidades.
Me sinto ofendida em saber que ao invés das mulheres se organizarem contra a cultura patriarcal,ficam se alienando com este misticismo barato.
ECOFEMINISMO/ BRUXARIA FEMINISTA:
Gaia Lil
Vamos começar pelo obvio, porque motivos uma mulher ataca outra mulher que participa de uma corrente feminina que tem crescido durante todos esses anos.
O primeiro motivo é que ela se choca com os conceitos sobre a Deusa e a Mulher, acostumada a uma ideologia patriarcal de dominação e masculinidade favorecida esta mulher, dita feminista vê como natural uma competição entre valores de feminino e masculino, lua e sol, agua e fogo, deus e Deusa ou seja ela vê a Espiritualidade Feminina como um contra corrente que dificultara o desenvolvimento do feminismo em si.
O problema é que essas mulheres usam um sistema masculino em busca de uma falsa igualdade, anulando assim os valores femininos como intuição e amorosidade, vistos como fracos e asseguradores do domínio cultural da mulher feito pelo homem.
O que ocorre a essas mulheres é elas anulam o que a de mais feminino em si mesmas para tentar entrar em igualdade com um homem, assumindo valores masculinos que no fim só nutrem a sociedade patriarcal: dinheiro e poder.
Não é desse tipo de feminismo que se baseia em valores masculinos de guerra para conseguir a igualdade que precisamos e sim de um feminismo que devolva a mulher a alma e o coração
Um feminismo que estimule os direitos não apenas sociais mas espirituais da mulher.
Porque Ela atacou a mim?
O motivo claro é porque sem duvida ela vê a Espiritualidade Feminina como um risco de alienação da mulher.
Outro engano porque a Espiritualidade Feminina além de dar alma a Mulher e a devolver a sua força primordial, cura suas chagas ( sua divisão interna entre os arquétipos da prostitua e da santa, da casada e da solteira, da mãe da concubina)
O segundo motivo, é porque eu sou uma mulher que trabalha em nome da Deusa, e divulgo a Espiritualidade Feminina.
Se eu fosse um mestre iluminado ou um daqueles trabalhadores da luz ela nem se daria conta de minha existência, mas como é um trabalho feminino realizado pela mulher e para a mulher , ela me vê como uma inimiga comportamento esse estimulado pelo patriarcado por mais de 500 mil anos e ainda presente em nossa cultura atual.
O culto a Deusa, esta muito longe de desmerecer a mulher, e retira la desta realidade aonde é necessário todo um tipo de apoio feminino.
O culto a Deusa , acredito eu tem:
Tem muito a oferecer às mulheres que lutam para liquidar aqueles estados de ânimo e aquelas motivações potentes, persuasivas e persistentes de desvalorização do poder feminino, de desconfiança na vontade feminina e de negação dos vínculos e do patrimônio cultural das mulheres que foram gerados pela cultura patriarcal. E visto que as mulheres estão lutando para criar uma cultura nova na qual são celebrados o poder, os corpos, a vontade e os vínculos das mulheres parece natural que volte à tona a Deusa como símbolo de renovada beleza, força e poder das mulheres.
(Carol Christi)
Eu também não dou apoio a uma mulher perdida e alienada na mística como acontecem com varias mulheres que adotam o sistema de espiritualidade masculina, vindos do oriente ou provenientes do Ocidente ( anjos,iluminados e mestres masculinos) que desafirmam a vida na Terra e acendem ao céu.
A Deusa é tudo e principalmente as mulheres, por isso quando lutamos pela Deusa, lutamos pelo direito das mulheres, sobre seus corpos, propriedades, cultura e sem duvida sua alma.
Enquanto não houver o despertar da Mulher Verdadeira e original que abraça os valores de igualdade da Deusa, não haverá Feminino Verdadeiro e nem o feminismo no seu sentido mias universal e igualitário.
A CULTURA DO DEUS E DO PATRIARCADO:
Fomos habituados pelo chamado pensamento ocidental a estabelecer uma clara diferença entre corpo e alma, matéria e espírito, coisa e consciência e a relacioná-los de um modo hierárquico, um dos termos sendo sempre superior ao outro e, nessa qualidade, dotado do direito de mando”. (In VON KUSS, M. 2000:93).
Um sistema de cinco mil anos, no qual o mundo foi concebido como uma pirâmide, regido do alto por um Deus masculino, com criaturas feitas à sua imagem (homens), por sua vez divina e naturalmente ordenados para governar mulheres, crianças e o resto da natureza. (EISLER, R. 1998:12).
