"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao final do desejo"


domingo, 31 de janeiro de 2010

QUEM SABE UMA NOVA ERA?


Ela muda tudo que ela toca
Tudo que ela toca muda
Ela muda tudo que ela toca
Tudo que ela toca muda
Hecate, Demeter, Diana, Isis, Astarte, Khali, Inanna
Hecate, Demeter, Diana, Isis, Astarte, Khali, Inanna




Tempos de paz, sem ódio e repressão nem ironia. Tempos de Mulher e Deusa ,oráculo sagrado e divina interprete,
Tempo de igualdade e justiça social.
Tempo de amor entre mulheres
físico ou fraternal
Tempo de acabar com a repressão e mais liberdade sexual
Tempo de cada uma de nos se tornar Sacerdotisa da Grande Deusa Mãe , e encarnas os dons da Lua .Tempo sem tempo, que chegue logo nosso tempo...
Sem profetas nem escravos sem servos e gurus.Sem mulheres manipuladas ou manipuladoras a apoiar os homens do patriarcado...


Tempo de homens Filhos da Grande Mãe e não odiadores da mulher e traidores da Deusa.


Tempo sem rivalidade de mulheres disputando os homens como se só estes pudessem lhe justificar toda a existência...
Tempo de mulheres livres para assumir sua opção religiosa, e menos guerra dos cristãos e evangélicos contra as mulheres que servem a Mãe Natureza...Respeito e amor pela Terra e pela Vida...Enfim tempo de Mãe, a Era da Mãe e da Filha e da Criança Divina.


LEMBRA, VAI AO FUNDO DA TUA ALMA ...RECORDA TE



"Lembra mulher de quando teus pés descalços pisavam na terra molhada, depois da tempestade tão esperada

Recorda quando teus ouvidos sabiam compreender as mensagens que o vento assoprava para o teu espírito
Inspira fundo e sente o aroma daquela época onde viveste próxima aos frutos e às flores e tudo acontecia em tempo certo, sem apressamentos

Compreende que teu corpo e tua alma obedeciam à voz da Grande Mãe, e tua vida fluia plena de sabedoria, pois tu representavas a Deusa, o Sagrado Feminino, e de ti resplandecia toda a generosidade

Recorda que conhecias bem os Mistérios da Lua, tua irmã, e te guiavas por instintos e intuições, sonhavas com as respostas e cheia de confiança em teu coração guiava a tua vida e de tantos outros por caminhos seguros

Tua natureza, sempre disposta a dar vida e dela cuidar, ligada por estreitos laços aos ritmos e ciclos do universo, sabia cantar e dançar, e assim espalhava alegria pelo norte, pelo sul, pelo leste e pelo oeste, sem perder o teu centro

Rosa dos ventos e dos tempos, hoje estás novamente aqui, mas não te esqueça jamais de continuar a cumprir o teu sagrado papel
O Universo ainda carece do teu feminino...
Ah! Então canta e dança
E o destino dos homens se cumprirá!"


(Autoria desconhecida)


sábado, 30 de janeiro de 2010

FILHAS DA DEUSA


Anna Geralda Vervloet Paim disse...


Parabéns pela sabedoria do texto!
Também penso como vc,a mulher ocidental deveria trazer de volta a Deusa a todas as consciências,infelizmente esta mesma mulher pensa apenas em agradar ao seu macho,tentando ser melhor do que as outras,numa eterna competição para ser a rainha,quando na verdade é simplesmente uma escrava do poder masculino.
É sabido que,durante a civilização da Deusa,quando as mulheres eram sacerdotisas dos templos e prostitutas sagradas,bastava que o homem fizesse amor com uma sacerdotisa para que ele estabelecesse contato com o sagrado,pois as mulheres eram sagradas.
Nós, mulheres, sabemos que somos o repositório deste código antigo,um legado com poder suficiente para fazer da Terra um paraíso.Nós somos a peça de um quebra-cabeça que depois de montado criará uma utopia.E nós somos a valiosa pérola que trará luz e amor a este mundo e um tempo de abundância e sabedoria,basta nos reconectarmos com nossa essência feminina,e esta conecção tem de ser feita através do Sagrado Feminino.
Blogs como este e tantos outros que circulam pela internet são muito valiosos sim,tenho certeza de que ajudam a criar uma consciência ecológica e feminina,uma união entre as mulheres,com a magia da internet,de nos conectar mesmo que a longas distâncias,e de fazer o seu trabalho silencioso nos fazendo pensar e agir.
Penso que hoje as bruxas são legião no século XXI. E são bruxas que não podem ser queimadas vivas, pois são elas que estão trazendo pela primeira vez na história do patriarcado, para o mundo masculino, os valores femininos. Esta reinserção do feminino na história, resgatando o prazer, a solidariedade, a não-competição, a união com a natureza, talvez seja a única chance que a nossa espécie tenha de continuar viva.

Abraços com as bênçãos da Grande Mãe

*

QUANDO A MULHER VAI PARAR DE CUIDAR DO MUNDO PRA CUIDAR DE SI MESMA?

MULHER FALANDO DE MULHER...

“Ainda temos muito que caminhar, mas globalmente poderíamos dizer que a mulher já trilhou mais da metade do caminho de lutas nessa estrada rumo à libertação. O que eu vejo hoje, de qualquer forma, é um quadro muito positivo. A mulher é dona do mundo, ela é parabólica. Aliás, mesmo quando o mundo não vivia uma era parabólica, ela já era assim. Ao mesmo tempo que está ligada na camisa do marido, está vendo o bife para o filho, ligada em administrar o dinheiro, a casa. Ela pode estar dirigindo e pensando em fazer a unha, no que vai dizer na reunião de trabalho daqui a duas horas e falando no celular para o colégio do filho e, no fim, já trabalhou e fez mais de 100 coisas. Pensou mil coisas que os homens sempre esquecem, porque pensam com uma cabeça menos afinada para esses detalhes, que fazem a vida! E essa postura de cuidar da vida faz com que as mulheres envelheçam mais erguidas, porque a tarefa delas é a vida, elas são incumbidas do mundo. E só páram de cuidar do mundo quando morrem. Tanto que as mulheres que ficam viúvas, conseguem reconstruir a vida mais rápido, com exceções, claro, mas no geral é assim, os homens, não, quando viúvos, morrem logo depois e se são desquitados, ficam sem mães. Por isso que, a meu ver, a valorização da mulher no mundo é um merecimento, uma noção de direito. Ela é em si, por direito, a rainha da vida”
Elisa Lucinda, poeta

Sim e a mulher, minha Deusa!, continua cuidando do mundo...Mantendo bem organizado para que a instuição patriarcal não fenessa...Cuida dos filhos (homens) e em sua maioria não quer nem saber das filhas ..."Que mulher quer parir uma filha pra vir sofrer e ser manipulada como sofrem e são manipuladas todas as mulheres nas mãos dos homens".Em todo mundo a mulher conspira a favor de seus próprios opressores....Todas elas filhas do pai e não estão nem ai a mãe ou não aperdoam por telas rejeitado e fazem o mesmo com suas filhas..( a exceções claro, mas o mundo não é feito de exceções..)

Tão distantes da propria alma e não olham para si proprias...Cuidam dos filhos, e do marido e se compensar ganham seu dinheiro que vai todoo pra "casa" ou então pra comprar cosmeticos e fazer cirurgias plasticas ou consultar o astrologo pra saber se o homem dos seus sonhos vai aparecer ou nã e se aquela "rival" vai finalmente sair da cola do mariodo...Fazem até simpatias e apelam até para Deusa do meu coração a Grande Hera:

Deusa do Amor - HERA
..Tags:casa casamento lição mulher

Nesta última lição, vamos apelar a Hera, deusa protectora do casamento. Representa a perpetuação dos votos entre marido e mulher...
Nesta última lição, vamos apelar a Hera, deusa protectora do casamento. Representa a perpetuação dos votos entre marido e mulher.

As mulheres contemporâneas que possuem as qualidades de Hera, identificam-se a si mesmas como esposas sem qualquer sentido de frustração ou ressentimento que esse papel pode representar.

São pares iguais dos seus companheiros, confidentes e não têm quaisquer problemas em assumir a sua autoridade dentro e fora da relação.

Ao imbuir-se do poder de Hera, vai poder escolher, de forma sábia, os homens com que pretende relacionar-se, sem se sentir amedrontada pelas suas namoradas ou esposas. Será um amparo para o seu companheiro e ganhará com o sucesso dele, ao passo que também ele se sentirá realizado através de si.

As mulheres de Hera e os seus parceiros têm uma união de força – um casamento entre duas pessoas com egos saudáveis, que conhecem as formas de exercer o seu poder, fortes e completos como indivíduos.

