"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

INVOCAÇÕES PARA 2010


Que o meu Templo
Seja a minha Alma

Que minhas lágrimas façam parte de mim
Que a minha dor me conduza
Na minha dança em espiral
Que as lágrimas que molham meu rosto
Sejam doce bênção sobre a Terra

E que Ela,
Aquela que rege todas as coisas
Sempre esteja comigo
E que em mim
Mesmo que o transe me abandone...
E que eu me esqueça de como a cantiga é feita...
Eu encontre o vago toque da Deusa
Para abençoar e amar

Senhora de Todas as Coisas,
Mãe de Tudo o Há
Mãe Terra,
Deusa da Criação
Peço sua bênção
A mim e todos aqueles
Que sofrem
E que eu saiba, que mais
Que minha própria dor
Devo olhar e proteger Aqueles que amo
Levando o Seu conforto
E a Sua Bênção a todos os lugares
E Isso que peço a Todas Mulheres
E a Todos os Filhos da Mãe
Neste ano que se inicia

Que Assim seja
E Assim se faça.

Gaia Lil

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E Venha,
Ó Imperatriz!
Em 2011 Quando Faço 18 anos...
Traga minha liberdade...Meu emprego...
E Se possível minha casa própria!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A GRANDE DEUSA VULCÃO


PELE, RIO DE LAVAS

Eu apareço,
eu pulso,
eu vibro
Nunca fico quieta
Sou a vibração perpétua
O zumbido constante que você ouve
Estou sempre em movimento
No caminho que desce as profundezas
Com fogosa vitalidade
Em lugares que você só pode sentir
Quando necessário Com erupções dramáticas, vigorosas, vulcânicas
Eu a desperto
Com lava de fogo
Eu digo:
"Preste atenção!"


" O céu se acende, os mares turbulentos parecem o inferno, O oceano se agita, a lava surge do Kilauea. Ondas de fogo cobrem a terra, Pele está furiosa!"


Pele é a Deusa vulcânica do povo polinésio do Havaí. De acordo com uma lenda, ela aparece para o povo como uma bela e misteriosa jovem diante de um vulcão, ou como uma velha curtida pelo tempo que acende o cigarro com um estalar de dedos. Sua presença ainda é extremamente marcante na história de seu povo, tanto como culto quanto em suas manifestações vulcânicas permanentes. São comuns oferendas de flores, cigarros, bebidas e jóias nas crateras do vulcão Kilauea, sua morada, assim como suas "aparições", como uma linda mulher pedindo carona para os desavisados turistas que passeiam em noite de lua cheia. Dizem que ela passeia vestida de vermelho e acompanhada por um cão branco. Se você cruzar com ela, recomendo-lhe a fazer o que ela lhe pede.

E se você for ao Havaí, jamais remova qualquer rocha de seu vulcão, pois a Deusa Pele castiga com muito azar todo aquele que mexer em objetos que estão sob a sua guarda.


Embora suas sacerdotisas, as rainhas do Havaí, tenham se convertido ao cristianismo, quando houve a erupção de Mauna Loa, em 1880, a princesa Keelikolani recitou os velhos encantamentos, fez oferendas de panos de seda e gotejou brandy sobre a lava ardente. Pele então se acalmou.
A Deusa Pele foi uma das primeiras deidades que habitou as ilhas.

Ela era uma Deusa zelosa e apaixonada de uma cultura que praticava a poligamia.

Esta primitiva sociedade era dominada pelo homem e regida por um código moral com severos tabus que ajudavam os havaianos a evitar a ira de Pele.
Em 1990, Pele causou a mais devastadora erupção da história do vulcão Kilauea, que com sua fúria destruiu o povoado de Kalapana, na costa sul-oriental do Havaí. Mais de 100 casas, igrejas, escolas e parques foram arrasados por um ardente rio de lavas como prova da ira desta Deusa. Quando o humo se dispersou, descobriu-se que a lava milagrosamente não havia devastado somente uma casa, a qual pertencia a um devoto adorador de Pele.

Para os havaianos, este estranho incidente fora a prova da maldição de Pele e de seu poder para proteger e destruir.

Duas plantas havaianas são associadas especificamente com Pele: a árvore "Ohi'a lehua" e o arbusto "ohelo". Pele também está relacionado com o chakra do plexo solar, que é onde armazenamos toda a nossa energia nervosa.

A Deusa Pele é reverenciada hoje como aquela capaz de retomar o equilíbrio da natureza.
É esta Deusa que mobiliza o centro da terra para reacomodar as energias perdidas.
Pele é a Deusa do fogo e dos vulcões. À medida que seus rios implacáveis de lavas causam destruição em marcha até o oceano, uma nova terra é criada, o que evidencia a dualidade da destruição e criação como arquétipo de transformação permanente.


Para demonstrar sua devoção à Deusa, os havaianos a glorificam com cantos e danças sagradas. Estas danças sensuais e místicas se denominam "Hula" e são o único vestígio da antiga vida havaiana.Os sons da hula não são compostos por mortais, mas pelo espírito de Pele que os transmitem aos seus cultuadores. Acredita-se que todos aqueles que aprendem as danças estão possuídos por Pele. Um erro nos passos representa que pele rejeitou o dançarino.





O poder de Pele permanece desconcertando geólogos e aferventando temores entre os seus adoradores.

A Deusa Pele merece um lugar de destaque na grande mitologia da humanidade.

LENDA


Pele vivia com sete irmãos e seis irmãs em Kahiki (Thaiti). Um dia, se apaixonou por um rapaz, Hi’iaka. Mas o moço não se interessou por ela e se encantou com Lohi’au, sua irmã. Possessa, Pele mandou construir uma canoa bem forte que pudesse resistir à força das marés.


Desiludida, ela foi para o Havaí.
A pequena canoa, chamada, O ka-moho-ali’i, triunfou sobre a violência das ondas.
Ao chegar à ilha, Pele se refugiou dentro do mais violento dos vulcões, o Kilauea.
Até hoje, a cada erupção, os nativos juram que a lava do vulcão é a lágrima da Deusa abandonada.
Invoque Pele para: amor, paixão, sexualidade, magia, limpeza, purificação, conhecimento, emoções, transmutação, poder, vigor, coragem, fúria e revelações.
Símbolos: vulcão, hibisco e pedras vulcanizadas.
Dia: sexta-feira, terça - feira.
Cores: vermelho, laranja, preto, amarelo e branco.
Aroma: hibisco.

Pele chega em nossas vidas para sinalizar que é hora de despertar! Você tem sido embalada pela mesmice da sua vida? Pois prepare-se para despertar sua consciência e alcançar a consciência plena.
Está mais que na hora de você ver as coisas como elas realmente são e começar a mudar para torná-las da maneira como você deseja que elas sejam.

É hora de acordar seu potencial e resgatar sua força. Preste muita atenção em tudo que a vida está lhe dizendo. Pele diz que você alimenta o despertar se a sua vida for mais criativa, em vez de ser tão somente reativa.

RITUAL

Recolha-se em um lugar onde não possa ser interrompida. Feche os olhos e respire fundo, soltando o ar deixando ir com ele tudo o que precisa ser libertado. Inspire profundamente e visualize então uma montanha com um vulcão.

Veja-o, sinta seu calor, perceba-o, cheire-o. Agora deixe que seu corpo torne-se o vulcão. Você se sentirá ligada ao âmago da Terra. Sinta o fogo, a energia que se forma em torno dele, vibrando, se movimentando, zumbindo, derretendo.

Esta energia derretida começa então a expandir-se e a se movimentar. Primeiro ela entrará pelos seus pés, quente e viscosa. Então ela sobe pelas pernas, irradiando energia, vitalidade e prazer. Depois passa pelo tronco e atingi a coluna. O calor se move lentamente, como ouro derretido, acariciando, relaxando, energizando.

A sensação é muito prazerosa! À medida que ele avança para o plexo solar (acima do umbigo), vai se espalhando para o resto do corpo, desce pelos braços, passa pelas mãos e chega até a ponta dos dedos. Agora ele subirá, distribuindo vitalidade por todo o seu corpo. Sobe até o alto da cabeça, onde transborda pela pele, energizando e renovando. Você se sentirá consciente e desperta, centrada e relaxada, pronta para o que der e vier.

Seja bem-vinda e sinta-se abençoada pela Deusa Pele!

Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto

IN: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusapele.html


A RAINHA VERMELHA

Boudicca






"Boudicca era alta, terrível de olhar e abençoada com uma voz poderosa. Uma cascata de cabelos vermelhos alcançava seus joelhos; usava um colar dourado composto de ornamentos, uma veste multi-colorida e sobre esta um casaco grosso preso por um broche. Carregava uma lança comprida para assustar todos os que deitassem-lhe os olhos."...(Dião Cássio em "História Romana").

Boudicca era a rainha da tribo celta Iceni, que habitava a Grã-Bretanha por ocasião da conquista romana.

Entretanto, Prasutagus, seu marido, é quem conduzia o povo. Ele comprometeu sua posição política, quando realizou inúmeros acordos com os romanos, inclusive entregando parte de seus domínios, com a esperança de proteger seu título e sua família.

Mas, o rei Prasutagus, acabou sendo abatido pelo invasor e a rainha Boudicca, juntamente com suas filhas, foram estupradas e humilhadas pelos romanos. Os legionários saquearam todo o reino e realizaram uma operação de ataque contra a ilha de Mona, hoje conhecida como Anglessey, onde se encontrava um dos mais importantes centros de culto dedicado a Deusa Andraste. Essa iniciativa foi encerrada com a degola de diversos celtas, sendo que, os druidas, cuja a doutrina sempre foi incompreensível para o racionalismo latino, foram os primeiros a morrer, seguindo a escravização dos demais e a aniquilação dos bosques sagrados. Tudo isso, vai além da simples humilhação militar. Para uma cultura que tem a religião em tão alta estima, tais atos são autênticas profanações, um golpe certeiro na coluna vertebral de sua organização social. É possível que os generais romanos não se deram conta do que estava acontecendo, pois para eles, os deuses não passavam de um entretenimento pessoal, quase um luxo reservado aos acomodados patrícios de Roma ou para contentar escravos que não tinham mais consolo.

Com relação aos druidas, consideravam-nos chefes de rebeliões disfarçados de sacerdotes. Acreditavam que, destruindo seu centro de reunião, seria mais fácil pacificar a ilha inteira. Mas os druidas eram os únicos homens preparados para ensinar, perpetuar e aplicar de forma adequada a religião, algo que dava sentido a existência celta. Tentar extirpar o druidismo de sua raiz era condenar todos os celtas a algo pior do que a morte.

A notícia da destruição do centro do culto da Deusa Andraste associado ao ocorrido com a rainha Boudicca e suas filhas, resultou em uma reação bastante selvagem entre os bretões. Uma grande rebelião foi organizada e à frente da mesma foi colocada ao comando da rainha. As mulheres celtas, não eram somente semelhantes aos homens em estatura, mas equivalentes a eles, no que diz respeito à coragem, técnicas de guerra e o desejo de vingança.



Boudicca, então, com um exército de 100.000 homens impôs pesados revezes às legiões romanas. Colchester (Camulodunum), Londres (Londinium) e Verlamium, conheceram os efeitos da reputação guerreira da rainha e o tratamento que ela dava a seus inimigos. Suas ações bélicas foram consideradas como as mais sangrentas realizadas pelos celtas. Várias cidades romanas ficaram arrasadas e centenas de mulheres foram decapitadas em sacrifício à Deusa Andraste, a quem eram dedicadas todas as suas vitórias.

Os bretões devolveram "olho por olho" cada ato de crueldade que sofreram, destruíram todos os fortes romanos que encontravam pela frente e festejavam sobre as suas ruínas.

Contava-se que Boudicca libertava uma lebre como parte de um rito à Andraste, antes de iniciar uma batalha. Se os romanos matassem o animalzinho, despertariam a fúria da Deusa, que lutaria a seu lado, levando-a à derradeira vitória.

Entretanto, em uma última batalha, um exército romano chefiado por Suetônio Paulino,melhor equipado e organizado, acabou derrotando-a. A vitória romana converteu-se em carnificina.

Há informes contraditórios da morte de Boudicca. Há quem diga que ela morreu na batalha, mas muitas outros estudiosos afirmam que ela envenenou-se, evocando, em seu último suspiro, a Deusa Andraste, a "Invencível".

