AS APARÊNCIAS ENGANAM
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.
Eu publiquei esta musica aqui porque ela é a que mais toca a minha alma. E também quero dedica la a união interna da mulher e no amor que a mulher deve ter por sua própria alma e pela Grande Deusa Mãe. Eu lembro me de tela ouvido quando era ainda muito pequena e esta musica sempre me toca profundamente.Também queria falar um pouco de mim, para que vocês ai do outro lado da tela, tenham mais um pouco de consciência a cerca de com quem estão lidando. Primeiramente sempre que penso e mim própria, eu acabo nunca chegando a conclusão a respeito de mim mesma.A primeira conclusão que tenho a respeito de mim mesma é que sou muito estranha, e em geral, não tenho um gosto muito parecido com os das outras mulheres, isto meu Feminino atua de forma diferente sobre mim mesma, só sendo marcado pela tom da minha voz que embora seja um tanto grosseira é mais suave e feminina assim como meus movimentos tendem a ser ritmados e leves como se eu não estivesse andando e sim dançando.Apesar da descrição ser um tanto romântica, ouve tempos que antes de eu conhecer a Deusa, eu odiava a mim própria por tamanha delicadeza e feminilidade, por uma motivo óbvio que reverbera todo o sistema patriarcal , isto é, eu não sou uma mulher no próprio termo, a não ser enquanto personalidade e pelo meu modo de pensar que é intrisicamente feminino, o que estou tentando dizer é que não sou mulher biologicamente e os leitores mais antigos disso sabem (aqueles que acompanharam minha luta e minha dor, assim como meus milagres).
Outra coisa que acho curiosa é que não consigo pensar como os Homens (ou gays) geralmente pensam porque ao contrario do que pensam a maioria dos homens, todo e qualquer relacionamento sexual (isto, pelo menos para mim) tem de ir além do prazer sexual em si, e envolver dimensões, digamos mais emocionais...Longe de ser piegas e falar de amor verdadeiro, e muito menos voltar a pensar como eu pensava antigamente, sonhando com o amor de um homem bondoso e espiritualizado (sim, eu realmente era uma tola).O que quero dizer é que toda essa saga que alguns vem acompanhando a mais tempo aqui na Alta Sacerdotisa, começou deis de o momento em que descobri a Deusa, um pouco ao acaso (sabemos que não existe acaso) um pouco por sorte, porque deis dai parei de odiar a mim mesma, ou meus próprios sentimentos em relação ao meu modo de me mover, vestir, pensar...
Mas, uma coisa que eu nunca consegui compreender totalmente, era o amor e o apreço pelas mulheres que eu tive muito antes de conhecer a Deusa, pois sempre em minha brincadeira escolhia personagens femininas e na maioria das vezes criava minhas próprias personagens, mulheres poderosas, rainhas de reinos longincos e mulher dotadas de poderes sobrenaturais tão grandes, como o controle da natureza, os ventos e a agua...Assim como numa de minhas brincadeira eu brincava de que a Rainha tinha uma filha que era raptada e esta era a única a ter direito de sucessão ao trono. E ao pensar nisso e lembrar das coisas que aprendi aos reler a Historia das Mulheres e da Deusa, eu sempre me pergunto como esses conhecimentos inconscientes conseguiram se preservar.
Fora a serie de experiências espirituais todas elas sem nenhuma excessão ligadas ao Principio Feminino, que foram se manifestando deis dos meus treze anos até agora.
Eu não sinto a Deusa com a mesma intensidade que sentia do que quando proferia oráculos paras mulheres e pedia que elas sentissem o poder da Deusa, porque quando faço um ritual ou alguma celebração sozinha não me sinto tão empenhada e nem sinto ser tão útil do que quando invoco os antigos poderes da Doadora da Vida junto com outras mulheres.
Na realidade muitas foram as tentativas de continuar em outras vertentes religiosas ou espirituais, antes que eu tivesse me dedicado totalmente a Deusa, mas sempre eu tinha a impressão que este tipo de espiritualidade não me oferecia formas de manifestar toda a minha alma, nem todo o meu potencia enquanto mulher ou enquanto ser humano totalmente enraizado no Principio Feminino.
Eu nunca consegui pensar como os homens, e se acalhar nem como muitas mulheres do
Patriarcado mas sempre me identifico com as mulheres que atuam nas causas feministas ou na maior causa feminina de todas: o Despertar da Deusa na Mulher, e o Despertar da Mulher na Deusa Mãe.
Embora o culto a Deusa tenha me tornado, digamos uma pessoa mais segura a respeito de si própria, ainda sinto que me falta uma maior ligação com as outras mulheres...Como se diz eu sinto muita falta de um abraço sincero de uma amiga ou de um afago de uma Mulher nas horas tristes...E sempre que penso no quanto eu estou sozinha na minha causa, quero dizer, o quanto me é dificil ter contato pessoal com outras mulheres que se sintam ligadas a Deusa e a sua causa no Rio de Janeiro e mais especificamente aqui no bairro aonde moro, sinto me profundamente frustrada e incompleta, não porque não conhecedora de sua profunda Essência Feminina ou dos arquétipos cingidos pelo patriarcado, mas pela falta de um relacionamento de confiança entre mulheres.