IN: http://www.mulherportuguesa.com/amor/artigos/1016

A VERDADEIRA DEUSA HERA:

Na sua descrição patriarcal e negativa encontramos a Deusa Hera como uma esposa rixosa e ciumenta e dependente que vivia sempre em pé de guerra com Zeus.
No entanto ao estudarmos o mito de Hera e seu culto anterior ao de Zeus (culto deste que era patrilinear e nordico, sua descendencia provinda de Odin) encontramos uma Deusa da Soberania da Terra e da sabedoria feminina, proterora ferrenha de todas mulheres e da sexualidade pois suas ervas sagradas eram conhecidas na antiguidade por curar doenças genitais femininas.

Na propria palavra "Hera" encontramos significados como Terra, Senhora, Ar, Escolhida, sendo portanto atributo de uma Deusa minoica da Terra do céu , da água e do ar anterior a Zeus e mais poderosa que este na antiguidade matriarcal.Segundo os mitos centrais do matriarcado Hera deu a luz sozinha a seu filho amante Heracles , cujo nome significa gloria a Hera.O proprio nome heroi provem de Heros sendo atribuido ao consorte de Hera, pois a Grande Deusa era mãe de todos os herois solares. Posteriormente a Deusa Hera foi descrita como a grande inimiga de Heracles, numa tentativa de desacreditar o culto a Deusa Terra.
Isto tambem marca o momento em que o patriarcado absorveu os deuses solares que antes eram filhos da mesma Grande Deusa. A Deusa Hera que antes reinava sozinha e por dereito proprio era um simbolo e um exemplo que todas as mulheres e rainhas dos periodos matriarcais seguiam. Na tentativa de abrandar a rebelião feminina ante a nova ordem imposta, os homens do patriarcado disseminaram a crença de que Hera era na verdade a esposa de Zeus, quando muito pelo contrario este foi por ela escolhido como amante de acordo com a velha tradição. O mesmo aconteceu com as rainhas que tomaram como amantes os invasores e estes depois se sentiram no direito de reinar e instalaram a ordem patriarcal traindo assim as mulheres que lhes tomaram como consortes. Nos antigos sistemas a rainha reinava por direito proprio e como sacerdotisa, tambem sendo escoltada com o rei, que neste sentido, só tinha funções religiosas como simbolo do Deus, o Rei do Ano, que era sacrificado em nome da Deusa para levar ferilidade a vida e a Terra . Tudo isto pode ser tido pela sociedade moderna como um ato cruel e barbaro, mas no entanto não devemos esquecer que o rei consentia com o ritual e não obrigado, tudo isso se fazia no sentido religioso.Posteriormente antes das invasões orientais e nordicas , o ritual não era mais praticado totalmente, ou seja não se dava cabo ao antigo sacrificio , sendo realizado apenas simbolicamente, com o rei se escondendo numa gruta (útero da Mãe Terra) e outro jovem sendo sacrificado em seu lugar e no final do periodo classico um animal do qual o rei comia as parte do corpo simbolizando o seu renascer( no momento que ele saia da caverna).
Por isso eu repudio o culto a Deusa Hera neste contexto como deusa do casamento, e sempre reafirmo sua essência original e verdadeira, como Deusa da sabedoria feminina soberana, fertilizadora da terra e , Rainha dos Deuses por direito próprio, defensora das mulheres e proterora de todos os estágios da vida feminina, uma Deusa a ser evocada por todos os homens e mulheres que buscam uniões espirituais verdadeiras no seu sentido original e totalmente adverso ao casamento patriarcal arcaico e atual.gl

Gaia Lil


Que a Deusa Hera atraia muita desgraça e infelicidade para os seus casamentos, são os meus mais sinceros votos do fundo do meu coração que eu faço como sacerdotisa!

MINHA DEUSA, AONDE ESTA A VERDADEIRA DEUSA HERA CONSCIÊNTE DE SI MESMA QUE EU NÃO VEJO?

MÃE ÉGUA


“Uma égua está sempre no topo da hierarquia. Éguas ensinam e protegem as crias; a influência delas dura uma vida inteira. Não há um garanhão que uma égua não consiga intimidar e afugentar. Éguas podem colocar para correr qualquer garanhão não desejado. Um garanhão pode afastar um predador do bando, mas uma égua perseguirá e tentará matá-lo. Um cavalo macho sempre estará sujeito pela autoridade da égua líder.” (Terry Goodkind, ‘Stone of Tears’)

Epona

Importante Deusa Celta e uma das mais antigas em seu culto, sempre ligada a cavalos. Inicialmente cultuada na Gália, foi cultuada por grande parte dos Celtas e chegou a ser cultuada até em Roma como a Deusa tríplice Eponae. Epona foi a única Deusa Celta a ser citada no panteão Romano, tinha grande popularidade entre a cavalaria, e seu festival era celebrado em Roma no dia 18 de dezembro. Epona é normalmente representada montada em um cavalo branco, símbolo de espiritualidade. Ela tem um cachorro ao seu lado, carrega uma serpente em uma das mãos e uma espiga de milho em seu colo. Em outras representações aparecem um pássaro e um potro em sua companhia. Essas imagens dizem muito sobre como ela era vista, Epona é uma Deusa de fertilidade e abundância, em alguns lugares ela foi cultuada e representada como uma Deusa tríplice. Na Irlanda acredita-se que ela quem traz os sonhos, bons e ruins. Provavelmente a partir de seus mitos surgiram outras Deusas associadas a cavalos, como Macha e Rhiannon.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A RELIGIÃO DA DEUSA


A Deusa

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo ser humano* pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da Mulher e da Terra. Por ser a mulher a Doadora da Vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

A Grande Mãe representa a totalidade da criação e a dualidade vida/morte, pois sua essência é imanente e permanente em todos os seres e em todo o Universo. Seus múltiplos aspectos e manifestações representam e reproduzem o ciclo de nascimento, crescimento, florescimento, decadência, morte e renascimento da eterna dança espiral das vidas.

A Deusa Mãe foi a Suprema divindade do planeta durante pelo menos trinta milênios, reverenciada por seu poder de gerar, criar, nutrir, proteger e sustentar todos os seres. Conhecida sob inúmeros nomes e representações de acordo com a cultura e a época, a Deusa era a própria Mãe Terra, a energia da vida e morte do planeta, venerada no ciclo das estações, nos fenômenos da Natureza, na riqueza e na beleza da terra, do céu, das estrelas, das montanhas, das águas, das plantas e dos animais.

Dois Princípios Básicos na Bruxaria

A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.

O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.

A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.


SAGRADO FEMININO - PALESTRAS







vídeos encontrados, por acaso, no web site de uma leitora (Viviane - http://wiccabrasil.ning.com/video/sagrado-feminino-parte-1)
*Eu troquei a palavra homem por ser humano.


*

O FOGO DE HÉCATE


AS DÁDIVAS DA DEUSA HÉCATE

O dia 13 de agosto era uma data importante no antigo calendário greco-romano, dedicada às celebrações das Deusas Hécate e Diana, quando Lhes eram pedidas bênçãos de proteção para evitar as tempestades do verão europeu que prejudicassem as colheitas. Na tradição cristã comemora-se no dia 15 de agosto a Ascensão da Virgem Maria, festa sobreposta sobre as antigas festividades pagãs para apagar sua lembrança, mas com a mesma finalidade: pedir e receber proteção.Com o passar do tempo perdeu-se o seu real significado e origem e preservou-se apenas o medo incutido pela igreja cristã em relação ao nome e atuação de Hécate. Esta poderosa Deusa com múltiplos atributos foi considerada um ser maléfico, regente das sombras e fantasmas, que trazia tempestades, pesadelos, morte e destruição, exigindo dos seus adoradores sacrifícios lúgubres e ritos macabros.Para desmistificar as distorções patriarcais e cristãs e contribuir para a revelação das verdades milenares, segue um resumo dos aspectos, atributos e poderes da Deusa Hécate.

Hécate Trivia ou Triformis era uma das mais antigas deusas da Grécia pré-helênica, cultuada originariamente na Trácia como representação arcaica da Deusa Tríplice, associada com a noite, lua negra, magia, profecias, cura e os mistérios da morte, renovação e nascimento.''Senhora das encruzilhada" - dos caminhos e da vida - e do mundo subterrâneo, Hécate é um arquétipo primordial do inconsciente pessoal e coletivo, que nos permite o acesso às camadas profundas da memória ancestral. É representada no plano humano pela xamã que se movimenta entre os mundos, pela vidente que olha para passado, presente e futuro e pela curadora que transpõe as pontes entre os reinos visíveis e invisíveis, em busca de segredos, soluções, visões e comunicações espirituais para a cura e regeneração dos seus semelhantes.

