quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NAS RAÍZES DA MÃE TERRA

ESTÁ OCULTADO O PODER DA MULHER...
GAIA, PACHAMAMA, DEMÉTER, ÍSIS, NANÃ


“Pela repressão a alegria do feminino foi rebaixada como mera frivolidade; a sua sensualidade expressa foi diminuída como coisa de prostituta, ou então ridicularizada pela seu sentimentalismo ou reduzida exclusivamente a instinto maternal; a vitalidade da mulher foi submetida ao peso das obrigações e da obediência. Foi essa desvalorização que gerou filhas desenraizadas e subterrâneas do patriarcalismo, separando a força feminina da paixão, tornando-a imagem dos seus sonhos e ideais de um céu inatingível mantidos pomposamente por um espírito que soa a falso quando comparado com os padrões instintivos simbolizados pela Rainha do céu e da terra”.

“A mulher que eu precisava chamar de mãe foi silenciada antes de eu Ter nascido”

Infelizmente, muitíssimas mulheres modernas (na verdade quase todas) não receberam desde o início os cuidados de mãe. Pelo contrário foram criadas em lares difíceis, de autoridade absoluta e colectiva (“cortadas do contacto com a terra pelos tornozelos”, como observou uma mulher), cheios dos “é preciso” e dos “deve-se” do super-ego. Ou, então, acabaram por se identificar com o pai e a cultura patriarcal, alienando-se da sua própria base feminina e da mãe pessoal, que frequentemente é por elas considerada fraca e irrelevante. Essas mulheres têm necessidade premente de se defrontarem com a Deusa em sua realidade fundamental.

Uma conexão interior dessa natureza é uma iniciação essencial para a maior parte das mulheres modernas do Ocidente; sem ela não podemos ser completas. Esse processo requer, a um só tempo, um sacrifício de nossa identidade enquanto filhas espirituais do patriarcado, e uma descida para dentro do espírito da Deusa, porque uma extensão enorme da força e da paixão do feminino está adormecido no Mundo Subterrâneo, no exílio há mais de 5.000 anos.

In CAMINHO PARA A INICIAÇÃO FEMININA
De Sylvia B. Perera



VEJA (SINTA) NOSSA MÃE TERRA

Veja! Nossa Mãe Terra está deitada aqui. Veja! Ela nos dá seus frutos. Em verdade, ela nos concede seu poder.

Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra nos campos florescentes! Veja a promessa de seus frutos! Em verdade, ela nos concede seu poder.

Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra com suas árvores abundantes! Veja a promessa de seus frutos! Em verdade, ela nos concede seu poder.

Agradeça à Mãe Terra que está aqui. Veja a Mãe Terra nos rios que correm! Vemos a promessa de seus frutos. Em verdade, ela nos concede seu poder.

Nossos agradecimentos à Mãe Terra que está aqui.

("PAWNEE" Philip Novak - A Sabedoria do Mundo)

4 comentários:

  1. Queria pricinpalmente enfatizar sobre o patriarcado e a religião cristã.
    A mulher assumiu uma identidade de fragil, por que a religião cristã, julgava alguns ritos com relação as mulheres coisas do demônio, sendo assim, se criou a arte do medo, Deus é todo poderoso,sabe de tudo e vê tudo. Isso gera respondentes nas pessoas da época, por que ninguém quer desafiar quem tem poder... assim passando de geração em geração, temos hoje como construção social, uma sombra de que bruxaria é ruim, e outros aspectos hoje admiro muito a luta da mulher pela reconquista de um lugar que ela nunca deveria ter recusado, que é ao lado do homem.

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  2. Gosto de ver isso na galera que escreve sobre o paganismo...afinal nós não temos preconceito! Nanã, Isis, Mani...todas elas representação da Grande Deusa!

    Parabéns pelo Blog

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  3. o touro de Inanna


    A vida próspera e afortunada de minha família renova-se
    E Gilgamesh tem honrado todos os compromissos assumidos
    Com meu avô que incansável ajudou Enmerkar a construir Uruk
    E minha avó, sacerdotisa de Nisuh, esposa de Enmerkar e deusa
    E ambos discípulos de Inanna, progenitores do grande Gilgamesh
    Meu Senhor, que autoriza apascentar meus bois nos pastos reais
    Me oferece o serviço dos seus escravos nas sementeiras e colheitas
    E assim nunca me falta carne nem escasseiam nas tulhas cereais
    Nem linho e lã, ânforas e potes, cestas e peles, frutos secos e mel
    Mirra e rosmaninho, açafrão e sal, peças de alabastro e terracota.

    Na última oferenda feita a Inanna, A deusa revelou-me que A Deus
    Sim, Arina, vai ajudar Gilgamesh a derrotar Kish finalmente
    E que essa vitória será derradeira e total, pródiga e promissora
    E justa, fazendo de Uruk o maior Estado, maior ainda que Ur
    Com quem desde Meskiaggasher temos diplomacia e comércio
    Mantemos paz duradoura não obstante as vis intrigas de Etana.

    Todos ansiamos por esse dia e o templo de Inanna está cheio
    Ricos pastores trazem-lhe cordeiros e bezerros pra sacrifício
    É abundante a dádiva dos agricultores nas tulhas dos cereais
    E até os ricos negociantes também não têm sido nada avaros
    Nada faltando às sacerdotisas nem às virgens aprendizas d'A deusa
    Desde perfumes, iguarias e óleos cosméticos, pedrarias e ouros
    Pratas e cerveja e leite e flores e sedas e brocados e sedutores.

    À volta do templo pululam homens e mulheres nobres e generosos
    E a minha banca de escriba teve que empregar mais dois oficiais
    Um é meu familiar, porém o segundo é de uma família vizinha
    Muito esmerado e competente, avisado e de cunhagem perfeita
    Que ainda não quebrou nenhuma tabuinha de alabastro sequer
    Tal é o seu cuidado e subtileza na grafia dos caracteres e sinais
    Aplicação dos selos e manuseamento das cunhas e estiletes.

    Será a ele que confiarei a condução do touro sacrificado a Inanna
    Quando Gilmgamesh pois é mau presságio ser levado por parente
    Da família da dádiva com raparigas a serem iniciadas entre as virgens
    Pois quem conduz o touro pode possuí-las se A deusa quiser e ordenar
    Que a coragem e a força devem ser imaculadas como o sangue doado
    Se o touro for digno dos favores de Inanna nos ritos e hinos a Arina
    E obtiver a plena realização criativa das forças divinas e naturais.

    Digo-te isto porque tenho certeza d'A Deus nos concederá de futuro
    Outros vinte e cinco séculos como concedeu nos ledos já passados
    E tu sabes que assim continuarás a ser Senhora de mim e dos bens
    Que sendo meus apenas teus são a quem A deusa imita e me rendo
    E enleio e desmaio na ondulante sofreguidão da serpente de tua alma
    Esse olho de Aldebarã sobre as Plêiades e Híades aceso e sibilino...
    E isto te digo pra que o não esqueças nem nenhuma de nossas filhas!

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  4. Quero agradecer a todos os filhos da Deusa pelo carinho, hoje peguei um febre (que espero ser) passageira e por isso não pude postar nada. Na verdade tambem tenho me sentido mal emocionalmente mas como bem diria minha mãe "não me venha com essa de ser uma maria das dores" e eu não gosto de reclamar.Esperarei os proximos atos na peça da vida e em vez de muitos que já choram e gritas com anunciamento da desgraça, preferirei chorar só quando eu for magoada.

    Abraços

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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.