A morte da Rainha vermelha, entretanto, não pacificou os bretões, só serviu mesmo para estabilizar a situação. Os celtas compreenderam que seria quase impossível expulsar os romanos de seu território, mas esses também entenderam que seria totalmente impossível se impor aos celtas. Isso desembocou em uma frágil paz que nenhum dos dois grupos rompeu antes da coroação de Vespasiano como imperador de Roma.

Há um grande mistério em torno do nome de Boudicca, pois em galês ("budd" em galês), ele significa "A Vitória" e é bem provável que esta rainha ocupou uma posição dupla como líder tribal e como uma Druida. Esse nome, portanto, talvez seja um título religioso e não um nome pessoal, significando o ponto de vista de seus seguidores, que a personalizavam como uma Deusa.
Isso ajudaria explicar o fanatismo de uma variedade de tribos em seguir a liderança de uma mulher na batalha.



Boudicca era uma guerreira enfurecida, sendo descrita como uma mulher alta, de compleição física forte, dotada de uma vasta cabeleira vermelha e capaz de mudar seu rosto com gestos e contorções típicos de qualquer combatente celta. Todos os povos bretões levantaram suas armas para segui-la.

A fama da rainha Boudicca, como de muitas outras mulheres celtas, assumiu a dimensão de mito em toda a Grã-Bretanha. Uma estátua dela, representada segundo a concepção da memória popular, é encontrada em Londres, ao lado do rio Thames, próxima das casas do parlamento.



Segundo uma lenda popular, ela estaria enterrada debaixo de uma das plataformas da estação de Reis Cross. Diversas outras fontes, enumeram as plataformas oito, nove ou dez, como suposto lugar onde a rainha repousa.

Sua história tornou-se ainda mais popular durante o reino de outra rainha inglesa que dirigiu um exército de encontro à invasão estrangeira, rainha Elizabeth I.


Exércitos de Março, em brilhante esplendor
Ao som da chamada de sangue e fogo
Liderados pela defensora da Britannia
Eles levantam contra o Império Romano

Boudicca,Rainha Guerreira da Inglaterra
Como teu noivo eu vou andar contigo

Suas filhas estupradas pelos invasores
Sua família morta ao fio da espada
Pomares contaminados pelos invasores romanos
Agora ela tem sua corte vingativa

Caçador Chifrudo,é o nosso Salvador
A águia romana está voando alto no céu
Caminho orgulhoso em favor de Andraste
Salve nossa terra de ser devorada pelo fogo

Na tres vezes maldita cidade de Londres
A ira druida é desencadeada logo
Incêndios flamejantes mancham o horizonte
A foice da morte colhe o homem

Anda em um carro manchado de sangue
Puxada por dois cavalos enormes
Ela é a filha do Deus Chifrudo
Poria Roma abaixo de seus pés

Como eu, o teu marido vai te honrar
Eu tenho o meu juramento de posse em fogo de Beltane
Para defender a minha terra para os próximos sete anos
Antes de curvar a cabeça para morrer
Todos os invasores serão testemunha agora
Verão como eu vou empunhar a lança do Deus Sol
Ao lado de minha Rainha Guerreira vou correr
As legiões de Roma vão tremer de medo
Testemunhar a glória do triunfo de Boudicca!


Mendes -O triunfo de Boudicca

http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/2009/11/boudicca-rainha-vermelha.html



DEUSA ANGITIA

Angitia (nome latino da Deusa Anagtia) é uma divindade Osci das cobras e da cura da magia e tambem Deusa da profecia, especialmente reverenciada pelos Marsi, uma tribo guerreira que viveu do leste de Roma até os Montes Apeninos (algumas vezes chamados de Colinas dos Marsi) e que falava o dialeto Sabellico*. Ela era famosa por sua habilidade de curar aqueles que foram envenenados, especialmente as pessoas mordidas por cobras. Existia, ainda, a lenda de que esta Deusa possuía o poder de matar serpentes através de encantamentos. Os Marsi também possuíam a reputação de curandeiros, magos e encantadores de cobras. De fato, neste tempo, os Serpari, caçadores de serpentes que viviam naquela reigão, eram tidos em alta conta. Em Roma, durante o primeiro século da Era Cristã, as atividades dos Marsi como curandeiros e adivinhos, assim como seu conhecimento da terra, foram consideradas como bruxaria.

Angitia tinha o conhecimento das ervas que curavam, e era honrada em um bosque, chamado de Silva Angitia ou Lucus Angitiae, e em um templo (com um tesouro), ambos localizados na margem sudoeste do Lago Fucinus. Esse lago era largo (mais de 30 milhas de circunferência – cerca de 48 km**), que não possuía nenhuma passagem e que costumava inundar as cidades próximas depois das chuvas da primavera, o que pode ser a razão de ter sido drenado no século XIX. Nesta região também existe a história de Umbro, que foi um sacerdote e vidente lendário dos Marsi. Assim como Angitia, era um curandeiro e um encantador de serpentes; de acordo com a Eneida, o lago Fucinus encheu quando ele foi morto em uma batalha.

Acredita-se que o nome Angitia deriva da palavra angere, que significa “doença” ou “desgraça”, se referindo a sua habilidade de matar cobras, os anguis, “cobra” ou “serpente”. Algumas inscrições mencionam Angitia no plural, como um grupo, as Angitiae (similar a Sulis e as Sulivae) e, em uma inscrição, ela é mencionada como Angerona, deusa do silêncio e do Solstício de Inverno. De acordo com Servius, quem nomeou Angitia foi a bruxa Medea, que voou até a Itália depois que sua a conspiração para envenenar Teseu foi descoberta. Medea é associada com feitiçaria e serpentes ou dragões, por isso ela é associada com a deusa da magia e das cobras dos Marsi.

A atual região de Abruzzo, na Itália, terra natal dos Marsi, ainda é associada com cobras. Lá é celebrada a Festa dos Serpari***. Esta celebração, primeiramente mencionada na Idade Média (mas muito mais antiga), é comemorada na vila de Cocullo (cuja população é de 316 habitantes) na primeira quinta-feira de maio. Os Serpari são uma fraternidade hereditária de encantadores de serpente, responsáveis por conduzir o festival.

Em algum momento próximo do primeiro dia da primavera, os Serpari capturam as cobras (a maioria delas de uma espécie calma e não venenosa), e a trazem para a vila, onde suas presas são removidas. Eles a prendem em caixas de madeira ou terracota e as tratam bem até o festival. No dia da festa, os peregrinos se encontram na igreja de San Domenico. Acredita-se que, assim como Angitia, o santo tem poderes de cura, especialmente em se tratando de mordidas de cobras e de cães raivosos e de dores de dentes. Depois da missa, a estátua do santo é carregada em procissão, e coberta com cobras vivas. A procissão é seguida pelos Serpari e por outros fiéis, que também seguem cobertos de serpentes. Em uma tradição mais antiga, as serpentes são mortas e comidas em um banquete, mas hoje elas foram substituídas pelo pão em formato de cobra – alguns representando cobras de duas cabeças. Nos dias de hoje, elas não são mortas, mas soltas de volta no bosque quando o festival termina. A propósito, os dentes das cobras continuam crescendo e, em média uma semana depois, dependendo da espécie, suas presas voltam ao normal.

Angitia é representada nesta figura com várias cobras rastejantes, na frente do Arum dracunculus, descrito pos Plínio como sendo uma cura para mordidas de cobra, com as Colinas dos Marsi ao fundo. O desenho foi feito com lápis aquarela.

Nomes alternativos: Angizia, Anagtua, Anagtia Diiva, Anguitia, Anguitina, Angitia; Ancet, uma deusa da cura dos Paeligini (outra tribo da mesma região**) que é provavelmente a mesma divindade com um nome traduzido para o dialeto deste povo. É quase certo que a Bona Dea romana é a mesma deusa, e seu festival também era celebrado nos primeiros dias de maio, assim como o de São Domenico.

Angitia também é associada com a feiticeira grega Circe.

http://itbarreto.multiply.com/journal/item/297/Angitia_-_Deusa_das_serpentes

FRIGGA , A GRANDE DEUSA NÓRDICA


FRIGGA, DEUSA DO AMOR

Frigga é a Deusa escandinava da fertilidade da terra, protetora das famílias e das tribos. Seu nome significa "Aquela que ama" e é conhecida pelos nomes: Frigg, Frige, Frija, Fricka, Frea, Frewa, Fruwa, Hlin, Hlyn, e Lin. Vrou-elde era o nome holandês dela. Como esposa de Odin, mãe de Baldur (o Deus da Primavera e do Renascimento ou da Regeneração), Frigga era a Suprema Deusa Mãe dos Deuses Aesir, dinastia dos Deuses do céu indo-europeu e filha de Fjorgyn.
Frigga era a Deusa do Amor, da União e do Destino. Contava-se que em um salão de seu palácio em Fensalir, em um dos mundos míticos germânicos, havia um grande tear onde as Norns, as Senhoras do Destino, enrolavam cordões para que Frigga pudesse tecer tanto o destino dos homens, quanto as nuvens do céu. Esta atribuição associava esta Deusa também a rios, cachoeiras e água doce. Fensalir era o local onde as almas dos cônjuges que tinham sido fiéis um ao outro se reuniam após a morte, para nunca mais se separarem. Uma estrela da Contelação de Órion é chamada de "Friggajar Rockr", em sua homenagem.

O fuso é um poderoso símbolo que representa a sabedoria, a virtude e a indústria feminina. A tecelagem, para os vikings, foi uma importante fonte de renda que enfatizava o poder das mulheres na tradição pagã. Nas mãos de Frigga e das Norns, o fuso transformou-se em uma poderosa arma mágica. Os vikings acreditavam que ela conhecia o destino dos homens, em virtude desta sua ligação com as Norns.

Na maioria das vezes, Frigga se apresentava como uma mulher vestida com penas de falcões e gaviões, podendo ainda, viajar na forma de um desses pássaros.

Frigga está associada ao início do Ano Novo. A noite mais longa o ano era dedicada à esta Deusa. Todas as mulheres grávidas invocavam Frigga, acendendo uma vela branca, nas festividades do Solstício de Inverno, para terem um parto seguro. Pode ser invocada também, para ajudar em toda as coisas relacionadas com os ofícios de tear, cozinhar, costurar, e também para proteger as crianças. É ela ainda, que estabelece ligação com nossos antepassados. Os detalhes de sua adoração ficaram perdidos quando foi instituído o feudalismo. Frigga aparece somente em alguns registros do folclore alemão, onde sobreviveu como Frau Holda. As Deusas Holda, Percht e Berchte são muito similares a Frigga.

Como Deusa das mulheres, Frigga era considerada a Padroeira do Matrimônio e Deusa da Fertilidade. Neste aspecto está associada a Deusa Hera grega, que também era uma feroz protetora das uniões conjugais. Assim como Hera, Frigga é casada com o Deus Supremo de sua religião. Diferem entretanto, no que diz respeito a fidelidade.

As Deusas escandinavas não eram necessariamente fiéis, pois estavam em pé de igualdade com o homem. Além disso, o adultério não era encarado com o aspecto de total imoralidade, como em nossos dias. As mulheres nórdicas que não traiam seus maridos, não tinham respaldo em códigos morais, mas alegavam que os amavam verdadeiramente. A base de tais conceitos está fundamentada na origem da criação. Para os nórdicos, toda energia masculina derivava da Deusa, ou energia feminina.

A Fêmea é aquela que dá luz e o invólucro da criação. Dentro desse contexto, todas as coisas, inclusive o homem de sexo masculino, vêm da Mãe de Todas as Coisas. É exatamente o oposto do conceito cristão de Adão e Eva, onde Deus moldou Eva a partir da costela de Adão.

A mulher primitiva era não tida como pecadora e podia-se unir-se sem culpa, a quantos homens desejasse. O amor era bom enquanto durasse, não era uma instituição e sim uma união que só se fortalecia se houvesse um sentimento maior.

Frigga teve uma união bem-sucedida com Odin, tanto que dividiu seu trono, chamado Hildskjalf, com ele e de onde podia ver os nove mundos. Entretanto, dividia sua cama com Vili e Ve, irmãos de Odin, quando este último saía em jornadas fora de Asgard. O adultério era desculpado pelos nórdicos, mas condenado pelos gregos.
Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz. Eram às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz.

O culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a base para todos os códigos morais da sociedade germânica. Por esta razão, os seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade. Para eles, a lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte ou banimento pela sociedade. O banimento era considerado uma morte lenta e tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de muito frio e neve, sem nenhum alimento.
Esta Deusa do Amor era também versada na arte da magia e profecias Foi ela que introduziu as runas como instrumentos de adivinhação. Runas são pedras grafadas com símbolos, que nos permite encontrar respostas para um futuro incerto. Mas para a Deusa, esta habilidade de prever o futuro lhe trouxe muita dor quando previu a morte de seu filho Balder. E, mesmo sabendo que não poderia mudar o destino, viajou por todos os lugares pedindo aos seres que nunca fizessem mal ao seu amado filho.
Balder, entretanto, não poderia ser ferido ou morto, a não ser pelo veneno de um visco. Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Balder, portador desta confissão, pois aproximou-se em segredo, disfarçado de mulher, encontrou um pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele. Foi então até uma reunião dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego (irmão de Balder) a arremessá-los contra Balder, que morreu. Todos os Deuses e Frigga choraram a sua perda. Sua mãe tentou negociar com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para trazer seu filho de volta, mas tudo foi em vão.
O tempo passou e tudo começou a estagnar-se. O Lobo Fenris se libertou de seus grilhões e devorou o Sol. A árvore do mundo, Yggdrasil, tremeu das raízes a copa. Montanhas afundaram no mar e todo o país tremeu. Um longo inverno se seguiu, trazendo a fome e a libertação dos gigantes do gelo que devastaram o mundo.

Odin uniu-se às Valquírias e os poderosos Deuses do Aesir para combater Fenris e estabelecer a ordem. Vencendo a batalha, finalmente a terra renasceu do mar, o Sol reapareceu no céu e Baldur ressuscitou dos mortos para governar os novos tempos. Dois mortais que sobreviveram escondidos nos galhos da árvore do mundo povoaram a Terra e novas colinas ergueram-se dos mares. A natureza tornou-se viva e florescente através das bençãos de Frigga, a Deusa da Fertilidade e do Amor.



Frigga possuía onze ajudantes: Fulla, Hlin, Gna, Vjofn, Lofn, Syn, Gefjon, Snotra, Eira, Vara e Vor, que lhes auxiliavam em sua missão de zelar pelo casamento e pela ordem social. A mensageira de Frigga é Gna, que monta o cavalo Hofvarpnir através dos céus. Vjofn tinha a tarefa de apazigüar as brigas domésticas. Lofn auxiliava os amantes na procura de um amor. Syn (vidente) era a guardiã do Palácio de Frigga. Eira era a curadora, tinha conhecimento do poder das ervas e as manipulava no fabrico de remédios. Vara era a juíza e o carrasco daqueles que não cumpriam com sua palavra. Snotra era a virtude, encarregada do aquivamento de todas as coisas. Vor era os olhos de Frigga que podiam ver o futuro e que observava de perto o que acontecia no mundo dos homens.
É interessante acrescentar que Frigga é uma Deusa muito antiga, com fortes conexões com a Terra. O controle da natureza exercido por Frigga é claramente visualizado quando ela pede para que toda a criação não prejudique seu filho Baldur e quando tudo ganha nova vida com suas bençãos.
Invoque Frigga para: fertilidade, proteção, saúde, sabedoria, a paixão, a magia sexual, liberdade sexual, mágica do nó, durante o parto, para proteger sua casa, encontrar um nome para uma criança que está para nascer e para saber do passado, presente e futuro. Sexta-feira é o dia mais propício e poderoso para a invocação de Frigga.

Os animais consagrados à esta Deusa são: o ganso, o gato, o porco, o pardal e o cavalo.

Frigga é a expressão mais moderna das Deusas Antigas. Ela está mais perto da humanidade e dos interesses humanos porque é a Deusa da Ordem Social e das Relações Sociais. É Ela que tece a teia da sociedade e dá forma à humanidade. O que seria do nosso mundo sem relacionamentos sociais?

Frigga chega em nossas vidas para nos dizer que uma única verdade de nada se aproxima da sabedoria. Só alcançamos a sabedoria quando nos aproximamos de múltiplas verdades e possamos nos integrar à elas. Uma moeda tem dois lados, já a verdade é multifacetada.

Pegue sua vara de pescar e dirija-se ao mar ou a um rio. Sente-se confortavelmente, coloque a linha na água e quando os peixes começarem a surgir, imagine-os como verdades que devem ser trabalhadas. Peça a Frigga que o(a) oriente na busca das verdades que você necessita para melhorar seus relacionamentos e, boa sorte em sua pescaria!


RITUAL DE FRIGGA PARA PROTEÇÃO


Esse ritual invocará a proteção da Deusa Frigga durante todo o ano. Para fazê-lo, deve semear em seu jardim ou em um vaso si não possuir um pátio. As melhores sementes para esse ritual são as de Tanaceto (Tanacetum parthenium), já que essa erva simboliza a proteção e são de fácil cultivo.

No entanto, pode escolher qualquer outra planta.
Cave o solo cuidadosamente, verificando se o solo está livre de ervas daninhas. Enterre as sementes fazendo a forma de uma runa nórdica que significa proteção.
A forma é de um "Y" maiúsculo, porém com um traço central contínuo, como mostra a figura acima, de maneira que o símbolo três pontas assinalando até o alto. Enquanto espalha as sementes na terra diga:
-"Deusa Frigga, de igual modo que essas sementes cresceram altas e fortes, proteja-me durante todo o ano". Trate suas ervas cuidadosamente, recortando-as e arrancando qualquer que cresça fora do formato da runa. No final do outono, recolha algumas sementes, para que possa repetir o ritual no próximo ano, porém não é preciso arrancar a planta para voltar a fazer o ritual na primavera.

RITUAL PARA ATRAIR A BOA SORTE

A Deusa Frigga, muitas vezes era representada, como uma mulher alta e elegante, que carregava um molho de chaves em seu cinturão. Para esse ritual você precisará de uma chave antiga que não tenha fechadura. Você comprá-la em alguma casa que venda objetos usados ou adquira uma nova em um chaveiro próximo de sua casa. Escolha, se possivel uma de metal brilhante ou de bronze, mas nunca de ferro. Limpe-a e a deixe o mais reluzente que conseguir. Para na entrada da sua porta principal, olhando para dentro da casa, coloque a chave em sua mão direita e estendendo-a à frente diga:

-"Deusa Frigga, coloque toda a energia da prosperidade e da boa sorte nessa chave, de maneira que sempre esteja comigo".

Agora caminhe por todas as peças da casa, sustentado a chave em sua mão e em frente a você.
Toque todos os seus objetos pessoais com sua chave, como sua cama para ter sorte em seus relacionamentos, o telefone para receber sempre boas notícias de amigos, negócios ou estudos e assim, toque em tudo que signifique algo para você. Quando terminar o ritual, coloque a chave em um gancho sobre a porta principal e a mantenha sempre limpa e brilhante.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto
Bibliografia Consultada:

O Novo Despertar da Deusa - Shirley Nicholson
Os Mistérios da Mulher - M. Esther Harding
A Grande Mãe - Erich Neumann

O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur

Os Mistérios Wiccanos - Raven Grimassi
Livro
Mágico da Lua - D.J. Conway

O Medo do Feminino - Erich Neumann

O Livro de Ouro da Mitologia - Thomas Bulfinch

Mitos Paralelos - J. F. Bierlein

Consciência Solar, Consciência Lunar - Murray Stein
O Caminho para a Iniciação Feminina - Sylvia B. Perera
Rastreando os Deuses - James Hollis

O Amor Mágico - Laurie Cabot e Tom Cowan
El Libro de Las Diosas - Roni Jay

IN: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusafrigga.html

EVOCAR A DEUSA E TRAZE LA DEVOLTA PARA O MUNDO...


FRIGGA, “A AMADA”, DEUSA NÓRDICA PROTETORA DAS MULHERES.

No limiar dos mundos, no palácio Fensalir cercado por pântanos e escondido pela névoa, a deusa Frigga fica sentada no seu trono de cristal e fia com seu fuso estelar os fios multicoloridos do destino. Rainha Mãe das divindades Aesir, Frigga é a deusa que conhece os desígnios de todos os seres, mas guarda silêncio, sem revelar o futuro ou fazer profecias. Rainha Celeste e consorte do deus Odin, Frigga no entanto, passa mais tempo no seu palácio, onde vive cercada por uma constelação de doze acompanhantes, que personificam aspectos e atribuições divinos, cada uma tendo funções variadas.

São elas: Saga, a sábia contadora de histórias e detentora das memórias ancestrais; Eir, a curadora hábil no uso de ervas e raízes; Fulla, guardiã dos mistérios, riquezas e dons ocultos, confidente e conselheira das mulheres; Gna, a mensageira que traz os pedidos humanos e espalha as bênçãos da Deusa; Syn, guardiã dos limites, portais e de tudo que precisa ficar escondido ou fechado; Hlin, defensora e protetora das mulheres injustiçadas ou perseguidas; Gefjon, padroeira das mulheres solteiras e doadora da abundância como fruto do trabalho; Sjofn, abre os corações para o amor e a afeição; Lofn abençoa as uniões com permissão, proteção e paz; Var é a testemunha dos juramentos, que pune os transgressores e zela pela integridade moral e espiritual; Vor guia a intuição, aprofunda a compreensão e a expansão da consciência; Snotra ensina a conduta certa, reforça os elos grupais e as qualidades de gentileza, honra e parceria.

Protetora das mulheres, Frigga as conduz no aprendizado dos Mistérios do Sangue e nos ritos de passagem ao longo das suas vidas. Como Grande Tecelã, Ela fia a energia cósmica e entrega os fios para as Nornes, as Senhoras do Destino, que são as responsáveis por tecer a intrincada e complexa tessitura do destino universal.

Na cosmologia nórdica existem dois conceitos representando o destino, chamados orlög e wyrd. Orlög refere-se aos fatores que não podem ser mudados como: raça e país de origem, ancestralidade, família, genética, potencial inato, perfil astrológico, ações e eventos passados da trajetória individual, familiar e grupal e suas implicações na vida presente. Orlög é a base do destino e do próprio mundo e está além do nosso alcance, por ser imutável.Podemos imaginá-lo como uma urdidura (ou trama) de fios, fixada no tear cósmico, através dos quais move-se a laçadeira que conduz os fios móveis do wyrd. Diferente do orlög, o wyrd é mutável por ser constituído por nossas ações, atitudes e escolhas atuais, porém cujas conseqüências irão se refletir no futuro. Podemos mudar a cor dos fios do wyrd, a velocidade com qual se move a laçadeira e a padronagem da tessitura, porém jamais poderemos alterar a trama básica do orlög, que reina absoluto na atuação das leis do destino. Tanto o orlög quanto o wyrd formam a teia da nossa vida, tecida pelas Nornes, que ficam sentadas sob as raízes de Yggdrasil, a Árvore do Mundo e monitoram a vida dos deuses e dos seres humanos. Tudo está subordinado às leis das Nornes, nem mesmo as divindades escapam das leis eternas e inexoráveis. Frigga é a única deusa que compartilha da sabedoria das Nornes, pois Ela percebe e compreende a diversidade das modulações da tessitura cósmica, mas não revela este conhecimento. Sem poder mudar o orlög, Frigga, no entanto, pode tecer encantamentos de proteção para aqueles que Ela ama e protege como as mulheres, em especial as gestantes e parturientes, os recém nascidos e os casais que desejam ter filhos.

Frigga se apresenta como uma mulher madura e majestosa, com os cabelos da cor das folhas de outono, trançados e presos em forma de coroa com faiscantes pedras preciosas lapidadas como estrelas. Suas vestes são simples, mas sempre usa um colar de âmbar e um cinto dourado com várias chaves penduradas. Às vezes porta um manto de penas (de cisne ou falcão) representando seu dom de metamorfose para sobrevoar os nove mundos do cosmos nórdico. Frigga detém o poder sobre os elementos e os seus reinos, mas a sua atribuição principal é como protetora do lar e da lareira, empenhando-se em criar e manter a harmonia e a paz familiar e grupal. Por ser Ela mesma uma esposa leal e mãe amorosa, cria laços afetivos - com os fios por Ela tecidos - entre homens e mulheres, mães e filhos, deuses e humanos, conectando também os tempos, com a lembrança do passado, a vivência plena no presente e a necessária sabedoria e prudência no futuro.