Filha dos Titãs estelares Astéria e Perseu, Hécate usa a tiara de estrelas que ilumina os escuros caminhos da noite, bem como a vastidão da escuridão interior. Neta de Nyx, Deusa ancestral da noite, Hécate também é uma “Rainha da Noite” e tem o domínio do céu, da Terra e do mundo subterrâneo. “Senhora da Magia” confere o conhecimento dos encantamentos, palavras de poder, poções, rituais e adivinhações àqueles que A cultuam, enquanto no aspecto de Antea, a “Guardiã dos sonhos e das visões”, tanto pode enviar visões proféticas, quanto alucinações e pesadelos se as brechas individuais permitirem. Como Prytania, a “Rainha dos mortos”, Hécate é a condutora das almas e sua guardiã durante a passagem entre os mundos, mas Ela também rege os poderes de regeneração, sendo invocada no desencarne e nos nascimentos como Protyraia, para garantir proteção e segurança no parto, vida longa, saúde e boa sorte. Hécate Kourotrophos cuida das crianças durante a vida intra-uterina e no seu nascimento, assim como fazia sua antecessora egípcia, a parteira divina Heqet. Possuidora de uma aura fosforescente que brilha na escuridão do mundo subterrâneo, Hécate Phosphoros é a guardiã do inconsciente e guia das almas na transição, enquanto as duas tochas de Hécate Propolos, apontadas para o céu e a terra, iluminam a busca da transformação espiritual e o renascimento, orientado por Soteira, a Salvadora. Como Deusa lunar Hécate rege a face escura da Lua, Ártemis sendo associada com a lua nova e Selene com a Lua Cheia. No ciclo das estações e das fases da vida feminina Hécate forma uma tríade divina juntamente com: Kore/Perséfone/Proserpina/Hebe - que presidem a primavera, fertilidade e juventude -, Deméter/Ceres/Hera – regentes da maturidade, gestação, parto e colheita - e o Seu aspecto Chtonia, Deusa Anciã, detentora de sabedoria, padroeira do inverno, da velhice e das profundezas da terra. Hécate Trivia e Trioditis, protetoras dos viajantes e guardiãs das encruzilhadas de três caminhos, recebiam dos Seus adeptos pedidos de proteção e oferendas chamadas “ceias de Hécate”. Propylaia era reverenciada como guardiã das casas, portas, famílias e bens pelas mulheres, que oravam na frente do altar antes de sair de casa pedindo Sua benção.As imagens antigas colocadas nas encruzilhadas ou na porta das casas representavam Hécate Triformis ou Tricephalus como pilar ou estátua com 3 cabeças e 6 braços que seguravam suas insígnias: tocha (ilumina o caminho), chave (abre os mistérios), corda (conduz as almas e reproduz o cordão umbilical do nascimento), foice (corta ilusões e medos).

Devido à Sua natureza multiforme e misteriosa e à ligação com os poderes femininos “escuros”, as interpretações patriarcais distorceram o simbolismo antigo desta Deusa protetora das mulheres e enfatizaram Seus poderes destrutivos ligados à magia negra (com sacrifícios de animais pretos nas noites de lua negra) e aos ritos funerários. Na Idade Média, o cristianismo distorceu mais ainda seus atributos, transformando Hécate na “Rainha das Bruxas”, responsável por atos de maldade, missas negras, desgraças, tempestades, mortes de animais, perda das colheitas e atos satânicos. Estas invenções tendenciosas levaram à perseguição, tortura e morte pela Inquisição de milhares de “protegidas de Hécate”, as curandeiras, parteiras e videntes, mulheres “suspeitas” de serem Suas seguidoras e animais a Ela associados (cachorros e gatos pretos, corujas).

No intuito de abolir qualquer resquício do Seu poder, Hécate foi caricaturizada pela tradição patriarcal como uma bruxa perigosa e hostil, à espreita nas encruzilhadas nas noites escuras, buscando e caçando almas perdidas e viajantes com sua matilha de cães pretos, levando-os para o escuro reino das sombras vampirizantes e castigando os homens com pesadelos e perda da virilidade.
As imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes “escuros” da Deusa, padroeira da independência feminina, defensora contra as violências e opressões das mulheres e regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.

No atual renascimento das antigas tradições da Deusa compete aos círculos sagrados femininos resgatar as verdades milenares, descartando e desmascarando imagens e falsas lendas que apenas encobrem o medo patriarcal perante a força mágica e o poder ancestral feminino. Em função das nossas próprias memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a Deusa Escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens destorcidas não são reais, nem verdadeiras, que nos foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

A conexão com Hécate representa para nós um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento inato, desvendar e curar nossos processos psíquicos, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique; Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação. Porém, para receber Seus dons visionários, criativos ou proféticos precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da Deusa Escura dentro de nós, honrando Seu poder e Lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos Sua presença em nós, Ela irá nos guiar nos processos psicológicos e espirituais e no eterno ciclo de morte e renovação. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações; somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.


IN: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/69

DEUSA VIRGEM & AMANTE


FLIDIAS, SENHORA DAS FLORESTAS

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas. Ele reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite. A combinação é perfeita!
Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosques e árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, le é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore.

Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de "seu gado". As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça, que está intimamente ligada com o feminino. Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua quadriga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas.

Flidais era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. O domínio do consciente em Flidais não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria. Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provém da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite.

Flidais aparece em destaque no texto "O Roubo do Gado de Flidais", um texto preliminar do mais famoso e importante Táin Bó Cuailgne. A história narra uma das principais atividades das tribos celtas naquela época: despojavam outras tribos de seu gado, que constituía a riqueza autêntica e desprezavam a cobiça latina pelo ouro e pelas jóias, pois sabiam que não poderiam comer tais materiais, utilizando-os apenas como adornos ou em sacrifícios aos deuses. Segundo uma lenda, Flidias possuía uma vaca mágica cujo leite era capaz de alimentar diariamente centenas de guerreiros. A vaca mágica da deusa, como o resto dos animais de Outro Mundo na tradição irlandesa, possuía a pelagem totalmente branca, exceção feitas às orelhas, que eram da cor vermelha. Será ela que alimentará o exército de Fergus Mac Róich na Invasão do gado de Cooley. Desde então era "Buar Flidaise", o rebanho de Flidais, que alimentava os homens da Irlanda, durante todo o período da invasão.

Flidais uniu-se à Fergus e conta-se que ela era a única deidade capaz de saciar o seu descomunal apetite sexual. A união sexual dos dois representavam as forças ctônicas da criação.

Muito embora, não se têm conhecimento de quem seja o pai, Flidais teve três filhas: Bé Téite (Mulher Luxuriosa), Bé Chuille, a Senhora do Mundo Selvagem e também uma druidesa, e ainda, Fland, que foi uma das esposas de Manannan e teve um rápido caso de amor com Cu Chulainn. Alguns autores relatam que Fland vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.

ARQUÉTIPO DA SENSUALIDADE


Flidais, como deusa do amor e da sensualidade, apresenta um aspecto mutante e transformativo do feminino. Lendas nos contam, que realmente ela podia mudar de forma e transformar-se no que quisesse. E, quando seu arquétipo é ativado em nós, também vemos o mundo e nós mesmos sob uma luz diferente. Fluidos criativos são estimulados, e as fronteiras ou limites racionais são impelidos para o domínio do irracional, digamos, quase animal. Novas atitudes precedem certo excitamento, e a própria vida adquire novo significado Mudanças bem-vindas prosseguem de mãos dadas com atitude criativa da assunção de riscos.

A mulher que vem conhecer a Deusa das Florestas cresce na compreensão do aspecto divino de sua natureza feminina. Ela é guiada por suas mais profundas necessidades, por idéias e atitudes que vêm de dentro. Ela não será contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Isto acontece, porque Flidias é a floresta virgem, que é livre e espontânea, grávida de vida, de acordo com as leis da natureza. É intocada pelas leis dos homens.

A mulher que tem consciência desta deusa, cuida de sua alimentação, faz exercícios e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Mas não se trata aqui de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina. Sua beleza viva deriva da relação que tem consigo mesma. Esta mulher é virginal, mas isso nada tem a ver com um estado físico, mas com uma atitude interior. Ela não é dependente das reações dos outros para definir seu próprio ser. A mulher virginal não é apenas o reverso do homem, seja ele pai, amante, ou marido. Ela mantém-se em pé de igualdade em relação aos seus direitos. Não é governada por idéia abstrata do que ela "deveria" ser ou "do que as pessoas vão pensar". Ela é verdadeira para com sua natureza e seu instinto.

ARQUÉTIPO DA NATUREZA

Flidais, como arquétipo da natureza, nos ensina que é a união que completa o ciclo. Assim como a semente é plantada na Primavera, cresce no Verão, e se faz a colheita no Outono, cada geração desova as sementes para a próxima geração. Devemos prestar muita atenção no plantio de nossas sementes, para que possamos ser recompensados com uma colheita generosa.

