"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"
sábado, 29 de agosto de 2009
EU LÁ ESTAREI
Aonde a voz da floresta for ouvida la eu estarei
Aonde crescer uma planta eu la estarei
Aonde a agua se encontra com a terra eu la estarei
aonde houver o crescimento eu la estarei
Eu estarei nos corpos que ardem em desejo
Eu estarei nos corações
E lá eu estarei
E mesmo que minha presença não seja percebida
Que seja escondida negada ou amaldiçoada
Eu lá estarei
partilhando do mundo
Sendo o mundo
Fazendo parte de todas as coisas
Em tudo e em todo lugar
Em todo tempo
Eu lá estarei...
A sacerdotisa estreme e olha para o céu em busca da Lua. A Senhora da Noite orgulhosa em seu manto lilás que aos poucos vai se escurecendo parece saudar lhe.E toda a vida vibra dentro dela.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
NO CAMINHO DA DEUSA
MÃE,TANTOS ANOS...AINDA SOU JOVEM MAIS SINTO SAUDADE DE CASA...
Pelos caminhos que andei sozinha,pelos momentos de medo e a ventura pela minha grande guia ,minha Deusa.Eu inicio esta jornada sem medo e me entrego de corpo e alma a Senhora e peço humildemente,que haja muita luz e paz no caminho desta sua servidora e peço que me ajude a arriscar e a ousar mais.Uma vez eu disse que era um demónio.Hoje digo que sou uma das varias deusas na Terra.
TIAMAT,A PRIMEIRA MÃE-TERRA
O reino da Babilônia se desenvolveu ao sul da Mesopotâmia durante 2200 até 538 a. C., quando os persas conquistaram a cidade. Os babilônios eram os herdeiros do grande legado cultural dos antigos sumérios.
Para os babilônios como para o sumérios, o rei obtinha sua autoridade diretamente dos Deuses. Por exemplo, o rei Hammurabi afirmava que havia recebido as leis de seu Código diretamente da mão do Deus Sol Shamash. Os reis eram tão importantes que, em anos recentes, o agora condenado ditador Saddam Hussein (nascido em 1937), justificava em parte sua soberania sobre o Iraque atual, comparando-se com o rei Nabucodonosor, que governou desde o ano de 606 até 562 a. C.
A história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilônico Enuma Elish, data do século XIX-XVI a. C., que foi cantada ante a estátua de Marduk, Deus principal babilônico, celebrando a fundação do mundo e da própria Babilônia que era o centro do mundo.
Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os Deuses. Os primeiros dois Deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se reproduziu e formou-se outra prole. Esses Deuses irritavam profundamente Apsu que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a idéia, pois embora estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava.
As crianças-Deuses acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o Deus Ea para matá-lo primeiro.
Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras venenosas, homens-escorpiões, leões-demônios, monstros-tempestade, centauros e dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.
Antes designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:
-"Exaltando-te na assembléia dos Deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome." Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.
As crianças-Deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeram a Marduk que, em caso de vitória, ele seria coroado como rei dos Deuses.
Marduk teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico, possivelmente representado pelo próprio sol, pois o Deus era também um herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.
Os humanos foram criados a partir do sangue de Kingu misturado com terra. Marduk, de posse das Tábuas do Destino, criou em seguida, uma habitação para os Deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano e fundou a cidade da Babilônia para que fosse sua residência terrestre.
Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.
O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado anualmente na Babilônia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu.
Pouco resta da magnífica cidade da Babilônia, somente uns quatro bancos de barro às margens do rio Eufrates, sul da atual Bagdá, Iraque. Porém um dia, a cidade da Babilônia foi famosa por seus "jardins suspensos", uma das maravilhas do antigo mundo. No coração da cidade estava o templo de Marduk, a Casa da Fundação do Céu e da Terra.
Como em incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse fator comum, a escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a identidade entre o céu noturno, terra, mundo inferior e água primordial anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial, que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros.
Na Babilônia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do destino.
A existência original de Tiamat também resulta do fato desta ter sobrevivido à morte de Apsu e, quando finalmente derrotada pelo Deus-sol patriarcal Marduk, formam-se a partir de seu corpo a abóbada celeste superior e a abóbada inferior das profundezas. Assim, mesmo depois de ter sido derrotada, ela permanece como o Grande Círculo que tudo contém.
Tiamat, não é apenas o monstro terrível (dragão) do abismo, tal como a via o mundo patriarcal daquele que a venceu, Marduk. Ela é não só geradora, como também a mãe legítima de suas criaturas, que se enfureceu quando Apsu decidiu matar os deuses que eram seus filhos. Somente depois destes terem assassinado Apsu, seu marido, o pai primordial, é que ela dá inicia à sua vingança e propaga a sua força destruidora.
Tiamat representa o poder irracional dos primórdios e do inconsciente criador. Mesmo na morte, ela continuou a representar o mundo superior e o inferior. Marduk, ao contrário, é um legislador. A cada uma das forças celestes ele atribuiu um lugar fixo e, como Deus bíblico do Gênese, organizou o mundo segundo leis racionais que correspondem à consciência e sua natureza solar.
O caráter numinoso da Grande Deusa ainda se manifesta na forma de um Dragão em Tiamat, entretanto, é mais freqüente este deusa primitiva surgir despida e com características sexuais acentuadas quando a ênfase recai em sua fecundidade e em seu caráter sexual.
Taimat não é uma Deusa cruel, mas seus templos eram escondidos, devido a sua impopularidade, provavelmente por causa dos sacrifícios humanos que faziam parte de seus rituais. Isto mudou, em algumas cidades do Império, quando Tiamat passou a ser adorada abertamente e onde, os rituais mais sangrentos eram executados raramente. Tiamat representa todos os cinco elementos chineses: terra, água, fogo, ar e metal.
A DERROTA DA DEUSA
O Enuma Elish é a primeira história da substituição de uma Deusa Mãe por um deus que "fabrica" a criação como algo distinto e separado de si mesmo. Em todos os mitos da Idade do Ferro (que começa em 1250 a.C.) em que um deus do céu ou do sol vence a uma grande serpente ou dragão, podemos encontrar traços desse poema épico babilônico, nele a humanidade foi criada a partir do sangue de um deus sacrificado, e não há útero de uma Deusa primordial. Sua influência pode ser rastreada ao longo da mitologia hitita, assíria, persa, cananeia, hebréia, grega e romana.
Na cultura da Deusa, a concepção da relação entre "criador" e "criação" se expressa na imagem da Mãe, como "zoé", a fonte eterna, dando a luz a seu filho como "bios", a vida eterna criada no tempo, que está viva e que ao morrer regressa à fonte. O filho era a parte que emergia do todo, através da qual o todo podia chegar a conhecer-se a si mesmo. A medida que o deus "cresceu" no transcurso da Idade do Bronze, chegou a ser consorte da Deusa e em algumas ocasiões co-criador com ela. Porém, na Idade do Ferro a imagem da relação representada no matrimônio sagrado desaparece e se perde o equilíbrio entre as imagens feminina e masculina da divindade que derivava da dita cerimônia.
Agora, um deus pai se estabelece em uma posição de supremacia em relação à Deusa Mãe, e se transforma paulatinamente em um deus sem consorte das três religiões patriarcais que hoje em dia conhecemos: o judaísmo, o cristianismo e o islam. O deus é então o único criador principal, quando antes era a Deusa quem havia sido a única fonte da vida. Porém, o deus se converte em fazedor do céu e da terra, enquanto que a Deusa era o céu e a terra. O conceito de "fazer' difere radicalmente do de "ser", no sentido de que o que se faz e quem o faz não compartilham necessariamente da mesma substância; pode conceber-se o que se faz como inferior a quem o faz. No entanto, o que emerge da Mãe é necessariamente parte dela, como ela também é parte do que dela emerge.
Portanto, a identidade essencial entre criador e criação se quebrou e desta separação nasceu um dualismo fundamental, o conhecido dualismo entre espírito e natureza. No mito da Deusa esses dois termos carecem de significado se forem considerados em separado: a natureza é espiritual e o espírito é natural porque o divino é imanente à criação. No mito do deus, a natureza já não é "espiritual" e o espírito já não é "natural", porque o divino transcende da criação. O espírito não é inerente à natureza, mas está além dela e chega inclusive a converter-se em fonte da natureza. Assim, um novo significado se introduz na linguagem: o espírito se torna criativo e a natureza se torna criada. Esse novo tipo de mito da criação é resultado de uma ação divina que estabelece a ordem a partir do caos.