Outra coisa que acho curiosa é que apesar da atração que de fato sinto pelos homens, sinto me muito distante do género masculino em geral, seja na espiritualidade ou nos relacionamentos.
Muitos homens bonitos já me convidaram para sair ou mais descadaramente fazer sexo e eu os recusei todos, não pelo desejo de me manter virgem, mas pelo fato de eu sentir um profundo desprezo por homens, que apesar de tão bonitos e "maduros" tem a coragem de chamar, isto é, um menor de idade que ainda nem completou a sua formação física nem atingiu a sua idade "adulta" para fazer sexo...Creio que aqui no nosso pais aonde o sexo é tão valorizado , tais relacionamentos (pelo menos para as pessoas de classe media baixa ou classe baixa) tendem a ser comuns, embora a pedofilia seja um crime, eu nunca vi nenhum homem ser efectivamente punido por chamar meninas ou meninos para fazer sexo (um homem a muito tempo me ofereceu muito dinheiro quando estive em copacabana e eu claro, que recusei porque não sou assim tão miserável ao ponto de perder minha dignidade por dinheiro, seja quanto for).
Seja como for, estou escapando da questão essencial a cerca de mim, porque simplesmente não consigo me entender, apesar de me valorizar ou então controlar meus impulsos(apesar de ser sensata tenho de admitir que sou intensa e gosto de testar minha intensidade).
Espero que não tenham se decepcionado, mas se este for o caso, só posso dizer que faço o meu possível em nome da Deusa e da Mulher e não tenho culpa do meu feminino.
Mais tarde voltarei ao tema.
Gaia Lil
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.
Eu publiquei esta musica aqui porque ela é a que mais toca a minha alma. E também quero dedica la a união interna da mulher e no amor que a mulher deve ter por sua própria alma e pela Grande Deusa Mãe. Eu lembro me de tela ouvido quando era ainda muito pequena e esta musica sempre me toca profundamente.Também queria falar um pouco de mim, para que vocês ai do outro lado da tela, tenham mais um pouco de consciência a cerca de com quem estão lidando. Primeiramente sempre que penso e mim própria, eu acabo nunca chegando a conclusão a respeito de mim mesma.A primeira conclusão que tenho a respeito de mim mesma é que sou muito estranha, e em geral, não tenho um gosto muito parecido com os das outras mulheres, isto meu Feminino atua de forma diferente sobre mim mesma, só sendo marcado pela tom da minha voz que embora seja um tanto grosseira é mais suave e feminina assim como meus movimentos tendem a ser ritmados e leves como se eu não estivesse andando e sim dançando.Apesar da descrição ser um tanto romântica, ouve tempos que antes de eu conhecer a Deusa, eu odiava a mim própria por tamanha delicadeza e feminilidade, por uma motivo óbvio que reverbera todo o sistema patriarcal , isto é, eu não sou uma mulher no próprio termo, a não ser enquanto personalidade e pelo meu modo de pensar que é intrisicamente feminino, o que estou tentando dizer é que não sou mulher biologicamente e os leitores mais antigos disso sabem (aqueles que acompanharam minha luta e minha dor, assim como meus milagres).
Outra coisa que acho curiosa é que não consigo pensar como os Homens (ou gays) geralmente pensam porque ao contrario do que pensam a maioria dos homens, todo e qualquer relacionamento sexual (isto, pelo menos para mim) tem de ir além do prazer sexual em si, e envolver dimensões, digamos mais emocionais...Longe de ser piegas e falar de amor verdadeiro, e muito menos voltar a pensar como eu pensava antigamente, sonhando com o amor de um homem bondoso e espiritualizado (sim, eu realmente era uma tola).O que quero dizer é que toda essa saga que alguns vem acompanhando a mais tempo aqui na Alta Sacerdotisa, começou deis de o momento em que descobri a Deusa, um pouco ao acaso (sabemos que não existe acaso) um pouco por sorte, porque deis dai parei de odiar a mim mesma, ou meus próprios sentimentos em relação ao meu modo de me mover, vestir, pensar...
Mas, uma coisa que eu nunca consegui compreender totalmente, era o amor e o apreço pelas mulheres que eu tive muito antes de conhecer a Deusa, pois sempre em minha brincadeira escolhia personagens femininas e na maioria das vezes criava minhas próprias personagens, mulheres poderosas, rainhas de reinos longincos e mulher dotadas de poderes sobrenaturais tão grandes, como o controle da natureza, os ventos e a agua...Assim como numa de minhas brincadeira eu brincava de que a Rainha tinha uma filha que era raptada e esta era a única a ter direito de sucessão ao trono. E ao pensar nisso e lembrar das coisas que aprendi aos reler a Historia das Mulheres e da Deusa, eu sempre me pergunto como esses conhecimentos inconscientes conseguiram se preservar.
