Tua voz esconde se na penumbra
Eu só conheço o caminho escuro
Da Terra e da seiva
Foi assim que fui feita feiticeira
Meu coração no ar queima
Sinto incendiar me
Ventos percorrem o meu corpo
Na escuridão da noite
Perdida e isolada
Nem mulher nem fada
Apenas eu uma errante
Perdida de tudo o que sou
De tudo que enterrei
De tudo que neguei
O labirinto oculto
No meu coração está
Ventos dragam me para dentro
Cada vez mais perto de mim
Longe, tão longe, tão distante...
Maldosa, tão maldosa...
Desejosa, tão ardente...
Filha da Discórdia
Nascida de tudo que é escuridão
Vem, chega-te a mim...
Eu mal me conheço
Sou ardilosa comigo
Prendo me nas minhas teias
De aranha venenosa
Prendo me na rede das falsas intensidades
Mulher...Misteriosa...
Mulher...Mentirosa...
Não...Não mentirosa
Apenas um pouco caprichosa
Desejosa...
Mas enfim qual meu desejo?
Qual o objetivo desta víbora
Que eu sou?
Sou mais do que penso
E menos do que quero
E o que quero?
Ainda não faço idéia.
.
Um comentário:
Presada senhora(ita),
Fazemos parte do Instituto Ayahuasca, Instituição Mística-Científica sem fins lucrativos,
Gostaríamos que entrasse no site www.institutoayahuasca.com.br, em Conhecimentos Livres, em Mulheres Celtas.
Boa leitura,
José Fernando Cracco
Instituto Ayahuasca
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