Podemos considerar esses mitos como relatos narrados pela humanidade em distintos momentos de evolução: ambos explorariam, deste ponto de vista, distintos modos de existir no universo. Porém, a atual tradição judeu-cristã, apresenta implicitamente o mito da dualidade de espírito e natureza como "dado", como inerente ao modo de ser das coisas. Aliás, sua origem na história humana se perdeu para a consciência: nas culturas patriarcais em que o deus pai se adorava como criador único não sobreviveu recordação alguma cuja forma possa conhecer-se das imagens anteriores da Deusa Mãe como criadora.
AS MUDANÇAS
O desejo de poder, junto com o medo, sempre presente, a ser atacado, explica em grande parte a necessidade de um deus cada vez mais poderoso, finalmente um deus "supremo", capaz de um unir um povo embaixo de uma causa comum de defesa ou ataque. Porém, como resultado do predomínio do deus pai do céu, apareceu uma idéia de tempo diferente. Esse já não se concedia como cíclico, segundo o modelo lunar da Deusa Mãe, que acolhia de volta os mortos em na escuridão de seu útero. O deus pai não podia acolher os mortos em seu interior, nem devolvê-los à terra para renascerem. Portanto, o tempo tornou linear aos olhos da humanidade: tinham um começo no nascimento e um final na morte. De maneira similar, a própria criação, elevada a uma proporção cósmica, tinha um começo absoluto e teria um final definitivo, que coincidiria com o triunfo final da luz sobre a escuridão, uma afirmação definitiva da vitória original que havia dotado de existência o universo.
Esse modelo de tempo linear é que influenciou o "mito da criação" do século XX, segundo o qual o "big bang" marcou o início da vida e é possível que também está por detrás do temor contemporâneo ante ao "big bang" apocalíptico que marque o final dos tempo.
IN: http://www.rosanevolpatto.trd.br/tiamat.htm
DEUSA MORGANA...
Na nossa Era, as mulheres já conquistaram seu espaço e o respeito dos homens e hoje nos unimos à eles através do amor da alma. Na tradição celta existe um belo entendimento do amor que resume-se a uma palavra: "anan cara". Anam é a palavra gaélica para alma e cara é a palavra para amigo.
Na vida de todos, existe uma grande necessidade de um anam cara, um amigo da alma. Neste amor, somos compreendidos tal como somos, sem máscara ou afetação. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e pode-se ser como realmente se é. O amor permite que a compreensão se manifeste, pois quando se é compreendido, fica-se à vontade. A compreensão alimenta a relação. Quando nos sentimos realmente compreendidos, sentimo-nos desembaraçados para nos libertar à confiança e abrigo da alma da outra pessoa.
Este reconhecimento é descrito neste belo verso:
"TU NÃO TE PARECES COM NINGUÉM PORQUE TE AMO" Paulo Neruda
Quando danço com a Vida
danço meu próprio ritmo
mantendo o meu compasso
Minhas marés anímicas
estão alinhadas e fluem
com a minha pulsação
minha expressão única
Reverenciando a mim mesma
eu reverencio tudo
Quando você dança
com a sinfonia da Vida
qual é seu ritmo?
É rápido ou lento
lépido ou litúrgico
repetitivo ou volúvel?
Você deixa o ritmo levá-la(o)
ou abatê-la(o)
acalmá-la(o)
encorajá-la(o)
ou perturbá--la(o)?
Como é seu ritmo?
Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.
Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.
Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.
Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.
O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual.
Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projetada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia.
Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse. Depois de passar por essa iniciação, os elementos de desejo e de posse ficam para trás, transmutados através da apreciação de que sua sexualidade e instinto são expressões de força de vida divina cuja experiência no plano humano.
A nível transpessoal, o "matrimônio sagrado" envolve o mistério da transformação do físico para o espiritual, e vice-versa. Cada pessoa conecta-se com o universo como se fosse célula única no organismo do campo planetário da consciência. A partir da união do humano com o divino, a "Criança Divina" nasce. A "Criança Divina" é a vida nova, vida com nova compreensão, vida portadora de visão iluminante para o mundo.
QUEM ERA MORGANA?
Como muitos indivíduos legendários e românticos, há versões conflitantes sobre quem o que foi Morgana. O historiador e cronista do século XII, Geoffroi de Monmouth, escreveu que "sua beleza era muito maior do que a de suas nove irmãs. Seu nome é Morgana e ela aprendeu a usar todas as plantas para curar as doenças do corpo. Ela também conhece a arte de mudar de forma, de voar pelo ar...ela ensinou astrologia às irmãs."
Relatos antigos contam-nos que ela era uma Velha Deusa da Sabedoria, a Senhora e Rainha de Avalon, a Alta Sacerdotisa da Antiga Religião Celta. Aprendeu magia e astronomia com Merlim. Alguns achavam que ela era uma "fada arrogante", pois era símbolo de rebeldia feminina contra a autoridade masculina. Quando zangada, era difícil agradar ou aplacar Morgana; outras vezes, podia ser doce, gentil a afável. Também era descrita como "a mulher mais quente e sensual de toda a Grã-Bretanha."
Morgana era um enigma aos seus adversários políticos e religiosos. Os escrivões cristãos transformaram-na em demônio, talvez devido ao seu papel como sacerdotisa de uma Antiga Religião, que eles estavam tentando desacreditar nas suas investidas para cristianizar a estrutura de poder da Grã-Bretanha. Ela, entretanto, defendeu valentemente a fé das Fadas e as práticas dos druidas, achando entre os camponeses simples seus mais fiéis seguidores. Ela negou as acusações de prostituição dos monges e missionários cristãos.
É Morgana, que depois da batalha final, ampara o irmão ferido de morte e o cuida com o zelo de uma mãe e consoladora espiritual. O cristianismo menospreza o poder e o conhecimento de Morgana, do mesmo modo com que impediu a mulher à ascender ao sacerdócio, anulando completamente o seu poder pessoal.
Layamon, autor de um poema narrativo inglês é o primeiro a descrever como a mulher levou Artur pelas águas e não simplesmente recebendo-o na sua chegada.
Morgana é a fada mais bela das que habitam Avalon. Não existem fundamentos suficientes para se acreditar que Avalon seja o lugar que a cultura celta atribuí como residência dos mortos. O que se sabe é que quando Artur é transportado sobre as águas em companhia das mulheres com destino a Avalon, se perde no horizonte do mito imemorial.
Este é o pano de fundo sobre o qual se desenvolvem as diferentes lendas relativas à partida e imortalidade de Artur, que supostamente continua vivo dentro de uma caverna ou em uma ilha. Estas mulheres que acolheram Artur pertencem ao mundo das fadas, que provavelmente foi antes um mundo de deusas.
Segundo Robert Graves e Kathy Jones, a Morg-Ana "surgiu da união das estrelas com o ventre de Ana". Muitas vezes foi equiparada as Deusas Morrigan e Macha, que presidiam as artes da guerra. Entretanto, como fada controlava o destino e conhecia as pessoas.
Famosa por seus poderes de cura, seu conhecimento de plantas medicinais e sua visão profética, era uma xamã capaz de alterara a sua forma, tomando o aspecto de diferentes animais para utilizar seu poder.
DEUSA-MÃE PRIMITIVA
Em "Estoire de Merlin", temos uma descrição bastante detalhada de Morgana, indicando seu verdadeiro caráter e também os estreitos vínculos que estabelece com a Deusa Mãe primitiva:
"Era a irmã do rei Arthur. Era muito alegre e jovial, e cantava de forma muito agradável; seu rosto era moreno, mas bem metida em carnes, nem demasiadamente gorda nem demasiadamente magra, de belas mãos, de ombros perfeitos, a pele mais suave que a seda, de maneiras afáveis, alta esguia de corpo, em resumo, sedutora até o milagre; a mulher mais cálida e mais luxuriosa de toda a Grã Bretanha. Merlim havia lhe ensinado astronomia e muitas outras coisas, e havia se aplicado ao máximo, de maneira que havia se convertido em uma boa sacerdotisa, que mais tarde recebeu o nome de Morgana a Fada, em virtude das maravilhas que realizou. Se explicava com uma doçura e uma suavidade deliciosas, e era melhor e mais atrativa que tudo no mundo, embora tivesse sangue frio. Porém quando queria alguém, era difícil acalmá-la..."
