Estou simplesmente tentando voltar a escrever, sem me importar muito com a opinião das outras pessoas, lentamente emergindo como uma caramujo de sua concha...Bem devagar e despretensiosamente.
Me aconteceram uma série de coisas das quais não vou falar neste ano.
Me desiludi com muitos projetos pessoais dos quais havia lançado mão na tentativa de me orientar nesta sagrada rota que são os caminhos da Deusa e, pior e infelizmente frustrei muitas expectativas, muito mais de mim para mim do que para outras pessoas...E como era de se esperar muito fui frustrada também pelos outros.
Aprender a mais dura verdade, que apenas podemos contar com nós mesmos nos momento difíceis tem sido uma das lições mais duras que a vida tem me dado. Se por um lado depositamos toda a nossa confiança no outro e no compromisso que assumimos com o outro, por outro lado temos que nos lembrar que o outro, assim como nós é humano e portanto um ser falho por natureza. Assim desiludida (o que é bom pois a ilusão como o próprio termo diz acabou) tenho me indagado se sou capaz de continuar esse trabalho e se uma possível volta ainda é possível. Será que me falta integridade?
Escondo- me no véu de mistério pela própria incapacidade de me revelar, mas por defesa a mim do que pelo meu trabalho. Será que ainda é um trabalho?
Será que eu já não disse tudo que havia para ser dito?
Acho que apenas o tempo poderá me responder essa pergunta. Por ora vou fazer o seguinte: ir publicando aquilo que considero importante, sem me importar muito com a opinião alheia...
Quero pedir desculpas também pelos comentários que não respondi, mas estou vivendo uma vida muito pragmática, aonde refletir sobre cada opinião que é dada para mim, não parece útil nem estimulante. E ultimamente preciso muito de estímulos. Sou do tipo que precisa sentir alguma coisa pois sem sentimento, pra mim não há vida.
Então é isso. Espero que ainda aja em mim algo relevante a ser dito e me dou um pouco da audaciosa permissão de não dar ouvido a TUDO que os outros queiram me dizer, positivo ou negativo...Talvez no fundo eu não queira mais ferir minha individualidade, sempre fui do contra. Lembro me que quando criança, sempre fui a favor das heroínas ao contrário de todos os outros...Santa individualidade, ego ou ilusão não importa, pois afinal de contas estamos aqui para realizar a nossa alma e não a do outro. Mesmo na caridade ou no debate quem está ali está mais fazendo algo por si, pelo seu amor incondicional do que pelo o outro.
Talvez aja um ponto de que de tão individual, passemos a ser totalmente incondicionais, talvez so se descobrindo totalmente possamos realmente participar de alguma coisa, dar algo a este mundo, amar, um pouco também. Olha eu aqui divagando de novo.
Como uma amiga minha publicou, uma identidade sempre a deriva.
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Que o Poder Infinito da Deusa e da Mãe Natureza purifique seus caminhos.