"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


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domingo, 29 de agosto de 2010

A PARTEIRA DIVINA



A Parteira Tradicional, Suely Carvalho conta sobre a herança das parteiras. Suely explica sobre a atuação da parteira tradicional que é baseada numa visão holística no caminho do Sagrado Feminino. Suely Carvalho é fundadora da ONG CAIS do Parto em Pernambuco que organiza iniciação para parteiras tradicionais.
IN: http://rodademulheresbh.blogspot.com/


"Servimos de parteiras às consciências umas das outras.”

"Devemos lembrar-nos como e quando cada uma de nós passou por uma experiência da Deusa, e se sentiu sarada e integral por causa desta. São momentos santos, sagrados, intemporais, embora por mais inefáveis que se possam revelar, sejam difíceis de reter em palavras. Mas, quando qualquer outra pessoa menciona uma experiência semelhante, isso pode evocar as sensações que voltam a captar a experiência; se bem que só aconteça se falarmos da nossa vivência pessoal. É por isso que necessitamos de palavras para os mistérios das mulheres, o que parece exigir que uma de cada vez explicite o que sabe - como tudo o mais que é de foro feminino. Servimos de parteiras às consciências umas das outras.”
(...)
IN TRAVESSIA PARA AVALON
De Jean Shinoda Bolen

O dom é assim, nasce com a gente. E não se pode dizer não"(Maria dos Santos Maciel, a Dorica, a mais velha parteira do Amapá), explica. "Parteira não tem escolha, é chamada nas horas mortas da noite para povoar o mundo." O espectro quase centenário é visto quando se navega pelos rios do Oiapoque iluminado apenas por uma lamparina. Viaja acompanhada da irmã Alexandrina, de 66 anos. "Mulher e floresta são uma coisa só", compara Alexandrina. "A Mãe-Terra tem tudo, como tudo se encontra no corpo da mulher. Força, coragem, vida e prazer."

(trecho do texto Parteiras da Floresta)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SERVAS DA PARTEIRA DIVINA


PARTEIRAS DA FLORESTA

"As mãos de um punhado de mulheres fazem do Amapá a região recordista em partos normais no Brasil das cesarianas

Elas nasceram do ventre úmido da Amazônia, no extremo norte do Brasil, no Estado esquecido do noticiário chamado Amapá. O país pouco as escuta porque perdeu o ouvido para os sons do conhecimento antigo, para a música de suas cantigas. Muitas não conhecem as letras do alfabeto, mas são capazes de ler a mata, os rios e o céu. Emersas dos confins de outras mulheres com o dom de pegar criança, adivinham a vida que se oculta nas profundezas. É sabedoria que não se aprende, não se ensina nem mesmo se explica. Acontece apenas.

Esculpidas por sangue de mulher e água de criança, suas mãos aparam um pedaço ignorado do Brasil. O grito ancestral ecoa do território empoleirado no cocuruto do mapa para lembrar ao país que nascer é natural. Não depende de engenharia genética ou operação cirúrgica. Para as parteiras, que guardaram a tradição graças ao isolamento geográfico do berço, é mais fácil compreender que um boto irrompa do igarapé para fecundar donzelas que aceitar uma mulher que marca dia e hora para arrancar o filho à força.

Quase 90% da população do Amapá, composta de menos de meio milhão de habitantes, chega ao mundo pelas mãos de 752 "pegadoras de menino". Campeão no Brasil em partos normais - e ostentando o segundo mais baixo índice de mortalidade infantil -, o Estado fez do nascimento tradicional uma política pública. Encarapitadas em barcos ou tateando caminhos com os pés, a índia Dorica, a cabocla Jovelina e a quilombola Rossilda são guias de uma viagem por mistérios antigos. Cruzam com Tereza e as parteiras indígenas do Oiapoque, onde já começou o Brasil. Unem-se todas pela trama de nascimentos inscritos na palma da mão. "Pegar menino é ter paciência", recita a caripuna Maria dos Santos Maciel, a Dorica, a mais velha parteira do Amapá. Aos 96 anos, mais de 2 mil índios conheceram o mundo pelas suas mãos pequenas, quase infantis. Dorica - avó, mãe, madrinha - nem mesmo gostaria de possuir o "dom". "O dom é assim, nasce com a gente. E não se pode dizer não", explica. "Parteira não tem escolha, é chamada nas horas mortas da noite para povoar o mundo." O espectro quase centenário é visto quando se navega pelos rios do Oiapoque iluminado apenas por uma lamparina. Viaja acompanhada da irmã Alexandrina, de 66 anos. "Mulher e floresta são uma coisa só", compara Alexandrina. "A Mãe-Terra tem tudo, como tudo se encontra no corpo da mulher. Força, coragem, vida e prazer." Quando os remos cortam o rio, são perseguidos pelos olhos fosforescentes dos jacarés. "Não tem perigo. Eles só comem cachorro e sandália", tranqüiliza Dorica. "Abrimos o bucho de um, dia desses, e era só o que tinha." Dorica lembra dos 16 abortos do próprio ventre, ela mesma impedida de ter um filho por desígnios que não lhe cabem invocar.