A melhor maneira para pedir ajuda para a deusa Frigga é sentir o desejo sincero de harmonizar e apaziguar sua família e o seu lar. A energia do nosso ambiente doméstico permeia todos os aspectos da nossa vida e nos afeta de forma sutil ou intensa. Nosso lar deve ser nosso santuário, um oasis de tranqüilidade e bem estar, onde podemos nos refugiar e refazer do desgaste cotidiano, despindo nossas armaduras, descartando máscaras e abrindo nossos corações para receber e dar amor.

Cada vez que sentirmos energias negativas invadindo nosso lar e criando discórdias e desassossego, podemos criar um pequeno ritual reunindo nossos familiares ao redor da mesa de jantar, acendendo uma vela no centro cercada de frutas secas e frescas, sementes e flores. Após uma curta oração para a Mãe Divina (arquétipo fácil de compreender e aceitar por todos) pediremos que cada pessoa possa fazer uma avaliação em relação a um fato doloroso do passado, dele se desligando e perdoando, comendo depois uma fruta seca e agradecendo pela cura e transmutação. Logo após se agradecem as dádivas do presente - incluindo a família e o lar - comendo uma fruta fresca. Em seguida faz-se uma invocação e um pedido relacionado com um projeto futuro, mastigando devagar três sementes e mentalizando sua realização. No final todos fazem um brinde com suco de maçã agradecendo as futuras conquistas e de mãos dadas, cada um expressa seu compromisso pessoal para contribuir à sua maneira na manutenção da harmonia familiar. Quem quiser, poderá acender uma vela e caminhar ao redor da casa no sentido horário, visualizando a luz divina clareando as sombras e afastando a negatividade, interna e externa. A seguir as velas serão colocadas perto da lareira ou do fogão e deixadas para queimar até o fim. A mulher que invocou a ajuda da Deusa para sua casa, permanecerá algum tempo em introspecção e oração visualizando as vibrações de harmonia, paz, alegria e proteção preenchendo seu lar e agradecerá as bênçãos recebidas da amada Mãe Divina Frigga.

Mirella Faur


domingo, 27 de dezembro de 2009

TRADIÇÃO DIÂNICA

Por Z Budapest

(Traduzido por Aphrodisiastes)


Eu tenho falado sobre o Nascimento do Movimento de Espiritualidade das Mulheres em meus discursos. Descrevi nosso primeiro Sabbath, no Solstício de Inverno, em 21 de Dezembro de 1971, em Hollywood, Califórnia; é deste ponto que eu dato o começo da espiritualidade das mulheres. Essa história está em meus livros, The Grandmother of Time (A Avó do Tempo) e Grandmother Moon (Avó Lua).

Um assunto sobre o qual eu nunca falei foi como eu estive lá. O que me fez levantar esta bandeira da Deusa? O que me mantém conduzindo-a por todos esses anos? O que eu tirei disto, pessoalmente? É mais difícil falar sobre mim do que falar sobre filosofia, teologia, política, feminismo, qualquer coisa exceto minha jornada pessoal. Por que tenho sido tão tímida? Estou com vergonha? Por que?

Mesmo agora, quando tento olhar pra trás e organizar minhas memórias, eu sinto uma pontada de “Humm, eu não importo, tudo que importa é a Causa.” Mas eu sei que estou mentindo. Esta mulher, eu, importava sim. Esta pessoa, a habitante deste corpo que é meu fiel esposo, merece um amoroso exame. Eu tenho que verter meu medo de minha própria humanidade e dizer toda a verdade que possa recordar.

Como um fenômeno começa? Leva-se a mudança dos ventos históricos, primeiro do que tudo. A sub-era de Aquário que começou em 1962 deu-nos os ventos, idéias, sentimentos, e os Beatles, que colocaram isto na música. A Música se tornou um ato político. Sim, aqueles decisivos ventos históricos, controlados por ninguém, tinham que começar soprando, decidindo quais canções se tornariam as primeiras nas paradas de sucesso. Forças coletivas invisíveis estão trabalhando quando os ventos mudam, e nós os inalamos como a doce fumaça das ervas sagradas, sentindo-os expandir nossas mentes e horizontes, sentindo o vento alcançar uma geração viva e erguê-la. Foi um vento, e foi uma onda. Surfar na história é uma experiência pesada, especialmente quando isto conduz uma geração inteira de jovens a um mundo novo.

Onde nós estávamos? Nós tínhamos acabado de sair dos anos Sessenta. A América estava mudando. Deus estava morto e as mulheres estavam marchando. Mulheres estavam marchando pela paz e liberdade para controlarem seus corpos, e eu estava marchando pela paz e pela liberdade da alma. Eu absorvi o passado feminista, li Susan B. Anthony, mas acima de tudo me modelei segundo Elisabeth Cady Stanton, a rebelde espiritual do século 19. Sua notável vida produtiva, um milagre por si só, fascinou-me. Esta mulher gerou sete crianças e escreveu todos os discursos para Susan B., sua melhor amiga. Uma solteirona, Tia Susan cozinhava e ajudava a cuidar de muitas crianças, apenas para deixar claro, ela fez com que um ótimo discurso sobre a luta pelos direitos de voto para as mulheres fosse levado às ruas. Eu li a respeito destas mulheres que tinham trabalhado muito por um direito que as demais mulheres deveriam agradecer agora, e gradativamente comecei a perceber que eu, também, tinha um destino.

Também se leva um ano fatídico para uma única mulher gerar mudança. Para continuar nesta jornada uma mulher precisa de um desejo que seja incontrolável, um profundo desejo que se alimente na mais profunda fonte da psique humana, nas cavernas das Moiras. Daí em diante ela deve desistir de tudo que não a conduz a sua meta. Ela deve ter uma mudança total das circunstâncias, deixando para trás família e casa. Ela deve encarnar esta alta meta, respirá-la, vivê-la, manifestá-la. E ao fazer isso, ela dá a luz a si mesma. Para mim, isso significou deixar meu casamento, a Costa Leste, e a Cidade de Nova York.

Eu tinha trinta anos de idade. A ignorância paralisante tinha feito do meu progresso através do meu primeiro Retorno de Saturno, uma batalha dolorosa. Eu não sabia que era normal na vida de alguém ficar preocupado aos vinte, pois todas as certezas se dissolvem. Eu não sabia nada do poder dos desígnios do destino. Eu estava mudando, mas não sabia como. Eu tive que deixar Nova York, a maravilha super-povoada, sem árvores e barulhenta na maioria das vezes. Nova York, aonde ir do ponto A ao ponto B era um esforço diário enorme, arremessando o corpo de alguém contra os tubos escuros de metal sob a estrondosa terra. No fedor de um lugar, onde os homens se aliviam na escuridão das ladeiras e corredores, qualquer um podia sentir o mau cheiro agressivo do patriarcado. O fato disto ser “normal”, permitido, e tolerado era profundamente ofensivo pra mim. Se mulheres tivessem urinado por todos os metrôs de Nova York, teria havia um protesto público por civilidade. Mas estava tudo bem para os homens. Não havia civilidade em Nova York. Ver um homem qualquer se expondo quando o trem se afasta, olhando diretamente em seu rosto, era quase preferível ao fedor de urina (especialmente no Verão).

Eu não achei ninguém que me amasse em Nova York. Estava preparada para ter relacionamentos amorosos, para ser satisfeita na cama. A cultura encorajava o sexo. Sexo era glorificado em canções e em peças. Eu estava no auge da minha beleza, e ainda não conseguia achar uma parceira para amar. Verdade, eu fui casada, mas era o tipo de casamento Europeu, um de conveniência, no qual nós eramos livres para fazer o que desejássemos, romanticamente e sexualmente. Na Europa isto teria sido ideal. Lá, ter casos era o que mantinha os cônjugues juntos. Eu estudei teatro na Academia Americana de Artes Dramáticas e estava lendo tudo do Young, Kerenyi, Adler. Gradualmente comecei a entender bastante o significado da magia popular que havia encontrado na Hungria quando era criança. Minha mãe foi uma psíquica, e eu percebi que eu era a herdeira de uma tradição de poder feminino. Fui lentamente descobrindo o princípio feminino em minha própria pessoa. Ser uma mulher nunca foi uma dúvida pra mim, eu era feminina e esperta. Mas agora eu pertencia a um grupo maior de mulheres, o qual seus destinos afetavam o meu. O que quer que tivesse acontecido a este grupo de mulheres certamente estava acontecendo a mim. Que estranho. Ser mulher era agora uma coisa complexa, de fato, era totalmente revolucionário. Quem teria pensado que esta coisa simples, minha identidade feminina, poderia tornar-se tanto! Eu fiquei encantada com isto, aproveitei a atenção, e senti que estava ganhando confiança.

Precisa-se de vontade comum de um pequeno grupo, que está de acordo com a mulher personificando a vontade, para criar uma “meta sagrada” ou uma “missão”. Mulheres são feitas para missões, ninguém pode advogar melhor do que uma mulher. Quando uma mulher começa alguma coisa, centenas de mulheres começam alguma coisa, milhares de mulheres começam alguma coisa, e isso cresce, e o fenômeno se revela. Uma missão é alimento para a vida – o alimento da alma. É quando a alma é reconhecida pela mulher vigorosa e é bem-vinda. Missões são história. Missões são necessárias. Se você não tem a energia para advogar por si mesma, ninguém mais o fará. É por isso que as mulheres devem advogar elas mesmas: os homens nunca farão isto (veja na própria história). Muitos pensam que nós já conseguimos ir muito longe com esta coisa de “liberação das mulheres”. Eu digo que não fomos longe o suficiente.

Qual era a missão? Quando todos aqueles fatores se uniram – o novo movimento de Liberação das mulheres, minhas leituras sobre o Movimento de Direitos das Mulheres, psicologia Jungiana e mitologia – eu percebi que o que o Movimento estava precisando era de uma dimensão espiritual. Nós precisavamos recuperar a Deusa para as mulheres e gerar uma nova cultura pacífica que incluísse as artes sagradas. Nós precisavamos suscitar os veneradores da natureza, devotos da Deusa, e encher essas atividades com energia. Trazer recurso para as mulheres assim como fazer das mulheres um importante recurso para o país. Trazer devolta a Senhora, a Grande Deusa que eu tinha venerado como a “Mulher Feliz” e “Boldogasszony” quando era criança.

Não poderia fazer isso em Nova York. Deixando tudo pra trás, eu parti para a Costa Oeste e terminei no Sul da Califórnia. Quando coloquei meus pés pela primeira vez no primeiro Centro de Mulheres (apenas com seis meses de inaugurado), em Crenshaw Boulevard em Los Angeles, um evento histórico e decisivo aconteceu. O Feminismo encontrou a Bruxaria. Deveria ter havia um rufar de tambor quando eu entrei , uma bruxa hereditária da Europa Central onde as fadas uma vez dançaram. A arte popular e as canções populares com as quais eu fui criada reverberaram em minha memória quando escutei música Mexicana nos arredores do Mission District no centro da cidade de Los Angeles. Esta fusão do antigo e do novo – da tradição da bruxa Européia e do feminismo do século vinte – foi uma audaciosa mistura. Isto deu dentes ao feminismo e relevância à bruxaria. Nunca houve uma bruxa feminista antes.

O conceito foi tão estranho, e ainda tão natural. Todos viam a bruxa como um arquétipo, uma megera com um chapéu pontudo voando em uma vassoura. O arquétipo feminista não era mais animador, a imagem de uma “Mulher Libertária” era a de uma mulher nada atraente com uma grande boca, um monte de palavras sabichonas, com confortáveis sapatos. Mulheres fora de controle. Irmandade, um grupo de lésbicas. Lugar onde os “espadas” vão para morrer. Primeiramente, Feminismo e Bruxaria não gostaram um do outro. As feministas diziam que elas não precisavam de nenhuma religião – que religião é sempre ruim. As bruxas diziam que elas não precisavam de políticas, muito obrigada. Eu estava ficando entre elas, internalizando ambas sem qualquer problema, e sabia que elas teriam que se misturar umas as outras se a revolução das mulheres desejasse durar.

Políticas/ativismo como um modo de vida é importante, mas acaba com as pessoas. É onde os movimentos mais erram. Conseqüentemente, há muito trabalho e nenhum divertimento, e as pessoas voltam para casa. O que uma mulher faz depois de panfletos e tumultos e de trabalho duro? Vai beber? Fumar um “baseado”? Isto vai preencher o vazio? Dificilmente.

Eu já tinha visto mais história de perto do que muitos. A Segunda Guerra Mundial aconteceu antes que eu aprendesse a andar. O ambiente sustentador de minha infância foi destruído. Eu aprendi a andar e a falar em um abrigo subterrâneo, o lugar onde nós habitualmente guardavamos nosso carvão para o inverno. Nós éramos bombardeados várias vezes ao dia. De manhã, eram os Alemães, de tarde os Russos. Por volta das 4:00 da madrugada, os pesados aviões Americanos de bombardeio voavam sobre nossa cidade como se fossem a própria morte com asas. Eu me deitei rezando para que eles não destruíssem nada na minha casa, para que então, um dia, pudessemos sair dali. Sim, eu conhecia a história e o que estas decisões significavam, humanos contra humanos, fogo e pobreza, mulheres arrastadas para serem estupradas, água suja, diarréia, pessoas como minha avó morrendo de fome. Eu estava muito ciente da história.

Eu cresci durante a Ocupação Comunista da Hungria. Quando a Revolução Húngara rompeu em 1956, eu tinha desesseis anos. Compartilhe da excitação extasiante de se erguer contra o oppressor e o horror de ver meus colegas de classe assassinados quando os Comunistas revidaram. Eu sai da Hungria e escapei pela fronteira, determinada a ser livre.

Embora muitas das pessoas que eu conheci em Los Angeles naqueles dias não tivessem tido uma infância tão excitante, nós fomos uma interessante geração. John Lennon, dos Beatles, nasceu no mesmo ano que eu, Ringo Starr também, foi um ano decisivo para muitos de nós. Nós éramos a Geração da Semente. Nossos pensamentos e sentimentos sobrevivem nas canções dos Baby Boomers¹. Foi esta geração semeadura que criou o conteúdo emocional para a vinda da enorme explosão musical, cultural e sexual.

Assim como muitas coisas, nosso movimento não foi planejado. Ele apenas brotou. Uma semente sabe que vai ser uma árvore quando brota no solo? Foi assim conosco. As mulheres que vieram à loja de velas Feminist Wicca estavam famintas por conhecimento, por poder, por ritual. Nós costumávamos converser sobre como seria celebrar os Mistérios das Mulheres do jeito que nossas antigas mães celebravam há muito tempo atrás. Pessoas diziam que não se podia mas fazer isto nos dias de hoje, mas por que não?

Eu decide que havia chegado a hora. Em 21 de Dezembro de 1971 eu disse que ia fazer um ritual para celebrar o retorno da luz. Mulheres que quisessem se juntar a mim deveriam ir ao meu flat em Hollywood ao pôr-do-sol. Eu não sabia quem apareceria, mas a Deusa sabia. Quando começou a escurecer havia seis mulheres na sala, seis ótimas amigas trançando as cintas das bruxas com lã vermelha, a cor da vida e do sangue. Minha mãe tinha me ensinado a fazer um círculo, a dar as mãos e deixar a energia crescer. Nós chamamos as ancestrais para se juntarem a nós. Uma das mulheres começou a cantar.

Juntas, nós rezamos e nós cantamos, chamando a Deusa para pegar a semente dos mistérios das mulheres do passado e cultivá-la como uma religião de mulheres indígenas. Nós rezávamos por justiça social e pelas bênçãos da terra. Queríamos alguma coisa que fosse ao mesmo tempo tradicional e revolucionária. Nós estávamos removendo o antigo poder do deus masculino sobre as mulheres. Quando tínhamos terminado de abençoar todas e tudo nós podíamos perceber que aquilo era necessário, nós saímos ao ar livre. Até então não tivemos nenhuma chuva naquele inverno, mas naquele momento conseguímos ver que as nuvens estavam sobre nossas cabeças. Eram lindas, girando com as formas de espíritos. Nós levantamos nossas mãos ao céu, e uma suave e saudável chuva começou a cair.

Depois disso, nós sabíamos que tivemos alguma coisa boa. Aquele primeiro ritual deixou-nos elevadas por dias. O que falavam era que bruxas davam ótimas festas, mas nós todas sabíamos que estavamos fazendo algo mais. Um pequeno grupo de nós começou a se reunir para rituais e cada vez que nos encontrávamos, haviam mais mulheres. Quando super-lotamos o apartamento, começamos a realizar rituais ao ar livre. Costumávamos nos encontrar na praia. Cavavamos a areia e colocavamos nossas velas lá, protegidas do vento. As mulheres trouxeram flores, cristais, fotos de antepassados falecidos.

A Deusa nos ensinou como venerá-la e nós ensinamos umas as outras. Eu aprendi como esclarecer o que era necessário, e a necessidade me ensinou como ser uma sacerdotisa. Nenhuma de nós queria uma hierarquia – este era o antigo estilo masculino do qual nós estavamos tentando nos livrar. Não seria bom se eu tentasse dizer a alguém o que fazer. Mas eu achei que podia conseguir com que todas participassem, observando a energia coletiva, aceitando o que as diferentes mulheres estavam fazendo e liderando o grupo para apoiá-las. “A Deusa está viva!” eu gritava, “A Magia está em ação!” A Religião não deveria ser séria; deveria ser extasiante. Deveria ser um poder que queima em seu ventre e canta em sua alma. Nós gritávamos, nós uivávamos, nós cantávamos. Sentíamos o poder da face feminina de Deus e Ela era impressionante. Tivemos um ótimo tempo, e nossos números cresceram e cresceram.

Este foi o começo. Muitos livros depois, publiquei Summoning the Fates (Convocando as Deusas do Destino²), no qual eu entendi muito mais sobre como a mão das Deusas do Destino organizam a vida de alguém de acordo com a missão destinada. Destinos e vida são conceitos permutáveis. Podemos fazer planos; as Deusas do Destinos vêm de qualquer jeito e finalizam.

Desde que eu entrei no terceiro destino em minha vida, as Deusas do Destino se tornaram entidades confortantes. Quanto mais você aprende sobre elas, mais você aprecia a si mesma, e mais felicidade e paz metal você alcança.

Nota da Tradução:

¹ Pessoas que nasceram durante o período democrático após a Segunda Guerra Mundial.

² Conhecidas em Inglês como Fates, Moiras na mitologia grega e Parcas na mitologia Romana, eram três Deusas mitológicas que regiam os destinos das pessoas e dos Deuses.


IN: http://escritosdezbudapest.blogspot.com/



*

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

GAIA, FIANDEIRA

AS PARCAS

"E como vê em nós almas pouco comum
Fora da ordem comum traçamos os destinos"

Naquelas horas perdidas
E sem alma
Ela lança o fuso
Por cima da roca
E vai se desfazendo em orações
E feitiços
Suas maldições preferidas
As mais belas vão sendo murmuradas
Gaia joga o fuso pra cima e pra baixo
brinca com a morte e a vida
No jogo da verdade
E o que ela escreve
Não é para ser lido
E pra ser sentido...

Ela joga pra cima e pra baixo
Distraída e frenética ao mesmo tempo
Se perde em suas bênçãos e maldições
Ela se desfaz
Já não existe Gaia,
Mulher ou Homem
Ela esta desfeita por cima da lançadeira
E foi ela própria quem se desfez
Desamarrando os fios
Com as agulhas hábeis em cima da lançadeira
Agora ela desfeita em trapo
Olha pra roca e murmura:
E agora Senhora, qual minha resposta?

Como resposta começa a chover
E Gaia Lentamente
Com os dedos desfeitos
todos em fio vivo
Vai se refazendo
Em cada ponto murmura uma bênção-maldição
Costura a própria boca:

" Que eu fale a verdade e seja sincera"

Costura as mãos e os braços desfeitos:

"Que eu trabalhe muito em minha vida"

Costura então suas costas:

"Que eu goste de descanso"

Costura então seus olhos

"Que eu veja o invisível e o inacreditável"

Costura agora a parte mais importante:
O coração
E ela se perde neste pois este necessita de mais palavras, mais bênçãos e maldições que os outros membros do corpo-alma.

Ela se perde na madrugada inteira
E não acaba
A cada dia parece que se lembra de um novo feitiço
Para que seja lançado em seu coração
E ela se refaz
E se sente insatisfeita
Faz desfaz nos dedos o que deseja
E esperneia e grita:

"Não esta certo, não esta pronto!"

Continua então a fiar
E de fio em fio
Ela vai se fiando
e continua fiando até hoje
E você pensa que ela escreveu isso em letras
Esta enganado, ela ainda esta na lançadeira.

.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

DEUS ERA DEUSA...

A História do mundo ocultou milhares de anos, de domínio social e religioso da Deusa. Uma sociedade em que as mulheres tinham uma importância vital no campo intelectual e económico. Em que as mulheres eram juízes e magistrados.
Em que as sacerdotisas dos templos davam aos chefes indicações de ordem política e militar, segundo as leis do Céu…
Esse mundo foi desvastado pelas invasões bárbaras e que continua a ser o nosso...
A Pré-História contada pelos homens foi um embuste terrível que tentou escamotear as provas evidentes de uma civilização anterior organizada e pacífica sob o culto da Deusa Mãe.

Nessa cultura:

“A Deusa personifica a unidade de todas as coisas. Ela dá ao seu povo tanto o alimento físico como o espiritual. Dá a vida e na morte mas ela envia os seus filhos para o seu seio cósmico. Ela simboliza a relação com a vida quer no seu lado generoso quer no seu lado destrutivo, ligada à natureza, não se preocupando com as guerras nem com as conquistas.
(…)
O culto da Deusa Mãe irriga um sistema de valores caracterizado pela ausência de violência, uma forma de igualdade e de cooperação entre homem e a mulher, uma ausência de hierarquias. Esta organização social em forma de círculo, teve lugar no mundo durante cerca de 10 a 20 mil anos de civilização sob a inspiração do princípio feminino.”*

La Femme Solaire (traduzido do francês)
De Paule Salomon
IN:
http://rosaleonor.blogspot.com/2008/06/quando-deus-era-mulher.html

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O NATAL DE TODOS NOS




A HIPOCRISIA DO NATAL...




Eu basicamente sei o que vai ser do meu natal: uma festa desagradável aonde todos forçaram uma falsa fraternidade, aonde me encentivaram a me empanturrar de comida sem vontade, do peru assado e de toda aquela velha luta para arrumar os ingredientes e fazer tudo na hora certa...O natal sempre me da desanimo e até uma certa tristeza, como diriam apatia...Aquelas comidas deliciosamente saturadas em gordura e açúcar e o falso abraço de amizade dos membros da família que bem na verdade se detestam...Eu havia escrevido nos meus votos de natal que cortar o peru com a família não me deixaria feliz e havia até colocado a imagem da medusa dizendo que eu tinha tanto haver com o natal quanto elas...Depois apaguei pensando que tipo de votos desanimadores são esses?


Ai agora fui no MULHERES & DEUSAS e me dei conta que a opinião de Rosa Leonor é bem parecida com a minha e depois pensei porque não havia publicado o que pensava e sim o que os outros achariam certo, e me dei conta que na maioria das vezes nos vamos em direcção as coisas como misseis teleguiados sem jamais revelar mos aquilo que realmente somos por medo do que as pessoas podem pensar...Meu natal será desagradável e desculpem os falos votos de felicidade não muito sinceros..quero que todos sejam felizes sim, mas não só no natal e nas suas mascaras de hipocrisia..uma felicidade que dure o ano todo...Se possível





AFOGUE-SE NA HIPOCRISIA DE UM FELIZ NATAL!!!

Natal, ok? Outro feriado católico para comermos coisas gostosas. Mas, o que vem a ser o Natal? Bom, além de todas as mediocridades que dizem por aí, costuma-se aceitá-lo, como um axioma, como sendo a data do nascimento de Cristo (isso mesmo, aquele que, não se sabe como, nasceu de uma virgem). As pessoas ouvem essa história, acreditam e a repetem por aí. Mas será que nenhum de vcs até hoje não parou para se perguntar que simplesmente não existem provas de que Cristo nasceu dia 25 de dezembro e que, acima de tudo, não existem provas da existência do tal do Cristo?

Durante a Alta Idade Média, em que a Igreja escravizava muito mais do que apenas a mente das pessoas. Mas, mesmo com o controle ideológico e o monopólio da cultura erudita exercidos por ela, vericou-se , entre os camponeses, a manutenção de uma forte tradição cultural pagã, pré-cristã, associada a elementos da cultura “bárbara”, onde rituais e crenças não aceitos pelo clero eram mantidos. Porém, a Igreja se alimentou da força dessas tradições culturais presentes no imaginário coletivo. É o caso da definição do nascimento de Cristo, historicamente imprecisa, que a Igreja fez coincindir com uma antiga comemoração pagã da época dos romanos, em homenagem a Saturno (que era deus do Tempo, assim como o era também Cronos, para os gregos). As festas romanas em homenagem a Saturno (que se iniciavam no dia 17 de dezembro e seguiam por mais sete dias), ao que tudo indica, estavam tão enraizadas na tradição cultural popular que a Igreja precisou abatê-las não simplesmente probindo sua comemoração e matando quem fugisse às regras (como sempre fez parte do feitio da Igreja), mas sim assimilar essa data para seu calendário e impor uma comemoração a respeito de algo fictício (ou seja, o nascimento de Cristo) que viesse a reforçar o seu poder.

Pode-se concluir, portanto, que essa comemoração realizada todos os anos, simplesmente festeja algo que nunca ocorreu, e só se tornou uma data festiva após a Igreja, com interesses políticos e econômicos, esmagar a cultura popular.

Pare para pensar: não existe uma única catedral que não se origine da tortura. A História da Igreja é de assassinato e destruição. Hereges na Idade Média, feiticeiros e bruxas, os negros tratados como animais sem alma (e que por isso têm cor escura e devem ser escravizados) índios e nativos das terras colonizadas, as pessoas suspeitas de se oporem à Contra-Reforma Católica, período este em que a Igreja disseminou práticas de tortura utilizadas ainda hoje por militares, conivência com o Nazi-Facismo e com guerras... basta estudar e pesquisar um pouco para ver que a Igreja não pode se manter forte até hoje sem que bebesse rios de sangue......EM NOME DE JESUS!!!!!

A escravidão mental à qual submetem as pessoas até hoje faz com que elas, mesmo que sofrendo dia após dia devido a um sistema social, econômico e político desigual, não se revoltem, mas apenas se resignem, ajoelhando, juntando as palmas da mão em frente ao rosto e sussurando coisas sem nexo e não e sem destino. A Igreja mantém as pessoas na miséria, mas pior que isso: faz com que elas aceitem sua condição sub-humana, vivendo de restos, e, não bastanto, agradecendo um tal deus que não existe por estarem vivas.

O Natal é a celebração de toda a miséria humana, e celebramos isso com um largo sorriso no rosto, ano após ano. A mídia fala de “espírito natalino”, “solidadariedade”, “devemos ser bons uns com os outros”, “natal sem fome” e etc. Minha pergunta é a seguinte: onde estava tudo isso antes do Natal e aonde vc irá enfiar todos esses conceitos após o Natal? Até quando iremos receber a hipocrisia de braços abertos, e estourar champagnes quando ela chegar?

Além disso, nos últimos dias, quantas vezes vc já não se pegou perguntando o que irá COMPRAR ou GANHAR neste Natal que se aproxima? Quantas vezes vc já se reparou que estava pensando o quão são belos os ENFEITES que pululam pela cidade e, principalmente, as luzes dos SHOPPING CENTERS? Já COMPROU e degustou quantos panetones? Já decidiu se irá ou não passar com sua doce FAMÍLIA ou com seus lindos VIZINHOS (afinal, não é hora para as costumeiras brigas que ocorrem durante o ano inteiro)? E os CARTÕEZINHOS? Não vá me dizer que vc esqueceu de COMPRÁ-LOS, com lindos desenhos de neve, pinheiros, duendes, renas e um Papai Noel gordo, rosa, feliz e com roupas quentes para um inverno rigoroso!.....refletindo exatamente as características de nossa região, ainda mais nessa época do ano, não é mesmo?!?!?! Aliás, apenas como curiosidade, a lenda do Papai Noel já existia na cultura popular, mas todas suas características fofinhas e imbecis, assim como sua cor VERMELHA (pois antes era verde), foram-lhe atribuídas na primeira metade do século XX, quando a Coca-Cola começou a utiliar sua imagem parar realizar publicidade. Ou seja, nossas comemorações acontecem do modo como uma empresa ordena que elas sejam (e ainda temos a pachorra de chamar isso de feriado)!!!!

Toda essa felicidade do Natal nada mais é que ilusão e hipocrisia. Ilusão pois nada se dá sem o comércio. Esse feriado que vcs tanto amam é apenas uma máquina de gerar dinheiro, fazendo com que muitos trabalhem ainda mais para poucos abastados donos de lojas. Admita, sem comprar, comprar e comprar, seu Natal não é o mesmo, vc não é feliz! Sua família é uma justificativa para vc comprar, comprar e comprar. Mas vc não percebe que a mercadoria passa a ser a sua própria vida, e não somente o que vc compra. São seus valores e seus sentimentos que estão sendo negociados. Seu Natal, assim como sua própria vida, passa a ser a quantidade de dinheiro que vc tem no bolso. Não há Natal sem mercadoria. Hipocrisia, pois, como já disse, todos são mais amigos nessa época do ano, mas ao longo do ano inteiro exigimos mais segurança contra os pobres, exigimos a pena de morte e a redução da maioridade penal, desejamos pela morte e destruição dos favelados, sentimos ódio e medo das crianças nos faróis, porém, como agora é natal, ficamos bonzinhos. Talvez até daremos alguns presentes para quem não tem onde morar: roupas e brinquedos velhos, nosso lixo!!!

Minha sugestão é que vc aproveite o espírito natalino e faça algo de bom para alguém além de vc mesmo: destrua os enfeites de Natal da sua rua (luzinhas tão lindinhas, escondendo uma escuridão de miséria e mendicância); suma com todas as comidinhas calóricas de Natal que achar na sua casa (garanta que o peru passe do ponto, torrando-o); cause um tumulto nos grandes centros de compras (vomite dentro das lojas dos shoppings, gere um incêndio e saia gritando através dos corredores de compras, gerando um pânico inigualável); arranque a barba de algum ridículo fantasiado de Papai Noel, escarrando em seuas olhos, bem na frente de uma criancinha (depois ghegue próximo à orelha dessa mesma criancinha e sussurre “o Papai Noel morreu....nós o matamos”, faça com que ela chore muito). Em suma, destrua toda a mentira gerada pelo Natal, pela Igreja e pela Sociedade de Consumo. Afinal, um pouco de caos nunca fez mal para minguém, não é mesmo!?

Em todo caso, desejo um feliz Natal a todos e mando meus votos de boas festas.
E como dizia a antiga canção de Natal: “Papai Noel, filho da puta, rejeita os miseráveis. Eu quero matá-lo!!! Aquele porco capitalista!!! Presenteia os ricos, cospe nos pobres”.
Deus está morto. Papai Noel será o próximo.
Sorriam sempre e acessem http://www.midiaindependente.org/pt/red/2003/12/270549.shtml
!!!!

O MITO DA RODA DO ANO


Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.

Em Yule, a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, o Rei das sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do sol, que deverá nascer para restaurar a Natureza.

Em Candlemas, a luz cresce, o Deus nascido em Yule se manifesta com todo seu vigor, e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada, pois os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se a esperança.

Em Ostara, luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus é a promessa do crescimento e da fertilidade.

Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador alado. Ao ser perseguida pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher, e assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo.

Chega então Litha, a Deusa é a Rainha do Verão e o Deus, um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a seguir rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.

Em lammas, a Deusa dá a luz e o Deus novamente morre pela Deusa. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida, mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância, ele retira através Dela.

Em Mabon, as luzes e as trevas se equilibram novamente; porém o Sol começa a minguar mais rapidamente. O Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras.

Chega novamente Samhain e então o ciclo recomeça, e assim tudo retorna à Deusa. Assim sempre foi e será!

IN: http://www.circulosagrado.com/
SABBATHS

No decorrer do ano lunar, ou 13 lunações, as Bruxas comemoram 8 Sabbaths, ou seja, rituais associados ao nascimento do Deus Cornífero, seu casamento com a Deusa e, posteriormente sua morte. O conceito de morte, para nós, representa a renovação da vida, e é tão somente, a passagem do plano material para o espiritual.

Estas celebrações também apresentam correspondência com as quatro estações do ano:

Na Primavera, comemora-se o renascimento da Natureza, que após ter passado longo período na escuridão do Inverno.

Já no Verão cultua-se a Natureza, que agora se apresenta exuberante e o Sol que posiciona-se alto e forte no céu.

Com a entrada do Outono e os dias menores, é hora de se preparar para enfrentar a noite e a morte do Inverno que se aproxima.

Logo abaixo farei uma descrição mais minuciosa sobre cada data, convém que você leia se realmente quiser fazer parte deste Mundo Novo das Bruxas. Você além de adquirir cultura geral, vai precisar deste conhecimento para tornar-se bruxa. É bem interessante!

Obs: Como pertencemos ao Hemisfério Sul, as Festividades devem obedecer as suas datas correspondentes.

LAMMAS

Data: 01 de fevereiro(HS)/01 de agosto(HN)

Nomes alternativos: Lughnashad, Elembious

Cor: cinza, ouro, verde, amarelo, laranja

Símbolo: pães, grãos

Deuses: da colheita, fartura, grãos. O principal Deus cultuado neste Sabbath é Lugh

Cristais: citrino, peridoto e topázio

Alimentos: pães, nozes, e milho (sementes e cereais)

Bebida: vinho, chá de camomila

Frutas: melão, laranjas, bananas e abacaxi

Incenso: aloés, rosas e sândalos.

Este é o primeiro dos três SABBATHS da colheita.

Lammas ou Lughnasad é tipicamente agrícola, onde se agradece ao deus celta “Lugh”e as deusas do grão. Lugh é o Deus do Sol, na Mitologia Celta. Grande guerreiro, derrotou gigantes que exigiam sacrifícios humanos.A Tradição Wicca pede que neste Festival sejam confeccionados bonecos com espigas de milho ou ramas de trigo, representando os Deuses, que são chamados de Senhor e Senhora do Milho. Nesta data agradecemos a primeira colheita do ano, sejam elas boas ou más, pois sabemos nem só de felicidade vive o homem, e que os problemas auxiliam em nossa evolução.

O outro nome de Sabbath é Lamas, que significa "A massa de Lugh". Isso se deve ao antigo costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Se você pertence a um coven, peça para que todos os membros façam um pão comunitário que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. NÃO ESQUEÇA que o primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do CALDEIRÃO juntamente com papéis onde serão escritos os agradecimentos e grãos de cereais.O boneco representando o Deus do Milho também é queimado, para nos lembrar que devemos nos livrar de tudo que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.

O altar deve ser enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.

Todos estes rituais tinham uma conotação maior para época em que foram criados. Hoje vivemos em pleno século XXI, em grandes centros urbanos, uma realidade totalmente distinta de 4.000 anos atrás. Não plantamos, nem colhemos, compramos nossa alimentação diretamente de supermercados, mas o que não podemos esquecer é de agradecer aos Deuses a comida que chega até nossa mesa. Ela é também fruto de muito trabalho, mesmo que não seja arando a Terra.



RITUAL DE LAMMAS

MATERIAL:

Muitos pães

Porções de cereais e sementes

Cesta de fibra natural

Boneco de Lammas. (você mesmo pode faze-lo)

Trace o círculo de proteção e organize o altar. Dentro da cesta coloque os pães e os cereais; ao lado coloque o boneco de Lammas (feito de pano branco e recheado com grãos de milho) e o vinho.

Cada ano se faz um boneco novo e queima-se o do ano anterior.

Agradeça com suas palavras os deuses por tudo que a natureza fornece para a nossa sobrevivência.

Neste dia são feitos feitiços voltados para o benefício de toda a humanidade e não pessoal.

Ao encerrar, não esqueça de fechar o círculo de proteção.

SAMHAIN

Data: 01 de maio(HS)/31 de outubro(HN)

Nomes alternativos: Halloween, Noite de Saman, Samana, Samaine, Hallowmas, Hallow'sEve

Cor: preto e laranja

Símbolo: Caldeirão, Jack o' lantern (lanternas de abóboras)

Deuses: velhos, da morte, Deuses do sacrifício e sabedoria, principalmente Saman, o Deus Celta da morte

Cristais: obsidiana, turmalina negra, ônix

Alimentos: tortas, bolos, maçãs e milho

Bebidas: vinho, champanhe, chás de ervas e flores

Frutas: abóboras, maçãs, ameixas e romã

Incenso: menta, maçã, sálvia, noz-moscada, heliotrópo

A palavra “Samhaim” é uma palavra celta que se deriva de “Samana, o Deus da Morte" . Considerada como a noite de todas as almas, é quando as fronteiras entre o mundo físico e o espiritual se abrem, permitindo a comunicação entre eles. É o tempo ideal para nos comunicarmos com nossos mortos. O sentido do Hallowenn é nos sincronizarmos com quem já partiu para enviar-lhes mensagens de amor e paz. Os nomes das pessoas que já se foram devem ser queimados no Caldeirão, mas nunca com sentimento de tristeza, pois nós Wiccanos, sabemos que, aqueles que perdemos nesta vida, irão renascer e, um dia, iremos nos encontrar novamente nesta jornada de evolução. NÃO ESQUEÇA de colocar as tradicionais máscaras de abóbora com vela dentro nos quadrantes. Antigamente as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pela noite do Samhain .

É também,quando a Deusa se despede do Deus Cornífero, que deixa o mundo físico para se tornar a semente de seu próprio renascimento em Yule (próximo Sabbath).

Esta data marca o início e o fim do calendário Celta (ano-novo). É, portanto, uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo ano e conseqüentemente novas esperanças. Devemos comemorar com muito ponche, bolos e doces.

A cor deste Sabbath é negro, sendo que o altar deve ser adornado com muitas maçãs, o símbolo da Vida Eterna.



RITUAL DE SAMHAIN



MATERIAL:

Vela Preta

Caldeirão

Água Mieral

Abóbora, maçã, romã e ameixa

Ponche e Doces

Trace o círculo de proteção e erga o altar. Acenda a vela preta e coloque-a dentro do caldeirão; coloque água até a metade do comprimento da vela. Em torno do caldeirão coloque as frutas próprias para Samhain.

Recite uma mensagem aos deuses esquecidos e aos mortos. Inicie a festa servindo todos os alimentos típicos para a ocasião.

Ao encerrar, feche o círculo de proteção.



CONSAGRAÇÃO DE INSTRUMENTOS



Acenda as velas e o incenso. Trace o círculo de pedras. Apóie o instrumento sobre o pentagrama, ou em uma tigela com sal. Toque-o e diga com a ponta do punhal mágico e diga:

“Eu o consagro, ó punhal de aço (ou vara de madeira), para limpá-lo e purifica-lo para que me sirva dentro do Círculo de Pedras. Em nome da Deusa Mãe e do Deus Pai, eu te consagro.Envie a energia de proteção do instrumento, livrando-o de qualquer negatividade. Apanhe-o e borrife sal sobre ele, passe-o em meio a fumaça do incenso, através da chama da vela e borrife-o com água, chamando pelos Espíritos da Pedras para consagra-lo.

Erga aos céus o instrumento e recite:

EU o carrego pelos Antigos: pela Deusa e pelo Deus onipotente: pelas virtudes do Sol, da Lua e das Estrelas: pelos poderes da Terra, do Ar, do Fogo e da Água, para que eu obtenha tudo o que desejo por meio de vocês. Consagre isto com seus poderes, ó Antigos.



Obs: as palavras usadas neste rito baseiam-se em “A Chave de Salomão”.



RITUAL SAMHAIN –31 DE OUTUBRO

Decore o altar com romãs, abóboras e outros frutos de outono. Flores do campo e crisântemos podem também ornamentar o altar. Escreva num papel branco tudo que você deseja livrar-se: da ira, doenças, relacionamentos errados, hábitos negativos (como cigarro, bebida,etc). Coloque o caldeirão no altar com os papeis de pedidos dentro. Na sua frente, deposite um prato raso branco com o símbolo da roda do ano. Você pode pintar no prato um círculo grande com um ponto no centro. Deste ponto trace oito raios e uma ao traçado do círculo. Está feita sua roda do ano.

Antes do Ritual sente-se em silêncio e pense em seus ancestrais e amigos que já não se encontram entre nós.

Prepare o altar, acenda as velas pretas, o incenso e forme o círculo de pedras.



O CANTO DE BENÇÃOS (deve ser recitado no início de qualquer ritual)

Que os poderes do Único,

Afonte de toda criação;

Onipresente, onipotente, eterno;

Que a Deusa,

A Dama da Lua;

E o Deus,

Caçador Chifrudo do Sol;

Que os poderes dos Espíritos das Pedras,

Regentes dos reinos elementais;

Que os poderes das estrelas acima e da Terra abaixo,

Abençoem este lugar, e este tempo, e a mim que convosco estou.



ABENÇOANDO O VINHO (no final do ritual e início do banquete)



Erga ao céu uma taça de vinho ou outro líquido entre suas mãos e diga:

Graciosa Deusa da Abundância,

Abençoes este vinho e imbua-o com Seu amor.

Em seus nomes, Deusa Mãe e Deus Pai,

Eu consagro estes bolos (ou pães)



SOLSTÍCIO DE INVERNO ou YULE

Data: Por volta de 21 junho(HS)/por volta de 21 de dezembro(HN)

Nomes alternativos: Yule, Retorno do Sol e Dia de Fionn

Cor: vermelho, verde, dourado, branco

Símbolo: sempre viva, tronco de árvores

Deuses: recém nascidos, Deusas Triplas e Virgens

Cristais: rubi, granada, olho de gato

Alimentos: bolos de frutas, nozes e pães variados

Bebidas: vinho quente e frio, e champanhe

Frutas: uvas, maçãs, melões e ameixas

Incenso: Mirra, Absinto, Pinus, Almíiscar, Selo de Salomão, Hera, Escamônea, Estoraque e Incenso de Igreja.

Obs: estes incensos são usados tanto para o Equinócio de Outono como para o Solstício de Inverno. É usado na entrada de Sol em LIBRA, o primeiro dia do Outono e em CAPRICÓRNIO,o dia mais curto do ano, quando renasce da escuridão para trazer de volta a Primavera.

Se comemora o nascimento do novo filho da Deusa, o Deus Cornífero renovado e forte. No Hemisfério Norte, Yule é comemorado na época de natal, com quase o mesmo significado que da festa cristã.

As bruxas pedem proteção, coragem e novas oportunidades. São enfeitadas árvores como pinheiro ou carvalho, pendurando frutas pequenas, guirlandas de folhas e saches de ervas aromáticas (muito parecidas com as árvores de natal).

É interessante acrescentar que a maioria dos feriados cristãos, tem correlação com os pagãos, sendo que o último tem procedência bem mais antiga. Ex: Samhaim , a noite das almas (dia das bruxas), os católicos transformaram em “Noite de Todos os Santos”, e assim por diante...



RITUAL DE YULE



MATERIAL

Árvore de Yule (Pinheiro)

Velas vermelhas

Alimentos e bebidas descritas acima

Iniciar traçando o círculo de proteção e monte o altar. Coloque a árvore no centro do círculo e acenda as velas vermelhas em homenagem ao Deus Cornífero que acaba de renascer. Neste dia faça um feitiço de proteção.

Feche o círculo de proteção.



IMBOLC

Data: 01 de agosto(HS)/01 de fevereiro(HN)

Nomes alternativos: Imbolg, Imboling, Imbolc, Dia de Brid, Candelária

Cor: vermelho, branco, laranja, amarelo (cores quentes)

Símbolo: velas, bonecas de pano recheadas com ervas, flores brancas

Deuses: Jovens e meninos, Deusas Virgens ou da fertilidade

Cristais: ametista e turquesas

Alimentos: laticínios,bolos de frutas e tortas de maçãs

Bebidas: vinho, suco de morango e tomate

Frutas: maçãs, cerejas e framboesas

Incenso: manjericão e mirra.

Imbolc, quer dizer: dentro do útero. A Deusa encontra-se em vagarosa recuperação pós-parto e acorda com a energia do Sol.

Neste dia,também, homenageia-se Brigit, a Deusa céltica do fogo, Senhora da Poesia, da Inspiração, da Cura, da Escrita, da Metalurgia e das Artes Marciais.

Nesta noite as bruxas colocavam velas cor de laranja ao redor do círculo, e uma vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar livre, pode-se fazer tochas e girar ao redor do círculo com elas. A bruxa mais jovem da assembléia pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender com sua tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa. Os membros do coven devem fazer poesias ou cantar em homenagem à Brigit. Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou num caldeirão em oferenda no fim do ritual.

O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a luz de volta ao mundo.

É hora de pedirmos proteção para todos os jovens. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.A consagração deve ser feita pelos membros mais jovens do Coven.

Os povos antigos no rigor do inverno, permaneciam a maior parte do tempo, reclusos e aquecidos por fogo de fogueiras. Daí surgiu a necessidade de purificar estes ambientes e as bruxas começaram a realizar rituais para conseguir tal intento. Esta época também é propícia para iniciar novas bruxas.

Imbolc é chamado do Festival das Luzes, e deve-se acender muitas velas (principalmente nas janelas), para iluminar os caminhos do Deus menino.



RITUAL IMBOLC



MATERIAL:

Velas de cores quentes (vermelho, laranja, amarelo)

Flores brancas

Alimentos e bebidas já descritos.

Trace o círculo. Erga o altar. Acenda as velas e ornamente o altar com flores brancas.

Faça um feitiço de auto-purificação



EQUINÓCIO DA PRIMAVERA ou OSTARA

Data: por volta de 21 de setembro(HS)/ 21 março(HN)

Nomes alternativos: Ostara, Eostre, Dia da Senhora

Cor: branco, verde, amarelo e dourado

Símbolo: ovos, borboletas e coelhos

Deuses: Jovens, da fertilidade

Cristais: quartzo verde, esmeraldas e citrino

Alimentos: ovos cozidos, bolos de mel e sementes

Bebidas: vinho, ponche de leite e iogurte

Frutas: da época

Incenso: Erva-doce, Canela, Rosa, Sândalo Vermelho, Cedro, Gerânio, Poejo, Incenso de Igreja.

Obs: Estes incensos são usados no Equinócio de Primavera/Solstício de Verão. São usados na entrada do Sol em ÁRIES ou no primeiro dia da Primavera e também em sua entrada em Câncer, o dia mais longo do ano.

Época de homenagear Ostara, a Deusa da Primavera, Senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi deste antigo festival que teve origem a Páscoa. Os membros do Coven devem usar grinaldas, e o altar deve ser enfeitado com flores e ovos pintados. Eles simbolizam a fecundidade e renovação. Os ovos que forem pintados crus com símbolos mágicos, devem ser enterrados e os cozidos comidos (mentalizando seus desejos). Mas antes disso, todos os membros do Coven devem girar de mãos dadas para energizar os pedidos (todos referentes à fertilidade). O sol voltou e a natureza se veste de flores e os animais procuram parceiros para acasalar. O Deus atingi sua maturidade e se apaixona pela Deusa. Ela está fértil, e a semente da vida é semeada em seu ventre. Primavera é vida, é alegria. É a hora de fazer feitiços ligado a alcançar coisas novas: um novo amor, uma nova casa ou um novo emprego.



RITUAL DE OSTARA



MATERIAL:

Ovos cozidos e crus pintados com símbolos mágicos Tintas multicoloridas

Velas diversas cores

Flores do campo

Trace o círculo e monte o altar. Pinte os ovos com símbolos mágicos ou bem coloridos. Acenda as velas coloridas e ornamente o altar com bastante flores do campo.

Faça uma homenagem à Deusa e em seguida prossiga com um feitiço ligado a novos caminhos. Em seguida sirva os alimento.



