DEUSA ANDROGINA
A acentuação urobórica masculino-feminina da Górgona não resulta somente da impressão causada pelas presas ferozes, mas também da língua estendida para fora, a qual, em contraste com os lábios femininos, sempre tem um caráter fálico. Na Nova Zelândia, a exibição da língua estendida é sinal de poder e de energia dinâmica. Onde quer que surja o aspecto terrível do Feminino, ele também será a mulher-serpente, a mulher com o falo, a unidade conceber-gerar da vida e da morte. Eis a razão pela quel as Górgonas são dotadas de todos os atributos masculinos: a serpente, as presas do javali, o dente, a língua exposta e, às vezes, até barba.
GÓRGONAS COMO ARQUÉTIPOS
As Górgonas são tidas históricamente como arquétipos da "Mãe Repugnante", ou "Mãe Terrível". Entretanto elas simbolizam bem mais do que só isso, representam: a sabedoria feminina soberana; os mistérios femininos; todas as forças da Grande Deusa primordial; os ciclos do tempo presente e futuro; os ciclos da natureza como vida, morte e renascimento. Elas são criatividade e destruição universais em transformação eterna. Elas são guardiãs dos umbrais e mediatrizes entre os reinos do Céu, da Terra e do Mundo Inferior. Elas fazem a conexão do Céu com a Terra; destróem para construir, alcançando assim o equilíbrio. Elas purificam e curam. Elas são a última verdade da realidade e da integridade. São as Górgonas com sua terrível aparência, que nos alertam contra a imersão prematura nas sombrias profundezas do nosso mundo inferior psíquico, o nosso domínio inconsciente. Se penetrarmos nesse reino sem a preparação adequada, podemos ficar petrificados, ter a vontade paralizada e perder a capacidade de compreender as forças e os tenebrosos poderes do nosso inconsciente. Seríamos reduzidos a uma completa inatividade da alma. As Gógonas surgem das profundezas das cavernas do mundo subterrâneo para nos desafiar com um grande enigma. As Desafiantes deste Lado Obscuro fazem parte da Grande Deusa e estão vinculadas a Deusa Anciã, que juntamente com a Deusa Virgem e a Deusa Mãe, participam do arquétipo da Deusa Tríplice. A Deusa Anciã e as Górgonas expressam energias iniciáticas, curadoras e libertadoras da sabedoria feminina. Nos relatos mitológicos elas tornam-se demoníacas em virtude das religiões patriarcais que purgaram da consciência da mulher qualquer tipo de poder mágico e transformador. A decapitação mitológica da Medusa simboliza o silêncio da sabedoria e da expressão feminina. É um ato que freia seu crecimento, limita seu potencial, movimento e contribuições culturais. A sabedoria feminina é um dos aspectos mais reprimido nas mulheres, produto de uma larga prédica contra o xamanismo das sacerdotisas, bruxas, curadoras e profetizas. Nós mulheres ainda guardamos na memória a perseguição e queima das bruxas européias e ainda hoje, qualquer coisa que esteja associada ao poder das bruxas é percebido com muito temor e como algo perigoso e obscuro pelo homem. Entretanto, as energias da Deusa Anciã nos dota de força, sabedoria e dignidade. As anciãs sábias das culturas matriarcais aborígenes não foram mulheres submissas porque haviam encontrado o seu verdadeiro "Eu" através das iniciações, ritos de passagem e consciência madura. As histórias míticas das Górgonas propocionam um ponto de partida para se detectar as qualidades e energias internas em cada mulher. Qualidades das bruxas, xamãs, profetizas e sacerdotisas que se desenvolveram em distintas culturas, oferecem hoje, as demais mulheres e até para homens que se interessem sobre o assunto, experiências de conhecimento e transformação. Tal qual nossas ancestrais, nós, mulheres de novos tempos, necessitamos estar conscientemente vinculadas com a energia de nosso lado obscuro para descobrirmos o seu tesouro oculto, com o qual poderemos transformar tanto nossa vida pessoal como comunitária.
