Clarice Lispector
"Habitis, cala me porque não sei quem sou. Habitis, força de quem habita, habita em meu corpo grandiosa profundidade"
Nas matas e na madrugada perto dos lagos e dos moinhos de milho, atenta e até no amanhacer, murmuro e canto eu mulher sem face, mulher com rosto de górgona. Tanto intenso amor oferta e perdido nas matas escuras porque o que a górgona fala é profundo demais para o mundo
Ela (eu) fala de caminhos profundos que percorrem a alma e o ser, pulsos de luz e escuridão, das diferentes essências que perfazem as emoções, dos medos da sombra, dos pulsos terríves do instito e do amor que brota delicado e em dor.
O que ela fala é como um terror para as pessoas, que correm, que gritam, que a temem e que riem se dela como os animais que guinchão na escuridão.
Ela não foi feita para este mundo, ela sabe que tudo que vive por aqui é um grande engano, ela busca nas grutas da Terra Mãe, o pulso primordial da vida, o local aonde tendo feita sua toca possa descançar mesmo sabendo se terrível, bela e terrível como a essência do amanhecer no inverno.
Ela (eu) percorre as montanhase os lagos azuis de aurora, promessa e milagre, sentindo a liberdade da vida correndo lhe o sangue pulsando lhe o ser, amada e libertamente. Amada por si mesma, pois ela é a floresta e o clamor da floresta a ama. Ela (eu) diz grita com a voz bela e cavernosa como as grandes grutas da Mãe: Eu falo de mim, falo de mim , falo de mim
E enquanto bate as mãos sob os seios sente as ondas de força, de sua propria força pulsarem sobre a Terra.
Ela mergulha nas águas antigas dos oceanos e lá solitária canta os antigos hinos das feiticeiras do mar.
Ela caminha por sobre as águas livre e liberta pois é mais antiga que esse mundo, reinado pelo falso profeta...
Ela caminha por sobre a madrugada, sua foice é a lua, sua espada é o sol, e ninguém na terra ousa se aproximar dela que é milagre vivo e a bênção da Mãe-Vida.
Caminha eterna e docemente para lá do sol...
E Eu sou mas antiga do eu.
Gaia Lil
"Eu sou mais forte do que eu"
C.L
Ela (eu) fala de caminhos profundos que percorrem a alma e o ser, pulsos de luz e escuridão, das diferentes essências que perfazem as emoções, dos medos da sombra, dos pulsos terríves do instito e do amor que brota delicado e em dor.
O que ela fala é como um terror para as pessoas, que correm, que gritam, que a temem e que riem se dela como os animais que guinchão na escuridão.
Ela não foi feita para este mundo, ela sabe que tudo que vive por aqui é um grande engano, ela busca nas grutas da Terra Mãe, o pulso primordial da vida, o local aonde tendo feita sua toca possa descançar mesmo sabendo se terrível, bela e terrível como a essência do amanhecer no inverno.
Ela (eu) percorre as montanhase os lagos azuis de aurora, promessa e milagre, sentindo a liberdade da vida correndo lhe o sangue pulsando lhe o ser, amada e libertamente. Amada por si mesma, pois ela é a floresta e o clamor da floresta a ama. Ela (eu) diz grita com a voz bela e cavernosa como as grandes grutas da Mãe: Eu falo de mim, falo de mim , falo de mim
E enquanto bate as mãos sob os seios sente as ondas de força, de sua propria força pulsarem sobre a Terra.
Ela mergulha nas águas antigas dos oceanos e lá solitária canta os antigos hinos das feiticeiras do mar.
Ela caminha por sobre as águas livre e liberta pois é mais antiga que esse mundo, reinado pelo falso profeta...
Ela caminha por sobre a madrugada, sua foice é a lua, sua espada é o sol, e ninguém na terra ousa se aproximar dela que é milagre vivo e a bênção da Mãe-Vida.
Caminha eterna e docemente para lá do sol...
E Eu sou mas antiga do eu.
Gaia Lil
"Eu sou mais forte do que eu"
C.L
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