Esse é decididamente o retrato da Deusa Mãe primitiva, com toda sua ambigüidade, as vezes boa, outras nem tanto, "cálida e luxuriosa", como a Grande Deusa oriental e, "virgem", pois não se submete à autoridade masculina. Observemos também que Merlim ensinou-lhe magia do mesmo modo com que fez com Viviana, a Dama do Lago.
Outras versões da história do Merlim, versões hoje perdidas, porém cujo rastro encontramos na célebre obra do século XV devido a Thomas Malory, "La muerte de Arturo", vasta compilação dos relatos da Távola Redonda, outras versões levam a pensar que Merlim foi amante de Morgana antes de sê-lo de Viviana.
MORGANA E URYEN
Em "Lancelot en prose" em francês, encontramos elementos interessantes sobre Morgana. Ela se apresenta como esposa de Uyen e mãe de Yvain:
"Um dia que Morgana supreende a seu marido, o rei Uryen, dormindo na cama, ocorreu-lhe a idéia de livrar-se dele. Chamou a criada de toda a confiança e disse:
-Vá e busca a espada do meu senhor, pois jamais vi melhor ocasião de matar-lhe do que agora.
Porém, a criada assustada com o plano de Morgana, vai em busca de Yvain, o filho de Uryen e Morgana, explica tudo e pede para que intervenha.
Yvain lhe aconselha a obedecer, e quando Morgana levanta a espada sobre a cabeça de Uryen, Yvain que havia se escondido, se precipita sobre ela, arranca a espada das mãos da mãe e a reprime. Morgana implora seu perdão, dizendo haver sofrido um episódio de loucura. (La muerte de Arturo, IV, 13)
Essa tentativa de assassinato está no espírito da Deusa que não suporta os laços do matrimônio e necessita ter um certo número de amantes.
Há relatos ainda, que Morgana rouba continuamente a bainha ou a espada de Arthur em benefício de seus amantes:
"Morgana, a Fada, ama outro cavaleiro muito mais que a seu marido, o rei Uryen e que ao rei Arthur, seu irmão. Então manda fazer outra bainha exatamente igual por encantamento e dá a bainha da Excalibur a seu amante. O nome do cavaleiro era Acolon." (Muerte de Arturo, II, 11).
Morgana se encarrega para que Acolon lute com Arthur, porém Acolon resulta ferido de morte pelo rei. Morre depois de haver confessado a traição de Morgana. Essa se desespera pela morte de Acolon, e busca vingar-se de Arthur. Ordena que enviem a seu irmão um rico manto que é mágico, pois queima todo aquele que tem a desgraça de cobrir-se com ele. Porém, no momento em que Arthur ia colocar o manto, a Dama do Lago revela a Arthur o perigo em que se encontra." (Muerte de Arturo, II, 14-16)
MORGANA, A DEUSA VIRGEM
Essa é uma lenda referida a Morgana que ilustra sua Potencialidade de Virgem possuidora de Poderes:
O VALE SEM RETORNO (relato cortês)
A Fada Morgana, abandonada por seu amante Guyomard, decide vingar-se dos homens. Encanta o Vale Perigoso, de tal maneira que todos os cavaleiros infiéis a sua Dama que passem por ali, ficam aprisionados nele para o resto da vida. Permanecem dentro de um paraíso de sonhos; bebem, cantam, celebram festas, dançam, jogam xadrez, porém não podem franquear as ladeiras do vale, que estão vigiadas por gigantes, animais monstruosos e barreiras de fogo. O encantamento só pode ser levantado por um herói excepcional, um homem sempre fiel a sua dama. E, embora Morgana tenha feito todo o possível para seduzir Lancelot do Lago, é ele quem destrói o encantamento e libera os cavaleiros, demonstrando-lhes que as barreiras de fogo, os monstros e os gigantes não passavam de produtos de sua imaginação. Assim ganhou o ódio mortal de Morgana."
Morgana, nessa lenda faz o papel de Deusa Mãe Virgem que guarda em seu regaço os homens igual guardaria seus filhos. Pois seus filhos também são seus amantes. A atitude de Lancelot é uma atitude repressiva contra tudo que recobre a noção de feminilidade. Essa é também a história da feiticeira Circe, que transforma seus amantes em porcos. Lancelot, aqui, representa Ulisses, que rechaça à submissão e dissipa o que crê que som ilusões.
Circe e Morgana são a "Virgem" que dá medo, a "Virgem" que engole, a Indomável.
Os homens, que se crêem dominadores do mundo e os reguladores da ordem estabelecida, não se imaginam, nem por um instante, que seu poder no é mais que passividade, e que o poder da mulher, que depreciam ou temem, é o poder ativo.
Quando o homem contemporâneo suprimiu a Mãe Divina e a substituiu pela autoridade de um Deus Pai, desarticulou o mecanismo instintivo que produzia o equilíbrio primitivo. Daí surgiu a neurose e outros dramas das sociedades paternalistas, que se dizem pretender devolver a mulher sua honra e seu verdadeiro lugar, um lugar escolhido pelo homem. Buscou-se estabelecer uma "lei racional" contra uma "lei natural". Mas, a "lei natural" se concretiza através do instinto e esse, é algo que não se pode negar. Todo nosso comportamento se apóia na natureza e portanto, a disputa entre a natureza e a razão é uma falsa disputa, mas é a responsável pela cegueira que vive nossa sociedade hoje, que, querendo corrigir o instinto, separou o ser humano do que era sua natureza.
AVALON, A ILHA DAS FADAS
Poucos são os autores que especulam sobre o tema "Avalon, residência dos Mortos" e menos ainda os que se atrevem a situá-la. Alguns o fizeram de uma forma extravagante, situando-a no Mediterrâneo.
A crença de alguns de que esta ilha não era outra que a Sicília, explica o fenômeno de miragem que se produz no estreito de Messina se conheça com o nome de "fata morgana", recordando a feiticeira.
Avalon está inserida em uma relação de ilhas, algumas são verdadeiras, outras fruto de diversas obras literários. Avalon se encontra em lugar indeterminado, que está vinculada aos celtas, não só os de Gales, mas também da Irlanda.
Os irlandeses tinham a idéia de um enorme paraíso ocidental. Lá havia uma Ilha das Maçãs de sua propriedade. Emain Ablach, doce lugar onde habita o deus dos mares Manannan. Emain Ablach só era uma das ilhas do arquipélago atlântico, que se ampliava em direção ao sol sem limites conhecidos. Lá se encontrava Tir Nan N-Og, a "Terra dos Jovens", Tirfo Thuinn, Tire Nam Beo, Terra dos Vivos; Tirn Aill, e Outro Mundo; Mag Mor, Mag Mell, entre outras.
Havia também uma "Terra de Mulheres", habitada por fadas parecidas às da irmandade de Morgana. Acreditava-se que essa ilha era um vasto país sustentado por quatro pilares de bronze e habitado unicamente por mulheres.
Essas ilhas eram terras onde tudo era felicidade, paz e abundância. Não existe o envelhecimento nem o trabalho, porque tudo cresce sem necessidade de semear e nas árvores sempre há frutos.
Algumas dessas ilhas flutuam e outras ficam submersas e só saem a superfície à noite. O rei Artur navegando em sua mágica embarcação "Prydwen", visitou muitas dessas ilhas.
Avalon, para quem ainda a procura, é a viagem ao coração. É conhecida também como o "Céu de Artur", uma ilha do amor incondicional, onde tudo se harmoniza com a transmutação da energia luminosa do amor. Avalon é um reino interior. É a maravilhosa essência do verdadeiro ser nascendo a cada dia em nosso interior. É a nascente do amor no íntimo. E Morgana é a fada que nos faz refletir sobre tudo isso, pois foi ela, com todo seu amor, empregou todas as suas artes para curar as feridas de Artur.
A jornada dos homens e mulheres pela vida assemelha-se à jornada épica de muitos mitos. O herói que busca a verdade, poder ou amor reflete-se em nós, que buscamos o significado da vida e os tesouros, como o amor, que dão razão à vida. No entanto, cada um deve descobrir seus elementos de busca pessoais.
ARQUÉTIPO LUNAR
Morgana possuiu muitos nomes e é a representação da energia mítica das mulheres. Possui também, múltiplas facetas, é o arquétipo da Deusa-Lua e da Mulher Eterna; é Mãe, amante e filha; é Senhora da Vida e da Morte. Foi associada inclusive à rios, lagos, cachoeiras, magia, noite, vingança e profecias.
Hoje, a maioria das bruxas invocam o nome de Morgana e praticam magia para ela. Ela pode ser uma enorme aliada para as mulheres que reivindicam os poderes de feminilidade que emergem apenas em pesadelos à noite, mulheres que buscam a reafirmação de que é certo exercitar se poder de Fada, de serem capazes de passar de um mundo para o outro.