A acentuação urobórica masculino-feminina da Górgona não resulta somente da impressão causada pelas presas ferozes, mas também da língua estendida para fora, a qual, em contraste com os lábios femininos, sempre tem um caráter fálico. Na Nova Zelândia, a exibição da língua estendida é sinal de poder e de energia dinâmica. Onde quer que surja o aspecto terrível do Feminino, ele também será a mulher-serpente, a mulher com o falo, a unidade conceber-gerar da vida e da morte. Eis a razão pela quel as Górgonas são dotadas de todos os atributos masculinos: a serpente, as presas do javali, o dente, a língua exposta e, às vezes, até barba.
GÓRGONAS COMO ARQUÉTIPOS
As Górgonas são tidas históricamente como arquétipos da "Mãe Repugnante", ou "Mãe Terrível". Entretanto elas simbolizam bem mais do que só isso, representam: a sabedoria feminina soberana; os mistérios femininos; todas as forças da Grande Deusa primordial; os ciclos do tempo presente e futuro; os ciclos da natureza como vida, morte e renascimento. Elas são criatividade e destruição universais em transformação eterna. Elas são guardiãs dos umbrais e mediatrizes entre os reinos do Céu, da Terra e do Mundo Inferior. Elas fazem a conexão do Céu com a Terra; destróem para construir, alcançando assim o equilíbrio. Elas purificam e curam. Elas são a última verdade da realidade e da integridade. São as Górgonas com sua terrível aparência, que nos alertam contra a imersão prematura nas sombrias profundezas do nosso mundo inferior psíquico, o nosso domínio inconsciente. Se penetrarmos nesse reino sem a preparação adequada, podemos ficar petrificados, ter a vontade paralizada e perder a capacidade de compreender as forças e os tenebrosos poderes do nosso inconsciente. Seríamos reduzidos a uma completa inatividade da alma. As Gógonas surgem das profundezas das cavernas do mundo subterrâneo para nos desafiar com um grande enigma. As Desafiantes deste Lado Obscuro fazem parte da Grande Deusa e estão vinculadas a Deusa Anciã, que juntamente com a Deusa Virgem e a Deusa Mãe, participam do arquétipo da Deusa Tríplice. A Deusa Anciã e as Górgonas expressam energias iniciáticas, curadoras e libertadoras da sabedoria feminina. Nos relatos mitológicos elas tornam-se demoníacas em virtude das religiões patriarcais que purgaram da consciência da mulher qualquer tipo de poder mágico e transformador. A decapitação mitológica da Medusa simboliza o silêncio da sabedoria e da expressão feminina. É um ato que freia seu crecimento, limita seu potencial, movimento e contribuições culturais. A sabedoria feminina é um dos aspectos mais reprimido nas mulheres, produto de uma larga prédica contra o xamanismo das sacerdotisas, bruxas, curadoras e profetizas. Nós mulheres ainda guardamos na memória a perseguição e queima das bruxas européias e ainda hoje, qualquer coisa que esteja associada ao poder das bruxas é percebido com muito temor e como algo perigoso e obscuro pelo homem. Entretanto, as energias da Deusa Anciã nos dota de força, sabedoria e dignidade. As anciãs sábias das culturas matriarcais aborígenes não foram mulheres submissas porque haviam encontrado o seu verdadeiro "Eu" através das iniciações, ritos de passagem e consciência madura. As histórias míticas das Górgonas propocionam um ponto de partida para se detectar as qualidades e energias internas em cada mulher. Qualidades das bruxas, xamãs, profetizas e sacerdotisas que se desenvolveram em distintas culturas, oferecem hoje, as demais mulheres e até para homens que se interessem sobre o assunto, experiências de conhecimento e transformação. Tal qual nossas ancestrais, nós, mulheres de novos tempos, necessitamos estar conscientemente vinculadas com a energia de nosso lado obscuro para descobrirmos o seu tesouro oculto, com o qual poderemos transformar tanto nossa vida pessoal como comunitária.
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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.