A tecnologia já nos trouxe muito conforto e nos mostrou muitas coisas no sentido científico, mas agora è tempo de nos voltarmos para a humanidade e para a conservação do planeta, incluindo seu relacionamento com o divino. Hoje, a ciência e a espiritualidade estão começando a integrar-se como um todo.

Nosso relacionamento com a natureza é o coração da nova integração encontrada pela ciência e espiritualidade. Pessoas e árvores já não podem ser mais cortadas para atender às necessidades da tecnologia e das corporações, em busca do progresso científico. Já é hora de trabalharmos em cooperação com cada um e com a natureza.

Texto pesquisado e desenvolvido por

Rosane Volpatto
Bibliografia Consultada

O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinski
Os Mistérios da Mulher - M. Esther Harding
Bruxas e heróis - Eisendrath Young
Os mistérios Celtas - John Sharkey
O Livro da Mitologia Celta - Claudio Crow Quintino
Druidismo Celta - Sirona Knight
Livro Mágico da Lua - D.J. Conway
A Grande Mãe - Erich Neumann
Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May

IN:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusafridais.htm

domingo, 24 de janeiro de 2010

A DEUSA QUE FALTA AO MUNDO



DE QUE SERVEM ESTES BLOGUES SOBRE FEMININO SAGRADO
OU DE QUE SERVE O FEMININO SAGRADO AS MULHERES?


Cada vez mais estou a pensar, que o meu papel na Consciência Feminina não é apenas pequeno como também nulo e inútil, visto que muitas pessoas vêem o Feminino Sagrado, como algo para mulheres alienadas e perdidas na mística...Ou então assunto feminista e secundário, encarado como periférico e suplementar, seja no eco-feminino ou na espiritualidade...

A DEUSA ESTÁ A MARGEM DAS CORRENTES ESPIRITUAIS...

Sendo, sempre descrita como secundaria ou então se calhar nem é um ser evoluído e (dizem) a Mãe Terra não nos destruirá, o coitada Ela também quer evoluir e se nos rezar mos bastante Ela se apiedará de nos...As vezes penso se a Mãe Terra, não faria melhor destruindo a raça humana logo de uma vez para parar mos com toda essa barbárie e idiotismo...
Ou então a Deusa, se a calhar nem é a Deusa, e sim a Virgem Santa poderosa a seu modo, o tenho de admitir, mas ainda sim uma simples intercessora do pai dos céus, sem voz própria e sem autonomia...(Tal qual as mulheres...)
Ou então se fala nos círculos de amor de Maria , enquanto aqui na terra, as mulheres perdidas a fazer umas tantas coisas curiosas e espirituais, continuam alienadas tal como antes...
A relativa liberdade (segundo, com toda a razão Rosa Leonor) que as mulheres tem não as aproximou nem um pouco de sua alma ou da sua essência enquanto mulheres....
E se por acaso se interessarem por rituais religiosos da Deusa, é apenas por pena e benevolência e mística ou então desejo de poder...Sem qualquer interesse na Deusa enquanto Mulher e na Mulher enquanto Deusa, ou simplesmente como sua sacerdotisa, sua interprete, ou seu Oráculo Sagrado, pois isto era um direito das mulheres deis dos tempos primordiais...
Privando a humanidade da Deusa, o maldito sistema patriarcal e androcrático privou a mulher de sua Alma e em absoluto de sua dignidade...Esta falsa dignidade que as mulheres tem hoje não lhes passa de um enfeite, como um cachorrinho que ganhou um biscoito e mimos depois de fazer gracinhas ao seu dono.
Por outro lado, a situação das mulheres no Oriente está bem pior, tão alienadas que estão, parecem não ter mais a capacidade de pensar por si próprias, jamais questionando os valores do patriarcado e do seu assasíno deus-profeta, pior que Hades, o deus da morte...
Tão alienadas estão que chegam a passar horas a rezar para um tal deus, que de tão cruel as cobre da cabeça aos pés, para que lhes mostre que não são nada comparadas aos homens...
Sim se algum dia a burca foi usada como símbolo de nobreza foi nas épocas pagãs antes desse símbolo se tornar o símbolo da opressão de todas as mulheres do Oriente...
A própria poligamia e o mercado de mulheres só passou a existir depois que os sacerdotes do tal deus-profeta ascenderam ao poder, e um pais que até hoje é governado como os feudos,por famílias poderosas e milionárias , que pratica as maiores atrocidades como o sacrifico de animais, e mesmo humanos por pena de morte, se forem homossexuais ou se a calhar tiverem alguma opinião ou religião ou caminho que difere do Patrismo...
Creio que a mulher só tem chance de se libertar primeiro pelo Ocidente...Mas isso não acontece.
As mulheres continuam sujeitadas aos homens e a lhes servir, não importando o quão brilhantes e inteligentes sejam, sempre em posições subalternas, e se chegam a chefia de alguma coisa, tal como os gregos fizeram a Hera, fazem lhe caricatura de uma mulher autoritária e forte mas desprovida de alma e cruel...
E nos sabemos que a Mulher, pelo menos em sua essência não é nada disso.
Falta me sentir, a Voz das Mulheres, a Voz da Deusa Mãe, que a sociedade patristíca não apenas ocultou como também negou...Como no caso da Sacerdotisa e princesa Temistocléia ,que serviu em Delfos a Deusa da Sabedoria e da Justiça, a Grande Têmis, Filha da Terra Mãe..Que continuou a ser servida mesmo quanto o Templo da Deusa Terra e da Mãe Serpente, passou para as mãos de Apolo...Mesmo assim o Poder do Oráculo e Dom da Profecia ainda pertencia tão somente as Mulheres e a Deusa, seja enquanto Mãe ou Filha da Terra...Está mesma Sacerdotisa ensinou toda a ética e a moral a Pitágoras, sábio até hoje referenciado e reverenciado por todo o sistema patriarcal...
E isso isto também nunca é contado nos livros de historia...Fala se muito de dominação e poder através da guerra e da morte, mas nada se fala sobre as mulheres que governaram nos períodos matrilineares e mesmo pós-patriarcais, como a Rainha Clitemnestra, Cléopatra, e Ginga (Africa) e tantas outras mulheres sem nome que um dia tal como a Rainha dos Céus detiveram com ética moral e parceria o poder social que hoje é tão somente usado para o interesse da minoria (os ricos) em detrimento da maioria (os pobres ou abastados, ou seja nós).

Também em toda a nossa historia a Mãe Natureza, tem manifestado o seu poder de forma tão veemente, arrasando nos com mortes devido a chuvas e tempestades, estourar de mares e vulcões ( a Ira de Pele) que prometem jorrar sua água e seu fogo contra nós...
Nos assustados pensamos em como a Natureza é cruel, mas se pensarmos bem nos temos sido bem mais cruéis que quaisquer forças da Deusa, seja com a Natureza Mãe, com toda a nossa miséria e escoria humana ou melhor dizendo patriarcal...
Que chegue a Era das Filhas da Terra, para que cuidemos de nos mesmos, das nossas irmãs e irmãos e da nossa Terra Mãe com mais respeito, antes que a resposta da Grande Mãe seja mais implacável...

"Irá chegar a Era da Filha. E quando esta estiver aqui, a razão se restaurará e o mundo estará completo." (Das Profecias de Aradia)

Que juntos nos construamos essa era que certamente, será diferente da Nova Falsa Era e de todo o conceito "cosmogónico" (cosmos+ego), enterremos pois como disse Rosa, a maldita Espada do Patriarcado e ergamos os andor do Cálice e da Deusa Terra:

"A crucificação da Deusa - a anulação das convicções e dos valores femininos - é o maior dos nossos mais penosos dramas. Mas a crucificação é apenas um prelúdio da ressurreição da Deusa." (Marianne Williamson)


Rezo que a Grande Mãe volte para junto da Humanidade, e que todas as mulheres possam honra-La tal como lhe é devido...Seremos nos, mulheres e homens de uma nova era (verdadeiramente nova) a erguer o andor da Deusa.

"Nós viemos da Deusa
E a ela retornaremos
Como uma gota de chuva
Fluindo para o oceano.”
(Z Budapeste)



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AMAR A SI MESMA COMO SE AMA A DEUSA


Falta as mulheres que trabalham na área do Feminino Sagrado o maior entendimento a respeito da Deusa em si para além de suas faces cingidas pelo patriarcado.

A Deusa está em cada mulher seja ela Mãe ou não pois a Grande Deusa, é a Senhora da Terra, assim como a Jovem Donzela, e a Mulher Completa ou Madura.

A Deusa é o seu ventre e os seus ossos. A Deusa é a sua alma e seu amor.A Deusa também pode ser sua capacidade criativa.Ela é a Voz do seu Útero.

Ela é o canto da sua alma.

Decidi então deixa aqui duas indicações de livros que encontrei disponíveis pela Internet.