Está cansada, confidencia. "Queria pedir a Deus o meu aposentamento de parteira." Deus é ainda menos apressado que o ministro da Previdência: até agora, não deu resposta ao pedido. Assim, Dorica crava os pés nus no chão sempre que alcança o destino e acocora-se entre as pernas da mulher. Alexandrina abraça o corpo da gestante com as pernas, por trás. Das entranhas do corpo feminino Dorica nada arranca, apenas espera. "Puxa" a barriga da mãe endireitando a criança, lambuzando o ventre com óleo de anta, arraia ou mucura (gambá) para apressar as dores. Perfura a bolsa com a unha se for preciso e corta o cordão umbilical com flecha se faltar tesoura. "Pegar menino é esperar o tempo de nascer", ensina. "Os médicos da cidade não sabem e, porque não sabem, cortam a mulher." No escorrer de oito dias, Dorica abandona a roça de mandioca.

É missão da parteira lavar, cozinhar, "puxar" o útero para que a mulher fique sã. É obrigação pentear o seio para que o leite jorre entre os lábios do menino. É sabedoria aspirar o nariz do bebê com a boca até ouvir o choro. Cumpridas as etapas, Dorica entrega a mulher ao marido: "O que eu podia fazer pela sua mulher eu já fiz. Agora você tem de cuidar da família". O marido agradece. "Se eu puder lhe dar alguma coisa, lhe dô." E Dorica responde: "Deus dá o pago". E o diálogo se encerra. É tudo. E é assim há mais de 500 anos. Dos mais de 2 mil partos consumados no chão da Amazônia, Dorica só perdeu três. Não passa um dia sem lamentar. "É uma criança que faltou na comunidade", constata. Na cultura dos povos da floresta, ninguém é substituível. Ou descartável. A vida que feneceu antes de vingar será chorada para sempre. Brasil de cesarianas · 24% dos 2,6 milhões de partos anuais são cirúrgicos · Mato Grosso do Sul é o recordista, com 40,46% · Apenas entre 5% e 10% dos partos requerem cirurgia · A cada 10 mil partos normais morrem duas mulheres. A cada 10 mil cesarianas sucumbem sete · O SUS paga R$ 194,79 por parto normal e R$ 293,84 por cesariana A parteira dá adeus enquanto a canoa some no rio. A arara a observa de um galho, um bando de papagaios corta o céu em algazarra, uma menina se banha no igarapé antes da escola. Dorica pousa a mão no velho coração e, pronunciando palavras silenciosas, arranca de lá a bênção aos que partem. Depois, dá as costas e vai pitar tabaco enquanto espera a hora em que o quinto filho de Ivaneide Iapará irá esmurrar a porteira do mundo pedindo passagem.

As parteiras da floresta comungam da religião católica. Algumas adotaram as pentecostais. Outras são espíritas, batuqueiras. Mas no coração vive uma religião antiga, em que a Grande Deidade era feminina. Aquela que governa o nascimento-vida-morte, presente-passado-futuro. No tempo dos ancestrais, a relação entre o sexo e os bebês era desconhecida, tabu insondável de onde surgiram os mitos da cobra grande ou do boto fecundador. Hoje, mesmo invocando um deus masculino, o Espírito Santo ou os orixás, elas guardam uma herança silenciosa em que o feminino é fonte de toda a vida, e cada mulher é a guardiã do mistério. Quando remam quilômetros por rios ou vão "de pés" para auxiliar uma igual a consumar o milagre da vida, o parto é símbolo de resistência, uma lembrança subversiva de que cada mulher guarda um pouco da Deusa.
(...)

Está além da compreensão das parteiras da floresta que a vida se desenrole em berço de morte, no hospital, como se doença fosse. Para cada parteira, a dor primal é o prenúncio do êxtase do nascimento. Parto, com as devidas desculpas à condenação divina, não é sofrimento. É festa.

Valha-me Deus, ó Deus de misericórdia! As cordas que me ouvem haverão de me levar". Rossilda pega o rumo de cada parto acompanhada de outra parteira, Angelina. Em espírito invocado, porque Angelina deixou este mundo há muito. O segredo dessa dupla de vivente e não vivente não conta. "Senão, perde a valoridade." Quando a hora chega, vencidas as nove luas, os homens são despachados para não fazer zoada. Parto é festa feminina. Vem vizinha de todo canto, comadre e não comadre. Enchem a casa, fazem café e mingau e se põem a contar casos e piadas para distrair a barriguda. Rindo um pouco, rezando outro tanto, de branco dos pés à cabeça, Rossilda vai ajeitando a criança, vigiando a dor. Quando se vê, "lá vem o menino escorregando pro mundo". O pai é chamado então para engatilhar a espingarda e dar dois tiros para cima, se for menina, ou três, para o caso de ter nascido menino. Se for homem, mais um Joaquim ou Raimundo. Mulher, obviamente Maria. Se despede rimando, a Rossilda: "Tenho mão limpa e coração puro. Sou parteira, trago criança ao mundo".

