Sofia em grego, "hohkma" em hebraico, "sapientia" em latim, tudo significando sabedoria. Como deusa da sabedoria, Sofia possui múltiplas faces: Deusa Negra, Divino Feminino, Mãe de Deus.
Sofia é um aion (entidade de poder divino), filha de um par primordial de invisíveis e inefáveis seres transcendentais, chamados de Profundidade (masculino) e Silêncio (feminino). Deste par surgiram 30 emanações ou Aions, compostos de um Aion masculino e um feminino cada. Sofia separa-se de seu par, que em muitas variantes do mito é chamado de Vontade. Tendo perdido seu gêmeo, o seu amor divino é pervertido em "hubris" ou orgulho excessivo e arrogante. Ela abandona o caminho do "coração que compreende" (gnosis kardias) e vai em busca do conhecimento apenas do poder da mente.
[...]
Entretanto, sua paixão pelo conhecimento e seu desejo pelo pai-mãe tiraram de dentro de seu ser entidades curiosas, que subsistiram como criaturas vivas e impuras no abismo. Sofia neste instante, parece dividir-se em duas personalidades; uma mais elevada e outra inferior.
[...]
Do ponto de vista psicológico, Sofia pode ser definida como a personificação da necessidade de individualização. Sua história segue o padrão clássico dos quatro estágios do drama grego: o conflito, a derrota, a lamentação e a redenção ou solução conseguidas com o contato com o Divino. Este padrão quádruplo é a manifestação da imagem quádrupla da totalidade, celebrada por Jung.
Sofia, não é somente uma alma feminina, mas a alma de todas as coisas e pessoas. Todos nós estamos à procura da nossa totalidade. Assim como Sofia, vagamos por caminhos incertos, nesta frenética busca. A salvação do homem é a união com a mulher dentro da sua alma (anima), enquanto que a libertação da mulher depende da comunhão com seu gêmeo masculino (animus).
Sofia, grávida do conhecimento, convida-nos para beber de sua taça da sabedoria. Entretanto, o maior problema das mulheres hoje, é não se permitir abrir-se para o novo, pode ser para uma chuva que cai descompromissada, para uma nova relação ou um novo conhecimento.
[...]
***
Um tema actualissimo, o ser humano enquanto ser completo, abordado com o habitual tom encantado, abundância de referências e adequada banda sonora,
por Rosane Volpatto
*
IN:http://maraoluar.blogspot.com/2006/03/sofia-o-rosto-feminino-de-deus.html
Sofia é um aion (entidade de poder divino), filha de um par primordial de invisíveis e inefáveis seres transcendentais, chamados de Profundidade (masculino) e Silêncio (feminino). Deste par surgiram 30 emanações ou Aions, compostos de um Aion masculino e um feminino cada. Sofia separa-se de seu par, que em muitas variantes do mito é chamado de Vontade. Tendo perdido seu gêmeo, o seu amor divino é pervertido em "hubris" ou orgulho excessivo e arrogante. Ela abandona o caminho do "coração que compreende" (gnosis kardias) e vai em busca do conhecimento apenas do poder da mente.
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Entretanto, sua paixão pelo conhecimento e seu desejo pelo pai-mãe tiraram de dentro de seu ser entidades curiosas, que subsistiram como criaturas vivas e impuras no abismo. Sofia neste instante, parece dividir-se em duas personalidades; uma mais elevada e outra inferior.
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Do ponto de vista psicológico, Sofia pode ser definida como a personificação da necessidade de individualização. Sua história segue o padrão clássico dos quatro estágios do drama grego: o conflito, a derrota, a lamentação e a redenção ou solução conseguidas com o contato com o Divino. Este padrão quádruplo é a manifestação da imagem quádrupla da totalidade, celebrada por Jung.
Sofia, não é somente uma alma feminina, mas a alma de todas as coisas e pessoas. Todos nós estamos à procura da nossa totalidade. Assim como Sofia, vagamos por caminhos incertos, nesta frenética busca. A salvação do homem é a união com a mulher dentro da sua alma (anima), enquanto que a libertação da mulher depende da comunhão com seu gêmeo masculino (animus).
Sofia, grávida do conhecimento, convida-nos para beber de sua taça da sabedoria. Entretanto, o maior problema das mulheres hoje, é não se permitir abrir-se para o novo, pode ser para uma chuva que cai descompromissada, para uma nova relação ou um novo conhecimento.
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Um tema actualissimo, o ser humano enquanto ser completo, abordado com o habitual tom encantado, abundância de referências e adequada banda sonora,
por Rosane Volpatto
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