Fora a serie de experiências espirituais todas elas sem nenhuma excessão ligadas ao Principio Feminino, que foram se manifestando deis dos meus treze anos até agora.
Eu não sinto a Deusa com a mesma intensidade que sentia do que quando proferia oráculos paras mulheres e pedia que elas sentissem o poder da Deusa, porque quando faço um ritual ou alguma celebração sozinha não me sinto tão empenhada e nem sinto ser tão útil do que quando invoco os antigos poderes da Doadora da Vida junto com outras mulheres.
Na realidade muitas foram as tentativas de continuar em outras vertentes religiosas ou espirituais, antes que eu tivesse me dedicado totalmente a Deusa, mas sempre eu tinha a impressão que este tipo de espiritualidade não me oferecia formas de manifestar toda a minha alma, nem todo o meu potencia enquanto mulher ou enquanto ser humano totalmente enraizado no Principio Feminino.
Eu nunca consegui pensar como os homens, e se acalhar nem como muitas mulheres do
Patriarcado mas sempre me identifico com as mulheres que atuam nas causas feministas ou na maior causa feminina de todas: o Despertar da Deusa na Mulher, e o Despertar da Mulher na Deusa Mãe.
Embora o culto a Deusa tenha me tornado, digamos uma pessoa mais segura a respeito de si própria, ainda sinto que me falta uma maior ligação com as outras mulheres...Como se diz eu sinto muita falta de um abraço sincero de uma amiga ou de um afago de uma Mulher nas horas tristes...E sempre que penso no quanto eu estou sozinha na minha causa, quero dizer, o quanto me é dificil ter contato pessoal com outras mulheres que se sintam ligadas a Deusa e a sua causa no Rio de Janeiro e mais especificamente aqui no bairro aonde moro, sinto me profundamente frustrada e incompleta, não porque não conhecedora de sua profunda Essência Feminina ou dos arquétipos cingidos pelo patriarcado, mas pela falta de um relacionamento de confiança entre mulheres.
Outra coisa que acho curiosa é que apesar da atração que de fato sinto pelos homens, sinto me muito distante do género masculino em geral, seja na espiritualidade ou nos relacionamentos.
Muitos homens bonitos já me convidaram para sair ou mais descadaramente fazer sexo e eu os recusei todos, não pelo desejo de me manter virgem, mas pelo fato de eu sentir um profundo desprezo por homens, que apesar de tão bonitos e "maduros" tem a coragem de chamar, isto é, um menor de idade que ainda nem completou a sua formação física nem atingiu a sua idade "adulta" para fazer sexo...Creio que aqui no nosso pais aonde o sexo é tão valorizado , tais relacionamentos (pelo menos para as pessoas de classe media baixa ou classe baixa) tendem a ser comuns, embora a pedofilia seja um crime, eu nunca vi nenhum homem ser efectivamente punido por chamar meninas ou meninos para fazer sexo (um homem a muito tempo me ofereceu muito dinheiro quando estive em copacabana e eu claro, que recusei porque não sou assim tão miserável ao ponto de perder minha dignidade por dinheiro, seja quanto for).
Seja como for, estou escapando da questão essencial a cerca de mim, porque simplesmente não consigo me entender, apesar de me valorizar ou então controlar meus impulsos(apesar de ser sensata tenho de admitir que sou intensa e gosto de testar minha intensidade).
Espero que não tenham se decepcionado, mas se este for o caso, só posso dizer que faço o meu possível em nome da Deusa e da Mulher e não tenho culpa do meu feminino.
Mais tarde voltarei ao tema.
Gaia Lil
2 comentários:
Só a/o tenho de felicitar pela sua coragem em se expor e olhar para si e para os outros sem medo.
É muito importante para a sua credibilidade dar-se a conhecer na sua essência mas também na sua aparência. O trabalho de aprofundamento do seu SER que nada tem a ver com o seu sexo, passa pela integração e consciência desse dilema no corpo e na encarnação. Pode vir a escrever um livro sobre a natureza perfeita do ser que é andrógino e a deusa que na origem era andrógina, ou o deus que é igual pois ambos são Um.
Doloroso, difícil caminho, mas uma luz para o novo ser que há-de vir...
A sua vida não será fácil se escolheu o caminho da consciência e da Verdade, mas se for verdadeira pode contar com a Justiça de Maat!!!
isto é que eu posso com toda a ternura e admiração dizer à sua alma!
tem todo o meu respeito!
um grande e terno abraço
rosa leonor
ClaricELISpector... Clarice e Elis...unas... E a música e letra... um 'presente'... enganam as aparências?... vezes mtas... mas nem spre...
Felicito-te pelo teu encontro(despertar)... pela tua transparência... pelo teu exsurgir... mostrar-se... revelar-se em tuas luas e fases...
Comungamos a nossa feminilidade...
permaneça spre integra em TUDO que és
Pax et Lux et Amor et PoesiAncestral
Mirella (M., The Eagle)
Postar um comentário