Quando nos aliarmos com Morgana, quando nos abandonarmos totalmente, com a maior confiança ao seu mundo feérico, nos aliaremos também com a vida, com a magia da vida e o amor infinito que ela contem.
Aliar-se com Morgana é aliar-se com a melhor parte de nós mesmos!
Morgana chega para despertar sua atenção para a independência. Você depende de outra pessoa até para respirar? Pois saiba que se plantarmos uma árvore lado a lado elas se asfixiarão. O que cresce necessita de espaço, talvez um pequeno espaço para se exalar o perfume da rosa. Kahlil Gibran diz:
"Deixai que haja espaço em vossa união. Deixai que os ventos dos céus dancem entre vós."
O espaço permite que a diversidade encontre ritmo e contorno. Você desperdiça sua vitalidade focalizando os problemas dos outros, relegando os seus para um segundo plano? Você move-se com o rebanho sem exprimir suas idéias ou opiniões?
Morgana pede para que você, pare, reflita e dimensione suas potencialidades, tentando se libertar de todas suas dependências físicas e psíquicas. É hora de mudar o ritmo! Morgana, a fada, chegou dançando à sua vida com seus tambores e sua magia para convidá-la a descobrir e viver seus ritmos.
Talvez você nunca tenha descoberto seu ritmo porque você agradar àqueles com quem convive. Mas é de vital importância que você tenha seu próprio ritmo. Fluir com ele lhe dará mais energias, porque você deixará de reprimir o que lhe é natural. Morgana diz que a vitalidade, a saúde e a totalidade são cultivadas quando você flui com sua pulsação única.
JORNADA À AVALON
Procure um lugar sossegado em sua casa, onde não possa ser interrompida(o). Acenda um incenso e coloque uma música suave de fundo. Sente-se com a coluna ereta e coloque a sua frente uma caneta e papel.
agora feche os olhos e expire e inspire profundamente, tentando esvaziar a sua mente. Comece então a balançar o corpo da direita para esquerda lentamente. Você agora perceberá que está dentro de um pequeno barco.
O barco balança para trás e para frente. Faça o mesmo jogo com seu corpo. A sensação será bem agradável, de relaxamento total.
Você olhará para cima e só verá a bruma, que irá se dissipar aos poucos. Erga os braços e visualize uma luz branca direcionar-se do céu para baixo, que entrará por cima de sua cabeça e iluminará todo o corpo. Neste momento notará que a bruma desapareceu e avistará a ilha de Avalon.
O barco chegará à margem e você deve desembarcar. Morgana lhe dará as Boas-Vindas.
Ela perguntará o que você deseja e terá então o direito de lhe fazer duas perguntas. Ela tomará a sua mão e a(o) conduzirá até seu caldeirão mágico disposto no centro de um círculo de macieiras. Morgana pegará sua varinha mágica e agitará a água do caldeirão.
Quando a água se aquietar, você verá na superfície as respostas de suas perguntas. Você deverá então, agradecer sua ajuda e provavelmente ela lhe peça uma oferenda, que você ofertará de coração aberto. Ela lhe conduzirá de volta ao seu barco e você parte.
Agora respire fundo novamente por três vezes e abra os olhos bem devagar. É hora de anotar tudo o que você viu no caldeirão de Morgana e refletir.
Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
LILITH,A SENHORA DA LUA ESCURA
ORAÇÃO DE LILITH
Que eu jamais seja controlada
nem pela luz nem pelas trevas
sou a manifestação da Deusa na terra
que não aja fogo ou fogueira capaz de me deter
que jamais aja forças no patriarcado para me controlar
pois sou um ser livre
sou uma mulher-serpente
sou filha do sol e da lua
por isso não posso ser controlada
posso ser conduzida pelo Poder da Mãe
mas jamais controlada
não existem forças no céu ou na terra
capaz de me deter
pois sou uma mulher indomada
sou o principio feminino
sou Lilith
que assim seja e assim se faça
Lilith, intimamente associada aos Vampiros e às bruxas, é um espectro que paira sobre a religião judaica. No ato sexual ela ficava por cima de Adão, e não quis ser subjugada pelo macho, daí sua revolta.Este fato retrata, talvez, a transição, dos cultos a Deusa para o Deus judaico, de uma sociedade agrária ou coletora para uma pastoril.Este fato se repetiu inúmeras vezes pelo mundo (com isso não estou falando de sua existência objetiva, mas sim subjetiva, mas com exteriorizações).Lilith, em sua origem, deve ter sido um arquétipo da grande deusa mãe, que tentou resistir a invasão do patriarcado. Possivelmente Abel, o pastor, foi sacrificado a esta grande mãe.Mas as coisas não foram tão fáceis para os pastores patriarcais. Muitas mulheres judias ficaram fascinadas pelo culto à grande mãe. Um bom exemplo é a história de Sodoma e Gomorra.Lot foi expulso da cidade, vejam esta passagem: "o povo de Sodoma cercou a casa de Lot, do mais velho ao mais jovem. E eles proferiram: que se vá embora, um estranho, que veio morar conosco e agora quer ser um juiz?". Com isso fica claro que eles não eram judeus (os habitantes de Sodoma), e que a alegoria da conversa entre Lot e Deus é um acréscimo posterior.A parte mais curiosa tem a ver com a mulher de Lot, que não quis acompanhá-lo, pois possivelmente preferiu ficar com o culto à Grande Deusa. Ou seja, a história de virar uma estátua de sal é mais uma alegoria. Lot afogou suas mágoas com as duas filhas em uma relação incestuosa.O nome Lilith vem da Mesopotâmia, encontrada nas civilizações sumeriana, acadiana e babilônica, onde há várias divindades nas quais ocorre o fragmento "lil" como, por exemplo, os deuses Nilil, Enlil entre outros.Belit-ili, Lillake, a cananéia Baalat, a Divina Senhora são alguns de seus nomes. Nas representações mais antigas de Lilith ela apare-se como Lilake (cidade de UR 2000 A. C).Lilith está intrinsecamente associada à coruja, sendo representada como uma mulher sedutora, torneada, de seios bem formados e suculentos, uma yoni* (Nota: vagina) que exala o perfume do amor, com pés de coruja e asas.Na literatura hebraica, ela é a primeira mulher de Adão. Ao que tudo indica para a cabala, (Zohar) o deus judaico criou Lilith e Adão como gêmeos. Ela queria igualdade para com ele, mas lhe foi negada. Ela não se subordina a Adão, e conseqüentemente incorre na ira do deus.
Encontrado em http://wwwjaneladaalama.com/
LIBERTAÇÃO FEMININA
Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia. Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite". No Zohar, é descrita como "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".
"Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder."
CERIMÔNIA DE CORTAR A CORDA
Este ritual é excelente, eu já o realizei e consegui ativar poderes interiores antes, totalmente ignorados. Você deve realizá-lo de acordo com o ciclo lunar. O tempo certo para você colocar as cordas é um dia depois da entrada da LUA CHEIA (sempre à noite). Para cortá-las é no dia em que entra a LUA NOVA (sempre à noite). Cuide para não errar a lua, pois pode fazer muita diferença!
Para esta cerimônia você precisará de uma corda ou barbante, uma tesoura e um queimador de incenso e um caldeirão ou uma fogueira. O ritual pode ser feito a sós ou com um grupo de pessoas.
Deverá ter em mente três situações em que foi-lhe solicitado o uso de poder, mas você não conseguiu exercê-lo, por medo, insegurança, crenças ou qualquer outro motivo. Em seguida agende a data para colocar as cordas.
Você deve traçar um círculo (com pedras, sal ou o que achar melhor). Abra os portais e peça gentilmente que seu animal de poder esteja presente. Quando estiver pronta(o) pegue a corda e corte do tamanho que corresponda ao lugar do corpo que pretende amarrá-la. Por exemplo, se você está com algum bloqueio que a (o) está impedindo de caminhar com todo seu poder, você deve amarrar a corda em torno dos tornozelos. Se você estiver com problemas de expressão, deve amarrá-la na garganta. Se tem medo de que a sua sexualidade a(o) impeça de manifestar o seu poder, amarre a corda nos quadris. No momento em que estiver amarando a corda, afirme o significado dela. Durante os dias que separam a colocação e o corte das cordas, você deverá diariamente concentrar-se em cada uma delas e no que elas representam, olhando-as e sentindo-as junto à pele.
Na noite de cortar as cordas, peque o queimador de incensos e o caldeirão, fósforos e uma faca ou tesoura. Trace o círculo, acenda o incenso (pode ser de alecrim) e chame seu animal de poder. Você deve tocar selvagemente o tambor e gritar o significado das cordas. Se não quiser chamar a atenção dos vizinhos pode falar mentalmente. Sente-se em frente ao caldeirão e corte as cordas confirmando o significado de cada uma delas. Jogue-as dentro do caldeirão e queime-as. Sinta o fluxo do poder enquanto observa cada uma delas transformar-se em fumaça. Respire fundo e sinta sua nova noção de poder. Se você traçou um círculo, libere o que foi chamado para fazer parte dele com gratidão. Agradeça a Lilith por lhe apontar o caminho para o seu próprio poder.
Em pleno século XXI, o interesse pelo mito da Deusa Lilith, reside na possibilidade de se representar e constituir uma nova mulher, a qual se sente identificada com as figuras evocadas por suas tradições culturais.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A RAINHA DA NOITE
Madame Blavatsky, The Secret Doctrine, Volume 1, Cosmogenesis.
O padrão rítmico da Lua foi especialmente útil como um modelo, formando a semana de sete dias e o mês lunar de vinte e oito dias. A duração média da gestação humana equivale a dez meses lunares (quarenta semanas). O ciclo de vinte e oito dias da Lua está relacionado com o ciclo menstrual da mulher. Vários estudos mostram que é mais provável o início das regras ocorrer na Lua Nova ou na Lua Cheia do que em outras épocas. É provável que, no passado, essa correlação fosse ainda mais evidente do que na atual era da contracepção química e outras interferências nos padrões fisiológicos naturais.
Nossos ancestrais consideravam "o escuro da Lua" (quando a Lua desaparecia de vista) uma fase na qual certas atitudes e pensamentos deviam ser evitados, por medo de desagradar à Deusa. O contato físico com mulheres menstruadas era considerado tabu, e ainda o é, em certas culturas. As mudanças no corpo das mulheres durante a gravidez eram vistas como uma imitação das fases da Lua. Assim, na maioria das culturas, a Lua foi identificada com a Deusa e com o princípio feminino. As mulheres tornaram-se sacerdotisas da Lua, que era considerada a origem da vida na Terra, uma passagem celeste, análoga à passagem física do órgão sexual feminino.
domingo, 23 de agosto de 2009
AS FEITICEIRAS DO SÉCULO XXI
— Tudo deu errado: como é que você conseguiu colocar
em minha cabeça que eu saberia ensinar? Por que me humilhar
diante dos outros? Eu devia esquecer que você existe. Quando
me ensinaram a dançar, eu dancei. Quando me ensinaram a
escrever letras, eu aprendi. Mas você foi perversa: exigiu que
eu tentasse algo além dos meus limites. Por isso peguei um
trem, por isso vim até aqui — para que pudesse ver meu ódio!
Ela não parava de chorar. Ainda bem que tinha
deixado a criança com os pais, porque falava um pouco alto
demais, e seu hálito estava com... um perfume de vinho. Pedi
que entrasse, fazer aquele escândalo na porta de minha casa em
nada iria ajudar minha reputação — já bastante comprometida
porque diziam que eu recebia homens, mulheres, e organizava
grandes orgias sexuais em nome de Satã.
Mas ela continuava ali, gritando:
— A culpa é sua! Você me humilhou!
Uma janela se abriu, e logo outra. Bem, quem está
disposta a mudar o eixo do mundo tem que estar também disposta
e saber que os vizinhos nem sempre estarão contentes.
Aproximei-me de Athena e fiz exatamente o que ela desejava que
fizesse: abracei-a.
Ela continuou a chorar em meu ombro. Com todo
cuidado, eu a fiz subir os poucos degraus, e entramos em casa.
Preparei um chá cuja fórmula não divido com ninguém, porque
foi meu protetor quem me ensinou; coloquei diante dela, que
bebeu em um só gole. Fazendo isso, mostrou que sua confiança
em mim ainda estava intacta.
— Por que sou assim? — continuou.
Eu sabia que o efeito do álcool havia sido cortado.
— Tenho homens que me amam. Tenho um filho que me
adora, e que me vê como modelo de vida. Tenho pais adotivos
que considero como minha verdadeira família, e seriam capazes
de morrer por minha causa. Preenchi os espaços em branco do
meu passado quando fui em busca de minha mãe. Tenho dinheiro
suficiente para passar três anos sem fazer nada, apenas
aproveitando a vida — e não estou contente!
“Sinto-me miserável, culpada, porque Deus me
abençoou com tragédias que consegui superar, e milagres que
honrei, e não estou jamais contente! Sempre quero mais. Não
precisava ter ido àquele teatro, e acrescentar uma frustração
à minha lista de vitórias!”
— Você acha que agiu errado?
Ela parou, e me olhou espantada.
— Por que pergunta isso?
Eu apenas aguardei a resposta.
— Eu agi certo. Estava com um jornalista quando
entrei ali, sem ter a menor noção do que ia fazer, e de
repente as coisas começaram a surgir como se viessem do nada.
Sentia a presença da Grande Mãe ao meu lado, me guiando, me
instruindo, fazendo com que minha voz passasse uma segurança
que, no íntimo, eu não possuía.
— Então por que está reclamando?
— Porque ninguém entendeu!
— E isso é importante? Tão importante que a faça vir
até a Escócia para insultar-me diante de todo mundo?
— Claro que é importante! Se você é capaz de tudo,
se sabe que está fazendo a coisa certa, como é que não
consegue pelo menos ser amada e admirada por isso?
Esse era o problema. Peguei-a pela mão e a conduzi
ao mesmo quarto onde, semanas antes, havia contemplado a vela.
Pedi que se sentasse e procurasse acalmar-se um pouco — embora
estivesse certa de que o chá estava surtindo efeito. Fui ao
meu quarto, peguei um espelho circular, e coloquei-o diante de
seu rosto.
— Você tem tudo, e lutou por cada polegada de seu
território. Agora veja aqui as suas lágrimas. Veja seu rosto,
e a amargura que ele demonstra. Procure olhar a mulher que
está no espelho; desta vez não ria, mas tente compreendê-la.
Dei tempo suficiente para que pudesse seguir minhas
instruções. Quando notei que estava entrando no transe
desejado, segui adiante:
— Qual é o segredo da vida? Pois chamemos isso de
“graça”, ou “bênção”. Todos procuram estar satisfeitos com o
que têm. Menos eu. Menos você. Menos algumas poucas pessoas
que, infelizmente, teremos que nos sacrificar um pouco, em
nome de uma coisa maior.
“Nossa imaginação é maior que o mundo que nos cerca,
vamos além de nossos limites. Antigamente, chamavam isso de
‘bruxaria’ — mas ainda bem que as coisas mudaram, ou a esta
hora já estaríamos na fogueira. Quando pararam de queimar as
mulheres, a ciência encontrou uma explicação, normalmente
chamada de ‘histeria feminina’; embora não cause a morte pelo
fogo, termina provocando uma série de problemas,
principalmente no trabalho.
“Entretanto, não se preocupe, em breve irão chamar
de ‘sabedoria’. Mantenha os olhos fixos no espelho: quem está
vendo?
— Uma mulher.
— E o que está além da mulher?
Ela vacilou um pouco. Eu insisti, e terminou
respondendo:
— Outra mulher. Mais verdadeira, mais inteligente
que eu. Como se fosse uma alma que não me pertencesse, mas que
fizesse parte de mim.
— Isso mesmo. Agora vou pedir para que imagine um
dos símbolos mais importantes da alquimia: uma serpente que
faz um círculo e devora a própria cauda. Consegue imaginar
isso?
Ela fez um sinal afirmativo com a cabeça.
— Assim é a vida de pessoas como eu e como você.
Elas se destroem e se constroem todo o tempo. Tudo na sua
existência ocorreu desta maneira: do abandono ao encontro, do
divórcio ao novo amor, da filial do banco ao deserto. Apenas
uma coisa permanece intacta — seu filho. Ele é o fio condutor
de tudo, respeite isso.
De novo começou a chorar. Mas era um tipo diferente
de lágrimas.
— Você veio até aqui porque viu um rosto feminino na
fogueira. Este rosto é o mesmo que está no espelho agora, e
procure honrá-lo. Não se deixe oprimir pelo que os outros
pensam, já que, em alguns anos, ou em algumas décadas, ou em
alguns séculos, este pensamento será modificado. Viva agora o
que as pessoas só irão viver no futuro.
“O que você quer? Você não pode querer ser feliz,
porque isso é fácil e aborrecido. Você não pode querer apenas
amar, porque isso é impossível. O que você quer? Você quer
justificar sua vida — vivê-la da maneira mais intensa
possível. Isso é ao mesmo tempo uma armadilha e um êxtase.
Procure estar atenta ao perigo, e viva a alegria, a aventura
de ser a Mulher que está além da imagem refletida no espelho.”
Seus olhos se fecharam, mas sei que minhas palavras
haviam penetrado em sua alma, e ali permaneceriam.
— Se quiser arriscar-se e continuar a ensinar, faça
isso. Se não quiser, saiba que já foi muito mais além do que a
maioria das pessoas.
Seu corpo começou a relaxar. Segurei-a nos braços
antes que caísse, e ela dormiu com a cabeça apoiada em meus
seios.
Tentei sussurrar algumas coisas, porque eu já havia
passado pelas mesmas etapas, e sei o quanto era difícil —
assim tinha me dito meu protetor, e assim eu tinha
experimentado em minha própria carne. Mas o fato de ser
difícil não tornava esta experiência menos interessante.
Que experiência? Viver como ser humano e como
divindade. Passar da tensão ao relaxamento. Do relaxamento, ao
transe. Do transe, ao contato mais intenso com as pessoas.
Deste contato, de novo à tensão, e assim por diante, como a
serpente que come a própria cauda.
Nada fácil — principalmente porque exige um amor
incondicional, que não teme o sofrimento, a rejeição, a perda.
Mas, para quem bebe uma vez desta água, é impossível
tornar a matar sua sede em outras fontes.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
DIESA: A SUPREMA FORÇA FEMININA
"A PERTURBADORA EVOLUTIVA
Perturbadora = pessoa que causa desordem.
Perturbadora evolutiva = pessoa que causa desordem na desordem.
Esta expressão é cara Aquela a quem chamamos MÃE (1878-1973). Ela descreve bem como me sinto desde que escolhi a imortalidade, em vez da sobrevivência e da morte. A minha decisão de viver a todo o custo é definitiva. As pontes da morte estão cortadas, preciso de avançar pelo caminho sem caminho que conduz à imortalidade sem garantias. Diesa oblige!
Viver é morrer para a sobrevivência, para os meus hábitos, crenças, valores, aquisições, emoções, mentiras, dependências, tudo o que aprisiona Diesa nas profundezas das minhas células e a impede de se manifestar no meu corpo imortal.
Sinto-me como a lagarta que deve passar pelo caldo de lagarta para se tornar borboleta. Para mim, é do meu caldo de carneiro que imergirá a minha jumenta alada. É a receita evolutiva.
Não são nem as orações, nem as meditações que vão realizar a mutação da humanidade. Elas são apenas um bálsamo para o nosso sofrimento milenar, pelo menos enquanto esperamos passivamente pela morte salvadora. Não. Isto não funciona. Estamos sempre no mesmo ponto é pior até do que nunca. É o beco sem saída da morte. Pois bem, façamos o contrário! O que é que temos a perder?
O mundo de ilusão falso e mentiroso que construamos para assegurar a nossa sobrevivência, chama-se Trabalhar, Sofrer, Envelhecer, Morrer. É triste, limitado, sofredor e mortal. Mas conhecemo-lo. Um famoso ditado popular diz: “Há Duas coisas são inevitáveis, os impostos e a morte”. Deste modo os peixes graúdos continuam a comer os pequenos. E chamamos a isto democracia!
Para mim, o jogo não compensa. Acabou-se a sobrevivência e o mundo de ilusão. Especialmente desde que sei quem sou, uma pessoa soberana, criadora ilimitada. Decido fazer STOP & 180 º graus na minha vida. Doravante, farei exactamente o contrário daquilo que fazia desde sempre enquanto ovelha separada, dividida, assustada e mortal. Eu proclamo que “Duas coisas são evitáveis, os impostos e a morte”.
Resta-me portanto aprender a viver como ser divino que sou. À falta de guia, perguntei a mim mesma como é que faz Diesa e treino-me para fazer a mesma coisa. Isto dá lugar a situações espantosas, por vezes são perturbadoras e traz à luz medos que o são ainda com maior intensidade.
Alguns exemplos de Divindade Aplicada ao Quotidiano:
• Diesa obedece á sua própria lei. Só faço aquilo que me dita a minha própria consciência e não aquilo que me impõem as autoridades exteriores.
• Diesa cria a paz. Não colabora em impostos nem taxas, porque eles servem para financiar a guerra. Contribuo para o bem público à minha maneira.
• Diesa assume-se como tal. Crio o meu próprio emprego. Não me vendo como escrava a um empregador. Sou criadora, responsável, causadora de tudo o que me acontece e não faço ninguém pagar por isso. Não sou sustentada pelas autoridades. Não contraio qualquer espécie de seguro.
• Diesa é juventude eterna. Não guardo dinheiro para a velhice. Não faço descontos para a segurança social e não tenho direito a qualquer pensão de reforma.
• Diesa é toda poderosa. Não preciso nem de segurança nem de protecção e ainda menos de prevenção. Recuso toda a espécie de seguro, a começar pelo seguro de saúde.
•Diesa é um ser soberano, a autoridade suprema. Não preciso de governo. E ainda menos de voto, política, impostos.
• Diesa é ilimitada. Não pertenço a qualquer país limitado, a qualquer empresa limitada, a qualquer ROSS (religião, ordem, seita, sociedade secreta). A minha fidelidade é para com a minha divindade interior.
• Diesa é justa. Não invisto na bolsa. Não penso nem empresto dinheiro a juros. Não lido com bancos, eles emprestam vento. Crio e utilizo a minha própria moeda. Faço trocas sem mais-valias, sem taxas, de forma justa. Pago o preço justo.
• Diesa está de perfeita saúde. Não tenho seguro de doença e não vou ao médico, especialista em doenças.
• Diesa é imortal. Sem testamento, nem heranças, faço circular o dinheiro em vez de o acumular.
• Diesa é rica. Compro bonito, bom e caro, produtos locais aos comerciantes locais. Procuro a durabilidade, imortalidade oblige!
• Diesa é amor infinito, a única realidade. Revejo-me nos outros e trato-os como a mim mesma. Não preciso de exército nem de polí¬cia.
• Diesa é tudo. Estou unificada e não conheço inimigos exteriores, eles não existem. Não tenho medo das pessoas, nem dos micróbios, nem do futuro.
• Diesa é criadora. Crio-me a mim mesma. Sou um original e não uma reprodução. A história dos pais reprodutores e dos seus filhos é uma história de fotocópias tão mal contada como a do Pai Natal. Ponho fim ao meu apego a papéis, hábitos, tradições familiares e à própria instituição familiar.
Estas são situações perturbadoras, evolutivas, para mim, para o meu meio envolvente e para o planeta inteiro. É assim que eu evoluo em consciência para a imortalidade. É desta forma que o concebo. Será verdade? Será mentira? É o que eu quiser que seja. É esta a minha verdade e convido-te a encontrares a tua, é em ti que ela se encontra.
Será um caminho fácil? Não. Confortável? Menos ainda.
Por que o escolhi? Porque continuar no caminho da morte a fogo lento é ainda mais insuportável para mim.
Será que vale a pena? Sim. Cada medo que eu curo, por mais pequeno que seja, cada transformação que realizo, cada STOP & viragem a 180gº que eu faço traz-me paz interior, alegria e serenidade.
Lembro-me de quem sou. Saio da dualidade da felicidade e da desgraça, da tragédia humana e do seu sofrimento. Não existe ví¬tima, nem carrasco, nem salvador. Não há bem nem mal, tudo é divino."
*
É Para o Bem Maior, divulga!!!
Enviado por Luiza Frazão
Nota:
Tinha pensado traduzir do francês esta noite este texto da Ghis, mas em perfeita sincronicidade quando abri o correio tinha já lá a tradução feita pela Luiza e que ela também publicou no seu Blogue, Saber de Si: http://saberdesi.blogspot.com/
Ela preferiu não traduzir a palavra Diese mas para mim é óbviamente a DEUSA!