A ESPIRITUALIDADE FEMININA O MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DAS MULHERES:
, “a voz feminina passou da ambição modesta de ser ouvida no espaço público a uma outra, bem mais subversiva, a de formular um outro projeto civilizatório” (OLIVEIRA, R. 1993:08)
As bruxas feministas freqüentemente vêem o conceito de matriarcado como o fortalecimento das mulheres e a valorização dos princípios femininos. Elas perguntam a si mesmas como seria sentir estar no poder e como o poder pode ser usado diferente da forma como é usado no patriarcado. As mulheres que estão dentro de grupos exclusivamente femininos estão começando a descobrir em primeira mão como o sistema feminino trabalha e como pode ser empregado como uma alternativa ao sistema masculino. Elas estão começando a formar comunidades igualitárias que operam muito diferentemente daquilo que Riane Eisler chama de “sistemas androcráticos”. De fato, os postulados feitos por Eisler em seu livro sobre sociedades igualitárias e como elas funcionam são apoiados pelas observações de outras escritoras feministas sobre sistemas (ideais) de mulheres. E as bruxas feministas estão começando a utilizar estes sistemas em seus “covens”.
Hoje vivemos esse desequilíbrio, fruto de séculos de submissão de homens e de mulheres à estrutura patriarcal. Há autores que defendem a existência de uma estrutura matriarcal anterior ao patriarcado, há autores que preferem não ir tão longe e defendem apenas a existência de sociedades cooperativas nas quais homens e mulheres possuíam igual valor social. O fato é que hoje temos que lidar com o legado patriarcal tanto no sentido objetivo, quanto subjetivo de nossas experiências. E para que possamos fazer uma transição desta fase de desenvolvimento humano para uma outra mais justa e igualitária torna-se fundamental o resgate dos aspectos femininos submersos no útero primordial de nossa psique. (...) Ao encontrar-se com a fluidez de sentimentos presentes no feminino, a rigidez das leis masculinas pode tornar-se sensível às necessidades do Outro. Ao confrontar-se com a potencialidade criadora da Donzela, o impulso auto-centrado do Herói pode dar vida à lutas coletivas. Ao deparar-se com a generosidade da Grande Mãe, o código excludente do Pai-Celestial pode reconhecer a todos como Seus filhos.
COMO UMA BRUXA FEMINISTA VÊ A DEUSA;
A criadora do universo, mas também como destruidora, pois, no fundo, todos os atos de criação são também atos de destruição. Ela vem de muitas culturas. Ela é às vezes representada como o sol (luz) ‘ativo’ ao invés da lua (sombra) ‘passiva’. Ela é a guerreira que protege o Seu povo. Ela é Ereshkigal bem como Inanna. Ela é Kali, Ela é Venus, Ela é Freya. Todas as criaturas são Suas e a Terra é o Seu corpo. Suas energias estão ao nosso redor na forma de rios, raios e ventos, criando e destruindo constantemente.
Z Budapeste:
Políticas/ativismo como um modo de vida é importante, mas acaba com as pessoas. É onde os movimentos mais erram. Conseqüentemente, há muito trabalho e nenhum divertimento, e as pessoas voltam para casa. O que uma mulher faz depois de panfletos e tumultos e de trabalho duro? Vai beber? Fumar um “baseado”? Isto vai preencher o vazio? Dificilmente.
Eu absorvi o passado feminista, li Susan B. Anthony, mas acima de tudo me modelei segundo Elisabeth Cady Stanton, a rebelde espiritual do século 19. Sua notável vida produtiva, um milagre por si só, fascinou-me. Esta mulher gerou sete crianças e escreveu todos os discursos para Susan B., sua melhor amiga. Uma solteirona, Tia Susan cozinhava e ajudava a cuidar de muitas crianças, apenas para deixar claro, ela fez com que um ótimo discurso sobre a luta pelos direitos de voto para as mulheres fosse levado às ruas. Eu li a respeito destas mulheres que tinham trabalhado muito por um direito que as demais mulheres deveriam agradecer agora, e gradativamente comecei a perceber que eu, também, tinha um destino.