Mulheres Que Correm com Lobas-Clarissa Pinkola Estes




EU EM POESIA


Eu sempre escrevo isso: perco me no instante de mim mesma.Hoje descobri que tinha dois amantes imortais: meu primeiro amante e consolo o vento senhor absoluto e servo e filho da Grande Deusa, e o outro a Alma, que não é nem masculina nem feminina por vezes julga até androgina.Mas o que me interessa na minha alma é a intensidade, e á intensidade é uma habilidade naturalmente feminina e criativa pois é criativa do destino, pois saiba o vulgo popular, não existem almas intensas masculinas.Penso que a alma se habito e se molda de acordo com suas vidas passadas.Quando abri o jogo pra mim a carta que me disse o destino era a Força, a carta feminina.E ainda me lembro do Tempo em que a Deusa era Suprema.Pois sempre me assusto comigo mesma: sou tão intensa que julgo que vou ficar louca.Eu quero o destino.Este é meu principal objectivo.O destino ou a lira poética.Eu busco a liberdade.Por isso tenho dois amantes, a alma e o vento.Mas meu único amor verdadeiro sou eu própria, isto é a Musa que a em mim e de certa forma, essa é mais essencial e antiga que a alma androgina e o vento meu eterno companheiro de pastagens,aquela que conhece as acaricias certas do meu corpo...Por isso sou a Virgem porque só o vento me fecunda e ele é meu única amigo e amante.Lembro me que deis de pequena fui ensinada a não confiar em estranhos.Mas sou a mais estranha entre estranhos.Perco me de novo no tempo de mim mesma, e continuo acreditando que quero mais que qualquer coisa : O Destino.Mas o destino é caprichoso, é disso a sacerdotisa, mesmo a mais jovem como eu, tem compreensão.


Falta me as águas do tempo, estas cujo segredo ainda pousa, ainda que assim neguem os cristãos, nas mãos da Grande Deusa Celestial e só isso me da paz no meu destino. Meu destino é estar sozinha, embora ainda acredite no amor, embora não seja de um homem( nem de uma mulher ) que eu precise.Pois antes de qualquer coisa, sou a Virgem Indomada e costumo destruir tudo o que amo.Por isso não quero me apaixonar.Faria os homens sofrer.Mas não tenho medo do sofrimento, este é apenas mais um nome meu.Meu nome devida ser menina destino.Eu não sou de devaneios.Acredito em fadas mais não sonho com elas.

Falta me o Poder de Hécate.Sempre sábia e solitária, a Anciã me da até inveja.Mas não sou a Anciã, sou a Virgem ou talvez a quarta face: A Encantadora.Digo pior pra mim, corrijo, pior para o mundo.


Ainda bem que a Encantadora é desconhecida.

Assim desconheço as profundas habitações da minha alma.


Gaia Lil

EU AGRADEÇO VOCÊS



Eu, com a minha sempre presente e eterna mania de agradecer, quero agradecer vocês leitores da Alta Sacerdotisa e "Filhos da Grande Mãe" que me são muito mais compreensivos e chegados que as mais próximas conexões sanguíneas da minha familia fisica ou dos meus ditos amigos/amores.

Sem vocês...Eu não continuaria este trabalho
E fico muito lisonjeada pelo fato, da maioria das minhas leitoras serem mulheres pois este é um trabalho fundamentalmente voltado para Alma da Mulher e em muitos trabalhos como esse as mulheres nem se interessam ou estranham, e acham muito distante da realidade, mística e fantasia..Não se dão nem o trabalho de ler e olhar para a própria alma....
Por isso eu agradeço
E dou esse recado as mulheres que as vezes se vêem insultadas por um homem verbalmente(ou pior...):

"Que mulher em que haja uma réstia de dignidade se deixa provocar por um homem qualquer?..."

Pense e reflitam e não se deixam agir tão somente por raiva momentânea...
Paciência é uma coisa que a Deusa tem me ensinado a muito tempo, mas me custa aprender...

Espero sinceramente que um dia a voz das Filhas da Terra sejam finalmente ouvidas e ai finalmente possamos para de lutar contra o patriarcado (o que não significa lutar contra os homens)
Pelo menos , nos mulheres do Ocidente temos alguma chance...As do Oriente estão tão alienadas nas doutrinas professadas pelo maldito deus-profeta que não tem nem como escolher alguma coisa...Mas eu vejo elas avançando as vezes mas sem coragem...
Também se avançassem rápido seriam mortas pelo seu deus...
Por isso de deus á Deusa, eu prefiro a Deusa por ela ser bem mais misericordiosa e livre
Abraços e que a Deusa Mãe e a Criança Divina estejam com vocês.

Gaia Lil

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VELHAS MÃES DA TERRA


DESPERTAR DA TERRA MÃE


Tão doce e torturada ela volta seus olhos para o céu e no céu vê da estrela um sinal.O sinal é a lágrima, o pente fino das canções, ela se encerra em si mesa.Fechada e perdida na própria dor ela escoa nos sentimentos, escoante difusa e divagante ela se perde em algo que ela anseia ser amor, o amor todo em si é uma ilusão,perdida então na ilusão ela eleva sua própria voz e de sua voz nasce a menina da estrela ou aquela que alguns chamam de filha do demónio, e vendo o quanto filha da estrela é bonita ela concluiu que o demónio são os medos e não os sonhos, vendo então que a que julgava ser ilusão era verdade.Quem consegue julgar a verdade?

Ela a essência perde se difusa em si mesma, ainda queixante.O primeiro amor de sua vida foi um homem comum, e o segundo foi uma mulher.Mas não uma mulher qualquer e sim a filha que ela pariu, e logo que ela vê que pariu a si propria Ela indaga:

Quem pari além da minha própria essência?

Ela já não sabe como responder esta pergunta deixando se mergulhar nas águas claras dos murmúrios do mar.Perdida entre realidade e sonho ela se vira para o altar.

No altar a uma Virgem Santa e no outro altar a uma santa puta arrependida : Maria Madalena.
Confusa sem compreender essa dicotomia ela parte em busca de respostas;
Então perdida sem querer ela então vai a floresta...

Na floresta ela acha uma Mulher
A Mulher é uma estátua
Estátua de seios desnudados e Grávida
Ela sabe que achou algo importante e valioso
Ela então esconde a estátua no vestido

Ao sair da floresta ao lado da igreja ela vê os homens maus vestidos de negro
Ela tem medo que vejam o que ela carrega
Sem saber nada sobre tradição alguma ,ela sente que carrega o seu destino e sua libertação simbolizados naquela estátua.O Cair da Espada.

Ela vai a igreja e a missa
Ela continua cozinhando para o seu marido
Mas toda noite ela olha a estátua e não sabe como conter sua alegria
Ela olha e beija e estátua enaltecida
Ela coloca flores no cabelo da estátua e em seu cabel
Ela esconde a estátua na árvore

Ela leva flores e leite na estátua
A estátua se torna a mãe que ela nunca teve
Ai ela cada vez menos vai a igreja
Ela reza menos e invoca mais a força da estatua
Ela já se esqueceu da virgem e do seu filho
Ela busca a liberdade

Já não prepara a comida do seu marido
E em pensamentos começa a desprezar os padres
A única coisa que ela ama agora é a Mãe na estátua
Até que uma noite ela sonha
Que tem que ir além da Mãe da estátua
Então começa a procurar em si própria a estátua
Ela coloca um vestido e desnuda os seios imitando a estátua

E se sente mais feliz assim
Agora ela coloca flores no cabelo
E se senti mais inteira assim
Agora ela faz amor com quem sentir vontade
E se sente mais feliz assim
Agora ela foge dos padres
E até os xinga se sentir vontade
E se sente mais feliz assim
Sozinha tal como ela colocava uma vela ante a estátua
Ela acende uma fogueira ante si
E coloca a estátua perto de si
Uma jovem mulher a observa
E a jovem mulher a vê cantando
A jovem mulher então se reúne com ela
Então a jovem mulher salta e pergunta para ela
Que esta fazendo?

Eu a Mãe de todos, estou celebrando...

A própria mulher se surpreende com suas palavras

Então as duas conversão
A jovem mulher fascinada ouve os relatos da mulher mais velha
E juntas começa a pesquisar os segredos do campo
Pesquisam o que aquela estátua seria?
E uma velha mulher fala de um tempo em que a Grande Mãe mandava naquelas terras
Elas ouvem fascinadas
E começam a se reunir
cada vez mais mulheres acabam descobrindo e começam a viver
Entre o culto a Mãe e a Sabedoria da Floresta
Será que um dia estas mulheres abriram um novo mundo?
Mãe Terra , será que um novo tempo chegou?
Disso não sabemos
Mas já da pra suspeitar...