Publicada por Rosa Leonor em MULHERES E DEUSAS ( http://rosaleonor.blogspot.com/ )
terça-feira, 18 de agosto de 2009
CANÇÃO DA LUA
Por isso caminharemos
sábado, 15 de agosto de 2009
A DEUSA É A TERRA MÃE DE TODOS
A Deusa Mãe deve recordar-nos que a nossa casa é a Terra e o Planeta e que o devemos amar e respeitar num todo e à Natureza. Mostra que a devemos honrar aqui na terra e não adiar nem recusar a vida na sua essência na sua plenitude e grandeza. A nossa origem e destino pode ser o "Céu", o Cosmos ou Deus, mas é a vida na terra que viemos viver e onde temos de ser felizes e conscientes da sua maravilha e perfeição e beleza.
A Deusa é o próprio Corpo Sagrado da Terra - GAIA - que tudo nos deu e que tanta abundância gera...
A Deusa é AINDA A Mulher que nos dá à Luz e alimenta do seu seio e cujo corpo é o verdadeiro altar onde rezar e agradecer a vida que ela representa!
A Deusa Mãe é o chão que pisamos a flor que cheiramos, a árvore que nos dá sombra o fruto que comemos e o ar que respiramos...
Que Ela desça E PERMANEÇA na Terra e nos proteja, que seja una connosco e nos perdoe tanta ofensa ao Seu Corpo redentor que dá vida e amamenta.
Rosa Leonor
A GRANDE DEUSA MÃE
A imagem da Deusa-Mãe, Antiga e Poderosa, encontra reflexo nas mulheres de todos os tempos. Ela não mudou, nem nunca mudará, continuará para sempre a personificação do poder feminino que não decresce em sua força e sua potência provedora de vida. Quem mudou através dos tempos fomos nós mulheres, que acabamos submetidas às forças masculinas. Atualmente, o princípio feminino ingênuamente está afirmando seu poder. Tal atitude independe de um culto religioso ou mesmo de um conhecimento consciente, mas processa-se através de uma atitude psicológica, emergindo do inconsciente coletivo para, graças à Grande Deusa, mudar o destino de todos nós.
Não devemos nos esquecer que fomos trazidos para esta vida pelas mãos da Deusa-Mãe, que já nos proveu de tudo que precisamos. Você, como eu, nasceu dotada de uma grande força interior e um grande espírito. Permaneça em contato com a Deusa e assim, tudo que é certo sempre será dirigido para você. Seja sempre fiel a esta sua força interior e nunca se sentirá sozinha ou sem rumo.
Rosane Volpatto
MUT A DEUSA MÃE
Mut era a Deusa Abutre, Senhora de Isheru, ao sul de Karnak. Seu nome significa "mãe" e era considerada a Grande Mãe da Núbia, aparecendo em figuras mágicas compósitas. Seu culto adquire maior importância na XVIII Dinastia.
Surge muitas vezes inteiramente antropomorfizada, usando na cabeça a "pschent", a dupla cora branca e vermelha do Egito, simplesmente colocada sobre a cabeça ou sobre um toucado em forma de abutre.
Ela é esposa de Amon-Ra e mãe adotiva de Montu e Khonsu. Mut foi identificada com Nuu, o Deus dos abismos. Originalmente, este último, não só representava o obscuridade, mas também as águas insondáveis que fluem por debaixo da terra e formam a fonte do rio Nilo. Estas correntes abismais representam a matéria primogênita da qual se originaram todos os Deuses. Assim, Nuu era chamado do mais velho e sábio dos Deuses, que já existia quando ainda não existia céu e terra, o possuidor de todos os segredos e pai de todos os deuses do mundo.
Parceira do grande deus do panteão egípcio, Mut foi identificada pelos gregos com Hera, a companheira de Zeus, o pai dos deuses gregos. Curiosamente, Hera viu ser-lhe consagrado, em Samos, um gato de bronze, de origem egípcia. Sem ter rigorosamente nada a ver com a deusa grega, esse animal estava associado a Mut, da assimilação com Bastet, daí resultando a inclusão nos rituais de adoração de Hera.
Mut, já era divindade de Tebas antes do aparecimento de Amon-Ra. A presença de Mut junto do deus tebano Amon-Ra se deve ao desejo de reforçar suas características solares, outorgadas a este último, junto o qual ela podia desempenhar o papel de filha do "olho de Ra". Entre as formas divinas masculinas, Amon-Ra (deus Sol) e Khonsu (deus da Lua), Mut aparecia como uma Deusa que atraía de novo a inundação: o "terceiro olho".
Tratando-se de três divindades locais com origens diferentes, associadas em Tebas, segundo o típico modelo familiar, Amon, Mut e Khonsu surgem agrupados em tríade como forma de preencherem o desejo dos teólogos de coordenarem os diferentes cultos praticados na mesma cidada, o que não implicava, porém, que fossem objeto de um culto sistematicamente cumprido.
Como Deusa Mãe se apresentava com uma coroa ornada com abutre, seu vestido era vermelho e azul e em uma das mãos carrega um cetro de papiro. Algumas vezes é representada com asas. Como Deusa do céu aparece como um abutre que tem em suas garras o nó mágico. Um nó mágico é um ponto de convergência de forças que unem o mundo divino e o mundo humano.
Em outras ocasiões, Mut aparece com um falo, afirmando que ela é possuidora tanto dos atributos femininos e masculinos da reprodução. No aspecto que se apresenta com falo, ela é alada e possui garras de leão.
No Livro dos Mortos há uma passagem que diz que para o morto não se decompor, se pronunciava algumas palavras mágicas sobre uma estátua de Mut com três cabeças: uma da Deusa Pajet com plumas, outra com uma cabeça humana com uma coroa e outra com a cabeça de um abutre com plumas.
Mut identifica-se com Bastet e Sekhmet para acentuar as características solares de Amon-Ra e nestas ocasiões é representada na forma de leoa, enquanto que em seu aspecto maternal já não tem nenhum caráter caráter guerreiro de nenhuma das duas deidades anteriores. Ao sul do templo de Amon-Ra de Karnak tinha um santuário, chamado de Hut-Mut, com um pequeno lado em forma de uma meia lua em que era adorado este seu aspecto de leoa. Seus outros centros de culto estavam em Tanis, Sais, no oásis de Jarga e Dajla. Era adorada também no deserto de Hammamat, Mendes e Sebenytos. Aparece ainda como instrutora e protetora de reis e rainhas, que se apresentavam com uma coroa de cabeça de abutre.
A Deusa Mut era venerada em um templo próprio, ao sul do santuário principal de Karnak, como a Senhora de Isheru, Senhora do Céu e Rainha dos Deuses. Dotado de um lago sagrado, o Icheru, construído por Amenhotep III (embora com acrescentos posteriores, dos reinados de Taharka, Nakhtnebef/Nectanebo I, Ptolomeu II Filadelfo e Ptolomeu III Evergeta I), ligava-se ao de Amon por uma avenida ladeada de esfinges. No próprio templo de Amon havia também capelas dedicadas a Khonsu e a Mut.
Durante o festival de Mut, uma estátua da Deusa era colocada em um barco que velejava em torno de seu pequeno lago sagrado Isheru, que tinha a forma de lua crescente. Esta também foi a forma dada ao seu templo.
Como a Grande Deusa do Reino Novo, Mut substituiu ou assimilou muitas Deusas Egípcias. Embora, possivelmente tenha sido inicialmente uma Deusa local do delta, ao casar-se com Amon-Ra, substituindo sua primeira esposa Amaunet, a sua popularidade e importância cresceu prodigiosamente.Passou a representar a Deusa-Mãe do faraó, tendo a coroa real como seu principal símbolo, conseguindo então um lugar de grande destaque em Tebas. A seguir, transforma-se de uma Deusa local em uma das Grandes Deusas do todo o Egito, adorada e venerada de 1500 a. C até a chegada da era romana. Seus seguidores, acreditavam que era Mut quem tudo tinha criado e tinha dado nascimento a todas as coisas.
FESTA DE OPET
Era uma festa em que se celebrava as liturgias mais solenes que se comemorava em Tebas. Celebrada uma vez ao ano e começava quando Amon-Ra partia de seu templo em Karnak para chegar ao templo de Luxor, distante uns 3 Km. Esta viagem se realizava com a intenção de unir-se místicamente com sua esposa Mut.
Durante a XVIII Dinastia, o itinerário da festa se deslocou da terra para o rio. O rei viajava a bordo de sua barca cerimonial e cada estátua dos deuses eram transportadas em uma embracação semelhante. Velas e sirgas impeliam o belo cortejo rio acima. No fim da festa, as correntes do Nilo carregavam as embracações e seus passageiros de volta a Karnak. Durante o festival, ocorria o cerminonail matrimonial anual entre Mut e Amon-Ra. Era um rito que assegurava a fertilidade para o novo ano que se aproximava.