Qual era a missão? Quando todos aqueles fatores se uniram – o novo movimento de Liberação das mulheres, minhas leituras sobre o Movimento de Direitos das Mulheres, psicologia Jungiana e mitologia – eu percebi que o que o Movimento estava precisando era de uma dimensão espiritual. Nós precisavamos recuperar a Deusa para as mulheres e gerar uma nova cultura pacífica que incluísse as artes sagradas. Nós precisavamos suscitar os veneradores da natureza, devotos da Deusa, e encher essas atividades com energia. Trazer recurso para as mulheres assim como fazer das mulheres um importante recurso para o país
Esta fusão do antigo e do novo – da tradição da bruxa Européia e do feminismo do século vinte – foi uma audaciosa mistura. Isto deu dentes ao feminismo e relevância à bruxaria. Nunca houve uma bruxa feminista antes.
(enxertos do blog de Aphrodisiastes)
Feministas acadêmicas e políticas costumam temer que esta espiritualidade seja um meio de escapar, que afaste as mulheres da luta pelos direitos, já que todas as religiões que conhecem são opressivas, e não imaginam que possa existir algo diferente a isso. Porém nas três décadas do Movimento das Deusas são suficientes para comprovar a íntima relação que teceram as feministas espiritualistas entre direitos e religiosidade. Para as que celebram as deusas, os fios são entrelaçados sempre.~
(trecho de “Las mujeres de la Diosa” ,Tradução: Luciana Onofre, Texto de: Anália Bernardo)
Adorei o seu texto. Muito esclarecedor da espiritualidade feminina.
ResponderExcluirPena que nem todas querem (com)partilhar do amor à Deusa e assim reencontrar o amor à si mesmas, ás outras mulheres e á Terra.
Sempre busquei o feminismo, mas nunca encontrei na espiritualidade patriarcalista monoteísta eco para os meus anseios. Só me trazia mais sofrimento perceber o quanto o cristianismo, o judaísmo e o islamismo relegou a mulher a um papel de inferioridade e ainda hoje insiste em nos rotular e dividir entre santas e putas, da casa e da rua, tudo isso pra beneficio dos homens e sofrimento e opressão das mulheres.
As religiões monoteístas defendem o casamento como sagrado e colocam a mulher como sendo protegida e louvada por ele, mas hipocritamente sabem que o casamento só se sustenta com a exploração sexual de outras mulheres na prostituição e pornografia.
E usam este estigma da prostituta para domesticar as outras e mantê-las sob controle dentro do patriarcado. Insunflando rivalidades e competição entre as mulheres.
A espiritualidade da Deusa nos une e cura e nos torna irmãs na dimensão do sagrado e nos torna sagradas, pois essa mesma sacralidade nos é negada no patriarcado.
Na minha vida não concebo o meu feminismo sem o Sagrado feminino.
Tesenisis
Salve...
ResponderExcluirsem radicalismos, sem as perigosas generalizações tto cmo no texto acima... qto neste texto (Meu Deus,é muita cheiração de pó! Se fôssemos divinas,estariamos criando cultura,política e tecnologia ao invés de perdermos tempo com futilidades. Me sinto ofendida em saber que ao invés das mulheres se organizarem contra a cultura patriarcal,ficam se alienando com este misticismo barato) e neste extrecho (Eu também não dou apoio a uma mulher perdida e alienada na mística como acontecem com varias mulheres que adotam o sistema de espiritualidade masculina, vindos do oriente ou provenientes do Ocidente ( anjos,iluminados e mestres masculinos) que desafirmam a vida na Terra e acendem ao céu)...
Deveriam, como seres libertos aki expressos em uma manifestação feminina, COMPREENDEREM QUE NÃO HÁ NECESSIDADE DE PERTENCER A ESTA OU ÀQUELA RELIGIÃO... será q não conseguem ser além destes rótulos???... libertas, sem pesos, sem idolatrias... unas ao td e por esta unção, DESPERTAS E CAPAZES DE SE LIBERTAREM DE TD UMA IDEOLOGIA REIFICADA E MANIPULADORA... P/ q tto atropelo... yin/yang são meras ilusões e ficam a se fragmentar nesta dicotomia... já basta a discriminação arraigada em tds as religiões dominantes e seitas espalhadas pelos 7 cantos concentricos de Gaia... O momentum é tão maior... o movimento é pela unificação... basta saber-se e amar-se nas delicias e nas sombras e pronto.
PS>: Sacerdotisa, pfavor, poderia gentilmente me fornecer textos seus onde é citado a águia?
sejam inteiras em suas manifestações... transparentes... sem ranços... sem rancores... e p/ quem tem a estreita visão de q entregar-se ao vôo não seja o ato mais político q possa existir... minhas lástimas... por ainda estarem tão agrilhoadas ao modus vivendi manipulador, q faz da massa humana títeres ao seu bel prazer.
Pax et lux et amor et poesia ancestral
M. (The Eagle)
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