BELTANE



Data: 31 de outubro(HS)/01 de maio(HN)

Nomes alternativos: Véspera de Maio, Rudemas, Giamonios

Cor: vermelho, branco e principalmente o verde

Símbolos: cestas, flores, Maypolle

Deuses: das flores, fertilidade e sexualidade

Cristais: esmeraldas, safira, topázio

Alimentos: salada de ervas, bolo de cereais

Bebidas: vinho tinto, suco de uva e laranja

Frutas: todas as de cor vermelha e verde

Incenso: olíbano, rosa e jasmim.

Feriado oposto a Samhaim, tanto em data, quanto em significado. O significado da palavra “Beltrane” é “fogo de Belenos”. É o Sabbat da fertilidade em que o Deus e a Deusa se casam. As fogueiras são acesas e os Postes de Maio levantados, é festa para ninguém botar defeito. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de doenças e energias negativas. Se não houver espaço para as fogueiras, acenda duas velas ou tochas. Os Postes de Maio (poste enfeitado com fitas coloridas) também fazem parte da Tradição. Cada membro do Coven escolhe uma fita e em seguida, devem girar trançando a fita,como se estivessem tecendo o próprio destino, colocando-o sobre a proteção da deusa.

Todas as bruxas sabem que JAMAIS DEVEM SE CASAR EM MAIO, pois este é o mês dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.

É um bom temo para renovar esperanças e conseguir um amor.

Este foi um dos primeiros feriados a serem destituídos pela Igreja, pois os padres celibatários da época, consideravam estes festejos como pecado e ofensa à Deus.



RITUAL DE BELTRANE



MATERIAL

Caldeirão

Lenha para fogueira

Fósforos Flores e folhas

Tronco alto e reto

Água mineral

Velas verdes

Fitas coloridas.



Trace o círculo e erga o altar. Enfeite o altar com flores e folhas. Acenda duas fogueiras (ou duas velas) e coloque o caldeirão à esquerda, cheio d‘água e flores. Á direita coloque o “Mastro de Maio” (tronco com várias fitas presas na ponta superior, que devem ficar caídas até atingirem o nível da parte inferior do tronco). Cada bruxa pegará uma das pontas das fitas e dará voltas em torno do tronco, no sentido horário. Deve-se render homenagens à Deusa e ao Deus. Faça um feitiço para o amor, que com certeza conseguirá o que deseja. É comum nestes rituais usar máscara de folhas e também pular uma pequena fogueira. Este ritual estimula a fertilidade.

Não se esqueça de servir muitas frutas vermelhas e vinho tinto.

Feche o círculo de proteção.



SOLSTÍCIO DE VERÃO ou LITHA



Data: Por volta de 21 de dezembro(HS)/por volta de 21 de junho(HN)

Nomes alternativos: Litha, Feill-Seathain, Midsummer

Cor: verde, azul e laranja

Símbolos: penas, disco solar, o Sol

Deuses: Deuses solares (Mercúrio, Thor, Cernunnos) e Deusas grávidas

Cristais: esmeralda, citrino, jade e aventurina

Alimentos: vegetais frescos e pão de cereais

Bebidas: vinho, leite, suco de laranja, limão e cerveja

Frutas: tropicais como o abacaxi, carambola, banana

Incenso: rosa, olíbano, mirra, pinho e limão.

Esta é a época excelente para nos conectarmos com as energias masculinas que estão em seu ápice, seguindo as velhas tradições.

Neste dia o Sol atingiu sua plenitude, ou seja, o Touro Dourado, o Sol, está em seu zênite. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. É tempo de se render homenagens ao Sol, que fertiliza toda a natureza. Neste dia pode-se fazer todos os tipos de feitiços. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar. Logo ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão. Tudo no universo é cíclico, devemos não só ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte, neste dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas.

Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (ex.: Camomila) juntamente com os pedidos no caldeirão.É época também de se colher ervas e fazer amuletos protetores. O corpo e o físico são reverenciados nesta época.

Sugestões para decorações de altar podem incluir maçãs e penas. Direcione suas orações de abundância e prosperidade para Danu, a Deusa Mãe Celta.

Muitos monumentos antigos estão alinhados com o Sol neste momento da Roda do Ano céltica, o mais famoso deles é Stonehenge na Inglaterra.





RITUAL LITHA

Antes de iniciar o ritual faça um saquinho com uma gaze e dentro dele coloque as ervas lavanda, camomila, erva de são-joão, e verbera. Despeje mentalmente todos seus problemas, aflições, doenças junto com as ervas. Feche a boca do saco com uma fita amarela e coloque-o sobre o altar. No seu altar deve estar o caldeirão, uma vela vermelha (para homenagear a Deusa) e uma vela preta (para homenagear o Deus Cornífero), pentagrama, athame e incenso. Ornamente seu altar com abacaxis, bananas, pão de cereais, penas e flores de girassóis. Se o ritual for ao ar livre, acenda uma fogueira. As fogueiras do verão, são dotadas dos eflúvios da luz e do calor do Sol, que nos dá, por algum tempo, poderes acima dos normais para curar enfermidades que ameaçam a vida do homem.

Trace o círculo de pedras:

1- NORTE -posicione a primeira pedra representando o ESPÍRITO DA PEDRA NORTE. Em seguida ajuste as do LESTE, SUL e OESTE. Apanhe a seguir um barbante branco e reforce o traçado do círculo.

RECITE O CANTO DAS BÊNÇÃOS

O Canto de Benções

Que os poderes do Único

A fonte de toda criação;

Onipresente, onipotente, eterno;

Que a Deusa,

A Dama da Lua;

E o Deus, Caçador Chifrudo do Sol;

Que os poderes dos Espíritos das Pedras,

Regentes dos reinos elementais;

Que os poderes das estrelas acima da Terra abaixo, Abençoem este lugar, e este tempo, e a mim que convosco estou.



INVOQUE A DEUSA E O DEUS

Invocação ao Deus



Deus brilhante,

Rei dos Deuses,

Senhor do Sol,

Mestre de tudo o que é silvestre e livre;

Pai dos homens e mulheres;

Amante da Deusa Lua e protetor dos Wiccanos:

Compareça, eu peço,

Com seu raio solar de poder

Cá em meu círculo!

Invocação à Deusa



Graciosa Deusa,

Rainha dos Deuses,

Lanterna da noite,

Criadora de tudo o que é silvestre e livre;

Mãe de homens e mulheres;

Amante do Deus Cornudo e protetora de todos os Wiccanos;

Compareça, eu peço,

Com seu raio lunar de poder

Cá em meu círculo!

DE PÉ COM O ATHAME ERGUIDO DIGA:

Eu celebro o ápice do verão com ritos místicos.

Ó Grande Deusa e Deus,

Toda a natureza vibra com suas energias

E a Terra é banhada com calor e vida.

Este é o momento de esquecer problemas passados;

Agora é hora da purificação.

Ó ígneo Sol,

Queime o que é inútil,

O que machuca,

O mal,

Com seu poder onipotente.

Purifique-me!

Apanhe o o seu sachê com ervas e pedidos e acenda-o na vela vermelha do altar, ou então jogue-o na fogueira. Enquanto queima diga:

Eu os elimino pelos poderes da Deusa e do Deus!

Eu os elimino pelos poderes do Sol, da Lua e das Estrelas!

Eu os elimino pelos poderes da Terra, do Ar, do Fogo e da Água!

Visualize todas as dores e sofrimentos serem queimadas pela fogueira e irem embora da sua vida. Diga então:

Ó Graciosa Deusa, Ó Gracioso Deus,

Nesta noite mágica de meio verão

Peço que carreguem a minha vida com alegria

Ajudem-me a comungar com as energias

Suspensas no ar encantado da noite.

Eu agradeço!

Faça uma parada para refletir. Sinta a energia da Natureza fluir através de você. Visualize a luz dourada divina entrando pelo seu chakra coronário e invadir todo seu corpo. Conecte-se com a Deusa e o Deus. Permaneça refletindo por uns 10 minutos, depois inicie a celebração de seu banquete.

Este Festival é ideal para prática de qualquer tipo de magia, curas, magias de amor e proteção são especialmente indicadas. Não se esqueça de pular sobre o fogo da fogueira para purificar-se e renovar as energias.



RITUAL DE LITHA

(realizado durante o dia)



MATERIAL:

Flores solares (gira-sóis)

Incenso de uma erva solar.

Faça o círculo, erga o altar e o adorne com flores e queime o incenso. Este ritual deve ser realizado ao ar livre à luz do sol e deve-se fazer uma homenagem ao Deus em seu aspecto solar e à Deusa em seu aspecto de natureza. Pode-se fazer qualquer tipo de feitiço neste dia.

Deve-se servir frutas e vegetais frescos.

Não esqueça de fechar o círculo depois que encerrar o ritual.

Os dias e as noites do solstício de verão estão repletos de grande poder e magia. É quando Pã e todos os tipos de fadas e elfos andam correndo soltos por toda parte. É tempo de viagens, festas ao ar livre e muita diversão.



MABON – SOLSTÍCIO DE INVERNO



Data: por volta de 21 de março(HS)/por volta de 21 de setembro(HN)

Nomes alternativos: Mabon, Colheitas dos vinhos, Banquete de Avalon.

Cor: laranja, vermelho, marrom, verde e amarelo

Símbolo: maçã, abóbora, cornucópia

Deuses: da colheita, Deuses Velhos e principalmente Mabon, o Deus Celta do amor

Cristais: ágata, lápis-lazúli, safira, cornalina

Alimentos: derivados de milho, trigo e todos os tipos de raízes e sementes como cenouras, batatas e nozes

Bebidas: vinhos e sucos de frutas

Frutas: maçãs e romãs

Incenso: benjoim, mirra e salvo.



No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nesta noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O Chão deve ser forrado com folhas secas.

É tempo de tristeza para a Deusa, pois breve o Deus deixará o mundo físico, mergulhando então na escuridão. As folhas começam a cair, o dia não tem mais tanta luminosidade e a natureza prepara-se para o inverno. Inicia-se o período negro do ano. É tempo de meditação sobre a morte. Toda bruxa sabe que a morte, nada mais é , que o fim de um ciclo e início de outro. É exatamente por isso, que comemora-se os Sabbaths: reverenciando a morte e regozijando a vida. Mas, apesar de ter conhecimento de tudo, a Deusa está amargurada e sua tristeza é retratada no aspecto sombrio que adquirem os dias de outono.

Também é o Festival em que se pede pelas pessoas doentes e mais idosas que precisam de nossa ajuda e de homenagear nossas antepassadas femininas (nossas vózinhas bruxas), queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênção.



RITUAL DE MABON

MATERIAL:

Galhos e folhas secas

Óleo de patchuli

Velas pretas

Trace o círculo, erga o altar. Unte as velas pretas com óleo de patchuli, coloca-as em forma de círculo (representando a Roda do Ano) e disponha os galhos e folhas secas em volta e no chão.

Faça uma homenagem à Deusa e despeça-se do Deus. É hora de se fazer feitiços para afastar pessoas indesejáveis e problemas.

Celebre com frutas e bebidas.

Ao encerrar feche o círculo de proteção



Quando terminar os Sabbaths:

Sempre coma os alimentos que foram consagrados e se possível divida-os entre familiares e pessoas queridas.

Tudo aquilo que for consagrado como velas, ramos de trigos, fitas e outros materiais que não forem utilizados, devem ser distribuídos às pessoas que você goste.

A libação sempre deverá ser feita ao término da realização do Sabbath.

Os resíduos de velas, incensos, assim como água e vinho que sobrarem devem ser depositados em um canteiro com plantas ou flores.

Sempre trace o Círculo Mágico no início dos rituais e desfaça-o ao término dos mesmo.

Texto pesquisado e desenvolvido por

ROSANE VOLPATTO

IN:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/sabbaths.html


Observação:

Embora a maioria das pessoas realmente me achem wiccana, eu não penso extamente desta forma...Acho que estou mais pra bruxa tradicional ou uma simples feiticeira, porque bem da verdade me é muito raro invocar o Filho da Deusa...Por isso estou meio que mais pra Diânica do que para Wiccana...Quanto a Roda do Ano achei interessante e bem importante para que não confundamos com as datas comemorativas dos cristãos, que usurparam todos os festivais da Deusa e do Seu Filho-Consorte...
Enfim eu sou bem louca e é bem capaz que eu imende logo tudo de uma vez que é pra facilitar ( Não aconselho ninguem a faze-lo)


Gaia Lil