Gaia Lil

CHANTICO FOGO FEMININO


CHANTICO, A DEUSA DO FOGO E DOS VULCÕES

Chantico é a Deusa do fogo terrestre, que situa-se no fogão da casa, frente ao qual se fazia várias cerimônias ao dia.

Chantico foi a primeira mulher a não jejuar antes de fazer uma oferenda aos deuses e foi castigada por Tonacatecuhtli, "Senhor dos Mantimentos" que a transformou em um cão.
Outro aspecto importante desta deusa, é que a ela se atribui, com a participação de outros deusas, a invenção da joalheria. Mas, a ela em particular, foi concedia e invenção dos cosméticos.

Foi especialmente venerada pela associação dos joalheiros, assim como, pelos gravadores de pedras, lapidários e polidores.
O nome com que aparecia no "Calendário Asteca" era Chiconahui Itzcuintli. Era no seu dia que os bruxos se transformavam em diversos animais e as bruxas, chamadas de mometzcopinqui, exerciam seu maior poder.

ARQUÉTIPO DA FEMINILIDADE

Chantico é representada na lâmina 63 do Códice de Borgia, devidamente adornada, tal qual a deusa Xochiquetzal, ressaltando a sua feminilidade.

Sua beleza é delicada e radiante. Seus atavios são extremamente bem elaborados e belos. Ostenta uma vistosa cabeleira coberta com uma coroa de tela, com listras em tons de amarela, branco e vermelho e suas orelhas apresentam-se adornadas com círculos brancos. O centro da cabeça o "zoyalemalli", está especialmente ressaltado nesta composição. No nariz ela leva "yacapapalotl", fabricado com mosaicos turquesa, assim como em suas orelhas pedem peças de pedra café e uma pele com pequenas penas brancas e uma jóia branca de cristal. Seus colares são de ouro e turquesa e porta braceletes muito belos. Sua saia branca apresenta adereços com retângulos bicolores em negro e vermelho. Todos os seus atavios dispostos harmoniosamente, se completam com suas sandálias brancas.
De maneira similar as outras deusas do Códice Bórgia, Chantico também posa sobre o "icpalli", com a mesma conotação de hierarquia, poder de Mãe Protetora.

Chantico é o arquétipo da feminilidade, da delicadeza e da graça. Corresponde ao eterno feminino tão pregado através da história. Mas também, representa a força que propicia as artes mágicas.

Chantico é protetora da vida em família, da esposa e da mãe. Como deidade do fogo e das instituições e instintos femininos, participa de todos os ritos relacionados à adivinhação. Deve ser invocada no início de uma vivência. É também a deusa da fertilidade. Simboliza o prazer e a dor juntos. Ela governa a abundância das pedras preciosas da terra.

Os guerreiros rendiam-lhe homenagens antes de irem para uma batalha.

Chantico é também a Deusa dos Vulcões.

RITUAL À CHANTICO


Um ritual bem simples pode ser realizado à esta deusa visando à busca de sua benção. É só queimar um pouco de lenha em sua lareira. Procure, entretanto reunir toda a família para um almoço ou jantar. Acenda a sua lareira (pode ser churrasqueira) e inicie sua confraternização, invocando antes a presença da deusa Chantico.

Se a madeira queimar até o fim, é sinal de bom-agouro. Nesta caso, suas cinzas de converterão em poderoso talismã para a fertilidade. Coloque-as dentro de um frasco qualquer e carregue sempre consigo.

Se você não possuir lareira, nem churrasqueira, queime no centro da sua mesa festiva uma vela vermelha, adornada com ramos de pinho à sua volta. Pode colocar também sobre a mesa um vaso com cactos (símbolo da deusa).

O fogo aceso no seio da família trás união. Ele é também símbolo de representação da força vital. e social e possui múltiplas expressões míticas.

ORAÇÃO À DEUSA CHANTICO

Ardam as tochas do Fogo da Vida
Chamamos a deusa Chantico
Para que através de seu fogo sagrado
Aqueça e abrande
O coração de todos os homens
Que mulheres: filhas, esposas, mães e amantes
Possam ser capazes de oferendar
o melhor de si mesmas
Amando suas famílias,
comunidade e todo o planeta
Elas são as sustentadoras de toda a vida
Criadoras da Evolução terrestre
Permita-lhes que sejam firmes e decididas
Nas suas missões individuais
Que as trouxeram para este mundo
Que suas benção deusa Chantico
Recaia sobre todas elas e
As ajude no cumprimento
De tão grandiosa tarefa.
Que assim seja!



Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto

IRMÃS


Dai me um nome
Qualquer nome
Dai me um nome
Um nome para o destino
Dai me um nome para minha confusão

Dai me um nome que carregue o poder da Bênção
E da maldição...
Dai me a palavra da criação
O primeiro nome

Do qual a Deusa saiu e fez toda a criação
Dai me o verdadeiro nome da Senhora
Aquela que toca a Alma
E O Despertar da Aurora

Dai me um nome para o pecado
E eu te direi que ele é amor
Dai me um nome para dor
E eu te direi que o nome é mulher

Dai me um nome para a mulher
E eu te direi alma
Dai me um nome para alma
E eu te direi que é amor

Dai me um ultimo nome para o amor
E Eu te direi que ele é Mãe.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A MAIOR CAUSA FEMININA



O que é UMA BRUXA DIÂNICA?

Uma mulher que venera a Deusa em suas muitas faces. Diânicas não têm que ser leais a apenas um aspecto da Deusa, você pode se conectar a quaisquer deles, a qualquer hora.

Você pode pesquisar e encontrar aspectos do Princípio Feminino do Universo que nós nunca ouvimos antes. No final, vemos todos os aspectos da Deusa como um só. Diânicas não são inseguras se você atende alguma igreja patriarcal, se você venera quaisquer outros deuses, mesmo deuses masculinos, pois a prática pessoal delas é a Deusa e somente para mulheres. É importante que as mulheres tenham alguma coisa só delas, sua própria espiritualidade, sua própria cultura, seu valioso self interior. A Tradição Diânica promove a força nas mulheres e uma visão delas mesmas como divinas e completas/seres humanos inteiros.


Postado por Green Womyn

Manifesto Susan B. Anthony Coven Número 1


Nós acreditamos que bruxas feministas são mulheres que buscam dentro de si mesmas pelo princípio feminino do universo e que se relatam como filhas da Criadora.


Nós acreditamos que, assim como é tempo de lutar pelo direito de controlar nossos corpos, é também tempo de lutar pelas nossas doces almas de mulher.


Nós acreditamos que em ordem a lutar e vencer uma revolução que se estenderá por gerações futuras, nós devemos encontrar modos seguros para reforçar nossas energias. Acreditamos que sem uma base na força espiritual das mulheres não haverá vitória para nós.


Nós acreditamos que somos parte de uma consciência universal mutável que tem sido há muito tempo temida e profetizada pelos patriarcas.



Nós acreditamos que a consciência na Deusa deu à humanidade um período pacífico, duradouro e funcional durante o qual a Terra era tratada como Mãe e as mulheres eram tratadas como Suas sacerdotisas.


Nós acreditamos que as mulheres perderam a supremacia através das agressões dos homens que foram exilados das matriarcas e formaram as hordas patriarcais responsáveis pela invenção do estupro e da subjugação das mulheres.


Nós acreditamos que o controle feminino do princípio da morte permite a evolução humana.

Nós estamos comprometidas a vencer, sobreviver e a lutar contra a opressão patriarcal.


Nós estamos comprometidas a defender nossos interesses e aqueles de nossas irmãs através do conhecimento da bruxaria: de bênçãos, maldição, cura e de amarração com o poder enraizado na sabedoria identificada nas mulheres.

Nós estamos igualmente comprometidas a soluções políticas, comunais e pessoais.

Nós estamos comprometidas a ensinar as mulheres como se organizarem como bruxas e a compartilharem nossas tradições com as demais mulheres.

Nós nos opomos a ensinar nossa magia e nossa arte aos homens até que a igualdade dos sexos seja uma realidade

Nossa meta imediata é nos reunirmos umas as outras de acordo com nossas antigas leis femininas e lembrar nosso passado, renovar nossos poderes, e afirmar nossa Deusa de Dez Mil Nomes.

Z. Budapest
(Traduzido por Aphrodisiastes)


O QUE É

"A Tradição Diânica Feminista de Wicca/Bruxaria é a denominação da “Antiga Religião” Neopagã, centrada na mulher e na Deusa.


A Tradição Diânica foi fundada pela autora, ativista feminista e fundadora do Movimento de Espiritualidade das Mulheres Zsuzsanna “Z” Emese Budapest em 1971, em Venice Beach, Califórnia. (1)

No solstício de inverno de 1971, Z Budapest também fundou o primeiro coven Diânico, chamado Coven Susan B. Anthony Número Um. (1) Este coven ainda existe, e tem expandido suas influências globalmente assim como virtualmente com uma presença virtual dentro da Universidade Online de Wicca Diânica, de Z Budapest (2), um blog chamado “Deusa” (3) e uma revista mensal chamada “Deusa”. (4)


(...)