A floresta das parteiras é assim, uma terra de cantorias. "Quem disse que não somos nada, que não temos nada, já se enganou. Repare nós organizadas e bem preparadas, com as parteiras estou...", cantarola Tereza Bordalo, de 51 anos, parteira desde os 16. Convoca as irmãs para o ritual de agradecimento, vai cumprimentando as amigas de Saint George, na Guiana Francesa, com um Bonsoir, ça va bien? No outro lado do Rio Oiapoque, são todas madames. Ou melhor, "madam". Como madam Marie Labonté, que penetra na mata em busca da pele das serpentes. "Tomando chá de pele de cobra, o menino nasce sem dor, oui?" Do fundo da floresta, as parteiras vão surgindo tímidas, silenciosas. As mãos da vida se agarram, os pés do caminho se plantam em círculo no útero da mata quando agradecem à divindade ao amanhecer. Assim como a criança, o dia nasce sem outra força que não seja a da natureza. Surge em hora precisa, sem que ninguém tenha de arrancá-lo do ventre da noite.

Elas erguem as velas pedindo iluminação no ofício. Invocam a terra, o rio e a floresta. É uma conversa de comadres, uma prosa ao pé do ouvido. A imagem primitiva parece falar a uma sociedade surda - esquecida do cordão umbilical com algo maior que o mundo forjado dentro do mundo. Do útero circular, a índia Nazira Narciso aviva a chama: "Índia, crioula, brasileira, é uma dor só. É tudo o mesmo chorar. O mesmo coração de mulher".

A roda se desfaz e as parteiras pegam a barca para singrar os rios da fronteira do Brasil. (...)

Fonte: http://shaktilalla.blogspot.com/2010/01/as-parteiras-da-floresta.html
Encontrado em : http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

GESTAÇÃO E PARTO COMO SÍMBOLOS DA DEUSA


"Somente a vida simbólica pode expressar a necessidade da alma - a necessidade diária da alma... E porque as pessoas não têm tais coisas, elas nunca saem desse moinho - esta vida banal, terrível, opressiva, na qual não são "nada mais que". No ritual, elas estão próximas a Deus; elas são divinas".
C. G. Jung (1939)


O simbólico é o que transcende a estreiteza da consciência pessoal. Perceber a gravidez e o nascimento como símbolos enriquece e promove crescimento, abrindo o feminino para uma religação com sua base F
eminina Vital mais profunda.

Assim como a água sempre corre para o fundo, a grávida é levada para mais baixo e para mais dentro, em maior proximidade e intimidade com os processos inconscientes. É um deixar fluir, entregar-se e se reposicionar sobre a base de sustentação, o apoio de seu substrato natural, ligado à Mãe-Terra.

Na era religiosa matriarcal, a Grande Deusa Mãe como Mãe-Lua, Mãe-Terra ou Mãe-Natureza, era o poder generativo, seu Útero e seios eram venerados. Era a Deusa Criadora, Mãe de Tudo o que existe. O universo era visto como uma mulher dando à luz a todas as formas de vida. Na imagem da Deusa-Mãe, mulheres de tempos antigos encontravam o reflexo de sua natureza mais profunda.

A experiência de que a mulher grávida é também a representação da Grande Mãe telúrica, que deu origem a vários costumes. Por exemplo, o parto no chão. Existem estátuas de Deusas do nascimento, de joelhos na posição de uma mulher dando à luz. Em textos egípcios, a expressão "sentar no chão" é igual a "dar à luz" ou "nascer".

O significado religioso deste costume, segundo Mircea Eliade, historiador de religiões, é: "Nascimento e parto são versões micro-cósmicas de um ato exemplar executado pela terra; mães humanas imitam e repetem o ato primordial que fez a vida aparecer sobre o seio da terra; conseqüentemente, cada mãe tem de fazer contato com a Grande Generatrix e ser guiada por ela para realizar completamente o mistério que é o nascimento de uma vida, como também Dela receber energias benéficas e encontrar sua proteção materna."

A capacidade natural da mulher de gerar um filho, uma vida no seu corpo é a oportunidade dela vivenciar uma iniciação, regida pelo princípio lunar. Um Mistério Feminino que implica em submeter-se a um processo de amadurecimento, no qual há uma aquisição de conhecimento que engloba o receptivo, recebendo a semente e nutrindo as raízes em silêncio; é uma doação paciente, tolerante, um entregar-se, agüentando a transformação.