As mais antigas referências disponíveis sobre a festa de Opet datam do início do Novo Império e afirmam que a celebração começava no segundo mês da época das cheias e se estendiam por 11 dias. No final do reinado de Ramsés III, porém, passara a ocupar 27 dias. É provável que tenha sido comemorada até a era romana.
O título de "esposa do deus" (hemet netjer), atribuído à rainha egípcia designadamente a partir do Império Novo, baseava-se na identificação do faraó com o deus Amon e da rainha com a esposa de Amon, a Deusa Mut. Nesse sentido, as rainhas e princesas reais eram as "amadas de Mut". Não surpreende, por isso, que algumas rainhas e princesas adotassem o nome Meritamon, que significa, justamente, "amada de Amon".
Outros nomes de Mut:MONTU, MONT, MUNT
A imagem da Deusa-Mãe, Antiga e Poderosa, encontra reflexo nas mulheres de todos os tempos. Ela não mudou, nem nunca mudará, continuará para sempre a personificação do poder feminino que não decresce em sua força e sua potência provedora de vida. Quem mudou através dos tempos fomos nós mulheres, que acabamos submetidas às forças masculinas. Atualmente, o princípio feminino ingênuamente está afirmando seu poder. Tal atitude independe de um culto religioso ou mesmo de um conhecimento consciente, mas processa-se através de uma atitude psicológica, emergindo do inconsciente coletivo para, graças à Grande Deusa, mudar o destino de todos nós.
Não devemos nos esquecer que fomos trazidos para esta vida pelas mãos da Deusa-Mãe, que já nos proveu de tudo que precisamos. Você, como eu, nasceu dotada de uma grande força interior e um grande espírito. Permaneça em contato com a Deusa e assim, tudo que é certo sempre será dirigido para você. Seja sempre fiel a esta sua força interior e nunca se sentirá sozinha ou sem rumo.
Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto
UMA NOVA CAÇA AS FEITICEIRAS
DIAKOSMOS, A DETERMINAÇÃO DA DEUSA
Vênus de Brassempouy, As civilizações antigas (Egito, Babilônia, Grécia, Roma, entre outras) foram prolixas em cultuar a mulher e a feminilidade ou as deusas como sacerdotisas (Diotima de Mantinea), sábias, filósofas, matemáticas (Hipátia de Alexandria, Theano) pitonisas, amazonas (ou guerreiras). Este culto insere-se dentro de um contexto social e religioso cujas raízes remontam aos registros pré-históricos do Paleolítico e do Neolítico ou ainda a uma fase informe do mundo, quando surgiu o primeiro sentimento religioso da humanidade, que era o de adoração da Deusa Mãe ou Mãe Terra . A religião se expressava pela adoração à Terra, à Natureza, aos ciclos e à fertilidade. Segundo o historiador Raimundo Campos os clãs do Paleolítico eram matriarcais, uma vez que os homens em atividade de caça, vivam se deslocando, cabendo às mulheres a consolidação da sedentarização e do primeiro registro histórico de um clã e de um governo familiar. Esta abordagem mítico-religiosa prevaleceu entre as civilizações antigas e nos respectivos mitos. Descobertas arqueológicas revelam a existência de arte rupestre e de estatuetas de culto ao corpo feminino, à fertilidade e com isso à noção de origem da vida e do mundo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa.
(...) Segundo a religião egípcia, a parte mais importante da alma era o Ib (jb) ou coração. O Ib, ou coração metafísico, era concebido como uma gota do coração da mãe para a criança durante a concepção . Achados arqueológicos da iconografia egípcia retratam esta concepção com a imagem de uma pessoa que é encaminhada pela deusa Maat após a morte para a pesagem da alma. Assim, dentro de uma concepção egípcia, o ab é o coração da deusa ou mãe e o significado da palavra maat é Verdade.(...)
Adão e Eva
A arqueologia pré-histórica, tal como no sítio de Çatalhüyük, e a mitologia pagã registram esta origem do culto à Deusa mãe. A estatueta feminina que ficou conhecida como a Cibele da Anatólia, datada de 6.000 a.C., exibe uma Deusa Mãe corpulenta e em aparentemente processo de dar à luz. Sentada num trono e ladeada por duas leoas, a estatueta foi encontrada num compartimento de estocagem de grãos, o qual, segundo arqueólogos, sugere uma maneira de proteger a colheita ou o suprimento de alimentos. As pegadas do culto à Deusa mãe são assim encontradas desde épocas imemoriais até os tempos áureos das civilizações antigas.
As mais recentes descobertas de uma religião humana remontam inicialmente ao culto aos mortos (300.000 a.C.), e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a deusa Réia (ou Cibele, entre os romanos), também representada pela imagem de uma mulher ladeada por duas leoas, exprime este culto na própria etimologia: réia significa terra ou fluxo [16]. Campbell argumenta que Adão (do hebraico אדם relacionado tanto a adamá ou solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom ou vermelho, e dam, sangue) foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidade da religião com a Mãe terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada também na Bíblia: ...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal .
Segundo Walter Burkert, um dos mais respeitados arqueólogos da Antiguidade: As deusas do politeísmo grego, tão diferentes e complementares, são ainda assim consistentemente similares numa etapa inicial, com uma ou outra simplesmente convertendo-se em dominante em um santuário ou cidade. Cada uma é a Grande Deusa presidindo sobre uma sociedade masculina, cada uma é representada em seu aspecto de Potnia Theron ou Senhora dos Animais, incluindo Hera e Deméter. Ou ainda: Em particular, parece que uma antiga deusa grega, especialmente 'qua' 'Senhora dos Animais' foi individualizada na Grécia sob várias formas, como Hera, Ártemis, Afrodite, Deméter, e Atena; e acrescenta: A idéia de uma Senhora dos Animais é amplamente disseminada na Grécia e é muito possível que tenha origens no Paleolítico; na religião oficial grega isso sobrevive no minimo para além do folclórico (Burkert 1985, p. 154, 172).
IN: wikipedia : A HISTÓRIA DAS MULHERES
O PODER DA SENHORA DA VIDA
Naquele momento eu estava de pé diante de meu primeiro Caldeirão,Derramei um pouco de Água Dentro dele e espalhei as ervas sagradas da Deusa Hera Dentro dele:
Senhora da Vida e da verdade
Seja minha guia nesta jornada
Retire o Véu que tapa meus olhos
Liberte minha Alma
Está noite a Sua Grande Senhora
Minha Deusa Hera
Senhora da Lua!
Naquele momento eu senti o poder da Deusa Hera fluindo atraves do meu corpo e da minha alma e dexei o Poder dela falar mais alto:
Eu sou a vida e amorte,Sou teu caminho e sou teu destino
Você andava perdida
E eu te dei a resposta
Você andava sem vida
E eu lhe dei um porposito
E eu serei sua guia
Nesta intenssa viagem ao fundo do ser
Liberte sua alma e venha a minha presença
Eu agora não sabia se ra a Deusa ou eu quem murmurava estas palavras,eu estava em transe e aquilo já não me importava.Por um momento o Poder foi muito forte e eu quase cai ,mas me segurei firme na pedra-achada por acaso numa floresta- e pedi o auxilio de minha mestra.
A vida e a morte são uma so coisa no pensamento Dela
Se com minha vida ou com minha morte
Eu for util aos propositos da Deusa
Então estarei feliz e plena.
Agora as vozes diziam para eu falar meu nome em voz alta:
Eu sou Gaia Lil,feiticeira e sacerdotisa da Deusa!
As vozes aziam perguntas e queriam ver se eu sabia as respostas:
Você abriria mão do amor de um homem pela Deusa?
A Sacerdotisa respirou fundo e disse:
Sim
Você mudaria todo seu caminho se fosse da vontade Dela?
Sim-respondi denovo
Você abriria mão do amor de todas as pessoas pelo Poder e pelo Conhecimento Sagrado
Não-minha resposta foi firme
NÃO ABRIRIA
Então esta aceita-responderão as vozes.
Naquele momento senti que uma mão não permita que eu tomba se no chão,pos o ritua me deixara exausta.
Mas eu aguentei e senti o Poder da Deusa vibrando sobre mim-uma sensação que so quem se dedica a Ela de corpo e almo pode compreender-
Gaia,a sacerdotisa feia como um duende ,mas bela e altiva usando o Poder da Deusa...