Tudo isso nos trás ao próximo tópico, qual delas é a tradição Diânica que não e nunca foi separatista, nem somente para lésbicas. O que tem ocorrido é uma teologia centrada nas mulheres que foca somente nos mistérios das mulheres. A tradição Diânica reconhece a existência dos mistérios dos homens e encoraja os homens a aceitá-los.

A tradição Diânica de Z Budapest é muito específica neste tópico. Ela pode ser citada assim como declara, “Nós sempre reconhecemos, quando nós dizemos “Deusa,” que Ela é a doadora da Vida, a sustentadora da Vida. Ela é a Mãe Natureza.” (7)

“Há somente dois tipos de pessoas no mundo: as mães e suas crianças. As Mães podem dar a vida a outro tão bem quanto os homens, que não são capazes de fazer o mesmo a eles mesmos. Isto constitui uma dependência na Força de Vida Feminina para a vida renovada, e isso foi aceito naturalmente nos tempos antigos por nossos antepassados como um dom sagrado da Deusa. Nos tempos patriarcais este dom sagrado foi usado contra as mulheres, usado para forçá-las a desistirem de seus papéis de independência e poder.” (8)

“Nossos filhos homens, nossas Crianças Sagradas, não eram criados como traidores [referência a palavra warlock], mas como amantes da vida, amantes das mulheres, irmãos ou amantes uns dos outros, ajudantes da Deusa em sua habilidade mais essencial de criação. Os Filhos de mães na veneração da Deusa tornaram-se Kouretes, membros do sacerdócio a serviço da Deusa.”(8)

Praticar a Bruxaria Diânica não impede qualquer mulher de também participar auspiciosamente de outras tradições com homens. Assim foi estabelecido por Z Budapest, no início da Tradição Diânica, que existia uma contra parte, uma tradição só de homens conhecida como Kouretes. A tradição Diânica não o separatismo, pelo contrário, ela aceita as diferenças entre masculino e feminino como dadas pela Deusa, a Mãe Natureza.

(traduzido por Aphrodisiastes)

1. Budapest, Zsuzsanna. The Holy Book of Women's Mysteries. Red Wheel/Weiser, 2007, page xvi.

SER SINCERA SEMPRE

1 hierodulare (MULHER SAGRADA):



Rosa Leonor disse...

Só a/o tenho de felicitar pela sua coragem em se expor e olhar para si e para os outros sem medo.
É muito importante para a sua credibilidade dar-se a conhecer na sua essência mas também na sua aparência. O trabalho de aprofundamento do seu SER que nada tem a ver com o seu sexo, passa pela integração e consciência desse dilema no corpo e na encarnação. Pode vir a escrever um livro sobre a natureza perfeita do ser que é andrógino e a deusa que na origem era andrógina, ou o deus que é igual pois ambos são Um.
Doloroso, difícil caminho, mas uma luz para o novo ser que há-de vir...
A sua vida não será fácil se escolheu o caminho da consciência e da Verdade, mas se for verdadeira pode contar com a Justiça de Maat!!!
isto é que eu posso com toda a ternura e admiração dizer à sua alma!
tem todo o meu respeito!
um grande e terno abraço

rosa leonor

19 de janeiro de 2010 04:27



“Sou tão misteriosa que não me entendo.”
Clarice Lispector


Eu é que tenho que me demostrar meu respeito e admiração pelo se incentivo como o de outras tantas mulheres que vêem acompanhando o trabalho intenso que venho tendo na Alta Sacerdotisa, assim como sua honestidade e integridade.

E queria dizer, que durante a parte da minha curta vida, em que tentei negar meu Feminino tive muito mais depressão, tristeza e decepeção do que tenho agora, mesmo tendo que lidar com uma sociedade que não aceito o Feminino , seja nas mulheres ou nos homens.

E queria dizer que minha alma tem devoção total e fervorosa na Deusa Mãe que me ajudou a intender melhor a mim propria quando todoss me julgavam ( e eu mesma) louca, irracisvel até maliciosa e cruel!
A Deusa foi a unica , enquanto personificação espiritual que me estendeu a mão para muito longe da hipocrisia das religiões dos mestres orientais ou cristãos!
Atraves Dela eu pude sentir a minha totalidade e foi isso que me fez quqerer que todas as mulheres tomassem conhecimento Dela.
E se algum dia eu escrever sobre a Alma Androgina creio que a Deusa continuará sendo o tema principal de meus textos... Tem sido assim a 4 anos!

Abraços,
E bençãos da Mãe Androgina
Anuket( Aquela que abraça!)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

OS MISTÉRIOS ELEUSÍNIOS


“Feliz é o mortal que presenciou os Mistérios Eleusínios. Abençoados são seus olhos que os viram, pois após a morte a jornada da sua alma será diferente daqueles que não foram iniciados.”

Homero

Os Mistérios Eleusínios constituem o segredo mais bem guardado do mundo antigo. Originários de Creta como um festival de outono dedicado à Deusa Deméter e reservado somente às mulheres, eles foram expandidos e abertos a todas as pessoas se fossem adultas, falassem grego e não tivessem cometido nenhum crime. Iniciados na metade do segundo milênio a.C., os Mistérios Eleusínios perduraram por quase dois milênios sem que ninguém revelasse nada a respeito dos rituais e das iniciações. O pouco que se sabe foi divulgado pelos comentários literários, pelas referências históricas ou nas difamações cristãs sobre as práticas pagãs.

A palavra Eleusis simbolizava “O lugar da chegada feliz” e deu origem ao termo “Campos Elísios”, sinônimo do paraíso pré-helênico. A palavra Mistério tem como raiz a palavra mueín, que significa “fechar”, tanto os olhos quanto a boca, ressaltando a obrigatoriedade do segredo e do isolamento durante a iniciação.

Os candidatos deveriam primeiramente submeter-se a uma iniciação durante os Mistérios Menores, realizados na proximidade do equinócio da primavera, para poder participar dos Mistérios Maiores, realizados na proximidade do equinócio de outono. Desconhece-se a verdade sobre esta iniciação, sabendo-se apenas que incluía testes de coragem e práticas ascetas.

Os Mistérios Maiores eram celebrados a cada cinco anos e tinham duração de nove dias. Os candidatos chegavam a Atenas vindos de todas as partes do mundo helênico e romano. No primeiro dia, reuniam-se para atender às chamadas dos sacerdotes e receber suas instruções. No segundo dia, purificavam-se mergulhando no mar e fazendo as primeiras oferendas (leitões). O terceiro dia era dedicado às cerimônias e oferendas oficiais em benefício da cidade de Atenas e do povo grego. No quarto dia, conhecido como Asklepia, novas purificações eram feitas em homenagem a Asclépio, o deus da cura. No quinto dia, dava-se início à procissão que percorria os 32 km que separavam as cidades de Eleusis e Atenas. As sacerdotisas carregavam os objetos sacros, purificados no mar, em grandes cestos chamados Kista. Os iniciados vestiam túnicas brancas e cantavam, dançavam e invocavam as divindades, cujas estátuas eram levadas em carruagens. Nos limites da cidade de Eleusis, figuras mascaradas encenavam parte do mito de Deméter expondo, por meio de sátiras e deboches, os vícios, erros e defeitos humanos. Dessa forma, esperava-se que os velhos Eus morressem e dessem lugar à renovação. Ao cair da noite, o jejum de três dias terminava e havia uma grande festa do lado de fora do Santuário. O sexto dia era reservado ao descanso, à purificação, ao jejum, à introspecção e ao silêncio. Quando as primeiras estrelas apareciam no céu, os iniciados tomavam o Kyklon, bebida sagrada preparada com centeio fermentado e hortelã, e entravam no santuário de Telesterion. Desconhecem-se os rituais ali praticados. Sabe-se somente que havia três estágios: a iniciação, em uma gruta subterrânea, em que os iniciados passavam por provas e testes; a morte simbólica, em que os iniciados “renasciam”, sem mais temer o fim da vida física por terem “visto” a continuidade de jornada da alma; e a encenação do mito de Deméter e Perséfone. Neste momento, reproduzia-se a busca de Deméter por sua filha Perséfone, raptada por Hades, deus do mundo subterrâneo, festejando-se, ao final, sua volta à vida na Terra, após os rigores do inverno simbolizando sua ausência.

O final das celebrações era marcado pelo sacrifício de animais, celebrando com danças e cantos o último gesto ritualístico dos sacerdotes: o derramamento de água sobre o chão, invocando a chuva para conceber a vida na terra. Esse ato simbólico revelava o profundo simbolismo dos Mistérios de Eleusis – o casamento sagrado da chuva celeste com a terra fértil e receptiva para conceber o filho, representado nos grãos dos cereais. Para os iniciados, que viviam da terra e de seus ciclos e estações, os Mistérios representavam a confirmação sagrada de que a morte era seguida do renascimento, assim como a vegetação morria no outono e renascia na primavera, acordando de um sono profundo, por vezes comparado à própria morte.

Adaptando o mito de Deméter e Perséfone à nossa realidade, podemos melhor compreender a necessidade dos rituais de iniciação. Ao proporcionarem a visão dos medos, limitações e defeitos que restringem a evolução de nossa alma, os rituais apontam para a possibilidade de uma morte egóica que levará a uma renovação transcendental. As mulheres podem encontrar no mito de Perséfone um exemplo de coragem para descer ao mundo subterrâneo de seu inconsciente, atravessar as sombras e emergir para a luz.

IN: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/20

A CERCA DE MIM

AS APARÊNCIAS ENGANAM



As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer
, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.


Eu publiquei esta musica aqui porque ela é a que mais toca a minha alma. E também quero dedica la a união interna da mulher e no amor que a mulher deve ter por sua própria alma e pela Grande Deusa Mãe. Eu lembro me de tela ouvido quando era ainda muito pequena e esta musica sempre me toca profundamente.Também queria falar um pouco de mim, para que vocês ai do outro lado da tela, tenham mais um pouco de consciência a cerca de com quem estão lidando. Primeiramente sempre que penso e mim própria, eu acabo nunca chegando a conclusão a respeito de mim mesma.A primeira conclusão que tenho a respeito de mim mesma é que sou muito estranha, e em geral, não tenho um gosto muito parecido com os das outras mulheres, isto meu Feminino atua de forma diferente sobre mim mesma, só sendo marcado pela tom da minha voz que embora seja um tanto grosseira é mais suave e feminina assim como meus movimentos tendem a ser ritmados e leves como se eu não estivesse andando e sim dançando.Apesar da descrição ser um tanto romântica, ouve tempos que antes de eu conhecer a Deusa, eu odiava a mim própria por tamanha delicadeza e feminilidade, por uma motivo óbvio que reverbera todo o sistema patriarcal , isto é, eu não sou uma mulher no próprio termo, a não ser enquanto personalidade e pelo meu modo de pensar que é intrisicamente feminino, o que estou tentando dizer é que não sou mulher biologicamente e os leitores mais antigos disso sabem (aqueles que acompanharam minha luta e minha dor, assim como meus milagres).

Outra coisa que acho curiosa é que não consigo pensar como os Homens (ou gays) geralmente pensam porque ao contrario do que pensam a maioria dos homens, todo e qualquer relacionamento sexual (isto, pelo menos para mim) tem de ir além do prazer sexual em si, e envolver dimensões, digamos mais emocionais...Longe de ser piegas e falar de amor verdadeiro, e muito menos voltar a pensar como eu pensava antigamente, sonhando com o amor de um homem bondoso e espiritualizado (sim, eu realmente era uma tola).O que quero dizer é que toda essa saga que alguns vem acompanhando a mais tempo aqui na Alta Sacerdotisa, começou deis de o momento em que descobri a Deusa, um pouco ao acaso (sabemos que não existe acaso) um pouco por sorte, porque deis dai parei de odiar a mim mesma, ou meus próprios sentimentos em relação ao meu modo de me mover, vestir, pensar...

Mas, uma coisa que eu nunca consegui compreender totalmente, era o amor e o apreço pelas mulheres que eu tive muito antes de conhecer a Deusa, pois sempre em minha brincadeira escolhia personagens femininas e na maioria das vezes criava minhas próprias personagens, mulheres poderosas, rainhas de reinos longincos e mulher dotadas de poderes sobrenaturais tão grandes, como o controle da natureza, os ventos e a agua...Assim como numa de minhas brincadeira eu brincava de que a Rainha tinha uma filha que era raptada e esta era a única a ter direito de sucessão ao trono. E ao pensar nisso e lembrar das coisas que aprendi aos reler a Historia das Mulheres e da Deusa, eu sempre me pergunto como esses conhecimentos inconscientes conseguiram se preservar.

Fora a serie de experiências espirituais todas elas sem nenhuma excessão ligadas ao Principio Feminino, que foram se manifestando deis dos meus treze anos até agora.
Eu não sinto a Deusa com a mesma intensidade que sentia do que quando proferia oráculos paras mulheres e pedia que elas sentissem o poder da Deusa, porque quando faço um ritual ou alguma celebração sozinha não me sinto tão empenhada e nem sinto ser tão útil do que quando invoco os antigos poderes da Doadora da Vida junto com outras mulheres.
Na realidade muitas foram as tentativas de continuar em outras vertentes religiosas ou espirituais, antes que eu tivesse me dedicado totalmente a Deusa, mas sempre eu tinha a impressão que este tipo de espiritualidade não me oferecia formas de manifestar toda a minha alma, nem todo o meu potencia enquanto mulher ou enquanto ser humano totalmente enraizado no Principio Feminino.

Eu nunca consegui pensar como os homens, e se acalhar nem como muitas mulheres do

Patriarcado mas sempre me identifico com as mulheres que atuam nas causas feministas ou na maior causa feminina de todas: o Despertar da Deusa na Mulher, e o Despertar da Mulher na Deusa Mãe.
Embora o culto a Deusa tenha me tornado, digamos uma pessoa mais segura a respeito de si própria, ainda sinto que me falta uma maior ligação com as outras mulheres...Como se diz eu sinto muita falta de um abraço sincero de uma amiga ou de um afago de uma Mulher nas horas tristes...E sempre que penso no quanto eu estou sozinha na minha causa, quero dizer, o quanto me é dificil ter contato pessoal com outras mulheres que se sintam ligadas a Deusa e a sua causa no Rio de Janeiro e mais especificamente aqui no bairro aonde moro, sinto me profundamente frustrada e incompleta, não porque não conhecedora de sua profunda Essência Feminina ou dos arquétipos cingidos pelo patriarcado, mas pela falta de um relacionamento de confiança entre mulheres.

Outra coisa que acho curiosa é que apesar da atração que de fato sinto pelos homens, sinto me muito distante do género masculino em geral, seja na espiritualidade ou nos relacionamentos.
Muitos homens bonitos já me convidaram para sair ou mais descadaramente fazer sexo e eu os recusei todos, não pelo desejo de me manter virgem, mas pelo fato de eu sentir um profundo desprezo por homens, que apesar de tão bonitos e "maduros" tem a coragem de chamar, isto é, um menor de idade que ainda nem completou a sua formação física nem atingiu a sua idade "adulta" para fazer sexo...Creio que aqui no nosso pais aonde o sexo é tão valorizado , tais relacionamentos (pelo menos para as pessoas de classe media baixa ou classe baixa) tendem a ser comuns, embora a pedofilia seja um crime, eu nunca vi nenhum homem ser efectivamente punido por chamar meninas ou meninos para fazer sexo (um homem a muito tempo me ofereceu muito dinheiro quando estive em copacabana e eu claro, que recusei porque não sou assim tão miserável ao ponto de perder minha dignidade por dinheiro, seja quanto for).

Seja como for, estou escapando da questão essencial a cerca de mim, porque simplesmente não consigo me entender, apesar de me valorizar ou então controlar meus impulsos(apesar de ser sensata tenho de admitir que sou intensa e gosto de testar minha intensidade).
Espero que não tenham se decepcionado, mas se este for o caso, só posso dizer que faço o meu possível em nome da Deusa e da Mulher e não tenho culpa do meu feminino.
Mais tarde voltarei ao tema.

Gaia Lil

domingo, 17 de janeiro de 2010


VOZ

Ela canta, com voz de sereia, mas só canta a noite
E canta apenas quando o vento frio a envolve
Ela apenas canta quando esta triste
E seu canto é o canto de sua alma
Seu canto é um canto rude
De voz grossa
Mas se afina e se calma
Seu canto serve para enganar e trair
Mas quando sua voz é ouvida ela se perde na propria alma
Soa sua voz por cima da agua
Sou sua voz por cima do caos
Sua voz soa por cima das matas
Sou voz é a lágrima
Sua lágrima soa no tempo
E no tempo se perde
Ela esta perdia e nunca será encontrada
Ela esta encerrada
Ela esta viva mas morre a cada minuto
Ela esta agonizante
Presa no dom frio de sua voz
Ela é intemporal
Ela é intemporal vento da criação esta a seu lado Ele se encerra em toda parte
Lágrimas ela é feita de lágrimas
Sua alma se perde e divaga
Confusa e presa na sua própria bênção
Sou voz se perde em si mesma
O amor é apenas mais uma revelação
ela se perde no amor que nutre
Ela nutre
Ela é protegida por nunca ser achada
O vento é sua companhia
Ela é sua voz.