domingo, 6 de junho de 2010


Isis sem Véu.

Queria tanto ó minha mãe que neste mundo houvesse
Um lugar de peregrinação e culto
Que não tivesse sido profanado pelos homens...
Onde pudesse pedir ajuda e rezar
A Grande Mãe da antiguidade,

Ela a Grande Deusa venerada pelos nossos ancestrais,
Perseguida pelos cristãos, misóginos judeus, pelos fariseus e ascetas,
Escondida em grutas e cavernas à espera do novo mundo,
Oculta da sua glória, denegrida pelos padres ao longo de séculos.

Ela, aquela que é tão bela...
Cibele, Istar, Inana, Atargatis, Labbatu, Kali, Anaht,
A Wicca e a eterna sacerdotisa,
A Senhora de todos os nomes, de todos os tempos
A essência da Mulher separada em duas
Na virgem e na prostituta,
Maria a mãe dos homens e a amante proscrita
Maria de Magdala, Sacerdotisa da Deusa...

Mas virá o tempo e Ela será uma só,
A Deusa Primeira, indivisível: Isis sem Véu.

(Rosa Leonor in "Antes do Verbo era o Utero")



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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.