Neste sentido, a gravidez e o nascimento podem tornar-se uma aventura psicológica profunda, por meio dela a mulher sente sua unidade com a Mãe criativa, sua identidade com ela. É um percurso a ser percorrido sozinha, gestando a nova vida em si. A mulher grávida foi venerada desde a antiguidade como representando "algo em si mesma", "algo individual", e a gravidez pode propiciar essa experiência de se tornar completa em si mesma, independente do masculino.

As Deusas lunares eram virgens. Não no sentido da castidade, mas no sentido de não-casadas, aquelas que pertencem a si próprias. A Deusa Virgem é "uma-em-si-mesma", não estava relacionada como contraparte feminina ou esposa a nenhum deus, nada de externo a elas determinava suas qualidades ou regulava sua conduta, sendo sua própria soberana.

Esse se entregar a si mesma ou à Deusa em si, não é uma aceitação passiva, mas uma resposta aberta a um momento afirmativo da vida que demanda coragem e fé, isto é, entrega ativa. Uma posição que não interfere, mas colabora com o processo natural. Na hora de dar à luz, ao desistir de si, para ser somente um canal, um meio de escoamento para a nova vida, aceitar a dilatação, a dor da contração, entender uma dinâmica nova, onde as quantidades de esforço e não-esforço só podem ser penetradas por uma visão de conjunto.

No parto a mulher experimenta uma descida às profundezas e, como suas ancestrais, independentemente das características próprias de sua personalidade, grau social ou raça, é a criatura fêmea engajada em sua tarefa mais fundamental. Ela está a serviço de trazer à luz o segredo das profundezas, da interpenetração dos elementos formadores da vida humana.


http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol05x10/BE10x4.html


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A DOR DO PARTE É CAUSADA PELO MACHISMO


México, 30 out (EFE).- O parto é um ato violento, mas não tem por que ser doloroso, disse a escritora francesa Muriel Bonnet, opinando que a dor é conseqüência da atual "cultura do medo" imposta pelo homem."A dor vem do medo", disse Bonnet em entrevista à Efe.A autora de "O nascimento, uma viagem: o parto através dos povos" explicou que o medo produz adrenalina, deixando as mulheres tensas.A reação endurece os músculos do útero e gera a dor.Ela acusou os homens de impor o mundo masculino de força sobre o feminino. A dominação é causada, por sua


vez, pelo medo "do poder da Deusa da Criação", opinou.


"É uma luta de poder. Os homens tiraram da parteira seu poder natural de ajudar as suas irmãs e filhas a dar à luz. Agora as mulheres têm que lutar para retomar seu direito natural de apoiar as outras mulheres no parto"
sustentou.Quando o mundo feminino recuperar seu lugar haverá equilíbrio entre homens e mulheres, previu Bonnet. Durante 25 anos ela percorreu o mundo para observar como se dá à luz em diversas culturas.A francesa esclareceu, no entanto, que não se trata de dominar o homem, que deve ocupar seu papel de companheiro da mulher. Os dois devem exercer a sua liberdade.Bonnet lembrou seu primeiro parto, quando tinha 23 anos, como algo envolvido por uma nuvem de medo e ignorância. Ela usou anestesia epidural, fórceps e parto comum no hospital, porque não conhecia outras opções. Da segunda vez, quando teve gêmeos, o parto foi "de quatro", uma experiência mais simples, natural e agradável, garantiu."Em outras culturas, o parto não dá tanto trabalho, é algo simples", observou. Por isso, buscou parteiras baseadas na transmissão ancestral de conhecimentos no México, Amazônia, Canadá, Europa, África e Índia.


"O parto na verdade está ligado ao coração. Dar à luz é algo sagrado, como fazer amor, mas na sociedade atual nos esquecemos disso"

, explicou."Num mundo onde a mulher é integrada ao seu ambiente natural, o bebê nasce como um orgasmo",

afirmou.Bonnet é uma firme defensora de partos dentro de casa ou em "casas de parto" administradas por parteiras."Devemos tomar consciência primeiro do poder das mulheres, e não deixar que ele fique nas mãos de outras pessoas, como médicos", recomendou.A francesa afirmou que a cultura do medo afeta inclusive a família, e é responsável pela luta entre sogra a nora."É uma concepção do passado. Nós, mulheres, somos bruxas, e isso é ruim. Mas na realidade ser uma bruxa é ser uma mulher de conhecimento, que não aceita a opressão, e isso é mais comum nas mulheres mais velhas", sustentou.As mulheres jovens sentem essa força, que causa "inveja e medo", e daí nasce a inimizade entre sogras e noras. Mas, para ela, não deveria ser assim, já que "se existem bons homens é porque suas mães fizeram um bom trabalho".

Fonte: